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Com
relação à especificidade que vai marcar a diferença entre assédio moral
e estresse, ela reforçou as marcas e consequências da vergonha e
humilhação vivenciadas pela vítima. Como os efeitos do assédio moral
persistem com o tempo, a vitima que é escolhida como alvo sofre com a
perda do sentido da realidade, questiona-se “porque estão fazendo
isso?”, e não há explicações. A vítima não entende o que está
acontecendo; cria um quadro de dúvidas sobre sua capacidade de trabalho;
introjeta o discurso do agressor e passa a se sentir culpada no lugar
de vitima. Mas culpada de quê?
Nós,
seres humanos, precisamos do sentido das coisas. Quando há explicações e
diálogo, problemas e conflitos podem ser superados. As atuações
agressivas, mecanismo de defesa da vítima de assédio moral, servem para
corroborar a perversidade do assediador, que usa destes momentos de
explosões emocionais da vitima de assédio moral, para prejudicá-la ainda
mais.
Marie
France reafirmou que todo assédio moral é um atentado à dignidade e
autoestima das pessoas, sendo que as injúrias e humilhações nunca são
esquecidas. A vítima de assédio moral não entende o que aconteceu, nem
sabe o que fazer, o trabalho perde o sentido, fatores que agravam o
adoecer emocional e psíquico da vítima. Sem o sentido, que dá
significado ao trabalho, a vítima busca soluções equivocadas, e como não
há respostas, a vitima pode ser violenta com outra pessoa ou consigo
mesmo, uma das razões do suicídio. Portanto a vítima de assédio moral
pode sofrer com depressão ou ansiedade excessiva, e até mesmo ideias
suicidas.
Acredito
que todos nós profissionais de saúde, doutores da lei, servidores e
diretores do SINJUS-MG, estaremos unidos com a comissão paritária,
regulamentada e constituída entre o TJMG e os sindicatos para debater e
combater o assédio moral no trabalho.
Fique ligado no próximo artigo, ele trará detalhes importantes expostos pelos especialistas acima citados! Acompanhe aqui.
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O trabalho no mundo globalizado, caracterizado por competitividade, individualismo e produtividade, favorece a prática de um dos grandes males para a saúde física e mental dos trabalhadores: o Assedio Moral. Para coibir esta prática são necessárias campanhas de esclarecimento em palestras, seminários e a criação de grupos de estudos sobre o tema. Além disso, é fundamental o fortalecimento e a união dos trabalhadores na denúncia dos abusos, dando visibilidade a essa violência.
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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
Diferenças sutis entre o estresse e o assédio moral
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Assédio Moral x Estresse: artigo de hoje explica as diferenças entre os males
Publicado em: http://www.sinjus.com.br
Nesta sexta-feira (11/1), o SINJUS-MG traz o segundo texto do psicólogo Arthur Lobato que integra a série de artigos sobre as palestras realizadas por Marie France Hyrigoen, especialista em Assédio Moral, e Chistopher Dejours, que estuda a relação prazer-sofrimento no trabalho.
Os estudiosos são franceses e estiveram no Brasil, a convite da Escola judicial do Tribunal Regional do Trabalho 4ª Região (TRT4), em Porto Alegre, em abril de 2012. As análises foram feitas pelo psicólogo e coordenador da Comissão de Combate ao Assédio Moral do Sinjus/Serjusmig, Arthur Lobato, que participou do evento. Clique aqui e leia a introdução da série.
No artigo de hoje, Arthur Lobato fala sobre as diferenças entre o estresse e o assédio moral e caracteriza cada um desses males que atingem os trabalhadores. A criação da comissão paritária, regulamentada e constituída entre o TJMG e os sindicatos para debater e combater o assédio moral no trabalho também é um dos temas abordados pelo especialista.
Clique aqui e leia o artigo. Boa leitura!
SINJUS-MG avança no cumprimento da LC 116/11 pelo TJMG
Publicado em: http://www.sinjus.com.br |
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TJMMG inicia pesquisa sobre Assédio Moral solicitada pelo CNJ
Publicado em: http://www.sinjus.com.br
A luta pela regulamentação da Lei Complementar 116/11, que dispõe sobre a prevenção e a punição do assédio moral na administração pública estadual, deu mais um passo.
O presidente do Tribunal de Justiça Militar de Minas Gerais (TJMMG), juiz coronel Osmar Duarte Marcelino, informou ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por meio de ofício, que já solicitou à presidente da Comissão sobre Assédio Moral dentro do Tribunal a realização da pesquisa de clima organizacional e de ambiente de trabalho.
O estudo foi uma reivindicação do SINJUS-MG, por meio do Pedido de Providências nº 0006244-86.2011.2.00.000, solicitado ao CNJ. A conclusão da pesquisa está prevista para junho deste ano, quando será encaminhado ao presidente relatório com os resultados apurados e providências a serem adotadas, se for o caso, para posterior cientificação ao CNJ.
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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
TJMG cria Comissão para combate ao Assédio Moral no Judiciário mineiro
PORTARIA Nº 2832/2012
Designa Magistrados e representantes das entidades sindicais ou associativas dos servidores do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais para integrarem Comissão paritária de estudos, prevenção e recebimento de reclamações acerca do assédio moral no trabalho, no âmbito da Justiça Estadual em Minas Gerais.
O Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, no uso das atribuições legais, em especial o disposto no artigo 26, X do Regimento Interno do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais,
Considerando o previsto nos artigos 9º e 10 da Lei Complementar 116/11, que cuida da prevenção e da punição do assédio moral na administração pública estadual;
Considerando a necessidade do debate institucional sobre a saúde dos trabalhadores no ambiente do trabalho;
Considerando as recomendações da Organização Internacional do Trabalho (OIT),
Resolve:
Art. 1º Fica instituída comissão paritária e multidisciplinar de estudos, prevenção e recebimento de reclamações, para coordenar ações de prevenção, promover conciliação, buscar soluções para os casos de possível assédio moral no trabalho.
§ 1º A Comissão de que trata esta Portaria é composta por magistrados, e representantes das entidades sindicais ou associativas dos servidores do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais das 1ª e 2ª Instâncias:
Juíza Flávia de Vasconcellos Lanari, que presidirá os trabalhos da comissão
Juíza Andréa Cristina Miranda Costa
Juíza Mônica Libânio Rocha Bretas
Juiz Rui de Almeida Magalhães
Representante do SINJUS-MG Robert Wagner França
Representante do SERJUSMIG Rui Viana Silva
Representante do SINDOJUS/MG Jonathan Porto Galdino do Carmo
§ 2º A Comissão apresentará relatório para avaliação dos resultados, semestralmente, a partir da publicação desta Portaria.
§ 3º Será determinado o arquivamento liminar da reclamação quando a matéria for flagrantemente estranha ao objeto da Comissão, quando for manifestamente improcedente o pedido, quando esteja despida de elementos mínimos para a compreensão da controvérsia, quando ausente o legítimo interesse, quando anônima ou apócrifa.
Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
PUBLIQUE-SE. CUMPRA-SE.
Belo Horizonte, 12 de dezembro de 2012
Desembargador Joaquim Herculano Rodrigues,
Presidente
Publicada em:
http://www.serjusmig.org.br
Nossos representantes nacionais lutam contra assédio moral
CSPB apoia luta da Fenajud contra o assédio moral nos tribunais
O conselheiro do Conselho Nacional de Justiça- CNJ, Gilberto Valente Martins, deferiu o pedido feito pelo presidente da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil- CSPB, João Domingos dos Santos, para que a entidade possa atuar como terceiro interessado nos autos do Pedido de Providências nº 0005824-81.2011.2.00.0000, que trata do combate ao assédio moral, protocolado pela Federação Nacional dos Servidores do Poder Judiciário nos Estados- Fenajud.
A FENAJUD que sempre luta em prol da dignidade dos servidores do judiciário fez o requerimento para que o combate ao assédio moral seja inserido no rol dos objetivos estratégicos do Poder Judiciário e cobra a instituição de programas de assistências às vítimas desse tipo de situação em todos os tribunais brasileiros
Foi com base Artigo 9º, II e III da Lei 9.784/1999 que Gilberto Valente, relator do pedido de providências da FENAJUD, deferiu o pedido da CSPB e assegurou o direito do interessado à sustentação oral da inclusão do feito em pauta para julgamento, nos termos do artigo 125 do Regimento Interno do CNJ.
Para João Domingos, a proteção da dignidade humana é um valor constitucional a ser observado por todos. Ele disse ainda, que é imprescindível que a administração do Poder Judiciário respeite esse direito.
A FENAJUD requereu a notificação compulsória pelas administrações dos tribunais à Corregedoria do CNJ de todas as denúncias recebidas de assédio moral contra servidores para que a apuração dos fatos seja acompanhada por aquele órgão.
O pedido da federação foi protocolado em 2011, por sua então presidente, Maria José Silva, tendo como advogado constituído nos autos o Doutor Sálvio Dino Costa. Logo após, Gilberto Martins determinou a intimação a todos os oitenta e nov tribunais vinculados ao Conselho Nacional de Justiça para que se manifestassem sobre a questão do assédio moral no Judiciário brasileiro e sobre os pleitos da federação, tendo em vista a relevância da matéria e a sua repercussão nacional; ele aguarda a manifestação do único tribunal brasileiro que, até o momento, não se manifestou sobre o pedido da FENAJUD, Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão, para poder levar a matéria ao julgamento no plenário do CNJ.
Além da CPSB, atuam como terceiros interessados no pedido de providências da FENAJUD também o Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Maranhão (SINDJUS-MA) e o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado da Bahia (SINPOJUD-BA).
O presidente da Fenajud, Valter Macedo, disse que é muito importante o apoio da CSPB nessa luta em prol do resgate da dignidade dos servidores do judiciário e que a federação continuará no combate ao assédio moral.
Fonte: Imprensa/Fenajud
Com informações do Sindijus/MA
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Debatedores cobram aprovação de leis sobre assédio moral e demissão voluntária
A falta de vontade política para aprovar projetos de lei sobre assédio moral, terceirização e demissão voluntária foi ressaltada pelos debatedores em audiência pública realizada na manhã desta terça-feira (4) na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), que estava presente no debate, observou que há vários projetos tramitando nas duas Casas mas que sofrem pressão do governo para a não aprovação. Por isso propôs a criação de uma comissão mista, que ajude a acelerar a análise de propostas que tratam de questões trabalhistas.
Um desses projetos diz respeito ao plano de demissão voluntária (PDV) dos Correios e define condições de retorno a quem aderir ao plano. Para o senador, agora é o momento de se resolver a questão.
- Nós só temos condições de resolver essas questões quando a situação no mundo do trabalho é mais favorável. Se se diz que está em pleno emprego é a hora de a gente resolver, porque quando está em pleno desemprego ninguém resolve nada, que é um Deus nos acuda – afirmou.
A comissão, presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS), formou três mesas com representantes de vários setores, como Ministério Público do Trabalho, Tribunal Superior do Trabalho (TST), do Ministério do Trabalho e Emprego, representantes dos pedevistas, dos engenheiros da Petrobras, e de outros setores trabalhistas. Também participaram os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP), Ana Rita (PT-ES) e Wellington Dias (PT-PI).
Assédio moral
A ministra e vice-presidente do TST, Maria Cristina Peduzzi, afirmou que o assédio moral é estudado há pouco tempo, mas crescem em progressão geométrica os casos na justiça que tratam desse tipo de problema.
Segundo Peduzzi, o assédio moral se constitui por uma série de atos aparentemente desimportantes, mas que, pela continuidade, fragilizam a autoestima do trabalhador. Ela defendeu uma legislação não apenas para punir o assédio moral, mas para prevenir que ele aconteça.
- É muito importante que a lei discipline aspectos que são relevantes, em especial, para prevenir. Porque o essencial é prevenir o assédio moral, que ocorre, e eu percebo isso, muitas vezes, por falta de esclarecimentos – disse a ministra.
Terceirização
Com relação à terceirização, todos os convidados falaram que é um fenômeno crescente e irreversível, causando, muitas vezes, condições precárias de trabalho. O procurador Jonas Ratier Moreno, do Ministério do Trabalho, falou que a terceirização nas indústrias de confecção em São Paulo caracteriza um trabalho escravo urbano. Para Moreno, a terceirização deve estar ligada à especialização e à atividade-meio da empresa, nunca à atividade-fim.
- No caso específico das indústrias de confecção, nós temos “quinterização”, poderíamos falar em “sexterização”, que ela acaba caindo naquela oficina de fundo de quintal daquele patrício boliviano que resolveu trazer do país vizinho outros trabalhadores para serem explorados – relatou o procurador.
Demissão voluntária
A representante dos pedevistas - funcionários que aderiram a planos de demissão voluntárias - Rejane Ávila Cavalcanti Bezerra contou que aderiu a um PDV em 1999 e está há 12 anos lutando pela reintegração à empresa, já que o governo não cumpriu sua parte no acordo.
– Nós conseguimos conquistar o respeito pela luta nesses 12 anos de luta. Mas só de liderança, nós já temos nove mortes. Temos casos de pedevistas mendigos. Nós não estávamos preparados para o não cumprimento desse acordo – disse Rejane.
Marilia Coêlho
Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Um desses projetos diz respeito ao plano de demissão voluntária (PDV) dos Correios e define condições de retorno a quem aderir ao plano. Para o senador, agora é o momento de se resolver a questão.
- Nós só temos condições de resolver essas questões quando a situação no mundo do trabalho é mais favorável. Se se diz que está em pleno emprego é a hora de a gente resolver, porque quando está em pleno desemprego ninguém resolve nada, que é um Deus nos acuda – afirmou.
A comissão, presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS), formou três mesas com representantes de vários setores, como Ministério Público do Trabalho, Tribunal Superior do Trabalho (TST), do Ministério do Trabalho e Emprego, representantes dos pedevistas, dos engenheiros da Petrobras, e de outros setores trabalhistas. Também participaram os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP), Ana Rita (PT-ES) e Wellington Dias (PT-PI).
Assédio moral
A ministra e vice-presidente do TST, Maria Cristina Peduzzi, afirmou que o assédio moral é estudado há pouco tempo, mas crescem em progressão geométrica os casos na justiça que tratam desse tipo de problema.
Segundo Peduzzi, o assédio moral se constitui por uma série de atos aparentemente desimportantes, mas que, pela continuidade, fragilizam a autoestima do trabalhador. Ela defendeu uma legislação não apenas para punir o assédio moral, mas para prevenir que ele aconteça.
- É muito importante que a lei discipline aspectos que são relevantes, em especial, para prevenir. Porque o essencial é prevenir o assédio moral, que ocorre, e eu percebo isso, muitas vezes, por falta de esclarecimentos – disse a ministra.
Terceirização
Com relação à terceirização, todos os convidados falaram que é um fenômeno crescente e irreversível, causando, muitas vezes, condições precárias de trabalho. O procurador Jonas Ratier Moreno, do Ministério do Trabalho, falou que a terceirização nas indústrias de confecção em São Paulo caracteriza um trabalho escravo urbano. Para Moreno, a terceirização deve estar ligada à especialização e à atividade-meio da empresa, nunca à atividade-fim.
- No caso específico das indústrias de confecção, nós temos “quinterização”, poderíamos falar em “sexterização”, que ela acaba caindo naquela oficina de fundo de quintal daquele patrício boliviano que resolveu trazer do país vizinho outros trabalhadores para serem explorados – relatou o procurador.
Demissão voluntária
A representante dos pedevistas - funcionários que aderiram a planos de demissão voluntárias - Rejane Ávila Cavalcanti Bezerra contou que aderiu a um PDV em 1999 e está há 12 anos lutando pela reintegração à empresa, já que o governo não cumpriu sua parte no acordo.
– Nós conseguimos conquistar o respeito pela luta nesses 12 anos de luta. Mas só de liderança, nós já temos nove mortes. Temos casos de pedevistas mendigos. Nós não estávamos preparados para o não cumprimento desse acordo – disse Rejane.
Marilia Coêlho
Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
TJMG designa membros da Comissão paritária de assédio moral
Uma antiga reivindicação do SINJUS-MG começa a se concretizar no Tribunal de Justiça de Minas Gerais. A luta pela prevenção ao assédio moral ganha um novo aliado dentro da Instituição: a comissão paritária que cuidará do assunto. Os membros que irão compor a comissão foram designados pela Portaria Nº 2832/2012, publicada no Diário do Judiciário Eletrônico desta quarta-feira, 12/12. O SINJUS-MG será representado pelo seu coordenador-geral, Robert França.
A portaria determina que a comissão paritária será responsável por “estudos, prevenção e recebimento de reclamações acerca do assédio moral no trabalho, no âmbito da Justiça Estadual em Minas Gerais”. Essa é uma conquista importante e representa um avanço no tão esperado cumprimento da LC 116/11 pelo TJMG.