terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Greve, grupo e poder: uma análise psicológica




Para falar dos impactos psicológicos sobre os servidores da 2ª Instância do Judiciário mineiro, vou propor uma lógica dialética, e tenho que me ancorar em dois autores, Michel Foucault, que analisou a questão do poder, e Freud, em seu trabalho de psicologia do grupo. Assim, vou tentar fazer uma analogia com o movimento grevista dos servidores liderados por seu Sindicato, o SINJUS, a partir de minha percepção, já que participei de várias AGEs, acompanhei as manifestações na Assembleia Legislativa, além de ler diariamente o site e jornais do Sindicato.

A partir dos estudos de psicologia de grupo, Freud destaca dois fatores essenciais à coesão do grupo: o líder e a ideia, pois estas são as forças aglutinadoras do grupo.

Vamos chamar de ideia, a Pauta de Reivindicações da campanha salarial, e o líder, a diretoria do Sindicato.
Assim, o grupo é composto pela Ideia, pelos servidores e pela direção do Sindicato, que cria uma mente coletiva, que faz pensar e agir de forma diferente daquela que cada membro individualmente sentiria e agiria em estado de isolamento. O indivíduo, no grupo, se sente mais forte que individualmente. É a força do coletivo, como vocês puderam vivenciar e constatar.

Assim, o laço emocional do grupo está com o líder (direção do Sindicato), os membros do grupo e a ideia (pauta de reivindicações), onde estão os anseios e desejos do grupo.

Tanto a ideia quanto o líder possui um poder misterioso irresistível, que chama prestígio (base relação de confiança e admiração do grupo com a liderança). Segundo Freud, o prestígio paralisa nossas faculdades críticas e enche-nos de admiração e respeito. Importante no aspecto emocional e psicológico do grupo é o contágio emocional, que presenciamos nos discursos, depoimentos, manifestações e demais atitudes do grupo durante a greve. Esse contágio reforçou a solidariedade e a união dos servidores.

Assim, destacamos que enquanto o grupo está vinculado aos laços emocionais do coletivo, o indivíduo preocupa-se consigo apenas, característica do individualismo no mundo moderno.

Por outro lado existe o poder representado pela instituição tribunal estadual. Aqui, buscamos compreender os impactos desse poder sobre a subjetividade do servidor, envolvido em conflitos psíquicos e emocionais que podem gerar, angústia, sensação de injustiça e impotência. Foucault descreve os efeitos do poder: ele exclui, reprime, recalca, censura, abstrai, mascara, esconde. Assim, o poder afeta todo o contexto psíquico/emocional do ser humano. No caso do mundo do trabalho, através da disciplina, que Foucault afirma ser uma coerção ininterrupta, que busca fabricar corpos dóceis e úteis aos interesses do poder, através de regras, normas, vigilância e punição.

O objetivo do poder com seus atos autoritários é criar o medo coletivo, chamado por Freud de pânico. E a partir deste medo coletivo, o poder vai impor sua vontade sobre os indivíduos, pois perde-se com o medo a força do coletivo, que é a força do grupo.

Exemplos como as guerras da antiguidade quando a morte do líder causava pânico e debandada do exército.
O primeiro golpe do poder é sobre a ideia, quando se nega o diálogo, posterga-se as negociações, rejeita-se a própria Data-Base, conquistada com muita luta dos servidores do Judiciário. A negação do diálogo cria a invisibilidade do servidor, do Sindicato e da Pauta de Reivindicações. Para o poder, a ideia do grupo é negada, sem que fosse ao menos analisada.

O segundo golpe do poder é contra a liderança, com a proibição de atividades sindicais básicas como panfletar, colar cartazes, com uma intimidação física aos diretores do Sindicato nos atos públicos, multa ao carro de som nas manifestações, pois, quando multava, houve um roubo, e ouviu-se o guarda falar “a ordem é multar”. Foram gerados boletins de ocorrência contra as lideranças sindicais. Agora, questões sindicais viram caso de polícia, uma forma a mais de intimidar. O poder também utiliza de seu site e intranet com matérias que contradizem as publicações do Sindicato, além da coerção e pressão das chefias sobre os servidores, de forma a forçar a não adesão ao movimento grevista.

O terceiro golpe do poder foi talvez o mais mortífero: desconto dos dias parados da greve de 2011 e instauração de sindicâncias que podem evoluir para Processos Administrativos, prejudicando o servidor em progressões e promoções na carreira funcional.

Assim, através do Processo Administrativo, que é uma  disciplina, o poder como afirma Foucault, quer formar corpos dóceis e submissos, sendo que cada Processo causa no servidor uma seara kafkaniana, a angústia frente a processos lentos e intermináveis, com quase certeza da punição, pois quem julga é parte interessada no processo.

Nesta época escrevi um artigo publicado pelo Sindicato sobre greve, retaliação e os impactos sobre a subjetividade do servidor, questionando o autoritarismo, as práticas antissindicais e a liberdade de expressão, contidas nestes três atos do poder e seus impactos sobre a subjetividade do servidor e do movimento sindical.
As doenças psíquicas, segundo Dejours, envolvem a organização do trabalho, a hierarquia, o controle, a vigilância, as relações de dominação no seio do trabalho e a dominação psíquica.

Neste momento, lembrei-me do trabalho que desenvolvi para o Sinpef, Sindicato dos agentes escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal. A categoria fez uma greve nacional, inédita, midiática, com protestos e muita pressão e opressão por parte de seus superiores, desde os delegados até o Ministro da Justiça. E durante o conflito em 2013, a força do grupo e do coletivo prevaleceu frente às retaliações. Protestos, atos públicos, foram realizadas audiências públicas em Minas e na Câmara dos Deputados em Brasília. Assim, a liderança e o grupo continuaram unidos em torno da ideia, fortalecendo os laços emocionais do coletivo.

Voltando ao terceiro ato do poder, o desconto e a punição dos grevistas de 2011. Ali foi um momento crucial para a categoria, ou seja, como a direção e a categoria iriam reagir enquanto grupo. E a categoria não se abateu, não se amedrontou. Surgiu uma força coletiva que somente os grandes homens e mulheres possuem, em busca não apenas de mais direitos, mas de resgatar a dignidade a honra o direito e a justiça, afinal, estamos falando de trabalhadores da Justiça. 

Pude comprovar tal sentimento de indignação na assembleia que deliberou pela greve, onde havia um grande número de grevistas de 2011, que não se abateram e foram favoráveis, em sua maioria, à greve de 2015. A opressão não surtiu efeito, pelo contrário, mobilizou e criou a indignação entre os servidores.

Essa força psíquica e emocional, esse sentimento de indignação contagiou o grupo. E a solidariedade dos servidores para com seus colegas e a direção do Sindicato, a força da liderança, o valor da ideia, foi o alicerce psíquico e emocional que sustentou esses diversos dias de paralisações, assembleias, atos públicos, apoio de entidades sindicais, profissionais de saúde e de todos os presentes no III Congresso Ibero Americano de Combate ao Assédio Moral, pois todos concordaram com a relação do autoritarismo do exercício do poder e a preocupação com a saúde psíquica e emocional dos servidores de 2ª Instância.

Posso afirmar, que segundo Freud, a ideia e o grupo não sobreviveriam a queda da liderança, seja por medo, fraqueza ou pelo medo da categoria nas assembleias ante os golpes do poder. Mas a força do coletivo, a qual presenciei, fez com que o grupo se consolidasse como uma força homogênea. As redes sociais foram também um canal de comunicação de apoio mútuo, eliminando o medo, a incerteza, pois era injusto o que estava acontecendo na Casa da Justiça. Já que se negava o mínimo a que executa o serviço, enquanto juízes e desembargadores tinham aumentos salariais e benefícios corporativos.

Assim, constatamos que o poder tentou exercer seu domínio de várias formas. Mas surge a reação, o oposto do desejado pelos donos do poder, em vez de se calar, o Sindicato falou mais, denunciou, afinal, "cala a boca já morreu". Tenho que destacar também como o poder atuou contra o grupo da 1ª Instância, proibindo na mídia a campanha salarial feita pelo Sindicato, processando a presidente da entidade, e servidores que replicaram nas redes sociais matéria da revista época, sobre salários de juízes.

Os servidores do Judiciário, estão unidos em uma ideia que ultrapassa a campanha salarial. Agora é uma questão de honra, do resgate da dignidade, de dizer basta, pois se antes os servidores enfrentavam más condições de trabalho, metas, produtividade, PJE, assédio moral, agora, a luta é por direitos, pela dignidade e pela unidade do movimento sindical. Assim, a força do grupo se revelou naquela palavra essencial que sempre falo no combate ao assédio moral: a solidariedade. Se indignar e lutar contra a injustiça, ser solidário com meu colega ao lado. Somente sendo solidários, venceremos o individualismo, a competitividade exacerbada, características do trabalho no mundo globalizado.

Por fim, o poder através de uma ação civil pública, impediu a continuidade do movimento grevista, apoiado no fator econômico, multa de 100 mil reais dia ao sindicato, caso a ordem judicial não fosse cumprida. Aqui, para impedir a atividade sindical, temos a judicialização com o apoio do poder econômico (a multa). Podemos afirmar, que ao utilizar o fator econômico, o poder não age mais sobre o indivíduo, mas sobre o grupo, comprovando a tese de Foucault, que “o aparato da justiça tem que se ater à realidade incorpórea”, ou seja punindo o grupo como um todo, e não apenas corpos e mentes individualmente.

Entendo que, mesmo assim,  no coletivo, o grupo estava mais forte,mais unido entre si, com a ideia e com a direção do sindicato, pois perceberam a força do coletivo e a importância da participação ativa no movimento sindical. E isso foi a chave para que houvesse as negociações e que um acordo digno pudesse ser assinado entre as partes, ou seja, o poder teve que ceder ante a força do grupo.

Portanto, considero motivo de orgulho, sem a negatividade deste pecado capital, orgulho no sentido positivo da palavra, de estar com vocês neste momento, pois a força de vocês, a união a coesão a solidariedade e a indignação, preservou e fortaleceu a força do grupo, preservou a ideia e a liderança, e agora mais fortes porque unidos e solidários, percebemos a força do grupo, este sentimento coletivo que mudou o jogo de relações de forças e forçou o poder a ceder. Acredito que quando vocês lembrarem deste ano terão orgulho de tudo que vocês vivenciaram enquanto grupo, pois o que estava em jogo era a honra a dignidade e o direito.

Podem contar com este parceiro dos servidores e do SINJUS/MG.

*Arthur Lobato é psicólogo/saúde do trabalhador
Publicado em: http://www.sinjus.com.br


Especialista fala sobre a greve e os impactos psicológicos no servidor

arquivo Sinjus-MG

No seu artigo de dezembro, o psicólogo e especialista em assédio moral, Arthur Lobato, conta todo o processo vivido pelos servidores do Judiciário durante a greve deste ano. O especialista acompanhou esse período, participando de assembleias e manifestações da categoria. 


Arthur se baseia em Foucault e Freud para analisar a questão do poder e do movimento grevista dos servidores. No texto, ele conta que pôde comprovar “o sentimento de indignação na assembleia que deliberou pela greve, onde havia um grande número de grevistas de 2011, que não se abateram e foram favoráveis, em sua maioria, à greve de 2015. A opressão não surtiu efeito, pelo contrário, mobilizou e criou a indignação entre os servidores”. 

Clique aqui para ler o artigo. Boa leitura!

Arthur Lobato - Análise psicológica: greve, grupo e poder




Por: Arthur Lobato, psicólogo (em palestra proferida durante o XVII Encontro de Delegados do SERJUSMIG)

Para falar dos impactos psicológicos sobre a categoria dos Servidores de 1ª Instância do Judiciário mineiro, vou propor uma lógica dialética e tenho que me ancorar em dois autores: Michel Foucault, que analisou a questão do poder, e Freud, em seu trabalho “Psicologia do grupo”. 

Vou tentar fazer uma analogia com o movimento grevista dos Servidores de 1ª Instância liderados pelo seu sindicato, o SERJUSMIG, a partir de minha percepção, já que participei de várias AGEs e acompanhei as manifestações na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, além da leitura diária no site e jornais do Sindicato.

A partir dos estudos de psicologia de grupo, Freud destaca dois fatores essenciais à coesão do grupo: o líder e a ideia, pois estas são as forças aglutinadoras do grupo.

Vamos chamar ideia a pauta de reivindicações da campanha salarial e o líder a diretoria do Sindicato, representada no topo pela sua presidente Sandra Silvestrini. Destaco aqui minha sincera admiração pela forma com que ela enfrentou, enquanto líder do grupo, todas as adversidades vivenciadas ao longo destes meses.

Assim, o grupo é composto pela ideia, pelos Servidores e pela direção do Sindicato, o que cria uma mente coletiva, que faz pensar e agir de forma diferente daquela que cada membro individualmente sentiria e agiria em estado de isolamento. O indivíduo no grupo se sente mais forte que individualmente. É a força do coletivo como pudemos vivenciar e constatar.

O laço emocional do grupo está com o líder (Sindicato), os membros do grupo e a ideia (pauta de reivindicações, onde estão os anseios e desejos do grupo).
Tanto a ideia quanto o líder possuem um poder misterioso irresistível, que se chama prestígio. Segundo Freud, o prestígio paralisa nossas faculdades críticas e nos enche de admiração e respeito. Importante, no aspecto emocional e psicológico do grupo, é o contágio emocional que presenciamos nos discursos, depoimentos, manifestações e demais atitudes do grupo durante a greve. Este contágio reforçou a solidariedade e a união dos Servidores.

Destacamos aqui, que enquanto o grupo está vinculado aos laços emocionais do coletivo, o indivíduo preocupa-se consigo apenas, característica do individualismo no mundo moderno.

Por outro lado, existe o poder representado pela instituição Tribunal estadual. Assim, buscamos compreender os impactos deste poder sobre a subjetividade do Servidor, envolvido em conflitos psíquicos e emocionais que podem gerar angústia, sensação de injustiça e impotência. Foucault descreve os efeitos do poder: ele exclui, reprime, recalca, censura, abstrai, mascara, esconde. Assim, o poder afeta todo o contexto psíquico/emocional do ser humano. No caso do mundo do trabalho, através da disciplina, que Foucault afirma ser uma coerção ininterrupta, que busca fabricar corpos dóceis e úteis aos interesses do poder.

O objetivo do poder com seus atos autoritários é criar o medo coletivo, chamado por Freud de pânico, e a partir deste medo coletivo o poder vai impor sua vontade sobre os indivíduos, pois perde-se com o medo a força do coletivo, que é a força do grupo.

O primeiro golpe do poder é sobre a ideia, quando se nega o diálogo, posterga-se as negociações, rejeita-se a própria data base conquistada com muita luta dos servidores do judiciário. Assim, para o poder a ideia do grupo é negada, sem que fosse ao menos analisada.

O segundo golpe do poder é contra o líder, através de ações jurídicas feitas pela Amagis e pelo presidente do Tribunal de Justiça.

O terceiro golpe do poder é vigiar as redes sociais e punir com sindicâncias que poderiam evoluir para processos administrativos disciplinares, Servidores que replicaram matéria da Revista Época sobre os salários de magistrados presidentes dos Tribunais de Justiça do País. Através do processo administrativo disciplinar, o poder, como afirma Foucault, quer formar corpos dóceis e submissos.

Na época, escrevi um artigo publicado pelo Sindicato sobre greve, retaliação e os impactos sobre a subjetividade do Servidor, questionando o autoritarismo, as práticas antissindicais e a liberdade de expressão contidas nestes três atos do poder e seus impactos sobre a subjetividade do Servidor e do movimento sindical.

As doenças psíquicas, segundo Dejours, envolvem a organização do trabalho, a hierarquia, o controle, a vigilância, as relações de dominação no seio do trabalho e a dominação psíquica.

Lembrei-me do trabalho que desenvolvi para o Sinpef - Sindicato dos Agentes Escrivães e Papiloscopistas da Polícia Federal. A categoria fez uma greve nacional, inédita, midiática, com protestos e muita pressão e opressão por parte de seus superiores, desde os delegados até o ministro da Justiça. E, nesse momento de conflito em 2013, a força do grupo e do coletivo prevaleceram frente as retaliações; foram realizados protestos, atos públicos, audiências públicas, em Minas e na Câmara dos Deputados em Brasília. Assim, a liderança e o grupo continuaram unidos em torno da ideia, fortalecendo os laços emocionais do coletivo.

Voltando aos três atos do poder, em especial o praticado contra a presidente do Sindicato, ali foi um momento crucial para a categoria, ou seja, como a direção e a categoria iriam reagir enquanto grupo. 

Vocês não se abateram, não se amedrontaram, surge aí uma força coletiva que somente os grandes homens e mulheres possuem, em busca não mais apenas de direitos, mas de resgatar a dignidade a honra o direito e a justiça, afinal, estamos falando de trabalhadores da Justiça.

Essa força psíquica e emocional, este sentimento de indignação contagiou o grupo e a solidariedade de vocês para com seus colegas e a direção do Sindicato, a força da liderança, o valor da ideia, foi o alicerce psíquico e emocional que sustentou estes diversos dias de paralisações, assembleias, atos públicos, apoio de entidades sindicais, profissionais de saúde e de todos os presentes no III Congresso Ibero-Americano de Combate ao Assédio Moral, pois todos concordaram com a relação do autoritarismo, do exercício do poder e a preocupação com a saúde psíquica e emocional dos servidores de primeira instância.

Posso afirmar que, segundo Freud, a ideia e o grupo não sobreviveriam à queda do líder, mas à força do coletivo, que presenciei, fez com que o grupo se consolidasse como uma força homogênea. As redes sociais foram também um canal de comunicação de apoio mútuo, eliminando o medo, a incerteza, pois era injusto o que estava acontecendo na casa da Justiça, já que se negava o mínimo aos que executam o serviço, enquanto juízes e desembargadores tinham aumentos salariais e benefícios corporativos.

Podemos constatar que o poder tentou exercer seu domínio de várias formas, mas surge a reação, o oposto do desejado pelos donos do poder, em vez de se calar o Sindicato falou mais, denunciou, afinal, “cala a boca já morreu”. Os Servidores estão unidos em uma ideia que ultrapassa a campanha salarial; agora é uma questão de honra, do resgate da dignidade, de dizer basta, pois, se antes os Servidores enfrentavam más condições de trabalho, metas, produtividade, PJE, assédio moral, agora a luta é por direitos, pela dignidade e pela unidade do movimento sindical. 

A força do grupo se revelou naquela palavra essencial que sempre falo no combate ao assédio moral: a solidariedade. Se indignar e lutar contra a injustiça, ser solidário com meu colega ao lado. Somente sendo solidários, venceremos o individualismo, a competitividade exacerbada, características do trabalho no mundo globalizado.

Entendo que no coletivo o grupo se fortaleceu, está mais unido entre si e com a direção do Sindicato, pois perceberam a força do coletivo e a importância da participação ativa no movimento sindical.

Hoje, considero motivo de orgulho, sem a negatividade cristã deste pecado capital, orgulho no sentido positivo da palavra, de estar aqui com vocês, neste momento, pois a força de vocês, a união, a coesão, a solidariedade e a indignação, fizeram perseverar e fortalecer a força do grupo, preservou a ideia e a liderança, e agora mais fortes porque, unidos e solidários, percebemos a força do grupo, este sentimento coletivo que mudou o jogo de relações de forças e forçou o poder a ceder. Acredito que quando vocês se lembrarem deste ano terão orgulho de tudo que vocês vivenciaram enquanto grupo, pois o que estava em jogo era a honra, a dignidade e o direito.

Podem contar comigo como parceiro dos servidores do SERJUSMIG.

(Incluída em 29/12/2015 no site:  http://www.serjusmig.org.br