quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Gestão, Organização do trabalho e a Resolução 219/CNJ

O trabalho desenvolvido pelo SERJUSMIG em prol da saúde do trabalhador e no combate ao assédio moral está fundamentado em três questões que interagem na relação prazer/sofrimento no trabalho. A primeira delas é como se organiza o mundo do trabalho no serviço público nos dias atuais, a segunda, refere-se ao modelo de gestão em busca de metas e produtividade, e sua relação com a saúde/adoecimento do trabalhador e a terceira questão trata dos impactos das novas tecnologias – PJe e modalidades de trabalho como o Home office, teletrabalho ou trabalho em casa — sobre a saúde do trabalhador.
O aumento da carga processual, o número reduzido de servidores, o crescente  afastamento por licenças para tratamento de saúde, o absenteísmo, o presenteísmo (estar presente sem se envolver com o trabalho ou trabalhar adoecido), a falta de motivação, a ausência de reajustes salariais, a aposentadoria de servidores sem reposição do quadro e os cortes no orçamento do Judiciário faz com que nosso trabalho de prevenção em prol da saúde do servidor seja essencial. Se o trabalho for fonte de sofrimento e adoecimento, haverá um maior afastamento por licenças médicas, o que prejudica a produtividade, o alcance de metas e causa sobrecarga de trabalho para quem fica na labuta diária.
A essência de nosso discurso e ação é como conseguir mais produtividade, cumprir as metas do Conselho Nacional de Justiça - CNJ, sem que isso gere mais absenteísmo e adoecimento do trabalhador. Com o quadro reduzido de pessoal, impedimento legal de novas contratações, alto índice de absenteísmo, temos uma equação delicada para ser equacionada. Falando em equação, a resolução CNJ nº 219, de 26 de abril de 2016, traz uma série de fórmulas que visam traduzir numericamente a produtividade dos servidores.
Esta resolução foi objeto de análise em trabalho elaborado por Danyele Ferreira Silva, estagiária do SERJUSMIG, com revisão e supervisão de Thiago Luiz Rodarte, economista da Subseção Justiça do DIEESE. Segundo o relatório “a Resolução 219 estabelece novos parâmetros para distribuição de servidores, de cargos em comissão e de funções de confiança nos órgãos do Poder Judiciário de primeiro e segundo graus.”
Como nosso foco são os impactos desta resolução sobre a saúde do trabalhador, destaquei do relatório alguns itens para desenvolver uma crítica a esta resolução. Afinal, nosso trabalho é de prevenção, de alertar, para evitar sofrimento e adoecimento no trabalho.
Segundo a análise feita pelo SERJUSMIG:
“A produtividade pode ficar superestimada ao considerar que a quantidade de processos executados tenha sido realizada apenas pelos servidores lotados em determinado órgão. A quantidade de pessoas cedidas auxilia na agilidade de baixa dos projetos.”
A forma de medir a produtividade não leva em conta os terceirizados e cedidos pelas prefeituras, portanto, teremos resultados que não condizem com a realidade. Por exemplo: uma secretaria ou vara onde trabalham dois servidores concursados, com  estagiários, terceirizados e ou cedidos pela prefeitura, o resultado da produtividade segundo a resolução 219, levará em conta a produção do grupo, como se fosse feita por apenas pelos dois  servidores, ou seja, um resultado que não condiz com a realidade. Na teoria terceirizados e cedidos não podem fazer a atividade fim que é exclusiva do servidor concursado, mas na realidade sabemos que estes funcionários fazem muitas atividades exclusivas dos servidores concursados. Assim, a carga de trabalho e a medição da produtividade conforme exemplo analisado acima, não corresponde à realidade.
Segundo Edith Seligmann-Silva, pesquisadora, médica com doutorado em medicina preventiva pela USP “a carga de trabalho representa o conjunto de esforços desenvolvidos para atender às exigências das tarefas. Este conceito abrange os esforços físicos e os mentais, que por sua vez compreendem os cognitivos e os psicoafetivos (mobilização de sentimentos, controle emocional). Estes últimos constituem a carga psíquica.” O desgaste mental acontece quando a carga psíquica é maior que a capacidade do trabalhador executar sua (sobre) carga de trabalho.
O trabalho do servidor envolve os processos que estão entrando do tribunal, agora, 24 horas por dia, 7 dias por semana, através do processo eletrônico, além de cuidar dos processos  em andamento e do estoque processual. Todavia, somente os processos que estão entrando são levados em consideração na fórmula de produtividade/número de servidores da resolução 2019. 
Segundo o relatório:
“As atividades da Primeira Instância vão além do trato com os casos novos que chegam a Justiça. Trabalhar com os Feitos Ativos significa considerar todo o processo de trabalho dos servidores e dessa forma demonstrar de forma mais próxima à realidade a produtividade dos trabalhadores.”
 O  economista Thiago Rodarte  entende que “a atividade do servidor não são apenas os casos novos, mas os em andamento e o estoque processual,  portanto  dos casos novos que são considerados pela Resolução 219 teriam que ser levados em consideração os que estão em andamento e o estoque processual. No nosso trabalho consideramos os Feitos Ativos justamente por eles levarem em consideração não apenas os casos novos.”
Um  fator positivo é que os afastamentos por doença são levados em consideração na aplicação da fórmula de produtividade, mas temos que levar em conta que na volta ao trabalho o servidor que adoeceu não vai ter o mesmo ritmo e a mesma produtividade de seus colegas. No entanto conforme aponta o relatório:
“Em contra partida, como os cálculos são realizados ao final do ano, um acontecimento que gere a ausência de um servidor público na comarca, como por exemplo, um óbito, exoneração, aposentadoria, (licença saúde) dentre outros, não é contabilizado após o período de cálculo. Dessa forma, o IPS também poderá ser comprometido.”
Ou seja mais  sobrecarga de trabalho e aumento da intensidade do ritmo de trabalho para quem fica no trabalho.
No próximo mês continuaremos este artigo, analisando o papel da informática e da motivação na produtividade dos servidores do judiciário mineiro.
Arthur Lobato é psicólogo/saúde do trabalhador

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

9º Encontro Nacional de Comissões Intersetoriais de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora - CISTT, 21 à 23 de Agosto - Brasília - DF.

Durante a cerimônia de abertura do 9º Encontro Nacional de Comissões Intersetoriais de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (Cisttão), realizada nesta terça-feira (21/08), em Brasília, representantes das Cistt de todo o país avaliaram os impactos da reforma trabalhista, em vigor desde novembro de 2017, na saúde dos trabalhadores.
Segundo relatório do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, plataforma desenvolvida e mantida pelo Ministério Público do Trabalho, em Cooperação com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), somente em 2017, foram registrados 574 mil acidentes de trabalho. Até agosto de 2018, a estimativa é que este número chegue a 930 mil acidentes.
Entre os aspectos que a nova legislação traz, que afetam a saúde dos trabalhadores, destaca-se a ampliação da terceirização dos serviços e o aumento da jornada do trabalho. Porém, diversos estudos já apontavam que o excesso de jornada é uma causa determinante para o aumento de acidentes, assim como que as empresas terceirizadas apresentavam maior risco de acidentes de trabalho, uma vez que não há incentivo em investir na saúde do trabalhador.


O Coletivo Assédio Nunca Mais foi recebido
pelo Conselho Nacional de Saúde no evento da Comissão Intersetorial de saúde dos Trabalhadores e Trabalhadoras. Compondo a mesa estava Brasília, Rio grande do Sul, São Paulo e o coordenador da Cistt Nacional, Geordeci Menezes de Souza,



Levamos ao grupo nossas pautas que foram acolhidas por todos. Os Conselheiros Nacionais, nos ouviram de forma receptiva e ao término das falas, os encaminhamentos sugeridos pelo coordenador Nacional da CISTTs, foi: 
A participação do coletivo na próxima reunião ordinária e a Organização de um GT Nacional, para avaliar as iniciativas exitosas, contra o Assédio Moral no Trabalho, no Brasil. 


Também participaram da cerimônia de abertura do 9º CISTTÃO, o presidente do CNS, Ronald dos Santos, a secretária-executiva do CNS, Ana Carolina Dantas, o coordenador da Cistt Nacional, Geordeci Menezes de Souza, o secretário de Relações de Trabalho da Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil (CTB), Paulo Vinícius da Silva, a representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Madalena Margarida e a coordenadora geral do Departamento de Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, Karla Baeta.

SITRAEMG se reúne com agentes de segurança do TRT

Um dos objetivos foi debater informações obtidas junto ao segmento, em que foram apontadas queixas e sugestões a partir de enquete feita através do site do Sindicato.

Na tarde desta sexta-feira (24), os representantes do SITRAEMG: coordenador geral Célio Izidoro Rosa, o psicólogo Arthur Lobato, responsável técnico pelo Departamento de Saúde do Trabalhador e Combate ao Assédio Moral (DSTCAM), e o assessor político Efraim Moura, se reuniram com os agentes de segurança da Justiça do Trabalho e com o coordenador da Fenajufe e agente de segurança do TRT1-RJ, Marcelo Melo, no auditório do TRT da Rua Mato Grosso, em Belo Horizonte.
O objetivo do encontro foi debater com os agentes as informações obtidas junto ao segmento, em que foram apontadas queixas e sugestões a partir de enquete realizada por meio do site do Sindicato. Além disso, foi uma oportunidade para os servidores entenderem melhor a relação de prazer e sofrimento no ambiente de trabalho, que é a base da psicodinâmica do trabalho, método desenvolvido pelo pesquisador francês Christophe Dejours.
De acordo com o coordenador Célio Izidoro, deste a primeira roda de conversa com os agentes, realizada no dia 26/04, e também na reunião de hoje, o SITRAEMG sente a necessidade de ligar o sinal de alerta para defender o segmento e lutar contra a precarização e extinção do cargo, uma vez que a administração não tem demonstrado interesse em fortalecer os agentes de segurança da Justiça do Trabalho.


quarta-feira, 22 de agosto de 2018

SITRAEMG convida agentes de segurança do TRT para reunião no dia 24/08 (sexta-feira)

Encontro será no auditório do TRT da Rua Mato Grosso, 468, em BH.

O SITRAEMG, através do seu Departamento de Saúde do Trabalhador e Combate ao Assédio Moral (DSTCAM), convida os agentes de segurança da Justiça do Trabalho para uma reunião no próximo dia 24 de agosto (sexta-feira), a partir das 14h30, no auditório do TRT da Rua Mato Grosso, 468, 14º andar.
A reunião visa debater com os agentes de segurança as informações obtidas junto ao segmento, em que foram apontadas queixas e sugestões a partir de enquete realizada através do site do Sindicato.
O objetivo maior é entender melhor a relação de prazer e sofrimento no ambiente de trabalho, que é a base da psicodinâmica do trabalho, método desenvolvido pelo pesquisador francês Christophe Dejours.

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho no TRT-MG

TRT-MG provomoveu ato público para lançamento da Campanha "Violências no Trabalho: Enfrentamento e Superação", com posterior mesa redonda sobre "Trabalho, Violências e Prevenção de Acidentes". Uma iniciativa do Programa Nacional Trabalho Seguro.







https://www.youtube.com/watch?v=gNg6Rh1_aW4&feature=youtu.be

A identidade profissional dos agentes de segurança do TRT


Por Arthur Lobato, psicólogo, responsável técnico pelo Departamento de Saúde do Trabalhador e Combate ao Assédio Moral (DSTCAM) do SITRAEMG.

O Sitraemg, através do Departamento de Saúde no Trabalho e Combate ao Assédio Moral (DSTCAM), tem realizado reuniões e rodas de conversas setoriais para entender melhor a relação de prazer e sofrimento no ambiente de trabalho, que é a base da psicodinâmica do trabalho, método desenvolvido pelo pesquisador francês Christophe Dejours. Além disso, o DSTCAM participa do comitê gestor de saúde do TRT e TRE, e do comitê do teletrabalho do TRT, procurando entender a nova forma como o trabalho está se organizando no judiciário, a partir da implementação da política de metas e produtividade e da virtualização do trabalho, por meio do teletrabalho e do processo judicial eletrônico.
Neste ano, várias ações foram efetuadas como a análise sobre o trabalho do assistente do juiz, uma roda de conversa com este segmento, reunião com o presidente do TRT quando foram apresentadas as demandas dos assessores de juiz. No mês de junho, foi realizada uma reunião com os agentes de segurança do TRT, e, também, uma enquete, onde os agentes apontam suas queixas e sugestões.
Identidade e identificação são conceitos diferentes, pois minha identidade é única, expressa de forma tradicional, por exemplo, na nossa carteira de identidade, ou seja, quem eu sou — nome, filiação, data de nascimento, CPF —, nossa identificação no sistema de segurança pública do país. Mas, identificação é um processo onde eu me incluo em um grupo, em uma ideia, em um clube, associação ou partido, por me identificar com as pessoas que tem a mesma identificação que a minha. Por exemplo, posso ter identificação com um time de futebol e meu amigo com outro.
No trabalho dos agentes de segurança, identidade e identificação com o trabalho estão mais misturadas, pois pode-se ter uma identificação, ou não, com a atividade. Por exemplo, uma pessoa que quer ser médico, mas não teve condições de estudar em boas escolas e tem o sonho desfeito e parte para a procura de um emprego para sustentar-se mas não tem uma identidade, uma identificação com este trabalho. Mesmo assim, espera-se que ele cumpra o que foi estabelecido no contrato de trabalho. Quanto mais nos identificamos com nosso trabalho, mais prazer temos nesaa atividade, mas quanto menos nos identificamos com o trabalho, menos prazer teremos neste trabalho, o qual existirá somente com uma finalidade: sobrevivência.
No trabalho nossa autoestima é dada pelo outro, pelo colega, pelas palavras de elogio, pelo sorriso, pelo simples bom dia ou boa tarde. É a urbanidade, a educação, tratar  nosso semelhante como igual, atitudes que estão em falta nos dias de hoje. Mas o que é ter uma identidade com a profissão? É se sentir útil e reconhecido com seu trabalho, respeitado com a consciência de ser útil. A identidade profissional, esta ligação a autoestima do trabalhador e sua relação com os colegas de trabalho reforça ou diminui a autoestima.
Em recente encontro no SITRAEMG, quando foi apresentada uma pesquisa sobre aposentados, uma das participantes, aposentada recentemente, falou da alegria de ir ao Tribunal rever os colegas e teve um sentimento muito positivo do seu trabalho e dos relacionamentos interpessoais com seus ex-colegas do Tribunal. Ela comentou que em uma de suas visitas ao Tribunal, depois de aposentada, um agente de segurança disse  que ela ia muito no Tribunal depois de aposentada e que ele quando se torna-se aposentado nunca mais iria neste local. Acho que este caso daria um bom debate, pois na mesma instituição servidores com funções diferentes tem percepções diferentes da relação de prazer e sofrimento no ambiente de trabalho.
Na reunião realizada com os agentes de segurança do TRT, o que ficou mais evidente é a sensação de invisibilidade dos agentes, que não recebem um simples cumprimento de bom dia ou boa tarde, das dezenas de pessoas que passam por ele diariamente. Outra queixa foi o constrangimento que vivenciam quando têm que pedir documentos ou verificar bolsas e pastas de visitantes e advogados. Diversas vezes, sofrem violência verbal e humilhação dos que não veem nele um agente de segurança que esta ali para dar proteção ao público e aos servidores, mas é visto como um porteiro intrometido.  O próprio fato de não usarem uniformes que o identifiquem como agentes de segurança fez com que o próprio grupo confeccionasse jaquetas com o nome de sua profissão: agente de segurança. Isto deu ao grupo uma maior identidade como grupo e com seu trabalho.
Um agente de segurança destacou que, em determinados edifícios, centenas de pessoas passam diariamente, e isso é uma grande responsabilidade para o agente, pois qualquer problema envolvendo a segurança tanto dos servidores quanto dos cidadãos que estão no prédio da Justiça do Trabalho será responsabilidade deles. Ironias como “você não faz nada”, “tem que terceirizar”, entre outras, criam também uma baixa autoestima e o trabalho começa a ser vivenciado como sofrimento.
A questão da terceirização é uma ameaça real aos agentes de segurança, já que não haverá concursos, nem reposição dos aposentados e dos adoecidos. A saída individual  praticada por alguns, para sobreviver, é trabalhar em desvio de função nas varas de trabalho. Há também uma ideia de transformar os agentes de segurança em agentes da polícia judiciária, motorizada para patrulhamento externo, fazendo também o serviço de proteção aos magistrados e oficiais de justiça.
Para saber mais sobre as propostas dos agentes de segurança veja a enquete feita pelo SITRAEMG por meio deste link. Mas toda ação para ser viabilizada passa pela organização e participação dos agentes junto ao SITRAEMG para viabilizar suas demandas.

Arthur LobatoPsicólogo/ Saúde  do trabalhador

Confira os vídeos do DSTCAM nas redes sociais

O SITRAEMG disponibilizará vídeos, mensalmente, no Facebook e no Instagram com o intuito de divulgar o trabalho realizado pelo Departamento de Saúde do Trabalhador e Combate ao Assédio Moral (DSTCAM) do Sindicato no sentido de orientar e acolher os filiados. Com apresentação do psicólogo Arthur Lobato, responsável técnico pelo DSTCAM, será abordado os sintomas da ansiedade, depressão, assédio moral e esgotamento profissional, entre outros fatores que podem ser causados pelo trabalho. 
Caso o servidor se identifique, o departamento está à disposição para acolhê-lo e fazer o acompanhamento psicológico. 
O atendimento é feito na sede do SITRAEMG e pode ser agendado por meio do telefone: (31) 4501-1541. 
Acompanhe os vídeos em nossas redes sociais.

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Participe do debate “Justiça do Trabalho e Justiça Federal juntas?”


Evento será realizado na quinta-feira, 26/07, das 9h às 12h30, no Centro Cultural Justiça Federal, no Rio de Janeiro.


No dia 26 de julho, o Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) e o Tribunal Regional Federal da 2ª Região irão realizar, das 9h às 12h30, o debate “Justiça do Trabalho e Justiça Federal juntas?, na sala de Sessões do Centro Cultural Justiça Federal (Av. Rio Branco, 241, Centro, Rio de Janeiro). O objetivo do evento é discutir a ideia de unificação dos dois segmentos do Poder Judiciário da União.
A abertura do evento reunirá advogados trabalhistas e magistrados dos dois ramos da Justiça e será feita por Rita Cortez, pelo presidente do TRF2, desembargador André Fontes, e pela vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT/RJ), desembargadora Rosana Salim Villela Travesedo. A iniciativa contará também com a presença da vice-presidente Cultural da Associação dos Juízes Federais do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Ajuferjes), juíza Carmen Silvia Arruda; o presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 1ª Região (Amatra1), juiz Ronaldo da Silva Callado e o presidente da Associação dos Juízes do Trabalho (Ajutra), juiz Otávio Amaral Calvet.
Os debatedores serão os presidentes da Comissão de Direito Administrativo do IAB, Manoel Messias Peixinho, professor de Direito Administrativo da PUC-Rio, e da Academia Brasileira de Direito do Trabalho (ABDT) e João de Lima Teixeira Filho, membro da Comissão de Direito do Trabalho do IAB.
As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas por meio deste link. As vagas são limitadas. Os servidores inscritos no evento podem informar a inscrição ao SITRAEMG até sexta-feira, 13/07, por meio do e-mail eunice@sitraemg.org.br ou pelo telefone (31) 4501-1505, uma vez que o Sindicato irá arcar com o custo de até dez passagens para o Rio de Janeiro.
De acordo com a IAB, além da realização do evento em parceria com o TRF2, está sendo produzido, em caráter de urgência, um parecer jurídico sobre a possibilidade de a Justiça do Trabalho vir a ser absorvida pela Justiça Federal.

SITRAEMG realiza ato no Dia Nacional da Prevenção de Acidentes de Trabalho



Na sexta-feira (27), o SITRAEMG, juntamente com o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região e a Amatra-3, realizou um ato público para celebrar o Dia Nacional da Prevenção de Acidentes de Trabalho, em frente ao TRT da Avenida Getúlio Vargas, em Belo Horizonte. Com o tema “Saúde e Segurança no Trabalho: enfrentamento e superação de violências”, o ato contou a presença dos coordenadores do SITRAEMG Elimara Gaia e Dirceu José dos Santos e do psicólogo Arthur Lobato, responsável técnico pelo Departamento de Saúde do Trabalhador e Combate ao Assédio Moral (DSTCAM) do Sindicato, e foi seguido de palestras e debate no 8º andar do mesmo prédio.
A abertura do evento foi feita pela desembargadora do TRT3, Denise Alves Horta, que destacou que a iniciativa é fundamental para alertar e conscientizar os trabalhadores sobre a necessidade de permanecerem atentos com a prevenção em acidente de trabalho no ambiente laboral.
Na ocasião, a coordenadora Elimara Gaia parabenizou o Comitê de Saúde por desempenhar um importante papel para diminuir os riscos no local de trabalho, em busca de um ambiente saudável e agradável para os servidores e magistrados. Ela reforçou também que o SITRAEMG estará sempre apoiando essas iniciativas do Tribunal.
A primeira palestra foi realizada pela médica e professora da UFMG Andrea Maria Silveira e teve como tema “Violências no trabalho”. A palestrante ressaltou que uma das formas de violência é o assédio moral (trata-se da exposição de trabalhadores a situações vexatórias, constrangedoras e humilhantes durante o exercício de sua função). “A prevenção é o melhor remédio para combater o assédio moral, como por meio da informação e educação de trabalhadores e gerentes, além de campanhas de conscientização”, destaca.
Com o tema “Ética na saúde e segurança do trabalho”, a segunda apresentação foi da expositora Elaine Noronha Nassif, procuradora do Trabalho do Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais. Ela destacou que o ambiente atual onde é exercido as atividades profissionais é sem solidariedade, competitivo e com fofocas. “Não há uma ética para essa realidade. Vivemos um individualismo que atropela as pessoas, diferentemente da história da ética”, diz.
Já o palestrante e chefe da Fundacentro de Minas Gerais, Érico da Gama Torres, falou sobre “A discussão do agrotóxico no momento atual”. “A pulverização com agrotóxico na agricultura é grave, ao longo do tempo, trarão efeitos nefastos para a população como o surgimento do câncer, pneumonia, catarata, entre outras doenças”, alerta.
Ele comentou também que está em tramitação na Câmara do Deputados o PL 6670/2016, que institui a Política Nacional de Redução dos Agrotóxicos (PNARA). O objetivo do PNARA consiste em implementar ações que colaboram para a contribuição progressiva do uso de agrotóxicos e ampliar a disponibilidade de uso de produtos de origem biológica.
O psiquiatra e secretário de Saúde do TRT de Minas Geraldo Mendes ressaltou que os medicamentos para combater as doenças mentais fazem efeito em, no mínimo, 20 dias, e a terapia leva dois meses. “Dessa forma, o afastamento do trabalho é longo e traz um grande sofrimento. A prevenção para evitar que as pessoas fiquem doentes mentalmente é desempenhar um trabalho em equipe, com diálogo, em um bom ambiente, onde os chefes saibam ouvir e designar tarefas, além de dar os feedbacks negativos e positivos”, enfatiza.
Ao ser questionado no debate sobre a segurança dos Oficiais de Justiça, o secretário de Saúde afirmou saber que os servidores deste segmento requerem mais atenção com a segurança durante o exercício da atividade e destacou que já existe uma proposta para discutir a segurança no trabalho dos oficiais.
Confira também o vídeo:

TRT-MG provomoveu ato público para lançamento da Campanha "Violências no Trabalho: Enfrentamento e Superação", com posterior mesa redonda sobre "Trabalho, Violências e Prevenção de Acidentes". Uma iniciativa do Programa Nacional Trabalho Seguro.