terça-feira, 2 de dezembro de 2014

75% dos servidores do TJMG estão insatisfeitos com a carreira, diz CNJ


 

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgou na última semana oresultado do censo que realizou em todos os tribunais do País. Na pesquisa, participaram servidores e magistrados, que responderam a um questionário com temas sobre satisfação, motivação e informações pessoais como escolaridade e tipo de vinculo funcional.
 
No caso do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o resultado oficial reflete, infelizmente, a política de desvalorização dos trabalhadores que vem sendo adotada por sucessivas Administrações do Tribunal. Essa política se refere, basicamente, à ausência de uma política salarial e de um plano de carreira que estimule o real aperfeiçoamento profissional e que crie um ambiente de satisfação pessoal.
O estudo também demonstrou que 64% dos trabalhadores estão insatisfeitos com os salários que recebem e que outros 75% estão insatisfeitos com a atuação do tribunal em prol da qualidade de vida e saúde no trabalho.
 
Para Wagner Ferreira, coordenador-geral do SINJUS-MG, o resultado demonstra, claramente, que a política de pessoal adotada pelo tribunal é um fracasso total. “Há pouca renovação, de pessoas e de ideias, na direção da Casa e isto faz com que as práticas administrativas continuem coloniais”.
 
O envio a ALMG do Projeto de Lei 4.797/13, congelando a carreira dos servidores é o exemplo atual de desprezo pelos servidores. O Tribunal não quer sequer dialogar com o sindicato sobre uma carreira de verdade para a categoria. Desvalorizar os servidores é política de pessoal dos novos tempos? A Administração precisa resgatar a credibilidade!
 
No mês passado, outro resultado preocupante foi o do Relatório Justiça em Números. O TJMG ficou em último lugar entre os tribunais estaduais considerados de grande porte. Perdemos em produtividade para os tribunais do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. 


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