terça-feira, 26 de agosto de 2014

1ª Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho TRT Cuiabá/MT


Palestra “Combate ao assédio moral: um inimigo invisível no ambiente de trabalho” com Arthur Lobato (psicólogo)

Data: 05/09/2014 
Horário: 8h40 às 11h30
Local: TRT 23ª Região
Av. Historiador Rubens de Mendonça, 3355
Centro Político e Administrativo | Cuiabá/MT


O Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso sediará no começo de setembro a 1ª Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT). Serão cinco dias de uma extensa programação que inclui palestras, minicursos, orientação nutricional e degustação de receitas saudáveis.

O evento vai de 1º a 5 do próximo mês e é aberto a participação de toda sociedade, mas contempla, em especial, magistrados, servidores, terceirizados e estagiários da Justiça do Trabalho mato-grossense.

Para o presidente do TRT/MT, desembargador Edson Bueno, a participação de todos é fundamental para o sucesso das discussões, principalmente diante o compromisso social da Justiça do Trabalho de levar informação e conhecimento como forma de prevenir e evitar a ocorrência de acidentes de trabalho.








Confira a programação completa:


01/09/2014 (segunda-feira)
08:00 às 08:20 – Abertura do evento (Representante do TRT e Presidente da CIPA)
08:20 às 10:10 – Palestra com o médico do trabalho Dr. Rogério Dornelles - Impactos do PJe na saúde do servidor
10:10 às 10:30 – Intervalo/coffee break
10:30 às 12:00 – Palestra com o fisioterapeuta Dr. José Ronaldo Veronesi Jr - O Processo Judicial Eletrônico – PJe e o Risco Ergonômico

02/09/2014 (terça-feira)
08:00 às 10:00 – Palestra “Alimente-se bem morando sozinho
10:00 às 12:00 – Degustação de Receitas Saudáveis; Orientação Nutricional (presença de 04 nutricionistas); Sessão de Quick Massage

03/09/2014 (quarta-feira)
08:00 às 10:00 – Minicurso “Prevenção de Acidentes no Trabalho e os Equipamentos de Proteção Individual e Coletivo”
10:00 às 10:20 – Intervalo/coffee break
10:20 às 11:20 – Palestra “Álcool, tabaco, outras drogas e seus malefícios à saúde do trabalhador”
13:00 às 15:00 – Minicurso “Prevenção de Acidentes no Trabalho e os Equipamentos de proteção Individual e Coletivo”
15:00 às 15:20 – Intervalo/coffee break
15:20 às 16:20 – Palestra “Álcool, tabaco, outras drogas e seus malefícios à saúde do trabalhador”

04/09/2014 (quinta-feira)
08:00 às 12:00 – Curso “Acidentes domésticos: como prevenir, como socorrer”

05/09/2014 (sexta-feira)
08:00 às 08:40 – Apresentação do Coral
08:40 às 11:30 – Palestra “Combate ao assédio moral: um inimigo invisível no ambiente de trabalho” com Arthur Lobato (psicólogo)

Onda de suicídios assusta


IstoÉ Brasil - N° Edição:  2285 |  30.Ago.13 - 20:40 |  Atualizado em 20.Ago.14 - 00:00

Onda de suicídios assusta

Em um ano, 11 agentes da PF tiraram a própria vida. Atualmente, policiais morrem mais por suicídio do que durante combate ao crime. Conheça as possíveis causas desse cenário dramático

Josie Jeronimo e Izabelle Torres
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DRAMA 
Em 40 anos, 36 policiais federais perderam a vida no cumprimento da função. 
Um terço desse total morreu por suicídio apenas entre 2012 e 2013
Vista do lado de fora, a Polícia Federal é uma referência no combate à corrupção e ainda representa a elite de uma categoria cada vez mais imprescindível para a sociedade. Vista por dentro, a imagem é antagônica. A PF passa por sua maior crise interna já registrada desde a década de 90, quando começou a ganhar notoriedade. Os efeitos disso não estão apenas na queda abrupta do número de inquéritos realizados nos últimos anos, que caiu 26% desde 2009. Estão especialmente na triste história de quem precisou enterrar familiares policiais que usaram a arma de trabalho para tirar a própria vida. Nos últimos dez anos, 22 agentes da Polícia Federal cometeram suicídio, sendo que 11 deles aconteceram entre março de 2012 e março deste ano: quase um morto por mês. O desespero que leva o ser humano a tirar a própria vida mata mais policiais do que as operações de combate ao crime. Em 40 anos, 36 policiais perderam a vida no cumprimento da função. Para traçar o cenário de pressões e desespero que levou policiais ao suicídio, ISTOÉ conversou com parentes e colegas de trabalho dos mortos. O teor dos depoimentos converge para um ponto comum de pressão excessiva e ambiente de trabalho sem boas perspectivas de melhoria.
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FALTA DE ESTRUTURA
Agentes trabalham amordaçados em protesto contra condições desumanas de trabalho
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Brasília (UnB) no ano passado mostrou que por trás do colete preto, do distintivo, dos óculos escuros e da mística que transformou a PF no ícone de polícia de elite existe um quatro grave. Depressão e síndrome do pânico são doenças que atingem um em cada cinco dos nove mil agentes da Polícia Federal. Em um dos itens da pesquisa, 73 policiais foram questionados sobre os motivos das licenças médicas. Nada menos do que 35% dos entrevistados responderam que os afastamentos foram decorrentes de transtornos mentais como depressão e ansiedade. “O grande problema é que os agentes federais se submetem a um regime de trabalho militarizado, sem que tenham treinamento militar para isso. Acreditamos que o problema está na estrutura da própria polícia”, diz uma das pesquisadoras da UnB, a psicóloga Fernanda Duarte.

O drama dos familiares dos policiais que se suicidaram está distribuído nos quatro cantos do País. A última morte registrada em 2013 ainda causa espanto nas superintendências de Roraima, onde Lúcio Mauro de Oliveira Silva, 38 anos, trabalhou entre dezembro do ano passado e março deste ano. Mauro deixou a noiva no Rio de Janeiro para iniciar sua vida de agente da PF em Pacaraima, cidade a 220 quilômetros de Boa Vista. Nos 60 dias em que trabalhou como agente da PF, usou o salário de R$ 5 mil líquidos para dar entrada em financiamento de uma casa e um carro. O sonho da nova vida acabou com um tiro na boca, na frente da noiva. Cinco meses se passaram desde a morte de Mauro e o coração de sua mãe, Olga Oliveira Silva, permanece confuso e destroçado. “A Federal sabia que ele não tinha condições de trabalhar na fronteira. Meia hora antes de morrer, ele me ligou e disse: Mainha, eu amo a senhora. Perdoa eu ter vindo pra cá sem ter me despedido”.
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Relatos de colegas de Mauro dão conta que ele chegou a sofrer assédio moral pela pouca produtividade, situação mais frequente do que se poderia imaginar. Como ele, cerca de 50% dos agentes federais já chegaram a relatar casos de assédio praticados por superiores hierárquicos. Essas ocorrências, aliadas a fatores genéticos, à formação de cada um e à falta de perspectivas profissionais, são tratadas por especialistas como desencadeadoras dos distúrbios mentais. “A forma como a estrutura da polícia está montada tem causado sofrimento patológico em parte dos agentes. Há dificuldades para enfrentar a organização hierárquica do trabalho. As pessoas, na maioria das vezes, sofrem de sentimentos de desgaste, inutilidade e falta de reconhecimento. Não é difícil fazer uma ligação desse cenário com as doenças mentais”, afirma Dayane Moura, advogada de três famílias de agentes que desenvolveram doenças psíquicas.
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Os distúrbios mentais e a ocorrência de depressão em policiais são geralmente invisíveis para a estrutura da Polícia Federal. De acordo com o Sindicato dos Policiais do Distrito Federal, há apenas cinco psicólogos para uma corporação de mais de dez mil pessoas. Não há vagas para consultas e tampouco acompanhamento dos casos. Foi nessa obscuridade que a doença do agente Fernando Spuri Lima, 34 anos, se desenvolveu. Quando foi encontrado morto com um tiro na cabeça, em julho do ano passado, a Polícia Federal chegou a cogitar um caso de vingança de bicheiros, uma vez que ele tinha participado da Operação Monte Carlo. Dias depois, entretanto, descobriu-se que Spuri enfrentava uma depressão severa há meses. O pai do agente, Fernando Antunes Lima, reclama da falta de estrutura para um atendimento psicológico no departamento de polícia. “Os chefes estão esperando quantas mortes para tomar uma ação? Isso é desumano e criminoso”, diz ele.

O drama de quem perdeu um familiar por suicídio não se limita aos jovens na faixa dos 30 anos. Faltavam dois anos para Ênio Seabra Sobrinho, baseado em Belo Horizonte, se aposentar do cargo de agente da Polícia Federal. Com histórico de transtorno psicológico, o policial já havia comunicado à chefia que não se sentia bem. Solicitou, formalmente, ajuda. Em resposta, a PF mandou dois agentes à sua casa para confiscar sua arma. Seabra foi então transferido para o plantão de 24 horas, quando o policial realiza funções semelhantes às de um vigia predial. A missão é considerada um castigo, pois não exige qualquer treinamento. No dia 14 de outubro de 2012, Seabra se matou, aos 49 anos. Apesar de estar perto da aposentadoria, a família recebe pensão proporcional com valor R$ 2 mil menor do que os vencimentos do agente, na ativa.
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Fruto de uma especial combinação de fatores negativos, internos e externos, o suicídio nunca foi uma tragédia de fácil explicação para a área médica nem para estudiosos da vida social. Lembrando que toda sociedade, em qualquer época, tem como finalidade essencial defender a vida de seus integrantes, o sociólogo Émile Durkheim (1858-1917) demonstrou que o suicídio é a expressão mais grave de fracasso de uma comunidade e que raramente pode ser explicado por uma razão única. Ainda que seja errado apontar para responsabilidades individuais, a tragédia chegou a um nível muito grande, o que cobra uma resposta de cada parcela do Estado brasileiro que convive com esse drama.
fotos: Cesar Greco / Foto arena; Adriano Machado

Publicado em: http://www.istoe.com.br/

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Absenteísmo, presenteísmo e Assédio Moral

No artigo, a análise do psicólogo e especialista em assédio moral, Arthur Lobato. Nesse estudo, o colunista trata de dois fenômenos ligados à saúde do trabalhador: o absenteísmo, que é a ausência do funcionário no ambiente de trabalho, e o presenteísmo, que é quando o trabalhador comparece ao serviço, mesmo estando doente, porque se sente pressionado ou sofre assédio moral. 

*por Arthur Lobato

Um estudo sobre absenteísmo realizado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), em 2013, apontou um alto índice de afastamento do trabalho por transtornos mentais e comportamentais como primeira causa do absenteísmo. De acordo com o estudo “o absenteísmo pode ser atribuído tanto a problemas de saúde como a causas diversas”.

Em sua essência, o absenteísmo é a ausência do funcionário no ambiente de trabalho. Roberto Heloani, em seu livro: Gestão e Organização para o Capitalismo Globalizado, considera o termo “fuga do trabalho”, como a revolta da classe trabalhadora americana no final da década de 50, quando sob o governo Nixon, várias ações têm início para a redução de salários. Com alto índice de absenteísmo empresas tem sua produção inviabilizada.

Segundo o autor, esta “fuga do trabalho” é o indício do esgotamento da organização da produção, e dos mecanismos convencionais da economia, deixando à mostra aexaustão de um modelo que pretendia aumentar a intensidade do trabalho por meio da gratificação correspondente em ganhos salariais.

Por analogia percebemos que a implantação de métodos gerenciais da iniciativa privada no serviço público, como produtividade e metas, traz de volta o debate entre o excesso de serviço, tempo, número de servidores e as condições para se realizar o trabalho.

Além da intensidade, do ritmo e da carga de trabalho já existente, exige-se uma aceleração do tempo produtivo para o trabalhador cumprir a META 1 e 2 do Conselho Nacional de Justiça, (que em sua essência significa produzir mais, sem aumento do número de funcionários).

Segundo Dejours, estudos sobre a psicodinâmica do trabalho revelam que “o sofrimento começa quando o nível de insatisfação não pode ser diminuído”. O autor afirma que a luta pela saúde do corpo conduzira à denúncia das condições de trabalho. Quanto ao sofrimento mental, ele resulta da organização do trabalho.

O absenteísmo para Dejours é um efeito concreto da subjetividade na relação homem-trabalho.

Podemos supor que, o alto índice de absenteísmo pode ter uma ligação com um trabalho que se tornou insuportável, desmotivador, e pode apontar um nexo epidemiológico entre uma organização do trabalho que adoece um grande número de trabalhadores.

Na relação de violência no trabalho surge um novo fenômeno: O presenteísmo, que significa a presença do trabalhador adoecido, exercendo sua atividade, apesar do atestado médico no bolso.

O SINJUS-MG há mais de 7 anos realiza uma série de ações em prol da saúde do servidor, focando a questão do assédio moral no trabalho e suas consequências sobre a saúde do trabalhador.

Excesso de serviço, serviço extra além da carga de trabalho, pressão por produzir mais sem tempo e condições materiais de trabalho, autoritarismo das chefias, humilhações, perseguições, recusa de comunicação são fatores que deterioram o ambiente de trabalho, tornando-o insuportável, e pode ter relação com o adoecer do trabalhador. Quem sofre o fenômeno denominado assédio moral tem atingidas sua personalidade, sua identidade e sua autoestima. O sintoma principal é a depressão, entre outros transtornos psíquicos e emocionais.

Um ambiente de trabalho humanizado baseia-se no respeito ao outro. Será que no seu setor você é respeitado?


terça-feira, 12 de agosto de 2014

Doença psiquiátrica é principal causa de afastamento do trabalhador no CE




Publicado em 28/07/2014 - http://g1.globo.com/ceara/

Segunda causa mais comum são as doenças ortopédicas, como tendinite.

Nesta semana, TV Verdes Mares exibe série 'Epidemia silenciosa'.

Do G1 CE, com informações da TV Verdes Mares
http://g1.globo.com/ceara/noticia/2014/07/doenca-psiquiatrica-e-principal-causa-de-afastamento-do-trabalhador-no-ce.htmlhttp://g1.globo.com/ceara/noticia/2014/07/doenca-psiquiatrica-e-principal-causa-de-afastamento-do-trabalhador-no-ce.html
No Ceará, a principal causa de afastamento dos trabalhadores são as doenças psiquiátricas, como transtornos mentais e depressão. O dado é do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Na lista, depois vêm as doenças ortopédicas, entre elas, as lesões por esforço repetitivo. Muitos desses afastamentos podem ser considerados acidentes de trabalho.
"Muitas atividades, que outrora não tinham o adoecimento reconhecido, passaram a tê-lo. O próprio INSS hoje já tem uma série de doenças que, pelo próprio caráter epidemiológico que ele próprio configurou nos últimos dez anos, já entende que aquela doença num determinado setor profissional já configura acidente de trabalho", afirma o procurador do Trabalho, Leonardo Holanda.
O CETV 2ª Edição e o Bom Dia Ceará exibem a série de reportagens, "Epidemia Silenciosa", sobre o meio ambiente e acidentes de trabalho. As reportagens serão exibidas de segunda-feira (28) a quarta-feira (30) nos dois jornais e publicadas no G1 Ceará.
Durante 30 anos, Cléber Rego trabalhou como bancário. Ele teve uma hérnia de disco e depois vários problemas psicológicos por causa da queda na produtividade e do excesso de cobranças da função que ocupava. “Eu era simplesmente responsável por tudo. Pressão, depressão, tratamento psicológico, tudo isso me levou a uma anorexia nervosa, que quase me levou a óbito”, conta. O caso de Cleber, como de outros trabalhadores em busca de direitos, chegam cada vez mais à Justiça.
Esforço repetitivo
Além das doenças psiquiátricas, o afastamento do trabalho pode vir de forma inesperada ou depois de uma rotina de muito esforço repetitivo. Uma administradora de empresas, que não quer ser identificado, trabalhou durante dez anos o dia todo no computador. A consequência veio de forma lenta e irreversível. Ela adquiriu uma tendinite crônica. Atualmente, só consegue digitar por pouco tempo e usando um tipo especial de luvas. Já fez duas cirurgias e deve passar por outras duas.
A lesão por esforço repetitivo é um problema que muitos trabalhadores sentem, mas que ninguém vê. Quando se pensa em acidente de trabalho logo vem à cabeça um fato inesperado, como uma queda, um corte, algo que cause um ferimento ou uma lesão visível. Mas nos últimos anos, as doenças ocupacionais também atingem o trabalhador de forma agressiva.
"O doente de tendinite ou de bursite, como é uma doença que não salta aos olhos, diferente de um braço amputado, que todo mundo vê, a doença dele é oculta, então, as pessoas não acreditam que ele esteja doente porque não salta aos olhos", afirma a analista pericial do Ministério Público do Trabalho (MPT) Ayla Maria Cavalcante.
Na segunda reportagem da série "Epidemia Silenciosa", na noite desta terça-feira (29), será mostrado o caminho feito por muitos trabalhadores em busca de seus direitos.

Assédio Moral: Um inimigo invisível no Trabalho



Publicado em: Jornal Clarear - pag.11 - edição 145- julho 2014



Um dos significados da palavra assédio é "submeter sem tréguas a pequenos ataques repetidos". Na história das guerras de conquistas, o assédio era o cerco a uma cidade fortificada, executado por um exército assediador, que bloqueava a comunicação da cidade com o mundo externo, minando assim a resistência da cidade e de seus cidadãos.
A execução do assédio moral no trabalho também vai minando a capacidade do trabalhador, que isolado do grupo, com o tempo, também "capitula", se rende, e desiste do trabalho.
A marca da maldade
O assédio moral no trabalho deve ser compreendido como um processo perverso e autoritário por parte do assediador. Todo assédio é realizado de forma oculta, dúbia, maliciosa, dando margem a diversas interpretações por parte do assediado, causando um adoecimento psíquico/emocional da vítima.
Em todo assédio moral, há constantes agressões pontuais, sistematizadas, geralmente contra pessoas competentes e questionadoras.  Há por parte do assediador, uma intencionalidade em prejudicar, em fazer o mal. Existe uma ambivalência do discurso, na qual o que é feito é negado, e o dito vira não dito. O assediador pode contar com alguém do grupo de trabalhadores para validar o assédio.
Em todo assédio moral sempre há a questão de não se aceitar a diferença do outro, seja por gênero, crença, raça, estética, idade, etc. O assédio moral é uma prática autoritária e desumana, os danos psíquicos causados à vítima são, muitas vezes, irreversíveis.
As vítimas de assédio moral no trabalho, mantém um sentimento de terem sido rejeitadas, maltratadas, desprezadas, humilhadas e desejam mais do que tudo o resgate de sua dignidade.
Somente a prevenção, o debate e mudanças na organizaçao do trabalho podem cortar este mal pela raiz.

Participe, opine, denuncie o assédio moral. Vamos criar um bom fórum de discussões nos próximos meses.

Arthur Lobato é Psicólogo, especialista no Combate ao Assédio Moral.


terça-feira, 5 de agosto de 2014

CCAM debate Assédio Moral em audiência pública na ALE


Convite 
 
Audiência Pública sobre Assédio Moral no serviço público
 
Data: 28 de agosto de 2014
Local:  Assembleia Legislativa do Estado (ALE) do Amazonas
 
 
 
 
 

 
Após uma rodada de reuniões com instituições de defesa dos direitos coletivos, trabalhistas, da saúde  e da cidadania, a Comissão de Combate ao Assédio Moral na Ufam (CCAM) realizará, no dia 28 de agosto de 2014, uma Audiência Pública, na Assembleia Legislativa do Estado (ALE) do Amazonas, para debater o fenômeno  do Assédio Moral no Serviço Público.

Os relatos de assédio moral e o adoecimento de servidores da Universidade Federal do Amazonas, por causa desta forma de gerência, aproximaram a CCAM de movimentos internacionais e nacionais que enfrentam este tema. Além disto, instituições protetoras da democracia e da cidadania, como Defensoria Pública da União (DPU), Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e Conselho Regional de Medicina (Cremam) foram convidadas a participar do debate público para conhecer melhor o tema e para intervir em favor de uma solução pacífica e construtiva.

Após várias reuniões com entidades médicas de apoio psicossocial e com instituições protetoras da cidadania, a Comissão de Combate ao Assédio Moral na Ufam vem efetuando um cauteloso e árduo trabalho para organizar documentos que desvelem fatos de grande gravidade que estão acontecendo no interior desta Instituição Federal de Ensino.  Estes fatos, decorrente de uma concepção gerencial autoritária, estão causando o adoecimento de muitos servidores no ambiente de trabalho e provocando a deterioração das condições necessárias ao exercício da profissão.

O objetivo é sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre este fenômeno desumanizador, além de solicitar a apreciação e as providências cabíveis às instituições responsáveis em combater o Abuso de Poder.

De igual modo, o objetivo da Audiência Pública é compor uma Carta de Compromisso para o enfrentamento ao assédio moral no serviço público e de proteção à saúde física e psíquica dos assediados.

A Comissão de Combate ao Assédio Moral na UFAM estruturou três linhas de atuação: atendimento psicossocial digno aos adoecidos pelo assédio moral, pois a audiência pública no Senado da República definiu que a instituição que assedia e adoece o servidor não pode cuidar do mesmo. Seria contraproducente; pesquisa científica com o objetivo de entender o fenômeno assédio moral que vem se espalhando no funcionalismo público; e proteção judicial para os assediados.

Os documentos reunidos até agora pela CCAM na UFAM estão organizados em 87 páginas. Estes documentos revelam de forma detalhada as humilhações e perseguições sofridas por 14 servidores assediados, por enquanto. Mais 32 casos relatados por servidores estão em fase de organização da documentação necessária para compor o documento.

Fonte: ADUA
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