terça-feira, 26 de maio de 2020

Assista à live do SITRAEMG nesta quarta (27/05), às 18h

A live do SITRAEMG desta quarta-feira, 27/05, às 18 horas, será uma roda de conversa sobre Home Office neste período da pandemia do coronavírus.  A live será apresentada pelo coordenador geral Carlos Humberto Rodrigues e terá como convidados servidores(as) do Poder Judiciário Federal de BH e do interior.

Acompanhe nossa roda de converse e mande suas perguntas, para troca de experiências e o enriquecimento do debate.

Para assistir a live clique AQUI.

Participe. Acesse, assista, interaja e tire as suas dúvidas.


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quarta-feira, 20 de maio de 2020

Coronavírus, metas e produtividade em tempos de Teletrabalho



Frente à pandemia de coronavírus que estamos vivendo, com um aumento de casos da Covid-19, a subida da curva dos contaminados deixou de ser aritmética para virar geométrica, ou seja, em vez de somar, os casos estão se multiplicando. Daí a necessidade de isolamento social para diminuir o contágio, fato inédito no Brasil e que teremos de nos adaptar nos próximos meses.

O SERJUSMIG, desde o início da pandemia, já alertava à direção do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) sobre o perigo de manter as atividades, pois o contato com o público poderia aumentar o número de vítimas da Covid-19. O coronavírus mudou a vida de todos nós com o inédito isolamento social.

O primeiro período de confinamento e teletrabalho, este que estamos vivendo há algumas semanas, é o tempo de adaptação, de compreensão e não de imposição de vontades. Tempo de criar uma rotina de hábitos e de trabalho. Por isso, é essencial a flexibilização da política de metas e produtividade.

Não podemos esquecer que as mulheres são maioria nos tribunais, e todos sabemos que histórica e culturalmente, nossa sociedade ainda é patriarcal, machista, autoritária, conservadora, com a violência doméstica contra a mulher aumentando no confinamento. Geralmente, em casa, a mulher tem diversos afazeres, como cuidar dos idosos, a educação das crianças, com os pais muitas vezes assumindo também o lugar de professor. Assim, temos que conseguir tempo para ajudar no ensino dos filhos, de matérias há muito esquecidas em nossa mente, ter que assistir videoaulas pela internet, entre outras atividades que o confinamento social impõe. Não estou nem falando das atividades caseiras: limpeza, refeição, lavar, passar, etc.

Mas como fazer isso tudo e ainda manter índices de produtividade no trabalho?

Como lidar com crianças, cheias de energia, ou filhos “aborrecentes” fixados em suas telas de smartphone, com seus fones de ouvido que impedem qualquer comunicação?

Quem é pai ou mãe, sabe o estresse que é o convívio familiar. São múltiplas tarefas em casa, e fica difícil bater metas no trabalho, sem adaptação, sem margem para erro, sem respeito aos limites de cada um.

A solidão no teletrabalho

O isolamento social quebra o vínculo humano relacional do dia a dia do trabalho. Muito além dos sentimentos positivos e negativos para com os colegas, estabelecemos vínculos sociais mais intensos com determinadas pessoas, desenvolvemos amizades, relacionamentos amorosos, entretanto, repentinamente tudo isso é rompido. Ademais, o trabalho em grupo é mais produtivo, pois nas dificuldades recorremos aos colegas para nos auxiliar. O todo é maior que a soma das partes. Cinco pessoas trabalhando juntas produzem mais do que cinco trabalhando separadas. Porém, com a nova configuração do trabalho, o serviço solitário é mais lento e árduo, falta a força que o grupo fornece aos integrantes.

Por isso precisamos de tempo para adaptação ao teletrabalho, condições materiais de trabalho, respeito às diferenças individuais, pois cada ser humano é único e tem ritmos de trabalho diferentes. É necessário aceitar que neste período de pandemia, manter uma política exagerada de metas e produtividade vai ser fonte de adoecimento e quanto mais gente adoecer, menor será a produtividade, devido à sobrecarga e posterior esgotamento. É um ciclo que temos que impedir.

O Tribunal deve levar em conta as transformações físicas, psíquicas e emocionais causadas pela pandemia, pelo isolamento social, pelo alto risco de contaminação, a angústia gerada pelas informações contraditórias, fake news, posicionamentos antagônicos entre o governo federal, municipal e estadual. Toda esta configuração pode gerar para o trabalhador pânico, depressão, ansiedade, exaustão e o adoecimento pela síndrome de burn out, ou seja, esgotamento profissional por excesso de trabalho aliado a múltiplos fatores descritos neste texto.

Texto de Arthur Lobato. Psicólogo, especialista em Saúde do Trabalhador e Consultor do SERJUSMIG
E-mail: lobato@serjusmig.org.br

 

SERJUSMIG alerta os servidores em trabalho remoto para o Direito à Desconexão

A pandemia, associada ao rápido avanço da tecnologia tem permitido e ampliado o trabalho fora das dependências das Unidades Judiciárias, em razão da possibilidade de se manter contato por meio de recursos eletrônicos e da informática, com ênfase nos recentes instrumentos de comunicação decorrentes do computador, da telefonia e da internet.

O teletrabalho pode gerar vantagens para ambas as partes – servidores e TJMG – uma vez que o trabalhador pode realizar suas funções sem os transtornos do deslocamento até o local de trabalho e retorno, com liberdade de mobilidade; enquanto a instituição reduz significativamente seus custos, principalmente com energia elétrica e equipamentos de tecnologia.

Porém, é mister a reflexão: está sendo respeitado o direito do trabalhador ao desligamento do trabalho? A comodidade de não precisar sair de casa para trabalhar compensará o excesso de produtividade que se espera de um teletrabalhador? Haverá um controle efetivo das horas laboradas?

Discute-se, desse modo, o direito à desconexão, tendo em vista a necessidade de preservar os direitos fundamentais ao lazer, ao repouso e à limitação da jornada de trabalho (artigos 6º e 7º, incisos XIII e XV, da Constituição da República), como forma de assegurar o convívio familiar e social dos trabalhadores.

Nesse contexto, o teletrabalho e o trabalho remoto podem ser entendidos como relevantes modalidades de trabalho a distância, típica dos tempos pós-modernos, mas é preciso considerar os outros aspectos da vida do trabalhador (descanso, lazer, família, afazeres domésticos, dentre outros).

Como consequência da possível existência de maior liberdade ou flexibilidade quanto ao horário de trabalho, podem surgir dificuldades quanto à demonstração do direito à remuneração das horas extras, ou à fixação de uma jornada de trabalho. No entanto, o tempo de labor e da atividade desempenhada devem observar as regras sobre a duração do trabalho.

O juiz do trabalho e professor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), Jorge Luiz Souto Maior, afirma em seu estudo Do Direito à Desconexão do Trabalho que “quando se fala em direito a se desconectar do trabalho, que pode ser traduzido como direito de não trabalhar, não se está tratando de uma questão meramente filosófica ou ligada à futurologia (…), mas sim numa perspectiva técnico-jurídica, para fins de identificar a existência de um bem da vida, o não-trabalho, cuja preservação possa se dar, em concreto, por uma pretensão que se deduza em juízo”.

Portanto, é importante trazer a esse debate que a desconexão é direito fundamental do teletrabalhador e trabalhador remoto. Trata-se de um direito imprescindível para a garantia da dignidade da pessoa humana.

Servidores e Servidoras do Judiciário Mineiro: Estamos ao seu lado neste momento.

Contem com o SERJUSMIG!

terça-feira, 19 de maio de 2020

Assista à live do SITRAEMG nesta quarta (20/05), às 18h

“Assédio moral e sexual no ambiente de trabalho” será o tema da Live do SITRAEMG nesta quarta-feira, 20/05, às 18 horas. A live será apresentada pelo coordenador Nestor Santiago e terá como convidado o psicólogo e consultor na área de saúde do trabalhador e combate ao assédio moral no trabalho, Arthur Lobato, e a participação da coordenadora Elimara Gaia. Para assistir a live clique AQUI.
Fique por dentro. Acesse, assista, interaja e tire as suas dúvidas.

domingo, 17 de maio de 2020

Segurança é também garantia da integridade física dos Servidores da Justiça




A preocupação e medo já fazem parte do dia a dia de toda a população brasileira desde a chegada da pandemia do novo coronavírus no país. Para os Servidores do Judiciário mineiro, a apreensão se agrava ainda mais após a ocorrência de conflitos envolvendo o Poder Judiciário do estado nos últimos dias.
Como exemplo, preocupou a categoria o caso em que a juíza Letícia Drumond, da Comarca de Itajubá, após revogar o decreto municipal que liberava o funcionamento de bares, igrejas e academias, foi ameaçada em frente à sua casa por empresários locais que exigiam o retorno das atividades, na noite de quarta-feira, 13. 

Na mesma semana, na sexta-feira, 15, um ato de impulsividade e desespero levou uma mãe a depredar o Fórum Bárbara de Oliveira Miranda, em Lagoa da Prata, após a prisão em flagrante do filho de 19 anos, acusado de cometer homicídio.

Foto: Jornal Estado de Minas

As crises política e sanitária no Brasil ainda estão longe de ser solucionadas, e ainda mais distante está a possibilidade de se findar a insegurança dos brasileiros. A cada semana são distribuídas milhares de ações na Justiça para discutir, por exemplo, a abertura ou não do comércio e outros setores da economia nos municípios e estados brasileiros. Com isso, aumenta também a possibilidade de haver outras ações como a ocorrida na porta da casa da juíza de Itajubá. 

“Infelizmente o Brasil não é um país pacífico. São quase 70 mil assassinatos por ano. O país possui elevadíssimos índices de criminalidade, sobretudo a violenta. No entanto, ainda existem fóruns com a segurança fragilizada, sem detector de metais e que não exigem a identificação das pessoas na entrada, por absoluta falta de estrutura física e/ou humana. Essa cultura de que ‘nada acontece’ pode levar a erros fatais, tragédias terríveis”, aponta Eduardo Couto, vice-presidente do Sindicato.

O SERJUSMIG repudia atos de ameaça e violência e reforça a necessidade de proteção aos Servidores do Judiciário mineiro em atuação presencial ou não. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) deve redobrar a segurança e garantir essa proteção aos Trabalhadores em atuação interna e externa, além de garantir a disponibilização de EPIs para todas as Comarcas do estado. 

 

O psicólogo Arthur Lobato avalia os casos de Itajubá e Lagoa da Prata

Arthur Lobato, psicólogo, especialista em Saúde do Trabalhador e consultor do SERJUSMIG, aponta que os casos são diferentes entre si, uma vez que o surto da mãe em Lagoa da Prata pode ser caracterizado como um caso de saúde pública, enquanto as ameaças à juíza de Itajubá apontam de fato uma questão para ser tratada com o apoio da polícia.

Ele explica que a depredação do Fórum na sexta-feira foi um ato de violência, mas irracional. “Temos que entender porque essa mulher cometeu essa ação violenta contra o Fórum. O filho não estava no local, não havia uma razão aparente. Provavelmente é uma pessoa que teve um surto, ou alguém que já tem transtorno mental. Ou seja, o que ela precisa é de atendimento especializado”, explica.

No entanto, o especialista se preocupa com o caso da manifestação na porta da casa da juíza de Itajubá, Letícia Drumond, que caracteriza como ação racional e coordenada. “Quando a decisão correta de uma juíza, amparada pelas orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e entidades sanitárias, acaba por contrariar interesses econômicos e políticos, as manifestações de insatisfação se voltam para ela e não para o Tribunal, devemos nos preocupar. Isso sim é violência”, afirma.

O psicólogo acredita que a pandemia gera medo e insegurança na sociedade, mas alerta para a diferença entre o medo real e o medo neurótico, que causam diferentes reações. O medo real é aquele que temos de contrair coronavírus ao sair de casa para algum tipo de tarefa. Já o medo neurótico é o que chega a nos imobilizar e IMPEDIR de sair de casa, por exemplo. 

“O contágio por coronavírus é um perigo real. Se for preciso sair de casa, que seja em último caso e tomando as precauções”, reforça Arthur, acrescentando ainda que há diversos outros medos reais com que os servidores têm que lidar no dia a dia, como o medo do trabalho presencial, atendimento ao público, conflitos e diversos outros.

Ele acredita que a ansiedade tende a aumentar nesse período, e orienta para o que chama de “trabalho mental”, que deve ser exercido por todos. “Se perceber uma aumento na ansiedade, é preciso cada um procurar o melhor caminho para si que possa ajudar. Atividades de lazer, yoga, algo que te distraia e dê prazer. Para alguns pode até ser varrer a casa, fazer comida”, sugere o psicólogo.

 

Imagem: Portal TJRJ

quarta-feira, 13 de maio de 2020

Psicólogo dá dicas sobre trabalho remoto e relação familiar



Frente à epidemia do novo coronavírus que estamos vivenciando, com um aumento de casos da Covid-19, a subida da curva dos contaminados está deixando de ser aritmética para virar geométrica, ou seja, em vez de somar, os casos vão se multiplicando. Desta forma, se fortalece a necessidade de isolamento social para diminuir o contágio, fato inédito no Brasil e que teremos de nos adaptar nos próximos meses.

Em tempos de quarentena, os Servidores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) desdobram-se em suas casas para, além de manter o trabalho em dia, cuidar dos filhos, atividades particulares e afazeres domésticos. Ser mãe/pai em home office, em meio a computadores, brinquedos e crianças, é tanto um privilégio, por poder trabalhar perto dos filhos, quanto um desafio a ser superado pelos trabalhadores.

Muitas mães/pais tiveram de se "reinventar" do dia para a noite para conciliar suas jornadas de trabalho com a maternidade/paternidade, e isso sem qualquer tipo de treinamento ou preparação prévia. Na verdade, ninguém estava preparado para a pandemia. O trabalho remoto exige dos servidores dose extra de determinação, disciplina e organização.    

No texto a seguir, Arthur Lobato, Psicólogo e Consultor em Saúde no Trabalho do SERJUSMIG, dá valiosas dicas para os Servidores que foram inseridos no trabalho remoto sem qualquer tipo de preparação.    

 

Dicas para os servidores inseridos no trabalho remoto

Felizmente, a evolução da internet e tecnologia permitiu que boa parte dos trabalhadores tenha seu computador, celular, internet e compreensão das redes sociais. Algumas dicas para os trabalhadores e trabalhadoras, para dirimir conflitos familiares, podem fazer a diferença, já que foram para o trabalho remoto não por vontade própria, mas por necessidade:

 

Invasão do trabalho pelos conflitos familiares

Todos que temos família sabemos que as relações familiares são como o mar, calmo ou revolto, turbulento e belo. São como as fases da lua, os afetos podem estar em crescente, plenos (lua cheia), decrescente (crise), e sem luz (lua nova), ou seja, fim do relacionamento.

A família deve entender que a pessoa está em casa a trabalho, não deve ser interrompida para conversas ou pedir atividades enquanto ela está em casa, pois durante sua jornada ela está trabalhando e não descansando em casa ou em férias.

Que seja respeitada sua privacidade e concentração no trabalho. Como se diz na brincadeira, não pedir coisas sem necessidade. Que tal o FAÇA VOCÊ MESMO? As constantes interrupções atrapalham o fluxo de raciocínio do funcionário em teletrabalho ou trabalho remoto, prejudicam a ele, à instituição em que trabalha e toda a família, podendo alterar os afetos nas relações intrafamiliares.

Para quem está no trabalho remoto, fica a dica: reserve um lugar para colocar seu computador e poder fechar a porta para não ser interrompido em sua atividade laboral. Converse com a sua família, principalmente, com os filhos pequenos e adolescentes, cientificando-os sobre este tipo de modalidade e do apoio que necessita para poder trabalhar.

Organize sua agenda, mantenha sua jornada ou execute as tarefas dentro de um horário de acordo com sua jornada de trabalho ou contrato, que seja flexível e também produtivo.

Em casa é mais fácil dormir mais um pouquinho, esperar para fazer depois o trabalho, que é obrigatório, protelando a tarefa a ser realizada, mas, o mais IMPORTANTE É TER DISCIPLINA. Implantar não só uma agenda de trabalho, mas uma agenda mental – ESTOU NO HORÁRIO DE TRABALHO, SÓ QUE EM CASA. Aproveite o tempo que você terá não se deslocando até o trabalho para organizar as tarefas caseiras e, com os filhos em casa sem aulas, eles vão ter que ser parceiros do teletrabalhador, senão o trabalho e a vida pessoal vão se misturar e virar um caos afetivo.

Não se esqueça de fazer pausas durante a jornada, realizar um bom alongamento corporal, ingerir bastante água e cuidar da alimentação. Não descuide nem exagere no conforto e não trabalhe em um ambiente desorganizado. Procure se exercitar nas horas vagas, descansar e adotar uma alimentação saudável.

Trabalhe, mas curta a vida, pois esta oportunidade da família estar reunida é única! Coloque a conversa em dia, dialogue mais! Fique atento às informações sem cair em paranoia ou histerismo. A ciência tem um saber, e este saber coletivo é que preservou a humanidade até aqui.

Acredite, é questão de tempo para ser descoberta uma vacina contra a Covid-19.

Siga as dicas, regras e normas de saúde e segurança no combate à COVID-19. No entanto, o combate à pandemia do coronavírus envolve políticas públicas de saúde, prevenção e a necessidade de investimentos públicos no SUS e na ciência.

Esta deve ser a luta social encampada por toda a população. Está na hora de unirmos forças, pois é nossa vida que está em jogo. Temos de ser mais solidários e ampliarmos o humanismo e a empatia.

Trabalhadores e trabalhadoras: Estamos ao seu lado neste momento! A pandemia do coronavírus pode aumentar a ansiedade ou a depressão, pois o futuro é incerto e o medo da morte agora é mais real. Sobre este tema, já escrevi um artigo publicado ano passado no site Mundo dos Psicólogos.

 

JUNTOS ENFRENTAREMOS, COM ÉTICA E RESPONSABILIDADE, AS ADVERSIDADES IMPOSTAS PELA PANDEMIA.

 

Por Arthur Lobato
Psicólogo e Consultor em Saúde no Trabalho

sexta-feira, 1 de maio de 2020

“Reforma Administrativa, Trabalho remoto e Produtividade. Como ficam os direitos dos servidores durante a pandemia?







Live Sitraemg - Projeto Piloto 24/04/2020


 

Trabalho remoto de servidores do STF é prorrogado até janeiro de 2021

Por meio da Resolução nº 677, divulgada ontem (29 de abril), o Supremo Tribunal Federal (STF), considerando a eficiência das ações adotadas em resolução anteriores referentes ao combate do coronavírus, dado que não há registro de nenhum servidor da Corte com Covid-19, e em razão da necessidade de dar continuidade às medidas de isolamento social, determina a manutenção de seus servidores que estão atualmente em trabalho remoto até janeiro de 2021. Os titulares das secretarias, assessorias e núcleos terão até o dia 15 de maio para comunicar à Secretaria de Gestão de Pessoas o rol de servidores que permanecerão em trabalho remoto

De acordo com o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário e do MPU, no Distrito Federal, o texto avisa que os servidores em trabalho remoto na data de publicação da Resolução deverão ser mantidos em trabalho remoto se a natureza de suas atividades for compatível e houver condições de saúde física e psicológica para a continuidade.

A Resolução estabelece modelo diferenciado de gestão de atividades para a entrega de resultados nos trabalhos realizados nos formatos presencial e a distância, “a ser aplicado entre 1º de junho de 2020 e 31 de janeiro de 2021”. O mês de maio de 2020 será destinado à preparação do Tribunal para a adoção do modelo previsto na Resolução.

Esse modelo tem vários pontos, tais como: planejar as atividades da equipe em ciclos sucessivos de duas a quatro semanas, em sequência ininterrupta; distribuir o trabalho entre os membros da equipe, negociando prazos e qualidade esperados; mínimo de três reuniões por semana, em dias distintos e com duração estimada de 15 a 30 minutos, conforme o tamanho da equipe, por meio preferencial de videoconferência, visando criar dinamismo no trabalho, promover o compartilhamento do status das demandas e oportunizar ao gestor apresentar orientações gerais à equipe.

Segundo a Resolução, os titulares das secretarias, assessorias e núcleos terão até o dia 15 de maio para comunicar à Secretaria de Gestão de Pessoas o rol de servidores que permanecerão em trabalho remoto nos termos desta Resolução.

“O Sindjus-DF ressalta a iniciativa do STF em prolongar o regime de teletrabalho, preservando assim a saúde e a vida dos servidores, ministros, colaboradores advogados e público em geral. Todos os esforços para conter essa pandemia são salutares. E o trabalho remoto tem se mostrado, nesse momento, uma ferramenta capaz de frear o avanço do contágio do vírus, bem como para manter o Poder Judiciário e o MPU em funcionamento”, destaca o sindicato.

“Que essa medida possa ser adotada também por outros tribunais, conselhos e órgãos do Ministério Público. O momento pede de todos nós um novo estilo de vida, e para isso precisamos, quando possível, adotar um novo modelo de trabalho”, reitera a entidade.

Fonte: Correio Braziliense / Foto: Wallace Martins

Publicado no site: http://site.serjusmig.org.br

Ação Social SITRAEMG

O projeto Ação Social SITRAEMG disponibiliza apoio e soluciona as dúvidas dos filiados durante o período da pandemia do coronavírus. Por meio de uma comunicação ágil e direta, o atendimento virtual é feito através do e-mail acaosocial@sitraemg.org.br

As solicitações dos filiados também podem ser feitas pelos telefones:

Departamento de Saúde do Trabalhador e Combate ao Assédio Moral: (31) 99421-0836 (Atendimento psicológico)
Convênios: (31) 99633-2222, (31) 99421-0083 ou (31) 98863-1020 (Unimed, Cursos de Ensino a distância, entre outros serviços disponibilizados por empresas parceiras)
Jurídico: (31) 98959-1320 ou através dos canais de comunicação informados neste link. (Assessoria Jurídica)
Secretaria: (31) 99264 0156 (demandas administrativas para análise e encaminhamentos necessários)
Solicitamos aos associados que estejam enfrentando problemas de saúde e suspeita de contaminação do Coronavírus, que nos comunique imediatamente pelos telefones acima ou pelo e-mail: acaosocial@sitraemg.org.br. Estamos à disposição para ajudá-los!
Leia mais sobre o Ação Social SITRAEMG e o coronavírus:
Como prevenir o contágio do coronavírus?

Metas e produtividade em tempos de teletrabalho (parte 2)

O coronavírus (Covid-19) mudou a vida de todos nós com o inédito isolamento social.  No entanto, os estados, municípios e o Governo Federal confundem a população sobre o que é mais importante: a vida ou a economia. Ainda que vivamos em uma sociedade em que a economia é a base de tudo, seguir as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) é um dever de todos.

Entretanto, as instituições e empresas continuam priorizando a economia, a produtividade, as metas, em detrimento da saúde. É um fato: a globalização do vírus e o medo da morte são reais. Para que não haja contaminação em massa é recomendado o isolamento social e quarentena para quem tem suspeita do Covid-19. Para aqueles que já apresentam os sintomas, é necessário a internação em leitos de hospitais, já que não existem vacinas ou medicamentos comprovados que eliminem o vírus.

O aumento de contaminados pela pandemia pode saturar o sistema de saúde, gerando um colapso e aumento no número de mortes.  Muitas pessoas têm medo, outras estão mais ansiosas e algumas desanimadas, pois estão impotentes frente ao vírus.

A solidão no teletrabalho

O isolamento social, no entanto, quebra o vínculo humano relacional do dia a dia do trabalho. Muito além dos sentimentos positivos e negativos para com os colegas, estabelecemos vínculos sociais mais intensos com determinadas pessoas, desenvolvemos amizades, relacionamentos amorosos, entretanto, repentinamente, tudo isso é rompido. Além disso, o trabalho em grupo é mais produtivo, pois nas dificuldades recorremos aos colegas para nos auxiliar. O todo é maior que a soma das partes. Cinco pessoas trabalhando juntas produzem mais do que cinco trabalhando separadas. Porém, com a nova configuração do trabalho, o serviço solitário é mais lento e árduo, falta a força que o grupo fornece aos integrantes.

Por isso, precisamos de tempo para adaptação ao teletrabalho, condições materiais para desempenhar as funções, respeito às diferenças individuais, pois cada ser humano é único e tem ritmos de trabalho diferentes. É necessário aceitar que, neste período de pandemia, manter uma política exagerada de metas e produtividade vai ser fonte de adoecimento e quanto mais gente adoecer, menor será a produtividade devido a sobrecarga e posterior esgotamento. É um ciclo que temos que impedir.
Contribua com sua experiência, exponha suas dúvidas, informe-se sobre seus direitos, participando da primeira Live do SITRAEMG nesta sexta- feira, 1º de maio, às 16 horas.

Pela flexibilização da política de metas e produtividade.
Pelos direitos do teletrabalhador.
Equipamento de Proteção Individual (EPI) para quem está em atendimento externo.
A justiça não pode parar, mas a sua vida, sua saúde mental e emocional tem que ser preservada.
FIQUE EM CASA.
CONTE COM O APOIO DO SITRAEMG.

Arthur Lobato – psicólogo/Saúde do Trabalhador


 

CORONAVÍRUS E LAÇO SOCIAL NO BRASIL

Debate sobre o impacto da pandemia do coronavírus na sociabilidade e relações sociais no Brasil (2020), tendo como palestrantes: Prof. Dr. Giovanni Alves (UNESP), Arthur Lobato (Psicólogo do Trabalho) e Dr. Matheus Castro (UNESP).


Departamento de Saúde do Trabalhador e Combate ao Assédio Moral




O psicólogo Arthur Lobato, responsável técnico pelo DSTCAM do SITRAEMG, estará fazendo tele-atendimentos para os filiados. Terão prioridade os servidores que já faziam o atendimento presencial. Veja informações sobre o agendamento e mais detalhes no site do Sindicato.

Ação Social SITRAEMG







O projeto Ação Social SITRAEMG disponibiliza apoio e soluciona as dúvidas dos filiados durante o período da pandemia do coronavírus. Por meio de uma comunicação ágil e direta, o atendimento virtual é feito através do e-mail acaosocial@sitraemg.org.br Saiba mais sobre o Ação Social em www.sitraemg.org.br

Reforma administrativa, Trabalho remoto e produtividade

Live - Dia do Trabalhador
 



Metas e produtividade em tempos de tele trabalho (Parte 1)

 Por Arthur Lobato, psicólogo, responsável técnico pelo Departamento de Saúde do Trabalhador e Combate ao Assédio Moral (DSTCAM) do SITRAEMG.



De repente tudo mudou!

O trabalho agora é em casa para quem tem esta possibilidade, como os servidores, servidoras, magistrados e magistradas do Judiciário Federal. No entanto, a questão do comodato, cessão pela instituição aos trabalhadores dos meios e equipamentos necessários para realização do trabalho pode não estar ocorrendo. É o trabalhador que está adaptando sua casa e seu equipamento para o teletrabalho. Deve transformar uma parte de sua casa em um setor virtual da Instituição. Os custos com eletricidade, internet, mesa, cadeira ergonômica, estão entre pontos a serem debatidos pelos Sindicatos e federação, com os setores responsáveis por estes assuntos no judiciário federal, seja no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ou nos Tribunais Federais de cada estado. O CNJ já prorrogou o teletrabalho. Temos, agora, que reivindicar os nossos direitos no home office, pois analistas dizem que o teletrabalho será irreversível.

Outro tema importante é a questão do acidente de trabalho e a necessidade imperativa de critérios humanos, nas relações de trabalho, no relacionamento entre chefia e subordinados e entre colegas.
Vamos dizer não ao assédio moral. Queremos respeito, pois urbanidade é dever do servidor.
Necessitamos ter mais empatia (se colocar no lugar do outro), tentar entender seu problema, e não só criticar. A saúde tem que ser nossa meta e a vida é mais importante que a economia. Para sermos produtivos no trabalho, temos que ter um mínimo de equilíbrio emocional, disciplina e rotina, e tudo isso é uma construção, a rotina surge no dia a dia e se adaptar a novas rotinas é um processo lento.
O primeiro período de confinamento e teletrabalho, este que estamos vivendo há 3 semanas apenas, é o tempo de adaptação, de compreensão e não de imposição de vontades. Por isso, é essencial a flexibilização da política de metas de produtividade, principalmente quando o servidor ou familiar for acometido pelo Covid-19. Mesmo que seja só suspeita, a família pode passar de isolamento social para quarentena, o que  agrava  o estado emocional dos envolvidos. Ele não terá como trabalhar, portanto, além deste exemplo, em outras situações os critérios de produtividade devem ser flexibilizados e analisados caso a caso.

Não podemos esquecer que as mulheres são maioria nos tribunais, e todos sabemos que, histórica e culturalmente, a nossa sociedade ainda é patriarcal, machista, autoritária, conservadora, com a violência doméstica contra a mulher aumentando no confinamento. A mulher além de oprimida,trabalhava fora de casa, ia e voltava do trabalho, agora fica em casa, em confinamento social. Geralmente no lar a mulher tem diversos afazeres, como cuidar dos idosos, a educação das crianças, com os pais muitas vezes assumindo também o lugar de professor. Assim, temos que conseguir tempo para ajudar no ensino dos filhos, de matérias há muito tempo esquecidas em nossa mente, ter que assistir vídeo  aula pela internet, entre outras atividades que o confinamento social impõe. Não estou nem falando das atividades caseiras: limpeza, refeição, lavar, passar, etc.

Mas como fazer isso tudo e ainda manter índices de produtividade no trabalho?

Como lidar com crianças, cheias de energia ou filhos “aborrecentes” fixados em suas telas de smartphone, com seus fones de ouvido que impedem qualquer comunicação?
Não é fácil conviver com filhos, filhas, maridos, que se recusam a executar qualquer atividade caseira, criando tensão e discussões em casa. Quem é pai ou mãe, sabe o estresse que é o convívio familiar. São múltiplas tarefas em casa e ter que bater metas no trabalho, sem adaptação, sem margem para erro, sem respeito aos limites de cada um. O resultado de uma política de metas e produtividade que não leva em conta as transformações físicas, psíquicas e emocionais causadas pela pandemia, pelo isolamento social, pelo alto risco de contaminação, a angústia gerada pelas informações contraditórias, fake news, posicionamentos antagônicos entre o governo federal, municipal e estadual. Toda esta configuração pode gerar para o trabalhador pânico,  depressão, ansiedade, exaustão e o adoecimento pela síndrome de burn out, ou seja, esgotamento profissional por excesso de trabalho aliado a múltiplos fatores descritos neste texto.


Pela flexibilização da política de metas e produtividade.
Pelos direitos do teletrabalhador.
Equipamento de Proteção Individual (EPI) para quem está em atendimento externo.
A justiça não pode parar, mas a sua vida, a sua saúde mental e emocional tem que  ser preservada.

 FIQUE EM CASA.
CONTE COM O APOIO DO SITRAEMG.
Arthur Lobato
Psicólogo/Saúde  do trabalhador

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OMS pede ligações diárias de filhos e netos a pais e avós confinados

Genebra, 2 abr (EFE).- A Organização Mundial de Saúde (OMS) fez um apelo nesta quinta-feira para que filhos e netos mantenham contato diário com pais e avós, quando há necessidade de distanciamento por causa da pandemia da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.

"Quero transmitir uma mensagem aos mais jovens: manter seus avós seguros significa que não podem visitá-los, mas telefonem para eles, falem todos os dias, para que não se sintam sozinhos. A distância física não tem que significar isolamento social", disse hoje o chefe do Escritório da OMS para a Europa, Hans Klunge.

O médico, responsável pela condução da organização em mais de 50 países, destacou que as famílias precisam ajudar aos mais velhos, para que entendam adequadamente as informações sobre o novo coronavírus, inclusive identificando fontes confiáveis sobre o assunto.

Na Europa, segundo dados da OMS, 95% dos infectados pelo novo coronavírus tem mais de 60 anos. A metade do total de casos, por sua vez, tem mais que 80. Klunge, no entanto, preferiu lançar um alerta para os mais jovens, que se sentem imunes à doença.

"Qualquer noção de que a Covid-19 somente afeta pessoas mais velhas, é factualmente falsa", explicou. O representante da Organização Mundial de Saúde na Europa destacou que cerca de 15% dos casos de moderado a graves, por exemplo, são de pessoas com menos de 50 anos.

Fonte: UOL Notícias / Foto: Reprodução

 Publicado em: http://site.serjusmig.org.br/noticia/5112/oms-pede-ligacoes-diarias-de-filhos-e-netos-a-pais-e-avos-confinados