segunda-feira, 14 de março de 2022

Nota de pesar

 


Morre médica Margarida Barreto, pioneira na denúncia da gravidade do assédio moral no trabalho

                       

 










Com imenso pesar, o SERJUSMIG comunica o falecimento da médica e pesquisadora Margarida Maria Silveira Barreto, professora do curso de Pós-graduação em Medicina do Trabalho da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. De acordo com o jornalista Paulo Donizetti, da Rede Brasil Atual, Margarida lutava há mais de um ano contra um câncer no estômago. Imunodepressiva, acabou perdendo a energia para prosseguir o tratamento, ao contrair o coronavírus no início deste ano. 

Margarida ficou conhecida no meio científico e sindical pelos estudos que conceituaram o assédio moral no trabalho. Doutora em Psicologia Social e integrante pesquisadora do Núcleo de Estudos Psicossociais de Exclusão e Inclusão Social da PUC-SP, ela também ajudou a identificar o impacto das diversas formas de assédio na vida dos trabalhadores. Outra contribuição de Margarida foi apontar as conexões entre o atual sistema econômico, as pressões generalizadas no mundo do trabalho e os sentimentos de perda do lugar, que levam o trabalhador a se sentir só e desamparado, sujeito a coerções e adoecimentos.

O SERJUSMIG teve a horna de aprender com a médica, inclusive em encontro de delegados do Sindicato. A luta contra o assédio moral perde uma de suas grandes combatentes, pensadoras e formadoras. O trabalho de Margarida maria Silveira Barreto segue vivo nas atuações daqueles/as que ela ajudou a formar. Aos familiares, amigos e colegas de profissão, nossos mais sentidos pêsames.

 

Foto: Henrique Almeida / Agecom UFSC

Mundo do trabalho perde Guida Barreto, pioneira nas pesquisas e na luta contra o assédio moral

 

Faleceu em 3/3, aos 76 anos, a médica Margarida Maria Silveira Barreto, referência latinoamericana nas pesquisas sobre a prática do assédio moral nas relações de trabalho. Ela enfrentava um câncer quando contraiu Covid-19, o que agravou seu estado de saúde. A morte de Guida Barreto, como era conhecida, comoveu o mundo do trabalho e provocou moções de consternação de associações de pesquisa e de entidades sindicais.

Guida e amigas em visita a escola de Havana, em 2017

Na medicina, Guida atuou inicialmente como ginecologista, obstetra e cirurgiã geral. “Tinha muita habilidade, era uma excelente cirurgiã”, relata ao Informativo Adusp seu amigo e grande companheiro de pesquisas José Roberto Heloani, professor da Unicamp. Foi uma tragédia pessoal — a perda de Carla, sua filha única pré-adolescente — que a levou a optar pela medicina do trabalho (deixando de lado a obstetrícia e as cirurgias) e, mais tarde, a enveredar na investigação do assédio laboral.

Ela trabalhou o tema no mestrado e depois no doutorado em Psicologia Social, ambos cursados na Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), sob orientação do professor Bader Burnhan Sawaia. “Assédio moral. A violência sutil. Análise epidemiológica e psicossocial no trabalho no Brasil” é o título de sua tese, defendida em 2005.

Guida foi docente da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e do programa de pós-graduação em Psicologia Social da PUC-SP, bem como pesquisadora associada do Núcleo de Estudos Psicossociais e Dialética Exclusão/Inclusão Social da PUC-SP (Nexin). Sempre colaborou intensamente com outros(as) pesquisadores(as), em especial o professor Heloani, com quem escreveu Assédio Moral no Trabalho (Cencage, 2008), que tem ainda como coautora Maria Ester de Freitas.

“O grande mérito da publicação reside na abordagem do assédio moral no trabalho como problema fundamentalmente social e organizacional, intrinsecamente relacionado às mudanças do sistema produtivo, contrapondo-se, assim, às compreensões psicologizantes, patologizantes e a-históricas, frequentemente presentes nas discussões de temas co-relacionados, tal como as do bullying escolar e do stress”, anotou, em resenha do livro, o professor Eduardo Pinto e Silva, da Universidade Federal de São Carlos.

“Sendo assim”, diz mais adiante o resenhista, Guida, Heloani e Maria Ester “apresentam importante definição do conceito de assédio moral, tanto do ponto de vista epistemológico quanto político: ‘O assédio moral é uma conduta abusiva, intencional, freqüente e repetida, que ocorre no ambiente de trabalho e que visa diminuir, humilhar, vexar, constranger, desqualificar e demolir psiquicamente um indivíduo ou um grupo, degradando as suas condições de trabalho, atingindo sua dignidade e colocando em risco a sua integridade pessoal e profissional’”.

Abrastt, ABET e entidades sindicais expressam pesar

A Associação Brasileira de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora (Abrastt) emitiu nota de pesar lembrando que Guida “foi a precursora em pesquisas relacionadas a assédio moral e sexual no trabalho no país” e que integrou, como diretora financeira adjunta, a gestão 2020-2021 da entidade. “Suas pesquisas abordam temas como violência e saúde mental no trabalho. Seu legado para a área da saúde do trabalhador é de extrema importância pois aborda os aspectos psicossociais relacionados ao trabalho. Sua luta em defesa da saúde dos trabalhadores e trabalhadores nos motiva a continuar”.

Também a Associação Brasileira de Estudos do Trabalho (ABET) divulgou nota de profundo pesar frente ao falecimento de Guida. “Médica, professora e pesquisadora, Margarida foi pioneira nos estudos sobre assédio moral e sexual no país, tendo dedicado sua trajetória às questões da saúde no trabalho, em especial à saúde mental e à violência no trabalho”, assinalou. A ABET destacou ainda que Guida deixa “um legado de pesquisas, de luta e de um convívio fraterno e generoso com aqueles que a cercaram”.

Sindicatos e centrais sindicais expressaram sua tristeza, destacando o ativismo de Guida e seu engajamento nas atividades de diversas categorias. Um dos muitos sindicatos com os quais ela colaborou foi a Adusp, ao participar como expositora de um dos “saraus” promovidos à época, no qual abordou as questões do assédio moral e do produtivismo acadêmico. Na ocasião foi lançada a edição 48 da Revista Adusp (setembro de 2010), cuja reportagem de capa versava sobre a Síndrome de Burnout, associada a ambos os temas. Guida foi uma das principais fontes da matéria.

“O modelo baseado nas regras de mercado gera grande diputa e indiferença entre os pares. A competitividade se dá entre professores, que começam a se questionar por quanto tempo mais aguentarão; questionam sua capacidade profissional”, disse a pesquisadora à jornalista Marina Pita, autora da reportagem. “Passamos a encontrar altos níveis de fadiga mental e física em professores, inclusive ideações suicidas e depressões severas. Há uma série de adoecimentos que têm início como hipertensão, alteração gastrintestinal, insônia”, explicou.

No entender de Guida, os casos de assédio moral devem ser entendidos como de natureza estrutural ou institucional. “Mesmo quando se identifica o indivíduo em casos de assédio moral, não o vejo como único responsável. Uma lógica anterior é a verdadeira causa: a lógica de resultados, da quantidade em detrimento da qualidade”, sustentou. O assediador ou assediadora nem sempre percebe que assedia moralmente, porque a lógica foi internalizada e ele crê fazer o melhor para a universidade. “Há uma direção da própria lógica do modelo toyotista de organização do trabalho para isso. O indivíduo acha que está dando o melhor de si, está mostrando serviço. Não é consciente, é algo terrivelmente internalizado”, apontava.

“Começamos a visualizar o assédio a partir de seus ensinamentos”, diz a cubana Lydia Guevara

“Eu a conheci em 2001, por referências, e já em 2002 começamos uma amizade que nunca terminou, porque os laços de união foram e continuarão sendo fortes”, contou ao Informativo Adusp a jurista cubana Lydia Guevara Ramírez. “Ela organizou o 1º Congresso Internacional sobre Assédio e  Violência no Brasil e em Pernambuco, com a presença de representantes de Argentina, Chile, Uruguai, Cuba e Brasil, e todas lhe seguimos os passos. Pesquisamos, publicamos e começamos a visualizar a violência e o assédio a partir de seus ensinamentos”.

Mestra em direito do trabalho e secretária de Mulher e Gênero da Associação Latinoamericana de Advogados Trabalhistas, Lydia destaca o papel de Guida na realização das seis primeiras edições do Congresso Iberoamericano Sobre Violência Laboral e Institucional e, paralelamente, na constituição da Rede Iberoamericana pela Dignidade das Pessoas no Trabalho e nas Organizações.

“Eu tinha informações e participava de um coletivo de pesquisadores desde 1998, porém o nível de apreciação desses temas por parte de Guida Barreto superou as expectativas que eu tinha e me ajudou a consolidar meus conhecimentos”, revelou Lydia. “Estivemos juntas em cursos em universidades de vários países, em Fóruns Sociais Mundiais e da América Latina, e sobretudo redobramos os esforços para realizar reuniões com os sindicatos, porque nossos destinatários preferenciais foram e serão os trabalhadores e trabalhadoras que devem contar com um meio ambiente laboral livre de violências”.

A pesquisadora brasileira, recorda Lydia, foi uma das fundadoras da Rede Iberoamericana pela Dignidade das Pessoas no Trabalho e nas Organizações, criada no 1º Congresso Iberoamericano sobre Violência Laboral e Institucional, realizado na Cidade do México em 2011. O 6º Congresso, sediado em Manágua (Nicarágua), ocorreu durante a pandemia, em novembro de 2021, e por isso foi virtual.

“Quando soube por meus outros companheiros e companheiras brasileiras da gravidade de seu estado de saúde, acordamos que o 6º Congresso seria dedicado a Margarida Barreto, que apesar de suas dores agudas e mal-estar se desdobrou como imaginávamos e soube fazer uma conferência de abertura que se guarda para a história por sua qualidade e conteúdo. Quando da guerra de independência de Cuba contra a Espanha, José Martí disse: ‘A morte não é verdade quando se cumpriu bem a obra da vida’. Guida Barreto, presente!”

“Não fosse ela, talvez ainda estivéssemos achando que assédio moral é simplesmente pessoal”

Durante o velório do corpo de Guida, realizado em 4/3, o professor Heloani proferiu um marcante discurso, no qual descreveu a trajetória muito singular e a firmeza de caráter de sua amiga. “A gente está muito acostumado a dar palestras, dar aula. Mas ninguém está preparado para perder uma vida como a da Margarida Barreto. Duvido que alguém esteja preparado”, disse, emocionado. “Eu perdi uma parceira intelectual de vinte e cinco anos, perdi uma irmã, perdi uma grande amiga, talvez a maior que eu tive. Por outro lado eu sou grato, por ter tido durante mais de vinte e cinco anos uma pessoa com a qualidade dela”.

Nós temos que ser gratos a ela, continuou, “porque foi uma excelente médica e porque foi uma militante com ternura”. Ele destacou a história de militância de Guida: “Foi uma militante com tal convicção de que é possível melhorar a sociedade, com tal garra, e ao mesmo tempo com tanto carinho, que se não fosse ela talvez nos sindicatos nós ainda estivéssemos achando que assédio moral é uma questão simplesmente pessoal”.

Enfatizou também a firmeza de Guida no enfrentamento com uma grande empresa que teve seus interesses contrariados por denúncias de assédio moral, feitas por ela e seu grupo de pesquisa. “Quantas vezes ela mostrou que era uma pessoa excepcionalmente honesta, de uma honestidade ímpar, incomum. Confesso a vocês que uma grande multinacional, aliás nacional, talvez a maior, mediante o advogado-chefe, tentou nos comprar, dando um telefonema para ela e dizendo ‘Quanto vocês querem para fazer um congresso sobre assédio moral? Nós bancamos tudo, tudo, vocês não precisam apresentar nenhuma nota’. Sabe o que ela falou? Não posso falar, não cai bem. Quando [o advogado-chefe] se referiu à minha pessoa, ela disse: ‘Você pode ligar, ele vai falar a mesma coisa’. Esta era a Margarida”. 

A seu ver, Guida “valorizava e cobrava a lealdade, as amizades, a família e com certeza me ensinou a ser leal com os trabalhadores”. “Essa foi a maior lição que ela nos deu. Ser leal aos trabalhadores em todos os momentos, os bons, os maus, e com todos que precisam de força, de ânimo”.

Ao Informativo Adusp, Heloani considera que a amiga “foi generosa até na morte”, porque, ao perceber que seu estado se agravava, decidiu internar-se num hospital de cuidados paliativos, poupando assim de maiores sofrimentos os parentes e amigos que se revezavam para lhe dar assistência em casa. “Ela foi uma heroína até o último momento. E morreu serena”.

 

https://www.adusp.org.br/index.php/universidade-defesa/469-assedido-moral/4420-guida-barr

Pesquisa sobre Saúde Mental no Poder Judiciário no contexto da Pandemia é publicada

               

O CNJ apresentou os resultados da 2ª pesquisa sobre o Diagnóstico da Saúde Mental dos Magistrados e Servidores do Poder Judiciário, realizada por solicitação do Comitê Gestor Nacional de Atenção Integral à Saúde dos Magistrados e Servidores do Poder Judiciário com o objetivo de identificar os impactos da pandemia na saúde desses grupos.

A pesquisa foi realizada durante o mês de dezembro de 2021 e apresentada durante o 4º Seminário Nacional sobre a Saúde dos Magistrados e Servidores do Poder Judiciário, realizado no dia 7 de fevereiro de 2022.

Feita de forma online, a pesquisa contou com participação de 21.646 servidores e magistrados, com média de idade de 44 anos. Ressalta-se que a análise a seguir irá focar nos aspectos negativos que interferem no trabalho durante a pandemia, e seus impactos na saúde mental dos trabalhadores. 

A participação de Minas Gerais constitui apenas 6% do total (1.315 respostas), com média de idade de 46 anos. No total da amostra, o segmento da justiça com maior participação foi a Justiça Estadual, com 63,1%, enquanto os servidores do quadro efetivo do Poder Judiciário correspondem a 81,8% dos participantes. O público feminino foi majoritário, com 56,9%. 

O resultado também apontou que 97,4% tomaram duas doses da vacina para Covid-19. Os fatores de risco mais comuns foram: pressão alta (14,6%); obesidade (6,7%); doenças respiratórias (5,3%). 

Outro dado que chama atenção: 56,5% perderam amigos ou parentes durante a pandemia, o que gera sérios impactos na saúde mental e emocional dessas pessoas, que precisam continuar trabalhando, muito além da jornada, para conseguir cumprir as metas em um momento difícil da vida pessoal. 26,7% dos entrevistados relataram o aumento do uso de álcool e outras substâncias. 

Em relação ao impacto do isolamento social no ambiente doméstico, enquanto 44,3% relataram melhora e aproximação nas relações familiares, 39,3% relataram a ocorrência de desgastes nas relações. 

Já quanto ao estado de saúde comparado a antes da pandemia, 39,5% dos participantes relataram que “piorou um pouco”. Já no tópico “Rede de apoio em  busca de conselhos ou consolo”, a maioria se sustentou no apoio de familiares, amigos e apoio espiritual, enquanto apenas 21% procuraram ajuda psicológica/médica e 15,1% procuram não expressar seus sentimentos. 

 

A percepção sobre a melhor forma de trabalho demonstrou que: 

  •  preferem a modalidade híbrida, com predominância virtual: (49,6%)
  •  preferem o ambiente de trabalho totalmente virtual: (21,1%)
  •  preferem a forma híbrida com predominância presencial: (19,9%)

 

Sintomas que não sentia antes da pandemia:

  •  sensação de cansaço e/ou sonolência durante o dia: (52,0%)
  •  alterações da rotina de sono: (47,6%)
  •  dificuldade de concentração e/ou de memória: (46,3%)

É importante destacar também o aumento de sintomas como taquicardia e pressão no peito (19,2%) e sonhos ruins e pesadelos (17,8%), que já são indícios de sintomas de estresse e esgotamento.

 

Em relação aos sentimentos relatados com maior frequência ou intensidade durante a pandemia:

  •  medo: (49,5%)
  •  desânimo: (43,5%)
  •  tristeza e/ou melancolia: (31,0%)
  •  raiva e irritação: (26,9%)
  •  desespero: (5,9%)

Tais dados demonstram a fragilidade da saúde mental do trabalhador durante a pandemia. 

 

Temores em razão das mudanças nas condições de vidas causadas pela pandemia:

  •  temor com o falecimento de familiares considerados grupos de risco: (70,7%)
  •  ter sequelas da doença: (60,7%)
  •  contagiar outras pessoas: (59,7%)
  •  adoecer: (57,0%)
  •  necessidade de internação: (53,7%)
  •  vir a falecer: (49,5%)
  •  faltar tratamento/leitos hospitalares: (42,9%)

 

Volume de trabalho recebido:

  •  é maior do que no período pré-pandêmico: (54,8%)
  •  é igual ao período pré-pandêmico: (35,0%)

 

Sobre as iniciativas que os servidores gostariam que fossem tomadas para segurança na retomada do trabalho presencial, é importante essa contribuição para ações sindicais, em prol da saúde psíquica do servidor e servidora do judiciário federal, observando as seguintes demandas:

  •  obrigação de apresentar comprovante vacinal: (66,1%)
  •  obrigação do uso de máscara dentro e fora da unidade: (65,1%)
  •  fornecimento de EPIS por parte do tribunal: (65,1%)
  •  rodízio de servidores que trabalham no mesmo ambiente: (63,4%)
  •  manter servidores do grupo de risco em trabalho remoto: (63,1%)
  •  manter servidores em trabalho remoto quando morarem com pessoas que são do grupo de risco: (52,4%)
  •  fornecimento de testagem prévia antes do retorno ao trabalho presencial: (43,2%)
  •  realização de reuniões somente no formato online, independente dos integrantes estarem na modalidade presencial: (35,3%)
  •  não se sente a vontade de retornar ao trabalho presencial, mesmo com as medidas listadas acima: (21,4%)

Em relação às atividades que estão tomando maior parte do tempo dos servidores, 97,3% relatam o trabalho como principal atividade.

 

Portanto, concluímos a necessidade de uma política envolvendo a humanização do trabalho, com a adaptação da política de metas e produtividade à realidade de cada tribunal, e que os gestores tenham sensibilidade com relação à saúde mental dos trabalhadores, que estão com medo, sofrimento, inseguros existencialmente e com excesso de trabalho.

É importante ressaltar que os sindicatos continuem atuando em prol da saúde e segurança do trabalhador, e que sejam debatidos os direitos de quem está em teletrabalho, já que essa modalidade misturou jornada de trabalho e produtividade, o que tem gerado mais trabalho, mais cansaço, menos tempo livre, entre outros fatores conforme abordado na pesquisa.

Acesse a pesquisa completa aqui

Saiba mais sobre o Seminário na matéria disponível no site do CNJ

Assista ao vídeo do seminário no YouTube.

 

Artigo de Artur Lobato - Psicólogo da área de saúde do trabalhador. Participou de Congressos Internacionais sobre o tema no Brasil, Argentina e México. Membro da  Associação Brasileira da Saúde do Trabalhador e Trabalhadora (ABRASTT).

 

http://site.serjusmig.org.br/noticia/8630/pesquisa-sobre-saude-mental-no-poder-judiciario-no-contexto-da-pandemia-e-publicada

quarta-feira, 2 de março de 2022

Seminário Nacional Sobre Saúde dos Magistrados e Servidores do Poder Judiciário CNJ 07/02/2022

 


Certificado VI CONGRESO IBEROAMERICANO sobe Acoso Laboral e Institucional - Nicarágua

 


Artigo sobre a greve sanitária no Judiciário Federal em MG será apresentado em congresso internacional

 

O evento será virtual e está sendo organizado pela Universidade Nacional Autônoma da Nicarágua


A greve sanitária, realizada pelos servidores do Poder Judiciário da União em Minas Gerais, será apresentada no 6º Congresso Iberoamericano sobre assédio Laboral e Institucional.

O evento será virtual, está sendo organizado pela Universidade Nacional Autônoma da Nicarágua (UNAN) e acontece de 26 a 28 de novembro.

Leia mais: Análise da importância da greve sanitária para a saúde mental, emocional e física dos servidores.

Essa greve inédita foi objeto de estudo do psicólogo Arthur Lobato, do advogado Leonardo Ferreira Pillon e do servidor do Judiciário e coordenador do Sitraemg David Landau.

O título do artigo é “Greve Sanitária: uma greve em defesa da vida. Trabalhar em casa na pandemia”. Nele, os autores abordam aspectos do trabalho dos servidores do Judiciário Federal durante a crise sanitária causada pelo novo coronavírus.

A apresentação do estudo será feita por Arthur Lobato, que ainda apresentará mais dois artigos no evento: Assédio moral em tempos de teletrabalho e Fim do trabalho a distância – Ato 30 Teletrabalho TJRS, este elaborado junto com Emanuel Dall’ Bello dos Santos

De acordo com a programação do evento, a apresentação do artigo sobre a greve sanitária acontecerá no domingo (28), entre 11h55 e 12h20, horário de Brasília.

Para poder acompanhar a apresentação, é preciso se cadastrar no site do evento: https://redblancaestela.org/

Assessoria de Comunicação
Sitraemg

 

http://www.sitraemg.org.br/artigo-sobre-a-greve-sanitaria-no-judiciario-federal-em-mg-sera-apresentado-em-congresso-internacional/

O assédio moral “corrói o fígado e o coração” do trabalhador, explica psicólogo Arthur Lobato

 

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 “Identidade profissional, saúde mental e emocional dos agentes de Polícia Judicial” é tema de palestra em evento do Sitraemg.

Como era a emoção que você tinha quando entrou no trabalho? Qual é a emoção que você tem hoje? É de alegria, de frustração, de ansiedade?

Esses questionamentos foram a base da reflexão do psicólogo Arthur Lobato em sua palestra “Identidade profissional, saúde mental e emocional dos agentes de Polícia Judicial”.

A palestra foi feita no 1º Encontro dos Agentes da Polícia Judicial do PJU/MG, promovido pelo Sitraemg, em 4 de dezembro, em Belo Horizonte.

De acordo com Lobato, a identidade profissional é aquela que o trabalhador adquire a partir da agregação da sua história de vida com a sua atividade profissional. Ocorre que, ao longo do exercício da profissão, fatores vividos pelo trabalhador vão interferir, positiva ou negativamente, na construção dessa identidade profissional.

No caso dos agentes da Polícia Judicial, o palestrante pontuou que o exercício da atividade, por si só, já oferece situações constantes de tensão. Além disso, deparam-se com relacionamentos interpessoais conflituosos.

O palestrante abordou os fatores psicológicos que influenciam negativamente na identidade profissional dos agentes ou de qualquer outro servidor.

A humilhação, o desprezo e a perseguição, afirmou Lobato, afetam gravemente o emocional do servidor. “Corroem o fígado, o coração”, dimensionou. “Esse é o assédio moral, e essa é a minha área de atuação”, explicou. O psicólogo o responsável técnico pelo Departamento de Saúde do Trabalhador e Combate ao Assédio Moral (DSTCAM) do Sitremg.

Dois casos de situações-limite

O palestrante narrou dois casos de situações-limites de assédio moral.

Em um deles, um vigilante de banco foi rendido por um assaltante, tendo uma arma apontada para a sua cabeça sob ameaça de morte. O estresse pós-traumático sofrido pelo trabalhador ocorreu mais em razão das ofensas do chefe por ele não ter reagido ao assalto. Lobato explicou que a orientação a esses profissionais é reagir em situação extrema.

No outro caso, o trabalhador ficou com tanta aversão ao chefe assediador que adquiriu uma arma e fez curso de tiro com o único objetivo de matá-lo. “Por sorte o chefe foi logo transferido”, narrou o palestrante.

As doenças do mundo do trabalho, reforçou Lobato, afetam as emoções e a capacidade de raciocínio do trabalhador.

Lobato colocou Departamento de Saúde do Trabalhador e Combate ao Assédio Moral à disposição dos filiados. Ele explicou que é possível fazer consultas coletivas e individuais. Nas consultas individuais, assegurou, é garantido sigilo absoluto.

Subsídios para artigo

Ao longo da palestra de Lobato foram distribuídos três testes para os participantes responderem, anonimamente. Os testes abordavam ansiedade, esgotamento e depressão. As respostas serão objeto de análise para a elaboração de um artigo científico pelo psicólogo.

Ao final, Lobato sorteou um livro de sua autoria entre os participantes. O título da obra é “Assédio moral, saúde do trabalhador e ações sindicais”. Foi sorteado o agente da Polícia Judicial do TRT-2 Cláudio Azevedo, um dos palestrantes do evento.

Assessoria de Comunicação
Sitraemg

 

http://www.sitraemg.org.br/o-assedio-moral-corroi-o-figado-e-o-coracao-do-trabalhador-explica-psicologo-arthur-lobato/

Covid-19: Fenajud oficia ministro e pede regime de teletrabalho em todos os Tribunais do país

 

                                

Em virtude do aumento exponencial de casos de Covid-19, provocado pela alta transmissibilidade do coronavírus e suas variantes, a Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados – FENAJUD, solicitou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luiz Fux, a publicação de um aditivo na resolução 227 de 15/06/2016 sobre o regime de teletrabalho excepcional obrigatório, nos momentos de crise, ou, escalas de revezamento para seus servidores enquanto houver aumento nos casos da Covid-19 e surto de gripe no país. A entidade também solicitou, a comprovação de pelo menos uma vacina contra a Covid para acessar as dependências dos Fóruns nos estados.

De acordo com o documento, “É de conhecimento de toda nação brasileira que no último mês de dezembro de 2021, bem como início do mês de janeiro de 2022, aumentaram drasticamente a transmissão do COVID-19, com as suas variantes. […] Além disso, temos que o país enfrenta um surto de gripe, gerando sobrecarga nas unidades básicas de saúde e nos hospitais e aumentando o percentual de ocupação nas unidades de terapias intensivas”.

Para a entidade, “Portanto, não é o momento para flexibilização do atendimento jurisdicional, melhor dizendo não há espaço para quaisquer relaxamentos em desfavor à covid-19 e suas variantes. Entretanto, vários tribunais de Justiça dos Estados, com base nos números do ano anterior, flexibilizaram o atendimento, quais sejam: AM, BA, RN, RR, demais outros Tribunais Estaduais”.

Confira aqui o Pedido de TELETRABALHO.

 

Dados

De acordo com informações divulgadas pelo Consórcio de Veículos de Imprensa, “O Brasil registrou neste domingo (16) 31.629 novos casos conhecidos de Covid-19 nas últimas 24 horas, chegando ao total de 23.006.952 diagnósticos confirmados desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi a 69.235 – a maior desde o dia 27 de junho do ano passado (70.103). Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +721%, indicando tendência de alta nos casos da doença”.

A médica infectologista, Mônica Levi, apontou em entrevista a um jornal de grande circulação, que atualmente há um maior número de internações por gripe do que por Covid-19. A gripe causada pelo vírus H3N2 é a predominante no momento.

De acordo com a infectologista, o ideal é que a população siga as formas de prevenção não farmacológicas: uso de máscaras, higienização frequente das mãos e manter o distanciamento social. Em caso de qualquer sintoma respiratório, seja leve, moderado ou grave, a médica alerta que a pessoa deve fazer o teste o mais rápido possível para “não ser um transmissor da doença”.

 

Foto: Reprodução Internet
Fonte: Fenajud

http://www.serjusmig.org.br/noticia/8482/covid-19-fenajud-oficia-ministro-e-pede-regime-de-teletrabalho-em-todos-os-tribunais-do-pais

Seminário de Combate ao Assédio e à Discriminação no Poder Judiciário

 

 

O Conselho Nacional de Justiça realizará, no dia 16 de fevereiro, o Seminário de Combate ao Assédio e à Discriminação no Poder Judiciário. O evento destina-se a magistrados, servidores, colaboradores, estagiários, integrantes do sistema de Justiça e população em geral, e tem como objetivo a conscientização acerca da necessidade de prevenção e enfrentamento ao assédio e à discriminação no Poder Judiciário.

Para participar não será necessária inscrição, basta acessar o Canal do CNJ no Youtube.

Para mais informações, leia a programação (atualizada em 10/2/2022, às 15h50).


Seminário de Combate ao Assédio e à Discriminação no Poder Judiciário
Data: 16/2/2022
Local: Canal do CNJ no Youtube
Público-alvo: magistrados, servidores, colaboradores, estagiários, integrantes do sistema de Justiça e população em geral

 

Fonte: CNJ

 http://www.serjusmig.org.br/noticia/8562/seminario-de-combate-ao-assedio-e-a-discriminacao-no-poder-judiciario