terça-feira, 31 de maio de 2016

SERJUSMIG, SITRAEMG E SINJUS têm trabalho de Saúde apresentado no 16º Congresso da Associação Nacional de Medicina do Trabalho - ANAMT


Por Taís Ferreira – Jornalista


O psicólogo Arthur Lobato participou da mesa com Margarida Barreto (SP), médica
e doutora em psicologia social, pioneira do combate ao assédio moral no Brasil, 
Alvaro Roberto Crespo Merlo (RS), Médico do Trabalho e Doutor em Sociologia, 
representante da “Clínica Dejouriana” no Brasil, e Renato Tocchetto de Oliveira (SC), 
Mestre em Engenharia de Produção UFSC (NUCODEP).


A aplicação do modelo de gestão empresarial no serviço público e o impacto na saúde do servidor foi o tema da apresentação do psicólogo Arthur Lobato no 16º Congresso de Medicina do Trabalho da Anamt – Associação Nacional de Medicina do Trabalho, realizado de 14 a 19 de maio de 2016 em Foz do Iguaçu, Paraná.

Nos últimos anos uma série de transtornos emocionais e mentais de servidores atendidos pela Comissão de Combate ao Assédio Moral de sindicatos, e em atendimentos clínicos individuais realizados pelo psicólogo Arthur Lobato, refletem os impactos de um modelo de gestão “empresarial” com sua obsessão por metas e produtividade na subjetividade do servidor público.

A produtividade, dogma do modo de produção capitalista, pode ser conseguida pela aceleração do ritmo de trabalho, pela tecnologia, pela agilidade ou capacidade física/psíquica dos envolvidos no trabalho, pela captura da subjetividade do trabalhador pela empresa/instituição ou pelo recurso de obrigar o trabalhador fazer horas extras e ser multifuncional.

Diferente de uma mercadoria produzida em série, cada processo judicial possui uma singularidade e não há como padronizar o tempo de “produção” na relação servidor/magistrado/trabalho, pois, se for um documento que envolve várias pessoas o tempo de trabalho neste processo será maior do que em processos mais simples. Os seres humanos possuem subjetividade, cada ser é único e não podemos no processo de trabalho querer que todos tenham o mesmo ritmo e capacidades. Somente máquinas mantém o mesmo ritmo, os humanos tem seus limites que devem ser respeitados. Entretanto, quem não produz no ritmo exigido por este modelo de gestão, é punido, perseguido, assediado, excluído, discriminado, fatores que influenciam na saúde do trabalhador.

A crítica deste modelo de gestão e a forma como a organização de trabalho executa este modelo foi o debatida no 16º Congresso da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT).

Saiba mais:

http://www.congressoanamt2016.com.br/

Programa Oficial

http://assediomoralesaudenotrabalho.blogspot.com.br/



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