quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Margarida Barreto ministra curso na Universidade Autonoma do Estado do México


Campanha da visibilidade à violência no trabalho

Em 01/02/16 teve início uma campanha contra a violência no trabalho em São Bernardo do Campo - São Paulo - através de busdoor (segue no anexo os dois busdoor e os ônibus que circularão).
A ideia surgiu na Frente Municipal de Prevenção e Enfrentamento da Violência no Trabalho. O projeto foi apresentado ao Ministério Público do Trabalho - MPT (em agosto ou setembro).
Escolhido o local:  08 linhas de ônibus e a cada três meses as linhas serão mudadas -de modo a capilarizar a mensagem e o acesso. Foram eleitos os bairros mais populosos ou com maior concentração de industrias.
O objetivo da campanha: dar visibilidade a violência cotidiana dos ambientes de trabalho que se traduzem em acidentes, doenças, maus tratos de toda ordem.
A Frente  Municipal de Prevenção e Enfrentamento da Violência no Trabalho é formada por vários sindicatos (tem os nomes na arte do busdoor), a Pastoral Operária, o Programa Cidade de Paz e o Centro de Referencia em Saude do Trabalhador - CEREST-SBC.
Avante sempre, a luta continua.
Informações da psicóloga ativista em  Saúde do Trabalhador - Eliana Pintor - do CEREST-SBC.

Assédio Moral em Questão

//Por assessoria de imprensa
assedioA Federação Nacional dos Trabalhadores em Entidades Sindicais (Fites) convida os sindicatos filiados quites com as suas obrigações sociais para participarem da Plenária Extraordinária, nos dias 18 e 19 de março de 2016, na cidade de São Luis/MA.
A realização da Plenária sobre Assédio Moral é um dos encaminhamentos aprovados no II CONFITES, que ocorreu nos dias 22 e 23 de agosto de 2015, na cidade de Salvador/BA. Naquela ocasião o advogado Carlos Chagas, assessor jurídico da Fites, debateu sobre a constante prática de assédio moral de muitos dirigentes contra empregados das entidades sindicais. Durante o debate ele alertou “que os dirigentes sindicais reproduzem nas entidades o modelo de exploração ao qual estão submetidos nas empresas de origem”.
A Plenária Extraordinária com o tema “Sindicatários(as) no combate ao Assédio Moral no meio sindical” tem o propósito de aprofundar esse debate juntamente com estudiosos do assunto.
Em seguida, o debate deverá se estender às centrais sindicais, confederações e sindicatos para que seja estabelecido um código de ética como forma de combate todo e qualquer tipo de opressão contra trabalhadores e trabalhadoras.
O SINDESIND/RN está junto nessa luta e vai participar da Plenária convocada pela Fites para somar em mais essa caminhada em defesa da classe trabalhadora.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Encontro Regional – Polo Uberlândia, que se realizará dia 20 de fevereiro


Atenção, Triângulo Mineiro: inscrições abertas para o Encontro Regional – Polo Uberlândia, que se realizará dia 20 de fevereiro

Postado em: 03/02/2016

Desde o início da atual gestão, a diretoria do SITRAEMG vem desenvolvendo, de forma intensa, o projeto Pé na Estrada, com viagens de seus coordenadores a cidades de todos os cantos do estado, levando aos servidores do interior os informes gerais de interesse geral da categoria e os específicos, de acordo com o tribunal, nas visitas aos locais de trabalho. O intuito do projeto é, além disso, e principalmente, aproximar o Sindicato dos servidores lotados nos locais mais longínquos, ouvi-los e dar-lhes oportunidades para apresentarem suas queixas e reivindicações. A partir do segundo semestre do ano passado, logo após o movimento grevista, a diretoria também passou a realizar os Encontros Regionais, com a finalidade de, de forma complementar ao Pé na Estrada, facilitar-lhes o acesso a palestras e debates sobre os mais importantes temas referentes ao Sindicato e à categoria.

Ainda em 2015, os encontros foram realizados em três cidades polo do estado: Governador Valadares, Montes Claros e Divinópolis. O “Encontro Regional – Polo Uberlândia” será o primeiro de 2016, e já está agendado para o dia 20 de fevereiro, sábado, no Center Convention (Av. João Naves de Ávila, 1331, Piso C – S. Mônica), em Uberlândia (MG). Serão abordados os seguintes temas: “Conjuntura política e econômica e seus agravantes para o Servidor Público”, “A importância da derrubada do veto referente à Auditoria da Dívida Pública para o Servidor”, “Previdência”, “SITRAEMG: projetos e atuação política 2016” e “Saúde e Assédio no Trabalho”. Terminados as palestras e debates, haverá uma confraternização entre os participantes.

Estão convidados os servidores uberlandenses e das demais cidades da região. O SITRAEMG arcará com as despesas de transporte e hospedagem dos filiados que não morem na cidade que sediará o evento.

Para melhor organização do Encontro, o Sindicato pede que cada confirmem presença, antecipadamente, pelo e-mail margareth@sitraemg.org.br ou pelos telefones 0800 283 43 02 / (31) 4501-1504. Mais informações sobre o evento: pelos mesmos números de telefones citados.

De olho nos detalhes:

ENCONTRO REGIONAL DOS SERVIDORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL – POLO UBERLÂNDIA

Data e horário: 20 de fevereiro de 2016 (sábado), a partir das 9 horas

Local: Center Convention – Av. João Naves de Ávila, 1331, Piso C – S. Mônica – Uberlândia – MG

Horário: 9 horas

Programação

9h – Credenciamento

9h30 – Palestra: “Conjuntura política e econômica e seus agravantes para o Servidor Público” – Palestrante: Gustavo Machado – Pesquisador do Instituto Latino Americano de Estudos Socioeconômicos – ILAESE –; Mestrando em Filosofia pela UFMG.

10h30 – Palestra: “A importância da derrubada do veto referente à Auditoria da Dívida Pública para o Servidor” – Palestrante: Henrique Olegário Pacheco – Analista Judiciário do TRT/MG e Coordenador Executivo do SITRAEMG é licenciado em Letras, bacharel e mestre em Direito Civil, especialista em Direito Registral Imobiliário e em Direito Civil. Atualmente desenvolve estudos sobre Regimes Geral e Próprio do Direito Previdenciário Brasileiro e sobre Auditoria da Dívida Pública.

11h – Debate

12h – Palestra: “Previdência” – Palestrante: Alan da Costa Macedo – Bacharel e Licenciado em Ciências Biológicas na UNIGRANRIO; Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora; Pós Graduado em Direito Constitucional, Processual, Previdenciário e Penal; Servidor da Justiça Federal em licença para Mandato Classista, Ex- Oficial de Gabinete na 5ª Vara da Subseção Judiciária de Juiz de Fora-MG; Coordenador Geral e Diretor do Departamento Jurídico do SITRAEMG; Ex- Professor de Direito Previdenciário no Curso de Graduação em Direito da FACSUM; Professor e Conselheiro Pedagógico no IMEPREP- Instituto Multidisciplinar de Ensino Preparatório; Professor e Coordenador de Cursos de Extensão e Pós Graduação do IEPREV.

12h30 – Debate

13h – Almoço

14h – “SITRAEMG: projetos e atuação política 2016” – Apresentação: Diretoria

15h – Debate

15h30 – Coffee break

15h50 – Palestra: “Saúde e Assédio no Trabalho” – Palestrante: Arthur Lobato – Psicólogo responsável pelo Departamento de Saúde do Trabalhador e Combate ao Assédio Moral do SITRAEMG; Coordenador da Comissão de Combate ao Assédio Moral SINJUS-SERJUSMIG (2007- 2015) e coordenador do Plantão Sindical de Atendimento às Vítimas de Assédio Moral SINJUS-SERJUSMIG (2007-2015).

17h – Debate

18h – Confraternização

22h – Encerramento

Publicado em: http://www.sitraemg.org.br/

O trabalho e a produtividade dos servidores do Judiciário mineiro

*Arthur Lobato

No artigo anterior, fizemos uma reflexão sobre o trabalho e a gestão por injúria. Diferentemente do assédio moral, que é feito de forma oculta, visando um “alvo” no grupo de trabalhadores, a gestão por injúria é “o tipo de comportamento despótico de certos administradores, despreparados, que submetem os empregados a uma pressão terrível ou os tratam com violência, injuriando-os e insultando-os, com total falta de respeito”. Assim, a “violência destes tiranos perturbados é notada por todos”, afirma Marie France Hirigoyen, pesquisadora francesa, psiquiatra e psicanalista.

O trabalho envolve a tarefa e o relacionamento dos trabalhadores na busca do produto final que chamaremos de “obra”, segundo Hannah Arendt. Mas o que é o trabalho no serviço público, especificamente no judiciário mineiro? Como é o modelo de gestão?

Qual a incidência do assédio moral e da gestão por injúria? As metas e a impossibilidade de cumpri-las, seja por falta de tempo ou de servidores, são fatores que contribuem para o absenteísmo? O que sabemos sobre os impactos das novas tecnologias, em especial a implementação do PJE, sobre a saúde e ergonomia do trabalhador?

A construção de um Núcleo Sindical de Saúde certamente abordará os seguintes temas para debater com os servidores:

Afinal, o que é o trabalho no Judiciário mineiro? É um tema pouco estudado. Será que é um trabalho que produz uma “obra” (o processo)? Mas, este “produto final” não é um objeto de uso ou consumo, é um serviço do Judiciário para a sociedade, uma decisão da Instituição judiciária enquanto mediadora dos conflitos humanos. Mas, até chegar no produto final (a decisão processual), existe a divisão do trabalho, que faz com que cada servidor contribua com a construção da obra/processo, mas de forma fragmentada, portanto, não tem conhecimento do produto final (a resolução processual). Por exemplo, quem fica no balcão de atendimento ao público recebe um produto já pronto: uma petição, uma liminar, um processo, e este trabalhador, protocola o recebimento destes documentos, que passa às mãos de outro servidor, que é analisado pelo assessor do juiz, e este fornece a decisão final, que pode ser contestada em outras instâncias, ou seja, a “obra” nunca estará completa até a decisão em última instância que dependendo do caso pode levar anos.

Afinal, qual é o "modo de produção” no serviço público e qual a relação de satisfação e sofrimento, que o trabalhador tem neste processo? Qual a relação da organização do trabalho e do modelo de gestão com a divisão de tarefas? Qual a relação de poder da hierarquia sobre os subordinados? Pode-se falar em produtividade em uma atividade que é basicamente de prestação de serviços para a sociedade e não a produção de objetos para uso ou consumo? Sabemos que toda produtividade no trabalho envolve a mais valia, ou seja, o excedente de trabalho que é praticado pelo grupo de trabalhadores como um todo, pois o grupo produz mais em equipe, é a força do coletivo, e todo grupo é mais que a soma de indivíduos.

A produtividade, dogma do modo de produção capitalista tradicional, pode ser conseguida pela aceleração do ritmo do trabalho, pela tecnologia, pela agilidade, ou capacidade física/psíquica dos envolvidos no trabalho, pela captura da subjetividade do trabalhador pela empresa/instituição, ou também pelo recurso de obrigar o trabalhador fazer horas extras sem receber por elas. Mas os seres humanos possuem uma singularidade, cada ser é único, e não podemos no processo de trabalho querer que todos tenham o mesmo ritmo e capacidades, somente máquinas mantém o mesmo ritmo, os humanos tem seus limites que devem ser respeitados. Entretanto, quem não produz , no ritmo exigido pelas chefias, que querem que metas sejam superadas constantemente, é punido, perseguido, assediado, excluído. Isto esta acontecendo com você?

Esta reflexão tem que ser feita pelos servidores e pelo sindicato, pois o ano de 2016 será o momento em que além do trabalho diário, haverá o trabalho extra para a reposição dos dias da greve de 2015. Portanto, temos que estar atentos ao autoritarismo das chefias, denunciar a gestão por injúria, combater o assédio moral. Queremos a solidariedade entre o grupo de trabalhadores e que todo o mal estar no trabalho seja denunciado ao sindicato, pois, tanto o assédio quanto a gestão por injúria, agressões pontuais, exigências incabíveis, aumentam o estresse e adoecem os trabalhadores, gerando danos para o indivíduo e prejuízo para a instituição e consequentemente para a sociedade.


Estas são algumas das questões que eu, enquanto pesquisador, só poderei saber se os servidores se dispuserem a relatar sua dinâmica de trabalho, a partir de uma reflexão crítica sobre o que é o trabalho no serviço público do Judiciário mineiro, para que o SINJUS-MG possa elaborar uma política de intervenção no modo de produção do serviço público, a partir da vivência e experiência dos servidores, com críticas e sugestões dos próprios trabalhadores. Afinal, são eles e elas que fazem o trabalho e podem contribuir para melhorar as relações de trabalho.

Neste processo de construção, a partir deste mês, toda quinta feira, das 14h às 18h estarei no SINJUS-MG, para receber aqueles servidores e servidoras que queiram fazer esta reflexão sobre o trabalho, como ele é feito, quais as críticas e sugestões que podem ser encaminhadas para melhorar a atividade realizada.

Queremos entender também qual o grau de realização e frustração com o trabalho realizado. Qual o comportamento de chefias frente aos problemas e, principalmente, lutar contra o autoritarismo, a gestão por injúria e o assédio moral.

Não podemos esquecer que além de adoecer e levar ao suicídio, o assédio moral é crime. Só uma ação coletiva envolvendo servidores e sindicato pode mudar a organização do trabalho e evitar o sofrimento e adoecer do trabalhador.

Agendem com o Projeto Núcleo de Saúde Sindical, pelo telefone (31) 3123-5247.

A partir de fevereiro teremos um encontro semanal:


TODA QUINTA-FEIRA, DE 14 ÀS 16 HORAS NO SINJUS–MG.

*Arthur Lobato é Psicólogo/Saúde do Trabalhador



Publicado em: http://www.sinjus.com.br/




Especialista reflete sobre o que é o trabalho no Judiciário mineiro

Especialista reflete sobre o que é o trabalho no Judiciário mineiro



Se em seu último artigo, o psicólogo e especialista em assédio moral no trabalho, Arthur Lobato, promove uma reflexão sobre o trabalho e a gestão por injúria. Continuando o assunto, em seu novo texto para o SINJUS, ele não abre mão das interrogações para produzir um pensamento crítico. "Qual a incidência do assédio moral e da gestão por injúria? As metas e a impossibilidade de cumpri-las, seja por falta de tempo ou de servidores, são fatores que contribuem para o absenteísmo? O que sabemos sobre os impactos das novas tecnologias, em especial a implementação do PJE, sobre a saúde e ergonomia do trabalhador?", indaga.

Em " o trabalho e a produtividade dos servidores do Judiciário", Arthur Lobato relata como as exigências para o cumprimento de metas de produtividade e o ritmo de trabalho de cada individuo são conflitantes, na medida que muitas chefias assediam seus servidores. Já parou para pensar que tipos de cobranças são feitas a você? Se ainda não, o artigo a seguir é um bom momento para essa avaliação. Leia aqui.  

TRT-MG inicia projeto de combate ao estresse no trabalho


Postado em: 05/02/2016

Leia abaixo, na íntegra, a matéria publicada na intranet do TRT da 3ª Região. E, a seguir, o comentário do Sindicato a respeito do projeto do Tribunal e do seu recém-criado Departamento de Saúde do Trabalhador e Combate ao Assédio Moral:

“TRT-MG inicia projeto de combate ao estresse no trabalho

Estudos apontam que no Brasil 35% da população sofre com o estresse, enquanto no judiciário essa porcentagem dobra, chegando a atingir 70% dos servidores e magistrados.

O presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (TRT-MG), desembargador Júlio Bernardo do Carmo, recebeu, na tarde desta quarta-feira (3), em seu gabinete a visita da PHD em Psicologia e diretora do Instituto de Psicologia e Controle do Estresse (IPCS) de São Paulo, Marilda Novaes Lipp. Ela e sua equipe conduzirão no Tribunal, durante 24 meses, o projeto “Estresse no Trabalho” com o objetivo de combatê-lo e levar mais saúde ao ambiente de trabalho.

O presidente do TRT3 ficou satisfeito com o início do projeto e ressaltou a importância para a melhoria da qualidade de vida e saúde dos servidores e magistrados. Marilda Lipp fará a medição do estresse em todas as unidades do Tribunal, levantando dados. Ela disse que em primeiro lugar será feito um mapeamento do nível de estresse de todos os servidores do TRT3 e num segundo momento ocorrerão intervenções para ajudar os gestores a melhorar essas condições, por meio do ensino de estratégias de enfrentamento.

A psicóloga destacou que cada servidor terá acesso a uma minipalestra em vídeo sobre o assunto e fará em seguida um teste de medição de estresse. Após o término, todos que responderem receberão um retorno com o resultado e recomendações para lidar com o problema “Será muito interessante executar esse projeto, porque quando o estresse aparece, no início, ele é algo benéfico e que aumenta a produtividade. No entanto, com o passar do tempo ele se torna ruim, provocando uma queda na produtividade”, explicou.

Ao final do projeto, as 20 unidades mais estressadas serão visitadas pela equipe do IPCS e serão alvo de intervenções para melhorar o nível de estresse. O projeto “Estresse no Trabalho” está ligado ao programa Trabalho Saudável e Seguro da Secretaria de Saúde do TRT3.
Dados

De acordo com a psicóloga Marilda Lipp, estudos apontam que no Brasil 35% da população sofre com o estresse, enquanto no judiciário essa porcentagem dobra, chegando a atingir 70% dos servidores e magistrados.”. (por Solange Freitas Kierulff — publicado 03/02/2016 17:59, última modificação 03/02/2016 19:10)
Comentário do SITRAEMG

Exatamente por se preocupar com a saúde e o bem-estar dos servidores do Judiciário Federal, a atual diretoria do SITRAEMG, cumprindo compromisso assumido com a base durante a campanha que a elegeu – e com o endosso da categoria formalizado por ocasião do Congresso Estadual realizado em Juiz de Fora, em 2015 -, decidiu criar o Departamento de Saúde do Trabalhador e Combate ao Assédio Moral. O departamento, que está em funcionamento desde o ano passado, reúne o psicólogo Arthur Lobato – com larga experiência em saúde e combate ao assédio moral no serviço público, também através de entidades sindicais – e membros da Coordenação do Sindicato.

Dentro dessa perspectiva, o Sindicato avalia como bastante positiva a iniciativa do TRT, e espera que o projeto anunciado inclua também o combate ao assédio moral. Afinal, o assédio, abusos e perseguições nas relações de trabalho, entre colegas ou entre gestores e subordinados, cometidos por quem quer que seja, não podem ser ignorados, pois podem levar ao estresse, ao adoecimento, à depressão e, em alguns casos, até à morte.

Aproveitando a oportunidade, o SITRAEMG lembra que, tão logo colocou em atividade o seu Departamento de Saúde do Trabalhador e Combate ao Assédio Moral, no segundo semestre do ano passado, reivindicou reuniões com os setores de saúde dos três tribunais com representações em Belo Horizonte. Já houve reuniões na Justiça Federal, em dezembro (confira AQUI as informações), e no TRE, em janeiro deste ano (veja AQUI). O Sindicato aguarda o agendamento da reunião também com o setor de saúde do TRT.

Publicado em: http://www.sitraemg.org.br/trt-mg-inicia-projeto-de-combate-ao-estresse-no-trabalho/

Como um chefe ruim pode adoecer os funcionários


Para 75% dos americanos,
chefe é maior causa de estresse no trabalho
Postado em: 04/02/2016

Será que aquele chefe que você odeia pode literalmente te matar aos pouquinhos? Um artigo do LinkedIn publicado pela revista Quartz garante que, em longo prazo, o chefe que você não aguenta mais tem efeitos tão nocivos para a saúde quanto fumar passivamente.

E atenção: quanto mais tempo você permanece em um emprego trabalhando para um gerente horrível, maior é o dano a sua saúde física e mental.

A Associação de Psicologia dos Estados Unidos afirma que 75% dos trabalhadores americanos mencionam seus chefes como a maior causa de estresse no trabalho, mas a maioria (59%) dos empregados que tem um gerente ruim não sai do emprego, de acordo com a Quartz.

Pelo visto, as pessoas se acomodam em seus empregos mesmo quando estão sendo maltratadas, o que torna ainda mais difícil pedir demissão e encontrar um ambiente de trabalho mais saudável.

Pesquisadores da Harvard Business School e da Universidade Stanford, nos EUA, compilaram dados de mais de 200 estudos e descobriram que estresses comuns no trabalho podem ter os mesmo efeitos negativos que a exposição a uma quantidade considerável de fumaça do cigarro dos outros.

Chefe ruim pode ter efeito tão nocivo como fumar passivamente.
 Foto: reprodução

A situação de maior estresse no trabalho, que é perder o emprego, faz com que você tenha 50% mais chances de passar por problemas de saúde, diz a Quartz.

Já um cargo que exige mais do que você pode entregar te dá 35% mais chances de ter alguma problema diagnosticado médico.
Sobrevivendo até escapar

Apesar de, em alguns casos, ter péssimos gerentes ser apenas o resultado de um incompatibilidade de personalidades, chefes ruins de verdade existem mesmo.

E como reconhecer se o seu caso é o primeiro ou o segundo? Chefes ruins são excessivamente agressivos, narcisistas e até violentos. Eles costumam dizer frases como “Nós sempre fizemos desta forma”, “Você já deveria estar feliz só por ter um emprego” e “Esse lugar desmorona quando eu não estou aqui.”

Com as dificuldades do mercado de trabalho atualmente, sair e começar algo novo não é tão fácil. Mais comum é a pessoa perder sua motivação para fazer um bom trabalho. Mas há algumas estratégias de sobrevivência simples que podem te ajudam a passar por isso (e se manter motivados).

Tente fazer uma lista com os objetivos do dia, marcando quando concluir cada uma delas. Essa sensação de ter feito algo pode te ajudar a seguir em frente. Desligar do e-mail e do telefone por um fim de semana também pode ajudar a recarregar a bateria para o trabalho – mesmo que por pouco tempo.

Fonte: BBC Brasil


Artigo: Mandar ou Liderar?


Postado em: 12/02/2016

Por Arthur Lobato* 

O sociólogo Max Weber define o poder “como uma faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade”. O triunfo de uma vontade sobre outra vontade, pode ser analisado sob diversos ângulos: através do convencimento, do diálogo, da persuasão, da sedução, do logro, da violência. Na escravidão pela violência, pela força, o forte domina e escraviza o mais fraco. Cria-se uma relação de dominador e dominado. Para aumentar o domínio, ocorre disciplina, hierarquia, poder. Há nesta relação, pessoas violentas, sádicas, perversas, que tem prazer em infligir sofrimento no outro. A violência física aos poucos é substituída pela violência psicológica. Mas as estruturas perversas permanecem. Muitas empresas e instituições públicas ainda seguem este modelo hierárquico-militar-autoritário, no qual quanto mais alto o cargo mais poder tem o indivíduo, pois este poder é referendado pela sociedade, via instituição e cargo. Surge o grande perigo: o excesso de poder em cargos intermediários envaidece o homem ou a mulher. O orgulho cega, o autoritarismo é a marca da soberba de que tem a ilusão do poder. A violência moral, as humilhações, a intenção de prejudicar através de atos sistematizados e repetidos contra uma pessoa, que caracteriza o assédio moral, muitas vezes pode ser fruto deste excesso de poder, do autoritarismo da pessoa e da omissão da instituição.

O poder de uma instituição como os tribunais federais, deve existir para que a vontade da sociedade prevaleça sobre a violação de nosso código social. Entretanto, no trabalho diário para alcançar os objetivos desejados, a tarefa e o relacionamento são o amalgama para um serviço bem realizado. Em cada equipe o chefe tem deve ser também um líder. Estudos e pesquisas comprovam que “a força produtiva mais importante conhecida como força de trabalho, depende da estrutura psíquica do homem” (Wilhelm Reich).

Fica também a dica de James Hunter sobre liderança: “é a habilidade de fazer com que os outros façam as coisas de bom grado.”

Constata-se que não adianta só chefiar, mandar, ordenar, tem de haver liderança. E como se forma um líder? É um talento nato? A liderança pode ser aprendida? O que é ser líder? Como ser líder? Estas são algumas perguntas e desafios tanto para as empresas, como para as instituições, e não adianta formulas mágicas, pois o ser humano é imprevisível, dinâmico, assim como o mundo do trabalho. Barreto, Heloani, Freitas, no livro Assédio Moral no Trabalho, comprovam por pesquisas acadêmicas e estudos científicos que “os gestores são responsáveis pela intervenção na organização do trabalho, modificando-a no sentido de torná-la menos indutora de violência e mais geradora de processos colaborativos”.

O SITRAEMG possui um canal eletrônico de denúncia:denuncia.assedio@sitraemg.org.br. Para agendamentos de denúncias ou orientações, sobre assédio moral e outras violências no ambiente de trabalho. Procure o Departamento de Saúde do Trabalhador e Combate ao Assédio Moral na sede do SITRAEMG em Belo Horizonte.

Telefone para agendamento: (31)4501-1541

Arthur Lobato é Psicólogo/Saúde do trabalhador
Publicado em: http://www.sitraemg.org.br/artigo-mandar-ou-liderar/

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Artigo: Trabalho – tarefa e relacionamento

Por Arthur Lobato*
O trabalho é uma tarefa a ser executada. O êxito desta tarefa, muitas vezes, depende da interação com outros trabalhadores. O trabalho, portanto, envolve também o relacionamento. Muitos conflitos que ocorrem no ambiente de trabalho são ocasionados por problemas de relacionamento. Se por um lado, com o passar do tempo, ficamos amigos de diversos colegas de trabalho, acontece o oposto também: existem colegas com os quais não nos relacionamos.
Em toda amizade há identificação e projeção. No entanto, quem não é nosso amigo, não é necessariamente nosso inimigo, é “o outro”, o desconhecido, aquele que pensa e age diferente de nós. Amigos nós escolhemos, a convivência com eles nos dá prazer. Falamos, ouvimos, rimos, e somos solidários com eles nos momentos difíceis. Estamos sempre perdoando as falhas de nossos amigos e pedindo sua compreensão em nossos erros.
No trabalho não escolhemos nossos colegas. No serviço público o concurso seleciona nossos colegas por sua capacidade intelectual e no dia a dia do trabalho temos que nos relacionar com eles e elas, para a execução da tarefa. Razão e emoção entram em ação. Se nosso lado racional é aquele usado para executar as tarefas, nosso lado emocional é o que vai possibilitar um bom relacionamento com os outros colegas. É a “inteligência emocional”. Entretanto, existem em todos nós preconceitos, ou seja, conceitos pré- estabelecidos, construídos de forma “natural”, pela família, meio ambiente, sociedade e cultura na qual estamos inseridos. Assim, nos identificamos facilmente com quem possui padrões culturais e morais semelhantes ao nosso. Como se diz de forma popular, é a simpatia.
Mas, como lidar com o seu oposto – a antipatia, traduzida nesta simples frase “chegou um colega novo, não o conheço, mas não gostei do jeito dele”. Cria-se assim uma barreira contra o outro. Não queremos nos envolver, conhecer esta pessoa, e, esta antipatia, que é oriunda de um preconceito, pode ser disseminada como um vírus causando um grande mal estar no ambiente de trabalho. É claro que não é necessário ser amigo de todos os nossos colegas de trabalho. Mas, no exercício da tarefa, temos que nos esforçar para sermos inteligentes emocionalmente, não deixando que os pré- conceitos e as antipatias nos dominem.
O grupo de trabalhadores e as chefias devem ficar atentos para que pequenos problemas de relacionamentos, oriundos de preconceitos, não evoluam para práticas perversas como: isolar a pessoa do grupo, boicotar o trabalho do colega, humilhar, perseguir, reforçar o circuito de fofocas e zombarias, transformando um sujeito em objeto que deve ser descartado. Este tipo de atitude é muito mais que antipatia – é assédio moral.
Sabemos o quanto é difícil a convivência com o outro. Se, com as pessoas que amamos, volta e meia estamos em atrito, imagine com quem não nos identificamos. O grande desafio, não só para o mundo do trabalho, mas para toda a humanidade, é saber conviver com as diferenças dos outros seres humanos, respeitar outras culturas, e saber que nossa sociedade só vai ser melhor se exigirmos nossos direitos e cumprirmos nossos deveres. Acima de tudo, respeitando o nosso próximo. Afinal, para ser respeitado é preciso saber respeitar.
O Departamento de Saúde e Combate ao Assédio Moral do SITRAEMG já está atendendo servidores e servidoras que queiram denunciar o assédio moral e outras violências no ambiente de trabalho. O agendamento pode ser feito pelo e-mail denuncia.assédio@sitraemg.org.br, ou pelo telefone 4501 1541.
*Arthur Lobato é Psicólogo/Saúde do trabalhador
Postado em 02/02/2016:  http://www.sitraemg.org.br


Uma reflexão sobre o trabalho

20/01/2016 - 16:00
Artigo publicado em: http://www.sinjus.com.br
 
Hannah Arendt em seu livro “A condição humana” destaca a diferença entre o mundo da natureza e o mundo construído pelo ser humano a partir das ferramentas e instrumentos criados pelo “homo faber”, aquele que fabrica e explora os recursos naturais, cujo produto final ela denomina de obra (produto final do trabalho humano).
 
A base de nossa sociedade capitalista é a produção de objetos para uso e principalmente para consumo, afinal somos uma sociedade de consumo, e, para produzir, precisamos da matéria-prima (arrancada da natureza); uma árvore vira uma mesa, mas é necessário a força de trabalho humano e ferramentas para que a obra se concretize.
 
Ela destaca que a satisfação que vem do trabalho se deve à relação da ação do homem com a matéria que resulta na obra pronta, cujo exemplo pode ser visto em Michelangelo quando acabou sua escultura de David, considerada uma das melhores obras de escultura, que ele exclamou: - Fala! - de tão perfeita a obra, só faltou a linguagem para que ela fosse humana, afinal é a linguagem que nos diferencia dos animais, possibilitando o convívio social e a transmissão de ideias, conceitos e práticas essenciais para a evolução da humanidade.  Assim, o ser humano tem satisfação com o trabalho realizado (obra) e não com o trabalho em si, o qual é um meio para se alcançar o fim – a obra.
 
Historicamente, o trabalho era realizado pelos escravos, e a própria palavra trabalho vem do latim  “tripaliu” que é a denominação de instrumento de tortura formado por três (tri) paus (paliu) , que era usado para os cavalos que não se deixavam ferrar. Dessa forma originalmente trabalhar significa ser torturado. Ao longo dos séculos, o trabalho sempre foi considerado como uma maldição (Adão expulso do paraíso viverá do suor do rosto), sofrimento, e após a revolução industrial, exploração do homem pelo  homem,  em busca do lucro, da riqueza de poucos e da subjugação de muitos.
 
Hoje, o trabalho no mundo globalizado, apresenta o dogma da produtividade, das metas, e métodos de gestão onde predominam o autoritarismo e modelos de gestão que adoecem o trabalhador, através da gestão por injúria, e do  assédio moral.  “Assédio moral é uma conduta abusiva, intencional, frequente e repetida, que ocorre no ambiente de trabalho, e que visa diminuir, vexar, constranger, desqualificar e demolir psiquicamente um indivíduo ou um grupo, degradando as condições de trabalho, atingindo sua dignidade e colocando em risco sua integridade pessoal e profissional." (Freitas, Heloani, Barreto).
 
Não podemos esquecer que, além de adoecer e levar ao suicídio, o assédio moral é crime. Assim, só uma ação coletiva envolvendo servidores e sindicato pode mudar este fato.
 
Encerro este artigo com a definição de gestão por INJÚRIA, segundo Marie France Hyrigoen, para esclarecer sobre este procedimento que muitas vezes é praticado como método de gestão, para conseguir mais produtividade dos trabalhadores, mas cujo efeito visível é o adoecer do trabalhador.
 
A gestão por injúria é “o tipo de comportamento despótico de certos administradores, despreparados, que submetem os empregados a uma pressão terrível ou os tratam com violência, injuriando-os e insultando-os, com total falta de respeito”. Assim a “violência destes tiranos perturbados é notada por todos”,mas como ocupam cargos de chefia, não aceitam ser contestados, humilhando constantemente o grupo de trabalhadores e, muitas vezes, praticando o assédio moral, cujos procedimentos de agressão são velados, contra alguém que é referência no grupo de trabalhadores.
 
O Núcleo de Saúde Sindical do SINJUS-MG, fundamentado no projeto político, “Saúde do Trabalhador”, alerta a todos os servidores que estão sofrendo com o autoritarismo das chefias, e com o assédio moral que denunciem estes fatos ao sindicato para que seja possível elaborar uma política em prol da saúde do trabalhador.
 
Citando Marx: toda política parte da vontade, e da necessidade de derrubar o velho poder, e da dissolução das velhas relações, mas para isto é necessário a atividade organizativa da classe trabalhadora. 

Depois da Justiça Federal, Departamento de Saúde do SITRAEMG é apresentado a setor correlato do TRE

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Postado em: 27/01/2016

Tão logo concluiu a estruturação do seu departamento de Departamento de Saúde do Trabalhador e Combate ao Assédio Moral, no segundo semestre do ano passado, o SITRAEMG entrou em contato com os setores de saúde da Justiça Federal, Justiça do Trabalho e TRE, em Belo Horizonte, para apresentar o recém-criado setor da entidade e buscar aproximação, parcerias e troca de experiências com os mesmos dos tribunais. No dia 2 de dezembro, o psicólogo Arthur Lobato, a coordenadora do Sindicato Vilma Oliveira Lourenço e a servidora e filiada Rogéria Figueiredo, todos integrantes do Departamento de Saúde do Trabalhador e Combate ao Assédio Moral, reuniram-se com os componentes do NUBES (Núcleo de Bem Estar Social) da Justiça Federal. Nesta quarta-feira, 27/01, a reunião foi com representantes da Coordenadoria de Atenção à Saúde do TRE. Nesse processo de aproximação entre os setores, só falta o TRT. O SITRAEMG aguarda o agendamento da data, pelo Tribunal, para o encontro solicitado.
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Da esquerda para a direita, a coordenadora do SITRAEMG Vilma Lourenço, os profissionais de Saúde do Tribunal Débora Maciel, Berenice de Andrade e Flávio Gomes, o coordenador do Sindicato Célio Izidoro e o psicólogo Arthur Lobato – Fotos: Gil Carlos
Na reunião de hoje, o SITRAEMG esteve representado pelo psicólogo Arthur Lobato e pelos coordenadores Célio Izidoro e Vilma Oliveira Lourenço. O TRE, pela responsável pela Coordenadoria de Atenção à Saúde, Débora Maciel Corrêa, e pelos colegas Flávio Luiz Gomes (Seção de Atenção Psicossocial) e Berenice Maria de Andrade Tolentino (Seção de Atenção Médica e Odontológica).
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Depois de todos os participantes fazerem suas apresentações, como servidores e membros dos respectivos setores de saúde, o psicólogo Arthur Lobato falou sobre sua experiência na área de saúde e assédio moral do servidor público, e a respeito da criação, estruturação e início de funcionamento do Departamento de Saúde do Trabalhador e Combate ao Assédio Moral do Sindicato. Primeiramente, ele deixou bem clara sua consideração e o respeito por todos os profissionais de saúde dos tribunais. O objetivo desses contatos, frisou, é a “troca de saberes”, visando única e exclusivamente ampliar as possibilidades de preservação da saúde dos servidores. “O importante é ampliar esses ‘olhares multidisciplinares’”, reforçou.
Quanto ao assédio moral, Lobato informou que, para facilitar o trabalho da equipe, o SITRAEMG está levando informações sobre a questão à categoria através dos Encontros Regionais iniciados no ano passado. “O foco é a prevenção”, esclareceu. A partir das reclamações recebidas, é feita uma triagem, posteriormente são verificados os fundamentos do problema apresentado, para só então partir para o combate, se confirmado o assédio. Muitas vezes, disse o psicólogo, o adoecimento tem origem no próprio trabalho, com a pressão sofrida para dar cabo a determinados tipos de serviços, como são os casos do PJe, na Justiça do Trabalho, e da implantação da biometria, na Justiça Eleitoral. Além da troca de experiências, ele propõe parcerias com os setores correlatos dos tribunais, com iniciativas como a realização de palestras voltadas para os servidores, para colocá-los também no debate sobre esses assuntos.
A coordenadora do Sindicato Vilma Lourenço explicou que sua maior motivação para trabalhar pela criação do departamento de saúde e assédio moral do SITRAEMG, e para integrar a equipe, foi o fato de ter sofrido assédio quando atuou no TRT, como cedida. Naquele mesmo momento, outra colega sua também foi assediada. Ela reclama que, à época, não encontrou apoio nem do TRT nem do Sindicato. E são muitas as reclamações de assédio, assegurou. Depois ela voltou para o TRE, que, a seu ver, com a criação da Coordenadoria de Atendimento à Saúde, evoluiu muito no atendimento, nessa questão, ao servidor. Já o coordenador Célio Izidoro afirmou que o que o motivou a integrar o departamento de saúde do Sindicato foi o fato de já ter presenciado ou tomado conhecimento de inúmeros casos de assédio moral, além do adoecimento dos trabalhadores pelo excesso ou até mesmo más condições de trabalho. A criação do departamento pelo SITRAEMG, salientou, é uma forma de deixar claro: “ôpa, tem alguém de olho”.
A coordenadora de Atendimento à Saúde do Tribunal, Débora Maciel, avaliou que o trabalho nesse setor é muito desafiador, porque os profissionais têm que tentar assegurar a saúde dos servidores em meio à preocupação com os resultados que são cobrados através dos gestores. Felizmente, disse, pelo menos há uma preocupação maior – do TRE e, até mesmo, do CNJ – com o bem-estar dos servidores.
Aproveitando a fala de Vilma Lourenço, Berenice de Andrade disse constatar que “muita coisa melhorou” no setor de saúde do TRE, que hoje, na sua avaliação, está bem mais estruturado, as tarefas estão melhor distribuídas etc. Ela aprova a aproximação com o departamento de saúde do SITRAEMG, para que haja negociação, diálogo e troca de experiências, com vistas a ampliar o leque de possibilidades de atender o servidor. “O que não pode haver é polarização”, condenou. Para Flávio Gomes, a proposta de aproximação do departamento de saúde do Sindicato é bem-vinda. E lembrou que o setor do Tribunal tem crescido bastante, estando cada vez mais presente na pauta de gestão do Órgão.
Todos os participantes avaliaram como bastante positiva a reunião, e ficaram de continuar os contatos visando dar continuidade ao diálogo e parcerias. O psicólogo anotou cada detalhe da conversa do encontro de hoje, visando tirar o melhor proveito para o departamento pelo qual atua e o estreitamento das relações com os profissionais da Coordenadoria de Saúde do TRE.