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Com
relação à especificidade que vai marcar a diferença entre assédio moral
e estresse, ela reforçou as marcas e consequências da vergonha e
humilhação vivenciadas pela vítima. Como os efeitos do assédio moral
persistem com o tempo, a vitima que é escolhida como alvo sofre com a
perda do sentido da realidade, questiona-se “porque estão fazendo
isso?”, e não há explicações. A vítima não entende o que está
acontecendo; cria um quadro de dúvidas sobre sua capacidade de trabalho;
introjeta o discurso do agressor e passa a se sentir culpada no lugar
de vitima. Mas culpada de quê?
Nós,
seres humanos, precisamos do sentido das coisas. Quando há explicações e
diálogo, problemas e conflitos podem ser superados. As atuações
agressivas, mecanismo de defesa da vítima de assédio moral, servem para
corroborar a perversidade do assediador, que usa destes momentos de
explosões emocionais da vitima de assédio moral, para prejudicá-la ainda
mais.
Marie
France reafirmou que todo assédio moral é um atentado à dignidade e
autoestima das pessoas, sendo que as injúrias e humilhações nunca são
esquecidas. A vítima de assédio moral não entende o que aconteceu, nem
sabe o que fazer, o trabalho perde o sentido, fatores que agravam o
adoecer emocional e psíquico da vítima. Sem o sentido, que dá
significado ao trabalho, a vítima busca soluções equivocadas, e como não
há respostas, a vitima pode ser violenta com outra pessoa ou consigo
mesmo, uma das razões do suicídio. Portanto a vítima de assédio moral
pode sofrer com depressão ou ansiedade excessiva, e até mesmo ideias
suicidas.
Acredito
que todos nós profissionais de saúde, doutores da lei, servidores e
diretores do SINJUS-MG, estaremos unidos com a comissão paritária,
regulamentada e constituída entre o TJMG e os sindicatos para debater e
combater o assédio moral no trabalho.
Fique ligado no próximo artigo, ele trará detalhes importantes expostos pelos especialistas acima citados! Acompanhe aqui.
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O trabalho no mundo globalizado, caracterizado por competitividade, individualismo e produtividade, favorece a prática de um dos grandes males para a saúde física e mental dos trabalhadores: o Assedio Moral. Para coibir esta prática são necessárias campanhas de esclarecimento em palestras, seminários e a criação de grupos de estudos sobre o tema. Além disso, é fundamental o fortalecimento e a união dos trabalhadores na denúncia dos abusos, dando visibilidade a essa violência.
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