domingo, 21 de agosto de 2011

IV CONSEJU: QUE JUSTIÇA É ESSA?

Porto Alegre, 06 agosto 2011
Cobertura Jornalística e Fotográfica: Taís Ferreira


IV CONSEJU   Congresso Estadual dos Servidores da Justiça do Rio Grande do Sul 
QUE JUSTIÇA É ESSA? E A QUEM SERVE?
5,6,7 de Agosto, Porto Alegre,  Rio Grande do Sul



O Assédio Moral e a Saúde dos Trabalhadores. O caminho para a qualidade de vida no local de trabalho.

Painelista: Arthur Lobato, psicólogo, jornalista ex-Diretor de Saúde do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais e Diretor Executivo da Federação Nacional dos Jornalistas.

Arthur Lobato começou sua exposição agradecendo a médica Margarida Barreto –  a maior especialista brasileira na luta contra o assédio moral, e reafirmou o que havia dito no Congresso em que estiveram juntos no mês de julho na cidade do México –   a importância dos sindicatos na luta contra este mal invisível no ambiente do trabalho. Mal que muitas vezes leva ao suicídio, como mostra no livro: Do Assédio Moral à Morte de Si - Significados Sociais do Suicídio no Trabalho, no qual  esta questão é tratada como um assassinato corporativo.


Para o psicólogo "a saúde do trabalhador é uma pauta política, pois, tão importante quanto os reajustes salariais, o plano de cargos e salários, as promoções é o servidor usufruir com saúde seus direitos e viver a vida em plenitude".

O psicólogo falou sobre o trabalho em prol da saúde dos servidores de Minas Gerais que realiza há 4 anos no Sindicato dos Servidores da Justiça de Segunda Instância (SINJUS)  e no Sindicato da Justiça de Primeira Instância (SERJUSMIG), e disse que dividiria a apresentação em 4 momentos: introdução (conceitos básicos), consequências para a saúde do servidor, estratégias de ação no combate ao assédio moral e debate.

Outro ponto importante em sua exposição foi o conceito correto do que é assédio moral para se evitar a banalização, e, a importância da prevenção e intervenção, pois a organização do trabalho e os métodos de gestão são componentes que podem favorecer o assédio pela via da omissão ou do incentivo.

Humilhações, fofocas, provocações repetidas que têm o objetivo de prejudicar, afetam a dignidade humana, causam angústia, mágoa, rancor vergonha, sensação de impotência e com o tempo diminuição da capacidade de trabalhar, disse o psicólogo. Os sindicatos têm que estar atentos, pois a questão do sofrimento do trabalhador não é individual e sim da organização do trabalho. É fundamental que se ouça o sofrimento do tralhador em uma conversas clínicas em que o trabalhador tenho todo o tempo necessário para expor o que acontece. Um trabalho que envolve a psicologia, medicina, direito, sociologia, antropologia, disse o psicólogo.


O palestrante, depois do debate, lembrou que a luta é difícil, que o serviço público sofre as transformações do mundo globalizado, mas os servidores não produzem objetos, lidam com vidas, com conflitos, com as mazelas da sociedade, e isto o servidor tem que entender, pois exige um novo mundo do trabalho, uma nova organização do trabalho.



Para terminar, Lobato agradeceu o convite para o painel e falou do papel dos delegados e delegadas presentes como referencial para os colegas sobre a importância de manter saudável o ambiente de trabalho. Com a participação dos trabalhadores é possível avançar no trabalho cotidiano de sensibilização de sindicatos, movimentos sindicais, academia – um movimento por ética, para romper o silêncio e denunciar a realidade.

Taís Ferreira - jornalista
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