*Arthur Lobato
“Outro mundo é possível”, foi o que se constatou, em Belém, no Fórum Social Mundial (FSM). Projetos, idéias, experiências, dúvidas e sugestões foram debatidas calorosamente nas oficinas e palestras do FSM. O SINJUS-MG e o SERJUSMIG levaram a experiência mineira no combate ao assédio moral no serviço público, apresentada pelo psicólogo Arthur Lobato, com distribuição de cartilhas e lançamento do blog http://assediomoralesaudenotrabalho.blogspot.com/, criado e atualizado pela jornalista Taís Ferreira.
Participaram da mesa sobre saúde mental e as relações de trabalho, os maiores especialistas do Brasil e da América Latina como Margarida Barreto, Roberto Heloni, a renomada jurista cubana Lídia Guevara, entre outros. Foram distribuídas a cartilha do SINJUS/SERJUSMIG e a nova cartilha do sindicato dos químicos de São Paulo, pioneiro na luta contra o assédio moral. Outros convidados como Pérsio Dutra-DIESAT-SP-SP; Erivalder Guimarães - FENAM; Carmen Regina Rocha Lima - FNU-Pará; Luiz Salvador -ALAL -Paraná; Susana Trevino -Argentina; falaram sobre a violação repetitiva dos direitos humanos dos trabalhadores.
Fraternidade e esperança na possibilidade de um modo mais humano de trabalho, mesmo com a crise econômica mundial - crise do capital, do consumo -, que reflete em todos nós. Momento em que, mais do que nunca, devemos lutar pela nossa dignidade, não permitindo que a crise seja mais uma arma contra o trabalhador. A missão dos sindicatos é não permitir que o assédio moral no trabalho se alastre como um câncer, corrompendo e destruindo corpos e mentes. Afinal, o trabalho deve ser fonte de realizações.
A verdadeira saúde mental é aquela que possibilita amar e trabalhar. Em nosso lado emocional, afetivo transborda a verdadeira humanidade que existe em todos nós. Através do trabalho, damos nossa contribuição para um mundo melhor, onde a realização pessoal é compartilhada. Com união e vontade de evoluir tudo é possível. Amando, nos encontramos com o outro em plena humanidade; e trabalhando encontramos nossa realização profissional. Mais do que nunca, nos dias de hoje, o que desejamos é “trabalhar sim, adoecer não”!
* Arthur lobato é psicólogo, pesquisador do assédio moral no trabalho e membro da Comissão de Combate ao Assédio Moral SINJUS/SERJUSMIG/SITRAEMG.Publicado no jornal EXPRESSÃO SINJUS 172, de 12 de fevereiro de 2009.
Um comentário:
Tenho um grande questionamento sobre o tema.Saí da empresa anterior em função das investidas que sofria, que me causaram grandes transtornos psicologicos, mas sentia-me de mãos atada em função do medo de perder o emprego.Tanto que começei a buscar outros,até finalmente consegui sair do emprego anterior ao ser contratada por um sindicato, estava super feliz e tranaquila acreditando que desta vez estaria 'imune ' a essas violências veladas, porém ledo engano, exatamente na entidade onde acreditei estar segura e enfim afastada desses proessos, mas uma vez se repete a tortura diária e dolorosa.No inicio pulava da cama para ir ao trabalho, agora sinto vontade de que o dia chegue logo ao fim para voltar pra casa e tentar me 'livrar' da perseguição.Agora mais uma vez estou sofrendo com essa situação e completamente aderiva nessa luta, pois jamais imaginei passar por essa processo dentro da entidade sindical que devereia me proteger.Dai minha pergunta, se essas pessoas não acreditam no que fazem dentro de um sindicato por que permanecem? E olha que as pessoas que atentam contra mim, são pessoas exclarecidissímas e mais velhos.Sinceramente, preciso de um apoio e não sei a aquem recorrer.
***D.
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