terça-feira, 29 de agosto de 2017

Coordenadora do SITRAEMG participa de conferência sobre “Saúde psíquica e trabalho judicial” em Brasília


A coordenadora executiva Elimara Gaia representou o SITRAEMG na conferência “Saúde Psíquica e Trabalho Judicial”, que se realizou ontem (terça-feira, 22), ao longo de todo o dia, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília (DF). O evento foi promovido pelo Programa Trabalho Seguro do TST e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), que escolheu os transtornos mentais relacionados ao trabalho como tema do biênio.

A coordenadora Elimara Gaia, ao lado do
 professor conferencista, que autografa livro. 
O conferencista foi o professor doutor Christophe Dejours , especialista em psicanálise, saúde e trabalho. Ele é professor titular da cadeira de Psicanálise, Saúde e Trabalho do Conservatório Nacional de Artes e Ofícios, em Paris (França), e diretor de pesquisa na Universidade René Descartes Paris V. Suas áreas de pesquisa são, entre outras, o sofrimento no trabalho, os mecanismos de defesa contra o sofrimento, o sofrimento ético (sentimento de perda da dignidade e de traição aos ideais e valores individuais), suicídio no trabalho e, no sentido contrário, o prazer de trabalhar, a sublimação e suas condições de possibilidade ou impossibilidade e a inteligência no trabalho nos níveis individual e coletivo.


Confira vídeo da conferência:
Confira, a seguir, alguns pontos importantes da fala do conferencista, destacados pela coordenadora do SITRAEMG:
“Ele destacou o assédio no trabalho, dentro do judiciário, a carga excessiva imposta aos magistrados, que causa o esgotamento profissional, além do índice de suicídios entre juízes e servidores, explicando que, muitas vezes, isso é uma patologia da sobrecarga. Alegou que, com a pressão e sobrecarga do trabalho, o magistrado acaba por trapacear e transgredir regras, em busca da eficácia, passando, em consequência, por um sofrimento ético enorme. Afirmou, ainda, que os excessos causados por acúmulo de audiências, cumprimentos de prazos etc. acabam refletindo na sua vida pessoal, com sofrimento psíquico, carga de trabalho além dos limites psíquicos. 
Os assombros causados aos magistrados e servidores são a governança por números, que é o gerenciamento regido por números, e o New Public Manegement, caracterizado por sua rigidez. 
O conflito de trabalho acaba se revelando, trazendo querelas; o chefe, cheio de sofrimento, acaba diminuindo o seu subordinado.
O assédio está em todo local de trabalho. São graus de fragilização extrema, afirmou o conferencista, acrescentando que, enquanto magistrados fazem seus subordinamos sofrerem. Isso acontece na área hospitalar e em todas as áreas de trabalho. Tem pesquisa em todos os setores.
Ele apresenta alguns princípios para a prevenção e combate ao assédio no judiciário: 
-Fazer com que a análise do trabalho esteja no centro da avaliação do juiz;
– Criar espaço de discussão de dificuldades e buscar regras e números a serem atingidos no trabalho, avaliação do trabalho vivo de servidores e magistrados, ajuda mútua, cooperação, vencer o sofrimento ético 
– É necessário pensar em não recorrer ao New Public Managetmen, e sim buscar o gerenciamento de cooperação (método de gestão cooperativa). Juntos podemos suportar as dificuldades do trabalho – o trabalho vivo no âmbito da gestão -, trocar ideias e melhorar o trabalho afetivo, construir, aprender com o seu subordinado, e vice-versa, cooperativo vertical. 
No final, foi dada a palavra para o Dr. Leonardo Vanderlle, que, preocupado com a súbita e assombrosa legislação do trabalho que nos assola, perguntou ao Dr. Christopher o que fazer diante dessa transformação dos trabalhos no magistrado, resistência x sofrimento ético. Porém, o Dr. Leonardo alegou não saber qual o compromisso que será justo ou não, até mesmo por se tratarem de questões diplomáticas e não saber dar sua opinião, lembrando que a questão da resistência causa um grande sofrimento. 
A ministra Maria Helena Mallmann, do TST, fez uma previsão do sofrimento para os magistrados, a partir do mês de novembro, quando passarão a aplicar a nova lei do trabalho, considerada muito prejudicial aos trabalhadores. Essa foi uma preocupação externada também pelo Dr. Leonardo Vanderlle.
O Dr. Christopher finalizou dizendo que tem que haver aceitação da hierarquia. Segundo ele, precisamos compartilhar responsabilidades. Disse, também, que nem tudo que falamos ou fazemos terá acordo dos outros, mas que, mesmo assim, temos que estar preparados para justificar. Terminada a palestra, ele deu autógrafos em livros de sua autoria adquiridos pelos participantes da conferência.”.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

III CONSERJAL – Servidores do Judiciário discutem os desafios da carreira

Na sexta-feira, houve palestras e debates sobre assédio moral no trabaho, com Arthur Lobato - com lançamento de cartilha sobre o tema - e sobre a luta contra a retirada de direitos dos trabalhadores, com Giovanni Alves, além de informes da Fenajud, com o presidente Luiz Fernando.


Elogiado pela organização e conteúdo programático, o III Congresso dos Servidores do Judiciário do Estado  Alagoas, promovido pelo SERJAL, foi aberto na noite desta quinta-feira (17), no Hotel Jatiúca, em Maceió, colocando em pauta a reflexão da categoria sobre os novos desafios frente às mudanças que se consolidam com as reformas trabalhista e previdenciária, com graves consequências para os trabalhadores brasileiros, sobretudo os que atuam no serviço público.
Mais de 100 pessoas se inscreveram para  participar do evento, que conta, também, com representantes de outros estados. Na solenidade de abertura, a presidente do SERJAL, Raquel Faião, falou da enorme satisfação em encerrar sua gestão (no próximo mês ela estará se afastando para licença maternidade) com a realização do Congresso.
Na verdade, segundo Raquel, era sua intenção realizá-lo há um ano, mas destacou que circunstâncias diversas exigiram da diretoria um esforço prioritário na administração do SERJAL, na reconstrução da credibilidade e do patrimônio da entidade, na participação nas lutas nacionais em defesa dos trabalhadores e, em especial, na condução das muitas lutas em defesa dos direitos dos servidores do Poder Judiciário de Alagoas, como a concretização do tão sonhado PCCR.
Ela lembrou que toda conquista requer engajamento e unidade de classe. "Os desafios do nosso dia a dia são enormes, frente às grandes mudanças que enfrentamos nas relaçoes de trabalho, nas reformas que insistem em nos tirar direitos e conquistas, em precarizar as relações de trabalho, em jogar na conta do trabalhador os prejuizos de uma crise econômica e social que não inventamos. Mas nossa luta e nossa força de vontade têm que ser ainda maiores para vencê-los", destacou Raquel.
A unidade da categoria em torno do Sindicato, representante legítimo único de todos os servdidores do Poder Judiciário de Alagoas, também foi ponto de destaque do discurso da diretora de Formação Sindical do Serjal, Ana Paula Araújo. "Os próximos anos serão de imensa dificuldade para a luta dos trabalhadores públicos, exigindo de nós consciência de classe. Precisamos de unidade contra o fracionamento da categoria do Judiciário. Sem isso não seremos vitoriosos na luta árdua e difiícil que se projeta cada vez maios a partir da conjuntura em que vivemos, açoitados pela crescente ofensiva do capital. O Sindicato sou eu, é você, é a união de todos nós na trincheira de luta contra os interesses daqueles que não valorizam o esforço dos trabalhadores públicos da Justiça", disse Ana Paula. 
A noite de abertura do III CONSERJAL prosseguiu com palestra e debate sobre a II Resolução 219 do CNJ e suas consequências para os servidores do Judiciário, com Ludimar Rafanhim, encerrando com o grande Show Folclórico do grupo Transart, que encantrou a todos com a apresenta dos folguedos alagoanos.
À tarde haverá discussões temáticas e planejamento estratégico, encerrando a partr científica do Congresso, com um jantar e o show Globo de Ouro, da cantora Irina Costa.
Lembrando que no sábado, às 9h haverá assembleia de prestação de contas do SERJAL e às 10h30 nova assembleia deliberativa sobre a Data-base de 2017, conforme convocações.    






Publicado em: http://serjal.com.br/

PAIS PRESENTES NA VIDA DOS FILHOS- Jornal

O psicólogo Arthur Lobato fala para o jornal da Rede Minas de Televisão.

 


Quando o pai assume seu papel as crianças são mais saudáveis e os homens, mais felizes. Pelo menos é o que aponta um relatório da organização mundial Men Care, após estudos em vinte países. E para inspirar os pais, nós trouxemos exemplos positivos nesta véspera de dia dos pais.

ANÁLISE DE UM CASO DE ASSÉDIO MORAL

Arthur Lobato é psicólogo/saúde do trabalhador

Gostaria de compartilhar este texto para que se possa entender melhor o sofrimento de uma vítima de assédio moral. No texto, o servidor público Makar conta o seu sofrimento e as humilhações no trabalho para uma amiga.
Pois quer saber o que fez comigo V., este homem maldoso? Dá até vergonha de dizer o que fez; há de se perguntar por que é que ele fez isso? Por eu ser pacífico, por eu ser calado, por eu ser bom. Não era do agrado deles. Por isso puseram-se a implicar comigo. No início, tudo começou com: “o senhor isso; Makar, o senhor aquilo”, e depois passaram para: “a Makar, nem perguntem”. E agora a conclusão: “Ah, mas é claro que foi Makar!”. Aí está minha filha, como as coisas foram acontecendo: tudo caia sobre Makar! E, tanto fizeram que conseguiram transformar Makar em uma espécie de piada em nosso departamento. Como se não bastasse a piada, quase fizeram de meu nome um palavrão. Pegaram para falar até das minhas botas, da minha farda, dos meus cabelos, da minha aparência: nada era do gosto deles, tudo tinha que ser refeito! E olha que isso se repete todo santo dia, desde tempos imemoriais. Eu me acostumei porque me acostumo com tudo, porque sou um homem pacífico, porque sou um homem sem importância e, para que isso tudo? Fiz algum mal a alguém? Puxei o tapete de alguém? Ou algo assim? Difamei alguém junto aos superiores? Pedi concessões a mais? Levantei alguma calúnia contra alguém? Eu pergunto.
Se formos fazer uma análise entre assédio e o texto relatado, com certeza podemos afirmar que se trata de um caso de assédio moral laboral.
É sempre bom lembrar o que é assédio moral:
… é uma conduta abusiva, intencional, frequente e repetida, que ocorre no ambiente de trabalho, e que visa diminuir, vexar, constranger, desqualificar e demolir psiquicamente um indivíduo ou um grupo, degradando as condições de trabalho, atingindo sua dignidade e colocando em risco sua integridade pessoal e profissional.” Freitas, Heloani, Barreto (2008)
O assédio moral começa com pequenas implicâncias sistematizadas contra uma pessoa. É o que Makar relata: “no início começou com o senhor isso, o senhor aquilo”, ou seja, um tratamento pejorativo ao servidor público Makar. Depois vêm os atos de ironia e de desqualificação profissional: “a Makar, nem perguntem…”, ou seja, o início de uma discriminação e isolamento no grupo, sem nenhum motivo aparente. Após, ele foi transformado em piada no departamento, veio a perseguição sistematizada — tudo recaía sobre Makar, que virou o bode expiatório, o alvo dos atos e palavras dos assediadores. Depois vem a implicância com as roupas, botas, cabelo, farda, aparência, ou seja, um ataque direto à auto estima de Makar. A perseguição continua com o trabalho “que nunca era do gosto deles”, tudo tinha que ser refeito e a repetição sistematizada dos atos de assediar — tudo se repetia todo santo dia.
A primeira forma de defesa foi individual, “eu me acostumo, porque sou um homem pacífico”, já mesclada com as consequências do ataque à sua imagem e à sua honra: — Sou um homem sem importância. Mesmo assim, o assediado busca respostas, tenta criar um sentido de tudo o que está acontecendo, e, como nos casos de todas as vítimas de assédio, começa a introjetar a culpa. Por não ser como os outros, por estar sendo assediado sem ao menos ter puxado o tapete de alguém, nem tampouco ter difamado colegas junto aos superiores. A vítima caluniada sofre duplamente pois nunca caluniou ninguém e nem pediu concessões ou favores. Assim, o homem Makar está em profundo estado de sofrimento – consequência de todos que sofrem assédio moral. Ele também não entende por que com ele; o que ele fez; por que está sendo tão humilhado.
Não resta dúvida de que é um relato de assédio moral, mas esse texto foi escrito por Fiódor Dostoiévisky em 1846, em seu primeiro livro “Gente Pobre” , que tem como personagens humildes habitantes de São Petersburgo. Em outros contos do autor ele faz uma crítica mordaz ao funcionalismo público da época do Tzar, nos contos: O Sósia , que trata da competência de um servidor, e, Um coração Fraco já analisado em outro texto meu, que aborda a questão do Burn-out.
Freud, o pai da Psicanálise, tinha uma profunda admiração por Dostoiévisk, o primeiro autor a criar o “romance psicológico”. Pois em Dostoiéviski o fluxo de pensamentos se mistura com as falas e os atos.
Assim percebemos que no serviço público o assédio não é novidade. O que é diferente é que depois dos estudos de Leyman, Hirigoyen e Barreto, esse fenômeno tem um nome: assédio moral. E se Makar vivesse hoje o que viveu no texto no ambiente de trabalho, pode estar certo que seria explicado para ele o que está acontecendo: você foi vítima de assédio moral no trabalho.
O SINJUS-MG desenvolve desde 2007 uma política contra o assédio moral e possui um plantão todas as terças-feiras com a presença de um advogado, um psicólogo e um diretor do Sindicato. Nas quintas-feiras há o atendimento psicológico individual na Clínica do Trabalho e o próprio TJMG possui a Comissão Paritária de Combate ao Assédio Moral criada através da Lei 116/2011.
Hoje, o servidor do Judiciário tem informação através de artigos, cartilhas, entrevistas, palestras e rodas de conversa. Tem um Sindicato firme e atuante no Combate ao Assédio Moral — fenômeno perverso que causa sofrimento e adoecimento.
Sejam solidários com quem é vítima de assédio moral. Procure seu Sindicato, pois, somente com união e solidariedade poderemos vencer este mal — o Assédio Moral.
Referências:
FREITAS, Maria Ester/HELOANI, José Roberto/ BARRETO, Margarida. Assédio Moral no Trabalho. São Paulo: Cengage Learning, 2008. p.37.
DOSTOIEVSKI, Fiódor. Gente Pobre. Rio de Janeiro: Editora 34, 2010.
DOSTOIEVSKI, Fiódor. O sósia. Rio de Janeiro: José Olympio, 1962.

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

IV Congreso Contra la Violencia en el Trabajo

Agosto 22 al 25 del 2017 en Manizales - Colombia.

El asedio y acoso laboral como manifestación del desvalor de la dignidad humana que se torna predominante en la sociedad de mercado, obligan al pensamiento a ocuparse de lo que la naturaleza humana repele, el maltrato del otro.





                             Quiero Enterarme 

"Campanha de Conscientização e Prevenção ao Assédio Moral e Sexual"

Como parte da "Campanha de Conscientização e Prevenção ao Assédio Moral e Sexual", o SINDALEMG convida todos os servidores e servidoras para assistirem à palestra com o psicólogo Arthur Lobato, a ser realizada no Auditório do Edifício Carlos Drumond de Andrade, às 11H30 do próximo dia 05 de setembro.

Entre outras atividades, o psicólogo Arthur Lobato colaborou com a aprovação da Lei Complementar 116/2011, que trata do combate ao assédio moral no âmbito da Administração Pública do Estado de Minas Gerais.

A campanha tem por objetivo promover, na Assembleia de Minas, um ambiente mais saudável e comprometido com a garantia dos direitos fundamentais de quem contribui diariamente com seu trabalho em prol da instituição.

O SINDALEMG oferecerá, juntamente com o evento, um café da manhã aos participantes.

Participe!





quinta-feira, 17 de agosto de 2017

III CONSERJAL


III CONSEJAL



PROGRAMAÇÃO

O III Conserjal será realizado nos dias 17 e 18 deste mês, no Hotel Jatiúca, em Maceió, tendo como tema principal “Os novos desafios do servidor público do Judiciário”.

A programação científica será aberta no dia 17, às 19h, com palestra de Ludmar Rafanhim, com o tema “Resistência à Resolução 219 do CNJ”. O grupo Transart encerra a programação da noite de abertura com a apresentação Show Folclórico, destacando a riqueza cultural dos folguedos alagoanos.
No dia 18, a programação terá início às 8h30, com palestras sobre os seguintes temas: “Combate ao assédio moral no serviço público”, com Arthur Lobato, e “A nossa luta contra a retirada de direitos”, com Giovani Alves, encerrando a programação da manhã com os informes da FENAJUD.

A parte da tarde será destinada às decisões plenárias do Conserjal, encerrando a programação do congresso com um jantar e o show Globo de Ouro – as canções que o tempo não paga, da cantora Irina Costa, acompanhada por seus 4 músicos.

No dia 19 haverá assembleia dos servidores do Poder Judiciário, convocada especialmente para Prestação de Contas do SERJAL.


 As inscrições para o III Conserjal estão abertas até o próximo dia 10 e restam poucas vagas. Para se inscrever no Congresso, os servidores do Poder Judiciário devem preencher a ficha de inscrição, já disponível no site do SERJAL, ou fazê-la diretamente na sede da entidade - Rua Professor Teonilo Gama (antiga Rua Cabo Reis), nº 125 - Trapiche da Barra - Maceió/AL - fones 82 - 3221-8997 / 3221-8009.

SINTFUB promove I Seminário Contra Assédio Moral




O SINTFUB realizou no dia 15 de agosto o I Seminário de prevenção ao assédio moral no trabalho. O evento, que contou com a participação de autoridades sobre o assunto, buscou debater as causas da temática, assim como ampliar sua discussão e buscar soluções para o problema, um mal silencioso que afeta trabalhadores em todos os níveis e funções.

Compondo a mesa, os debates contaram com a participação dos palestrantes Professora Doutora Ana Magnólia Mendes, do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB), o Psicólogo Arthur Lobato do SINDJUS-MG, Tarcílio Severino, do SINTFUB, a Deputada Federal Erika Kokay, o Presidente da ADUnB Virgílio Arraes, Sra Elisabeth Guedes Silva de Morais, coordenadora de Saúde, Segurança e Qualidade de Vida no Trabalho (CSQVT/DGP) – UnB , Larissa, da assessoria técnica da ouvidoria da UnB e o Advogado Valmir Floriano de Andrade.

Dra Ana Magnólia, do Instituto de Psicologia da UnB destaca a importância de debater esse assunto. “Não esperava um dia ter que aplicar o que tanto ensino em classe sobre os efeitos do assédio moral sobre a saúde mental do trabalhador na Instituição a qual faço parte. A prevenção dessa prática acontece em três níveis: informação, ou educação continuada, a discussão sobre o tema, que precisa ser amplificada e no terceiro nível, a deliberação. Precisamos de canais de denúncia legítimos para o combate e prevenção desse mal”, completa.

Para o psicólogo Arthur Lobato, a importância do debate sobre assédio moral muitas vezes é diluído no próprio ambiente de trabalho, dificultando sua identificação e tratamento. “As pessoas ainda tem uma mentalidade colonial, se achando donos do corpo e mente de seus funcionários e colaboradores. O sindicato vem como o suporte desses trabalhadores e a saúde desses deve ser uma política permanente em todos os departamentos. O assediado vai sendo isolado em seu ambiente, caindo numa patologia de solidão. Uma parte importante do tratamento é o acolhimento, dar para o assediado novamente um sentido de coletividade”, disse.

Para Larissa, da Ouvidoria da Universidade, é importante priorizar o atendimento com discrição e responsabilidade. “Somos vinculados à reitoria, mas temos liberdade de atuação. E é importante para nós a discrição no atendimento. Nosso limite de atuação é a mediação e a conciliação. Não lidamos com comprovação. Não precisamos de provas, precisamos que o interessado se sinta à vontade para ser atendido. Nossas competências são examinar os assuntos relacionados à assédio e encaminhamos às autoridades competentes. Trabalhamos para promover os direitos dos vulneráveis e descriminados ”.

Segundo Vânia Felício, coordenadora do SINTFUB, o seminário é só o começo. “É um tema complexo que não pode se encerrar aqui. Nesse primeiro momento o que fizemos foi dar uma abertura, abrir uma opção para que o debate se inicie. Precisamos dos desdobramentos do projeto. A pretensão é fazer outros eventos, como vigílias contra o assédio moral, fazer rodas de conversas sobre o tema e mais debates. O Seminário é o primeiro requisito para trazer luz a esse assunto que tantos tentam manter escondido e silencioso na escuridão.”

SINTFUB
 http://www.sintfub.org.br/2017/08/sintfub-promove-i-seminario-contra-assedio-moral/

 http://www.sintfub.org.br


SINTFUB promove I Seminário Contra Assédio Moral

O SINTFUB realizou ontem, dia 15 de agosto, o I Seminário de prevenção ao assédio moral no trabalho. O evento, que contou com a participação de autoridades sobre o assunto, buscou debater as causas da temática, assim como ampliar sua discussão e buscar soluções para o problema, um mal silencioso que afeta trabalhadores em todos os níveis e funções.
Compondo a mesa, os debates contaram com a participação dos palestrantes Professora Doutora Ana Magnólia Mendes, do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB), o Psicólogo Arthur Lobato do SINDJUS-MG, Tarcílio Severino, do SINTFUB, a Deputada Federal Erika Kokay, o Presidente da ADUnB Virgílio Arraes, Sra Elisabeth Guedes Silva de Morais, coordenadora de Saúde, Segurança e Qualidade de Vida no Trabalho (CSQVT/DGP) – UnB , Larissa, da assessoria técnica da ouvidoria da UnB, Professora Maria Fátima Sousa, diretora da Faculdade de Ciência e Saúde\UnB e o Advogado Valmir Floriano de Andrade.
Dra Ana Magnólia, do Instituto de Psicologia da UnB destaca a importância de debater esse assunto. “Não esperava um dia ter que aplicar o que tanto ensino em classe sobre os efeitos do assédio moral sobre a saúde mental do trabalhador na Instituição a qual faço parte. A prevenção dessa prática acontece em três níveis: informação, ou educação continuada, a discussão sobre o tema, que precisa ser amplificada e no terceiro nível, a deliberação. Precisamos de canais de denúncia legítimos para o combate e prevenção desse mal”, completa.
Para o psicólogo Arthur Lobato, a importância do debate sobre assédio moral muitas vezes é diluído no próprio ambiente de trabalho, dificultando sua identificação e tratamento. “As pessoas ainda tem uma mentalidade colonial, se achando donos do corpo e mente de seus funcionários e colaboradores. O sindicato vem como o suporte desses trabalhadores e a saúde desses deve ser uma política permanente em todos os departamentos. O assediado vai sendo isolado em seu ambiente, caindo numa patologia de solidão. Uma parte importante do tratamento é o acolhimento, dar para o assediado novamente um sentido de coletividade”, disse.
Para Larissa, da Ouvidoria da Universidade, é importante priorizar o atendimento com discrição e responsabilidade. “Somos vinculados à reitoria, mas temos liberdade de atuação. E é importante para nós a discrição no atendimento. Nosso limite de atuação é a mediação e a conciliação. Não lidamos com comprovação. Não precisamos de provas, precisamos que o interessado se sinta à vontade para ser atendido. Nossas competências são examinar os assuntos relacionados à assédio e encaminhamos às autoridades competentes. Trabalhamos para promover os direitos dos vulneráveis e descriminados ”.
Segundo Vânia Felício, coordenadora do SINTFUB, o seminário é só o começo. “É um tema complexo que não pode se encerrar aqui. Nesse primeiro momento o que fizemos foi dar uma abertura, abrir uma opção para que o debate se inicie. Precisamos dos desdobramentos do projeto. A pretensão é fazer outros eventos, como vigílias contra o assédio moral, fazer rodas de conversas sobre o tema e mais debates. O Seminário é o primeiro requisito para trazer luz a esse assunto que tantos tentam manter escondido e silencioso na escuridão.”
SINTFUB


segunda-feira, 14 de agosto de 2017

I Seminário de Prevenção ao Assédio Moral no Trabalho

 O Combate ao Assédio Moral no Trabalho será debatido em seminário organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Fundação da Universidade de Brasília (Sintfub), no dia 15 de agosto, no auditório 3 - Faculdade de Saúde da Universidade de Brasília (UnB).

O evento contará com palestras da professora Drª Ana Magnólia Mendes do Departamento de Psicodinâmica do Trabalho – Instituto de Psicologia da UnB, do psicólogo Arthur Lobato e do diretor de Saúde, Segurança e Qualidade de Vida no Trabalho (DSQVT/DGP) – UnB, professor Dr. Nilton Farias. Além da participação da Reitora da UnB, professora Márcia Abrahão, da deputada federal Erica Kokay, da diretora da Faculdade de Ciências da Saúde – UnB, professora Maria Fátima Sousa e do coordenador de Saúde e Seguridade Social, Tarcílio Dias.

De acordo com a Coordenação Geral do Sintfub, o objetivo deste debate é combater o assédio moral no trabalho e alertar sobre suas consequências na saúde física e mental da classe trabalhadora. “Cada vez mais casos de assédio moral têm ocorrido na esfera pública, pois na busca desenfreada por resultados e benefícios para si, o gestor ou chefe imediato acaba esquecendo que existe um trabalhador (a) que é munido (a) de sentimentos e direitos a serem respeitados. Situações humilhantes e constrangedoras, de forma repetitiva e prolongada, têm acometido a saúde dos nossos servidores e das nossas servidoras. Precisamos explicar para nossa categoria os diversos tipos de assédio, como acontecem e o que eles e elas podem fazer para denunciarem estes abusos”.

Segundo cartilha publicada pelo Ministério Público do Trabalho sobre o tema, “o assédio moral se caracteriza por pequenas agressões que, tomadas isoladamente, podem ser consideradas pouco graves, mas, quando praticadas de maneira sistemática, tornam-se destrutivas. A humilhação repetitiva e de longa duração acaba interferindo na vida do empregado de modo direto, comprometendo sua identidade, sua dignidade e suas relações afetivas e sociais. Isso causa graves danos à saúde física e psicológica, pode evoluir para uma incapacidade laborativa e até mesmo para a morte, constituindo um risco invisível, mas real”.

O novo Código Penal Brasileiro em seu Art. 136-A institui que o assédio moral no trabalho é crime, com pena de detenção de um a dois anos. “Depreciar, de qualquer forma, e reiteradamente, a imagem ou o desempenho de servidor público ou empregado, em razão de subordinação hierárquica funcional ou laboral, sem justa causa, ou tratá-lo com rigor excessivo, colocando em risco ou afetando sua saúde física ou psíquica”. E o 146 – A tem pena de detenção de três meses a um ano e multa. “Desqualificar, reiteradamente, por meio de palavras, gestos ou atitudes, a autoestima, a segurança ou a imagem do servidor público ou empregado em razão de vínculo hierárquico funcional ou laboral”. 


Algumas condutas podem ser observadas pelos trabalhadores e trabalhadoras caracterizarem se estão sendo assediados (as) moralmente, como: ameaças constantes que forcem a um pedido de demissão; retirar material que dificulte à execução da tarefa, impedindo o trabalho; divulgar boatos sobre a moral do trabalhador e da trabalhadora; exigir que o (a) trabalhador (a) faça horários fora da jornada de trabalho; retirar a autonomia do (a) trabalhador (a); ignorar a presença do (a) trabalhador (a), dirigindo-se apenas aos demais funcionários (as); falar com o trabalhador e/ou trabalhadora aos gritos; isolar fisicamente o (a) trabalhador (a) no ambiente de trabalho, para que ele (a) não se comunique com os demais colegas; transferir o (a) trabalhador (a) de setor para puni-lo (a); fazer brincadeiras de mau gosto para ridicularizar o (a) funcionário (a), entre outras atitudes.



O evento será certificado.
Publicado em:  http://noticias.unb.br/component/agenda/agenda/1206

I Seminário de Prevenção ao Assédio Moral no Trabalho

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

IV Congreso Iberoamericano sobre Acoso Laboral e Institucional


Em primeira reunião com a administração do Tribunal, SITRAEMG debate saúde do servidor

Encontro contou com a participação do Departamento de Saúde e Combate ao Assédio Moral (DSTCAM) do SITRAEMG

Nessa terça-feira (09/08), a nova diretoria do SITRAEMG se reuniu com a diretoria administrativa da Justiça Federal, sessão judiciária de Minas Gerais. O objetivo, além de apresentar formalmente a nova diretoria, foi discutir questões relativas à saúde do servidor, a avaliação de desempenho, selo de qualidade das varas, planejamento estratégico e o assédio moral decorrente desses processos. Representando a administração participaram as servidoras Eloísa Cruz (Secad), Renata Pimenta (Nubes), Amanda Nunes (Sepso), Auxiliadora Amâncio (Nucre) e Claudete Iara Rodrigues (Semad). Pelo SITRAEMG, participaram o coordenador geral Carlos Humberto Rodrigues, o coordenador financeiro Nestor Santiago, ambos da Justiça Federal, e o psicologo responsável pelo DSTCAM, Arthur Lobato.


Carlos Humberto iniciou a reunião falando da nova diretoria, que teve sua gestão iniciada há 2 meses, e de seu objetivo de estabelecer uma boa relação de dialogo com a administração. O coordenador afirmou que a composição da nova diretoria beneficiará essa relação, pois, diferente da gestão anterior, agora há quatro coordenadores da Justiça Federal, sendo dois deles na capital.
Já entrando no tema da saúde do servidor, Carlos Humberto elogiou a implementação do software de pausas, que avisa o servidor sobre a necessidade de fazer pequenos alongamentos e pausas para comer e se hidratar durante o trabalho. Não obstante, o coordenador ressaltou que o software por si só não resolve, caso não haja uma superação da resistência dos juízes, diretores de vara e dos próprios servidores em aplica-las.
O coordenador financeiro Nestor Santiago afirmou que a gestão da diretora do Foro, juíza federal Simone dos Santos Lemos Fernandes, tem se demonstrado uma surpresa muito agradável, por fazer uma gestão mais humanizada. O coordenador, porém, pontuou algumas questões como o aumento do volume de trabalho, acompanhada da redução crescente do número de servidores. Nestor pontuou que o planejamento estratégico deve ser repensado em alguns pontos, para evitar uma competição pouco saudável à saúde mental dos servidores.  Nestor também relatou que a o assédio moral é acentuado pelas metas, e que isso muitas vezes não tem a ver com a prestação jurisdicional. “Correr para atingir a certificação, mesmo quando as metas estão muito distante de serem atingidas, sem avaliar a situação específica de cada vara, são um terreno fértil para o assédio moral.


Claudete Rodrigues explicou que desde 2004, com a EC 45/04. O modelo de gestão da Justiça passou a cobrar dos servidores um profissionalismo e um grau de exigência que eles não estavam acostumados. E que essa mudança de mentalidade tem sido gradual. “A administração não tem sido alheia à discussão da sobrecarga de trabalho, mas a diminuição de servidores tende a aumentar com as aposentadorias e restrição ao concurso, impostos pela emenda 95/16, temos que trabalhar com essa realidade”, justificou. Mas o planejamento estratégico não se resumem a metas. Segundo a servidora, relacionamento, equipe e gestão de tempo são prioridades pra compensar o impacto das metas. “Mas os processos de trabalho assumem uma dinâmica a partir da implementação da tecnologia, isso impõe que o serviço público se adapte, assim como a iniciativa privada tem se adaptado. A meta é só parte disso, e é um direcionamento de como as coisas devem ser trabalhadas. Sou otimista, acho que o processo pode ser lento, mas ele é trilhado. “, afirmou.

O psicólogo responsável pelo DSTCAM, Arthur Lobato, afirmou que uma das funções do Sindicato é escutar o que os trabalhadores têm a dizer, “sabemos que a fala de um servidor não representa a realidade de todo o Tribunal, mas entendemos que realidades como aquela, de sofrimento, podem se repetir e podem ser prevenidas”. Lobato concordou que as mudanças no serviço público são irreversíveis, “mas o tempo de mudança da cabeça do ser humano não acompanha a velocidade das atualizações tecnológicas, e precisamos entender isso, principalmente em uma categoria que envelhece numa velocidade maior do que se renova”. Lobato também ponderou sobre o “selo de qualidade”, que em um primeiro momento se mostra como um projeto interessante, “mas a medida que ele é implementado percebemos que existem falhas. É precisamos identifica-las para corrigi-las e preveni-las. O incentivo é positivo, mas a competição e os instrumentos de punição para os servidores com mais dificuldade de adaptação, podem ser muito danosos ao ambiente de trabalho”, comentou.

O psicólogo acrescentou que uma boa gestão deve ser construída com vários olhares. Por isso a democracia, transparência, participação do Sindicato e dos servidores é essencial para assegurar que o plano seja aplicado de forma eficiente, mas levando em consideração a realidade de cada local de trabalho. “Meta e produtividade por si só não é assédio moral. Assédio moral é uma coisa séria, não é só competição interpessoal, mas a competição pode agudizar processos de assédio e sofrimento psíquico”, e acrescentou “muitas vezes, o que precisamos combater é o imaginário coletivo, e as ambições que se criam em torno disso.”, para Lobato, a melhor forma de combate, é colocar os servidores para participar do processo.
As representantes da administração concordaram com o Psicologo, mas apontaram as limitações do próprio Tribunal. A administração também é cobrada pelo CNJ é CJF. “Não queremos criar um clima de competitividade, mas sim incentivar, expor as boas práticas. E tirar as pessoas da zona de conforto mesmo. Mudar o comportamento e a forma de pensar do servidor público não é fácil. Qualquer mudança traz reação”, observou a diretora administrativa Eloisa Cruz.
Os representantes do SITRAEMG explicaram que superar essas limitações é o objetivo da Entidade. “Queremos discutir esses temas em uma instância que isso possa ser realmente aplicado, por isso queremos participar do comitê gestor, criado pela resolução 207/15”. Lobato ponderou que nas Justiças do Trabalho e Eleitoral, esse objetivo já foi cumprido. Mas ainda parece distante na Justiça Federal. “O projeto não foi criado nem por essa sessão judiciária, assim, a implementação vai mesmo escancarar as contradições. O SITRAEMG é essencial nesse processo de adequação, e o departamento de saúde pode contribuir muito nisso”, pontuou.
Nestor concordou com Eloísa, “o tamanho do TRF-1 é um problema”, mas advertiu que é preciso disputar os espaços para que a sessão de Minas Gerais tenha representação. “Minas não pode deixar de participar, se não todas as decisões são tomadas de acordo a realidade de Brasília. Quando as resoluções são tomadas sem a participação dos servidores, só nos resta aplica-las e isso gera uma série de problemas, de insatisfação com o trabalho, o que acaba recaindo na prestação de serviço ao jurisdicionado”, comentou.

Encaminhamentos

Os coordenadores do SITRAEMG propuseram uma parceria entre o DSTCAM e o comitê de saúde da Justiça Federal, para promover palestras e rodas de conversa sobre o tema do assédio moral e da saúde do servidor. Os Juízes Federais têm formulado sobre a pauta do assédio moral, mas sobre uma análise judicial; o DSTCAM, aborda o tema pela perspectiva do sofrimento do assediado. Promover espaços que permitam esse dialogo e contraposição de ideias, permitirá a abertura de horizontes pra prevenir e remediar os problemas que existem.
O SITRAEMG também quer fazer um estudo sobre o absenteísmo e suas causas. Para isso, é preciso ter acesso aos números dos Tribunais. O pedido será encaminhado formalmente através de ofício.
Também foi solicitado uma explicação mais detalhada sobre os critérios e aplicação do selo de qualidade. Com o glossário de normas, e os resultados que o projeto tem trazido para o Tribunal.
Segundo o coordenador geral Carlos Humberto Rodrigues, o Sindicato seguirá em dialogo com a administração do Tribunal com a intenção de sempre buscar as melhores saídas para as situações que possam comprometer a saúde do servidor. O Sindicato também reitera o papel do DSTCAM, e a importância dos atendimentos individuais aos servidores que se sentem vítimas de assédio moral. “O Sindicato está aqui para ouvir e a acolher os servidores em suas demandas, sempre com muito sigilo e respeito ao servidor que se encontra em situação de sofrimento”, finalizou.

 Publicado em: http://www.sitraemg.org.br/

I Seminário de Prevenção ao Assédio Moral no Trabalho



COORDENAÇÃO DE SAÚDE E SEGURIDADE SOCIAL
www.sintfub.org.br 15 de agosto de 2017 - Auditório 3
Faculdade Ciências da Saúde Campus Universitário Darcy Ribeiro-UnB

SEDE - Campus Universitário Darcy Ribeiro - Prédio Multiuso - 1º Andar - Asa Norte - Brasília - DF CEP: 70.910-900 - sintfub@unb.br - (61) 3273.4055

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

SINTFUB promove I Seminário sobre o Combate ao Assédio Moral no Trabalho





O Combate ao Assédio Moral no Trabalho será debatido em seminário organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Fundação da Universidade de Brasília (Sintfub), no dia 15 de agosto, no auditório 3 – Faculdade de Saúde da Universidade de Brasília (UnB).

O evento contará com palestras da professora Drª Ana Magnólia Mendes do Departamento de Psicodinâmica do Trabalho – Instituto de Psicologia da UnB, do psicólogo Arthur Lobato e do diretor de Saúde, Segurança e Qualidade de Vida no Trabalho (DSQVT/DGP) – UnB, professor Dr. Nilton Farias. Além da participação da Reitora da UnB, professora Márcia Abrahão, da deputada federal Erica Kokay, da diretora da Faculdade de Ciências da Saúde – UnB, professora Maria Fátima Sousa e do coordenador de Saúde e Seguridade Social, Tarcílio Dias.
De acordo com a Coordenação Geral do Sintfub, o objetivo deste debate é combater o assédio moral no trabalho e alertar sobre suas consequências na saúde física e mental da classe trabalhadora. “Cada vez mais casos de assédio moral têm ocorrido na esfera pública, pois na busca desenfreada por resultados e benefícios para si, o gestor ou chefe imediato acaba esquecendo que existe um trabalhador (a) que é munido (a) de sentimentos e direitos a serem respeitados. Situações humilhantes e constrangedoras, de forma repetitiva e prolongada, têm acometido a saúde dos nossos servidores e das nossas servidoras. Precisamos explicar para nossa categoria os diversos tipos de assédio, como acontecem e o que eles e elas podem fazer para denunciarem estes abusos”.
Segundo cartilha publicada pelo Ministério Público do Trabalho sobre o tema, “o assédio moral se caracteriza por pequenas agressões que, tomadas isoladamente, podem ser consideradas pouco graves, mas, quando praticadas de maneira sistemática, tornam-se destrutivas. A humilhação repetitiva e de longa duração acaba interferindo na vida do empregado de modo direto, comprometendo sua identidade, sua dignidade e suas relações afetivas e sociais. Isso causa graves danos à saúde física e psicológica, pode evoluir para uma incapacidade laborativa e até mesmo para a morte, constituindo um risco invisível, mas real”.
O novo Código Penal Brasileiro em seu Art. 136-A institui que o assédio moral no trabalho é crime, com pena de detenção de um a dois anos. “Depreciar, de qualquer forma, e reiteradamente, a imagem ou o desempenho de servidor público ou empregado, em razão de subordinação hierárquica funcional ou laboral, sem justa causa, ou tratá-lo com rigor excessivo, colocando em risco ou afetando sua saúde física ou psíquica”. E o 146 – A tem pena de detenção de três meses a um ano e multa. “Desqualificar, reiteradamente, por meio de palavras, gestos ou atitudes, a autoestima, a segurança ou a imagem do servidor público ou empregado em razão de vínculo hierárquico funcional ou laboral”.
Algumas condutas podem ser observadas pelos trabalhadores e trabalhadoras caracterizarem se estão sendo assediados (as) moralmente, como: ameaças constantes que forcem a um pedido de demissão; retirar material que dificulte à execução da tarefa, impedindo o trabalho; divulgar boatos sobre a moral do trabalhador e da trabalhadora; exigir que o (a) trabalhador (a) faça horários fora da jornada de trabalho; retirar a autonomia do (a) trabalhador (a); ignorar a presença do (a) trabalhador (a), dirigindo-se apenas aos demais funcionários (as); falar com o trabalhador e/ou trabalhadora aos gritos; isolar fisicamente o (a) trabalhador (a) no ambiente de trabalho, para que ele (a) não se comunique com os demais colegas; transferir o (a) trabalhador (a) de setor para puni-lo (a); fazer brincadeiras de mau gosto para ridicularizar o (a) funcionário (a), entre outras atitudes.
Como agir diante do assédio moral
Vania Felício, coordenadora Geral do Sintfub, atenta aos servidores e servidoras para que procurem o jurídico do sindicato, o Ministério Público do Trabalho ou Ministério Público Federal e denunciem. “Uma das grandes dificuldades no assédio moral é a obtenção de provas contra o agressor. É importante que o assediado que passar por esta situação reúna o maior número de provas, com gravações, fotos, testemunha(s), documentos, tudo que puder organizar para que possamos ajudá-lo”.
Publicado em:  http://www.sintfub.org.br 

Posse da nova diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais

Taís Ferreira, webjornalista, Alessandra Mello, presidenta do
SJPMG, Arthur Lobato, psicólogo, durante a posse da
Diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de MG.

Em noite de festa para os jornalistas mineiros, tomou posse na sexta-feira 23/6 a diretoria que comandará o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais no triênio 2017-2020. A cerimônia incluiu a entrega do 10º Prêmio Délio Rocha de Jornalismo de Interesse Público e reuniu mais de 500 jornalistas e convidados.

“Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo. E examinai, sobretudo, o que parece habitual. Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural, nada deve parecer impossível de mudar.”

Citando estes versos do poeta e dramaturgo alemão Bertolt Brecht e deixando de lado seu discurso para falar de improviso, a nova presidenta do Sindicato, Alessandra Mello, exortou os jornalistas a superar o medo e se unirem para enfrentar a crise pela qual passam o Brasil e o Jornalismo. Alessandra sucede Kerison Lopes, que presidiu o Sindicato entre 2014 e 2017.
Ela disse que todos os brasileiros hoje estão com medo e que no coração dos jornalistas o medo é ainda maior. “Começou com as mudanças das novas mídias, aumentou com a crise econômica, contaminada pela crise política, e o Jornalismo desandou”, analisou Alessandra, citando a deterioração no ambiente das redações, com pressões dos patrões para perda de direitos dos trabalhadores. “Só há uma maneira de combater isso: juntar forças. Só a luta conquista direitos”, enfatizou.
Chamamento à luta

“Não podemos desanimar”, enfatizou Alessandra. “As mulheres não podem aceitar o machismo e o assédio nas redações. O jornalismo hoje é majoritariamente feminino, mas as mulheres não estão nos cargos de chefia”, denunciou.

A nova presidenta defendeu um Jornalismo plural, que expresse a diversidade. “O Jornalismo é um pilar da democracia. Não podemos deixar que o Estado brasileiro seja tomado pelo poder econômico e político”.
Alessandra reafirmou o compromisso de manter a sede do Sindicato aberto para a sociedade. Ela agradeceu aos companheiros da gestão que terminou, da qual foi vice-presidenta, citou Fidel Castro (“Revolucionários não podem ser pessimistas”) e fez uma chamamento à categoria para fortalecer o Sindicato, filiando-se e participando. “Só juntos vamos conseguir vencer. Luta, Jornalista!”, finalizou, citando o nome da chapa aprovada na eleição por 97,5% dos votantes.
Momento de mudança
A nova diretoria é nova também em renovação: 80% dos integrantes participam da direção do Sindicato pela primeira vez. Outro índice expressivo é o de mulheres: 42%.
Outros ex-presidentes estiveram presentes à festa: Manoel Marcos Guimarães, Aloísio Morais Martins, Dinorah Maria do Carmo, Aloísio Soares Lopes e Eneida Ferreira da Costa, além de Kerison Lopes. Entre as autoridades, compareceram a deputada federal Jô Moraes, o secretário estadual de Direitos Humanos, Nilmário Miranda, e o secretário municipal de Comunicação, Chico Maia.
O psicólogo Arthur Lobato e a webjornalista Taís Ferreira também prestigiaram a posse da nova diretoria do SJPMG.
Confira nas fotografias de Charles S. Duarte:







Crédito das fotografias: Charles S. Duarte
Com informações do http://www.sjpmg.org.br/