quinta-feira, 30 de março de 2017

Minas em diálogo: ASSÉDIO MORAL NO SERVIÇO PÚBLICO


O Governo de Minas Gerais, por meio do Núcleo Multifacetário do Estado de Minas (NUMEM) – uma parceria entre a Secretaria de Estado de Casa Civil e de Relações Institucionais (SECCRI) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) –, promove, na próxima semana, a série Minas em Diálogo. A série de eventos se propõe a oferecer abordagens temáticas pontuais, sempre com especialistas no assunto. É gratuito e de livre participação.







































Nesta edição, o painel será formado de três exposições de 30 minutos, por palestra, seguidas de debates encaminhados pela presidente da mesa e perguntas enviadas pelo público, caso haja tempo suficiente.

São 100 vagas disponíveis e as inscrições podem ser feitas por meio de formulário eletrônico disponível no site da Casa Civil

Dados do evento:
Minas em Diálogo – Assédio Moral no Serviço Público
Data: 05/04/2017
Local: Salão Vermelho da Procuradoria-Geral de Justiça (MPMG),
à Avenida Álvares Cabral, 1690, 1º andar, Santo Agostinho,
Hora: 14h às 17h.
Informações: Assessoria de Comunicação – SECCRI
                            comunicacao@casacivil.mg.gov.br
                            ou pelo telefone 3915-9393

terça-feira, 28 de março de 2017

SEMINÁRIO NO TJMMG: CONFLITOS NO AMBIENTE DE TRABALHO

SEGUNDA-FEIRA, 27/03/17 18:34
Juiz Cel PM Rúbio Paulino Coelho (TJMMG)
 e o psicólogo Arthur Lobato.
O SINJUS-MG participou de um seminário, no dia 24/3, promovido pelo Tribunal de Justiça Militar (TJMMG), por meio do seu Comitê Gestor Local de Atenção Integral à Saúde de Magistrados e Servidores. O debate abordou o tema “Conflitos no ambiente de trabalho e sofrimento psíquico” e teve a orientação do psicólogo e membro da Comissão de combate ao Assédio Moral, Arthur Lobato.
Logo no início do debate, após cumprimentar os presentes, o Juiz Cel PM Rúbio Paulino Coelho enfatizou a importância de se discutir o tema e falou sobre o avanço que representou a criação do Comitê Gestor de Saúde, no ano passado.
Wagner Ferreira, coordenador-geral SINJUS/MG
O coordenador-geral do SINJUS, Wagner Ferreira, abriu o debate lembrando que a criação de Comitê com garantia de participação das entidades sindicais foi uma determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por meio da Resolução 207/2015. Ele parabenizou a Administração da Justiça Militar por cumprir a norma e ser pioneira em Minas Gerais. Desde 2015, o Sindicato vem lutando para que o TJMG também crie um Comitê. “Seria possível estudar políticas para diminuir o alto índice de absenteísmo dos servidores e garantir que eles tivessem acesso a um ambiente de trabalho seguro e saudável. A Resolução 207 do CNJ representou um avanço, mas não pode ficar apenas no papel ou ser feita pela metade. É fundamental que o TJMG também crie um Comitê Gestor e que as entidades sindicais façam parte”, critica.
Psicólogo Arthur Lobato
Adoecimento x Metas
O psicólogo Arthur Lobato abriu o debate com os últimos dados do Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre adoecimento. O Brasil registra média de 700 mil acidentes do trabalho e doenças ocupacionais por ano. Entre as causas estão maquinário velho e desprotegido, tecnologia ultrapassada, mobiliário inadequado, assédio moral, cobrança exagerada e desrespeito a diversos direitos. “Trazendo para a realidade da Justiça, sabemos que esses números também assustam, mas infelizmente o Judiciário não tem um estudo sobre o adoecer do trabalhador”.
O especialista citou o excesso de trabalho como um dos graves problemas vividos nos tribunais. Com a implementação do Processo Judicial eletrônico (PJe), os servidores passaram a trabalhar mais horas, passando mais tempo em frente aos computadores. “Esses trabalhadores têm sofrido até com a falta de pausas. Não somos máquinas. Precisamos nos levantar da cadeira, descansar os olhos. Mas eles se deparam com chefias controlando as idas ao banheiro, os intervalos, já que só se fala em produtividade e metas. Assim, o servidor não consegue cuidar da sua saúde”, explica. Entre os males que surgem nesse contexto estão o LER, a secura nos olhos, a irritação, entre outras.
Conflitos x produtividade
Psicólogo Arthur Lobato, durante palestra no
auditório do TJMMG.
Segundo Arthur, as altas metas a serem cumpridas também são responsáveis pelos conflitos que surgem no ambiente de trabalho. Os chefes são cobrados a apresentar cada vez mais produtividade e consequentemente pressionam seus subordinados a apresentaram os resultados. Tudo isso em um ambiente de estresse e pressão. “Uma pesquisa feita no Judiciário apontou que o que mais estressa os servidores é serem tratados aos gritos. O trabalho é saudável quando há diálogo, escuta e respeito às opiniões de quem trabalha junto”. Arthur explicou os conceitos de práticas muito usuais no ambiente de trabalho como o mobbing: são manobras hostis frequentes e repetitivas, direcionadas sempre à mesma pessoa.
Por fim, o especialista falou da importância da humanização do trabalho. “O ser humano precisa ser visto além da sua força produtiva. O trabalho não pode perder seu sentido. Cada um de nós é diferente, tem suas particularidades, emoções. Precisarmos ser mais tolerantes para criar um clima de trabalho mais saudável”.

Publicado em: http://sinjus.org.br

II Fórum de debates sobre o assédio moral no serviço público


O II Fórum de debates que tem como tema: “O assédio moral no serviço público e a impunidade  que destrói vidas
dias: 31/03 e 01/04 de 2017, no hotel Plaza Suítes, em Fortaleza.
  • O assédio moral no poder judiciário
  • O assédio moral e a lei Maria da Penha
  • Assédio moral: O processo  administrativo e o processo judicial.
A coordenação geral está a cargo de José W. Fernandes, Pós-graduado em Direito do Trabalho.
O ASSÉDIO MORAL MATA. 
NÃO FIQUE CALADO. DENUNCIE.

PROGRAMAÇÃO: 
31/03/2017 – Sexta-Feira
19h – Palestrante Arthur lobato
Debate aberto.                                                                                   
01/04/2017 – Sábado
08h – Palestrante Isaac Oliveira
10h –  Uma conversa com Maria da Penha
14h – Palestrante José Fernandes
15h – Palestrante Suicídio no Trabalho
17h – Encerramento

terça-feira, 21 de março de 2017

Confira os vídeos do 1º Seminário do DSTCAM do SITRAEMG

Evento do Departamento de Saúde no Trabalho e Combate ao Assédio Moral foi realizado em novembro de 2016, em Belo Horizonte. 

O primeiro Seminário do Departamento de Saúde do Trabalhador e Combate ao Assédio Moral (DSTCAM) foi realizado nos dias 4 e 5 de novembro de 2016, no hotel Normandy, em Belo Horizonte, tendo à frente na organização os integrantes do departamento, coordenadores do Sindicato Célio Izidoro, Vilma Oliveira Lourenço, a filiada Rogéria Figueiredo, e o psicólogo Arthur Lobato, responsável técnico. Também estiveram presentes os coordenadores Alexandre Magnus e Henrique Olegário Pacheco.


Confira, abaixo, vídeos das palestras do evento:


Publicado em:http://www.sitraemg.org.br


Humanização do Trabalho

Por Arthur Lobato, psicólogo/saúde do trabalhador, responsável pelo Departamento de Saúde do Trabalhador e Combate ao Assédio Moral (DSTCAM) do SITRAEMG.



Um dos objetivos do trabalho é inserir o ser humano no processo produtivo. Por trabalho saudável entendo aquele feito com prazer, onde há um bom relacionamento interpessoal, e condições materiais de se executar a tarefa. O trabalho é saudável quando há diálogo, escuta e respeito às opiniões de quem trabalha junto.
Como o modelo de trabalho no mundo atual visa o lucro e a produtividade através de metas absurdas, e este modelo está sendo implementado no serviço público, lutamos dentro do projeto saúde do trabalhador, por um modelo de gestão humanizado e não este modelo de gestão que trata os seres humanos como se fossem máquinas, um processo de desumanização do trabalhador reduzido a uma simples cifra, uma peça na engrenagem produtiva.
Quando propomos a humanização do trabalho, queremos entender o ser humano não só enquanto força produtiva, mas naquilo que nos diferencia dos animais: somos seres racionais. E, por racional entendo a relação entre a percepção, sentimentos, inteligência, e nossa capacidade de refletir sobre si próprio e sobre o mundo, afinal, tenho consciência que existo, tenho consciência do tempo que passa, do espaço que se modifica com o tempo, sabemos de nossa finitude e nossa necessidade de sobrevivência só pode ser conseguida através do trabalho que é composto de vários processos de relações, entre humanos e humanos, humanos e máquinas, força de trabalho e capital, entre tantos fatores.
Humanização do trabalho é uma luta do SITRAEMG e de todos nós trabalhadores para que instituições e empresas entendam que cada ser humano é diferente e que não somos máquinas de produção, mas seres humanos racionais e emocionais, temos consciência, razão e afetos.
Um exemplo claro da falta de humanidade no trabalho é caracterizado pela volta dos adoecidos ao local do trabalho. Suas queixas na clínica do trabalho se referem aos próprios colegas e percebemos que a solidariedade foi substituída pela individualidade, pela competitividade, o outro ausente deixa de ser humano, mas um estorvo, pois “diminuiu a produtividade do grupo”.
Somos enquanto seres humanos este amálgama de razão e emoção,  antagônicos que devem ser governados pela consciência, domando e direcionado a força da razão e da emoção, os  alazões que conduzem a biga/corpo, metáfora já descrita por Platão, o filósofo grego em seus diálogos,  com a consciência sendo o cocheiro e a biga, o corpo.  Razão e emoção os cavalos (potências) que levam a biga na direção e velocidade pretendida.
Se somos seres racionais, temos a linguagem para nos comunicar e transmitir experiências em busca de uma evolução humana e científica, e para isso precisamos de humanizar o trabalho, via diálogo, missão de todos nós.
OBS.:
Em novembro do ano passado, o DSTCAM do SITRAEMG realizou um seminário sobre saúde do trabalhador, e, através de palestras e debates, discutimos o adoecer do trabalhador, sua relação com a organização do trabalho, o modelo de gestão, a virtualização do trabalho (PJE e teletrabalho), a indústria da loucura, estresse pós-traumático e assédio moral. Ressaltamos, portanto, a importância do trabalho ser fonte de realização pessoal e profissional e não de adoecimento.
Confira:

quinta-feira, 16 de março de 2017

Em visita oficial, psicólogo do TJ-RO vem ao SERJUSMIG conhecer o trabalho desenvolvido pelo “Comitê de Combate ao assédio moral”

Publicado em 13 de Março de 2017 




Na última sexta-feira, os dirigentes do SERJUSMIG Rui Viana e Antônio Costa, juntamente com o psicólogo Arthur Lobato, receberam, na sede do Sindicato, a visita oficial do psicólogo Pedro Martins de Oliveira, do Tribunal de Justiça de Rondônia.
Pedro, que é lotado no Serviço Médico do TJ-RO, está implantando no setor um núcleo de combate ao adoecimento psíquico, cujo início das atividades está previsto para 2018.
“Como o SERJUSMIG é referência no combate ao assédio moral no contexto do trabalho, o TJ-RO autorizou a minha visita para que eu pudesse conhecer de perto o trabalho desenvolvido pelo Sindicato e, assim, embasar ainda mais o trabalho que queremos desenvolver em Rondônia”, explica Pedro.
Os diretores entregaram ao servidor exemplares das cartilhas contra o assédio moral já editadas pelo SERJUSMIG, todas elas em parceria com Arthur Lobato, e transmitiram a ele experiências nos campos jurídico, político e administrativo da atuação que o Sindicato vem protagonizando com mais ênfase há exatos 10 anos.
Obs. Em Minas Gerais, a Lei Complementar nº 116/2011 trata a respeito do assédio moral de servidores públicos, cabendo destacar a legitimidade dos sindicatos para apurar e acompanhar tais infrações: Art. 9° A administração pública tomará medidas preventivas para combater o assédio moral, com a participação de representantes das entidades sindicais ou associativas dos servidores do órgão ou da entidade.