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O trabalho no mundo globalizado, caracterizado por competitividade, individualismo e produtividade, favorece a prática de um dos grandes males para a saúde física e mental dos trabalhadores: o Assedio Moral. Para coibir esta prática são necessárias campanhas de esclarecimento em palestras, seminários e a criação de grupos de estudos sobre o tema. Além disso, é fundamental o fortalecimento e a união dos trabalhadores na denúncia dos abusos, dando visibilidade a essa violência.
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terça-feira, 28 de junho de 2011
TJMMG concorda em criar uma comissão de combate e prevenção ao assédio moral
Saúde e Trabalho
Trabalhadores com carteira assinada são os que mais sofrem assédio moral
Os servidores públicos, contratados através da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), correspondem a 34%; estagiários e pessoas em experiência, 4,5%; contratados por tempo de serviço, 3,5%; temporários, 1%; e outros,17%.
- Na maioria dos casos, os mais assediados são aqueles com vínculo formal (registrados ou por CLT). A pressão é maior porque eles representam grandes custos para a empresa. E, hoje em dia, o que as organizações querem é menos custos e mais produtividade - diz a médica.
Quanto aos informais, temporários e estagiários, como não têm vínculo com a empresa, por não existir um contrato formal, são menos pressionados a apresentar resultados.
A especialista explica que o assédio moral se caracteriza por atitudes e condutas negativas dos chefes em relação a seus subordinados, em que predominam as desqualificações e desmoralizações, constrangimentos e humilhações durante toda a jornada de trabalho, acarretando prejuízos práticos e emocionais para os trabalhadores e para a organização do trabalho.
Ainda de acordo com a pesquisa, 68% dos casos de assédio ocorrem em grandes empresas privadas, de caráter nacional ou internacional. O sexo masculino é o que mais pratica o assédio em relação aos seus funcionários, com 46,5%, enquanto que as mulheres, na posição de chefia, chegam a 31%. Os entrevistados também responderam que a atividade é contínua, ou seja, elas acontecem várias vezes por semana (68,3%). Apenas 19,5% disseram que a prática é realizada uma vez na semana e 12,2%, uma vez ao mês.
- Para alguns, o assédio só é caracterizado quando existe algum transtorno mental ou psicossomático resultante. A comprovação é mais difícil. O assediado deveria fazer um diário em ordem cronológica das situações de assédio e anexar e-mails, cartas, bilhetes, boletins de ocorrência, avaliações de desempenho, processos movidos contra o assediado, gravações e filmagens, entre outros. Mas nem sempre estas provas existem e nem por isso se pode duvidar da palavra do assediado - aconselha a psicóloga Débora Miriam Raab Glina, integrante da Comissão Técnica de Saúde Mental e Trabalho da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt).
Outro indicador no estudo aponta que 14% dos entrevistados já foram vítimas de assédio sexual. Segundo Margarida, é comum nos casos de assédio sexual o uso de palavras obscenas e degradantes em 65% dos casos.
Assédio moral pode levar à morte
Ser humilhado constitui uma experiência que interfere nos sentimentos e emoções, altera o comportamento, agrava doenças pré-existentes ou desencadeia novas doenças, podendo, inclusive, culminar com a morte física da vítima. Talvez por isso, o trabalhador que se encontra desestabilizado emocionalmente, devido ao assédio moral, passa a ouvir "conselhos", tais como que o melhor a fazer é pedir demissão e mudar de empresa.
- O assediado pode procurar ajuda nos centros de referência em saúde do trabalhador, nos sindicatos e no Ministério Público, por exemplo - acrescenta Débora.
Das consequências à saúde, temos o estado de ansiedade, angústia, transtornos leves que vão desde a tristeza, à depressão e à síndrome de burnout até à síndrome d o pânico ou mesmo ideações suicidas e suicídio.
- É dever do empregador manter as condições de segurança e higiene e zelar para que o local de trabalho não se transforme em local perigoso à vida e a saúde dos trabalhadores e trabalhadoras - completa Margarida, ressaltando que a família continua sendo o espaço de confiança para esse trabalhador, que divide com os parentes os problemas enfrentados no trabalho.
Fonte: O Globo
terça-feira, 14 de junho de 2011
I Congresso Iberoamericano sobre Assédio Laboral e Institucional - México 6 a 8 de Julho
O psicólogo Arthur Lobato apresenta trabalho no I Congresso Iberoamericano sobre Assédio Laboral e Institucional no México.
O trabalho "Lucha contra el acoso moral en la administración
pública: estrategias y desafíos" é fruto da experiência de intervenção através da Comissão de combate ao assédio moral do Sinjus-MG e Serjusmig. O objetivo é facilitar o intercâmbio de experiências e conhecimentos entre profissionais de saúde do Brasil e América Latina, referindo-se à prática e à construção do conhecimento. No sábado 9 de julho, Lobato participa de uma oficina para assediados mexicanos, representando Minas Gerais, juntamente com Margarida Barreto, Roberto Heloani (São Paulo) e André Luiz Souza Aguiar (Salvador-Bahia).


O trabalho "Lucha contra el acoso moral en la administración
pública: estrategias y desafíos" é fruto da experiência de intervenção através da Comissão de combate ao assédio moral do Sinjus-MG e Serjusmig. O objetivo é facilitar o intercâmbio de experiências e conhecimentos entre profissionais de saúde do Brasil e América Latina, referindo-se à prática e à construção do conhecimento. No sábado 9 de julho, Lobato participa de uma oficina para assediados mexicanos, representando Minas Gerais, juntamente com Margarida Barreto, Roberto Heloani (São Paulo) e André Luiz Souza Aguiar (Salvador-Bahia).


segunda-feira, 13 de junho de 2011
Oficina para Assediados no México
No dia 9 de julho, após o Congresso Iberoamericano sobre o Assédio Moral, será realizada por especialistas brasileiros no combate ao assédio moral e institucional, uma oficina para ouvir os trabalhadores assediados e suas histórias.
Os responsáveis pela oficina são:
Margarida Barreto e Roberto Heloani (São Paulo),
Arthur Lobato Magalhães Filho (Minas Gerais),
André Luiz SouzaAguiar (Salvador-Bahia).
A duração da oficina será de 6 a 8 horas - período da manhã e da tarde. A oficina também abre espaço para ouvir os trabalhadores assediados,suas histórias.
Evento poscongreso: Taller para acosados |
Sábado 9 de julio 10:00 a 14:00 horas y 15:00 a 18:00 horas Talleristas: Margarida Barreto Roberto Heloani (São Paulo) Arthur Lobato Magalhaes Filho (Minas Gerais) André Luiz Souza Aguiar (Salvador-Bahia) 18:00: hablan los acosados |
quarta-feira, 8 de junho de 2011
I Congresso Iberoamericano sobre Assédio Laboral e Institucional
O psicólogo e pesquisador Arthur Lobato e o coordenador do Sinjus-MG Robert França foram selecionados para apresentar o trabalho "Luta contra o assédio moral na administração pública: Estratégias e Desafios" no I Congreso Iberoamericano sobre Acoso Laboral e Institucional, que será realizado de 6 a 8 de julho de 2011 nas instalações da Escola Nacional de Antropologia e História, no México, D. F.
O trabalho de Lobato e França vem de encontro ao objetivo do congresso — facilitar o intercâmbio de experiências e conhecimentos entre os profissionais de saúde da América Latina —, compartilhando as estratégias empreendidas pelos sindicatos Sinjus e Serjusmig, através da Comissão de Combate ao Assédio Moral, revendo o progresso da luta e as resistências para melhorar a saúde dos trabalhadores.
A médica e pesquisadora da PUC/SP Margarida Barreto e a jurista cubana Lydia Guevara Ramires foram convidadas para a Conferência Magistral.
Rui Viana, Robert França, Lidia Guevara, Leonardo Militão e Arthur Lobato depois de palestra no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). |
Arturo Luis Alonzo Padilla (Escuela Nacional de Antropología e Historia), Martha Isabel Ángeles Constantino, (Facultad de Ciencias Políticas y Sociales, Universidad Autónoma del Estado de México), Laura Elizabeth Benhumea González (Facultad de Ciencias Políticas y Sociales, Universidad Autónoma del Estado de México), Rocío Fuentes Valdivieso (Escuela Superior de Medicina, Instituto Politécnico Nacional), Elías García Rosas (Facultad de Derecho, Universidad Autónoma del Estado de México), Florencia Peña Saint Martin (Escuela Nacional de Antropología e Historia), Aristeo Santos López (Facultad de Ciencias de la Conducta, Universidad Autónoma del Estado de México), Alicia Margarita Tinoco García (Facultad de Ciencias Políticas y Sociales, Universidad Autónoma del Estado de México)

Assédio Moral : riqueza marca manhã em Seminário na UFMG
“Os Danos à Saúde Causados aos Trabalhadores pelas Práticas do Assédio Moral no Serviço Público”. Este foi o tema da esclarecedora palestra ministrada, na manhã desta terça-feira, 31/5/2011, pela médica do trabalho, e professora da PUC/SP, Dra Margarida Barreto. A bem-estruturada explanação fez parte da etapa matinal do 2º Seminário “Assédio Moral, Diga não!”. Co-promovido pelos Sindicatos dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino (Sindifes); de Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte e Montes Claros (Apubh); em parceria com o Diretório Central dos Estudantes (DCE) e a Pró-reitoria de Recursos Humanos da UFMG (Pró-RH), o evento foi realizado no auditório da Reitoria do Campus Pampulha. A “Comissão de Combate ao Assédio Moral SERJUSMIG/Sinjus-MG” participa do evento. NOSSO Sindicato é representado pelo vice-presidente, Rui Viana. Além de Rui, também acompanham as palestras: Robert Wagner e Leonardo Militão (do Sinjus-MG), e o psicólogo Arthur Lobato(Coordenador da Comissão) .
Nesta fase matutina, além da médica de São Paulo (grande especialista no tema), o evento contou com palestras de Carlos César Soares Batista, chefe da Divisão de Promoção à Saúde do Servidor do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Entre outras questões, Cézar abordou a “Política de Atenção à Saúde do Servidor (PASS)”. Na sequência, vieram as explanações de Alberto Fillipi Barbosa (Ouvidor do Ministério do Planejamento); e de Roberto Silva Pimentel, idealizador do Comitê de Mediação e Humanização nas Relações (Comhur), da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Foi uma manhã reflexiva, marcada pela riqueza de informações e olhares sobre Ässédio Moral”, entre outras valiosas questões relacionadas à “SAÚDE DO TRABALHADOR”, sobretudo daqueles que atuam no Setor Público.
Os representantes da NOSSA Comissão estão participando do Seminário com o propósito de ampliar conhecimentos, e também de fortalecer a interlocução com outras entidades e estudiosos. Tal interconexão visa à constante busca de um ambiente de trabalho equilibrado e salutar para TODOS, indistintamente e sempre. NOSSA Comissão (em parceria com os deputados Sargento Rodrigues/PDT e André Quintão/PT e outras entidade unidas na Coordenação Intersindical dos Srvidores de Minas) foi a principal idealizadora da proposta que culminou na atual legislação Estadual de s Combate ao Assédio na Administração Pública de Minas Gerais. Tal fato foi ressaltado no evento. Após as palestras, houve debates e esclarecimentos de dúvidas. Os trabalhos foram interrompidos para o almoço, por volta das 13h30. No período da tarde, esta partilha de conhecimentos continuará. Haverá uma “Mesa”, composta por representantes da Área Jurídica, focada exatamente na abordagem dos aspectos legais, no que tange a questões afetas ao “Assédio Moral no Ambiente de Trabalho”. Esse debate “jurídico” terá como mediadora a expert Margarida Barreto, que, durante o Seminário, apresenta e autografa seu novo livro “Do Assédio Moral à Morte de Si – Significados Sociais do Suicídio no Trabalho”:
http://www.serjusmig.org.br (em 31/05/2011às 13:28)
Nesta fase matutina, além da médica de São Paulo (grande especialista no tema), o evento contou com palestras de Carlos César Soares Batista, chefe da Divisão de Promoção à Saúde do Servidor do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Entre outras questões, Cézar abordou a “Política de Atenção à Saúde do Servidor (PASS)”. Na sequência, vieram as explanações de Alberto Fillipi Barbosa (Ouvidor do Ministério do Planejamento); e de Roberto Silva Pimentel, idealizador do Comitê de Mediação e Humanização nas Relações (Comhur), da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Foi uma manhã reflexiva, marcada pela riqueza de informações e olhares sobre Ässédio Moral”, entre outras valiosas questões relacionadas à “SAÚDE DO TRABALHADOR”, sobretudo daqueles que atuam no Setor Público.
Os representantes da NOSSA Comissão estão participando do Seminário com o propósito de ampliar conhecimentos, e também de fortalecer a interlocução com outras entidades e estudiosos. Tal interconexão visa à constante busca de um ambiente de trabalho equilibrado e salutar para TODOS, indistintamente e sempre. NOSSA Comissão (em parceria com os deputados Sargento Rodrigues/PDT e André Quintão/PT e outras entidade unidas na Coordenação Intersindical dos Srvidores de Minas) foi a principal idealizadora da proposta que culminou na atual legislação Estadual de s Combate ao Assédio na Administração Pública de Minas Gerais. Tal fato foi ressaltado no evento. Após as palestras, houve debates e esclarecimentos de dúvidas. Os trabalhos foram interrompidos para o almoço, por volta das 13h30. No período da tarde, esta partilha de conhecimentos continuará. Haverá uma “Mesa”, composta por representantes da Área Jurídica, focada exatamente na abordagem dos aspectos legais, no que tange a questões afetas ao “Assédio Moral no Ambiente de Trabalho”. Esse debate “jurídico” terá como mediadora a expert Margarida Barreto, que, durante o Seminário, apresenta e autografa seu novo livro “Do Assédio Moral à Morte de Si – Significados Sociais do Suicídio no Trabalho”:
http://www.serjusmig.org.br (em 31/05/2011às 13:28)
Membros da Comissão do Assédio Moral participam de Seminário na UFMG
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