quinta-feira, 13 de maio de 2010

Servidores do Ministério Público participam de 1º Ciclo de Palestras sobre Relações no Trabalho

O evento contou com a participação de especialistas em Direito, Medicina do Trabalho, Psicologia e Comunicação. Cerca de 230 servidores do Ministério Público Estadual (MPE) lotaram dia 4 de maio, os auditórios da Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) para participar do 1° Ciclo de Palestras sobre Relações no Trabalho.



O objetivo das palestras foi criar um espaço de reflexão sobre a importância das relações de trabalho e seus desdobramentos na saúde física e mental, bem como na vida privada do servidor, conforme informou a Assessoria Psicossocial da Superintendência de Recursos Humanos (SRH). O setor foi responsável pela organização e execução do evento.



O psicólogo Arthur Lobato, coordenador da Comissão de Combate ao Assédio Moral dos sindicatos da Justiça de 1ª e de 2ª instâncias de Minas Gerais, proferiu palestra com o tema "Combatendo o Assédio Moral no Serviço Público". O psicólogo conceituou as formas e as características do assédio moral. Ele explicou que a situação pode ocorrer tanto do gestor contra servidores quanto de servidores contra um novo gestor. "Todas as empresas seguem uma hierarquia. Não combatemos isso. Combatemos o autoritarismo, pois os direitos básicos dos cidadãos têm que ser respeitados", disse Lobato.



Segundo o psicólogo, o assédio moral pode ser caracterizado por ações repetidas, como o uso de palavras dúbias, ações discriminatórias, agressões, críticas sistemáticas, ridicularização, entre outras. "O agredido geralmente sofre também com a falta de apoio do grupo, sente que está sendo vigiado e isso gera mais cansaço e nervosismo", destacou Lobato. Ele afirmou também que a instituição é que acaba arcando com esse problema, pois precisa conceder mais licenças, o trabalho fica acumulado, acontecem mudanças de setor, entre outros. Para Lobato, a solução passa pelo diálogo sobre o tema e por medidas de prevenção ao assédio moral. "As empresas precisam abrir o debate para o assunto", disse o psicólogo, complementando que o assédio moral tem conceito de perversão e é um distúrbio que demanda tratamento psiquiátrico.


Os participantes ainda puderam conferir as palestras ministradas pela médica do trabalho e atual presidente da Associação Mineira de Medicina do Trabalho, Walnéia Cristina Moreira, pelo professor de Direito Leonardo Militão e pela fonoaudióloga e mestre em Linguística Vanessa Gonçalves.

No encerramento, o procurador-geral de Justiça adjunto administrativo, Evandro Delgado falou sobre a atuação comprometida que o servidor deve ter com a Instituição e afirmou que "o local de trabalho deve ser visto como um lugar de satisfação pessoal". Para Delgado, o trabalho alienado é marcado por atitudes rudes. "Nós somos servidores públicos e o nosso objetivo é atender e satisfazer o interesse público", destacou Delgado.

No intervalo entre as palestras, alguns servidores comentaram a iniciativa da SRH de realizar o evento:

"A grande participação dos servidores na palestra revela a significativa importância que o tema possui no âmbito das relações de trabalho. O assédio moral, além de influenciar no comportamento profissional dentro do ambiente de trabalho, interfere diretamente na vida pessoal e familiar e também na saúde psíquica e emocional do indivíduo. A importância de se fomentar o debate sobre o tema visa buscar meios de, senão acabar, pelo menos minimizar os conflitos existentes nas relações inter-pessoais".Arlindo Márcio Lacerda - Fiscal Procon Estadual - Comarca de Contagem

"Achei maravilhosa a iniciativa da Superintendência de Recursos Humanos. Essa oportunidade deve ser estendida a todos os servidores, porque acredito que investindo em treinamento e na conscientização, a Instituição promove ao mesmo tempo a educação profissional e a evolução nos relacionamentos".Maria de Lourdes Monteiro de Castro - Oficial da Copli - Belo Horizonte

"Para mim, as palestras foram muito esclarecedoras, principalmente a relacionada ao assédio moral: problema que sabemos existir nas instituições, mas que avaliamos com muito mais clareza quando o tema é exposto por profissionais experientes, como os palestrantes de hoje. Acho essa iniciativa exemplar, pois marca para nós, do Ministério Público, o início de uma nova era em termos de debates e de reflexão".Sílvia Miranda - Diretoria de pagamento


Com Informações e fotografias da Assessoria de Comunicação do Ministério Público de Minas Gerais

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