sexta-feira, 27 de março de 2020

Teletrabalho em tempos de Coronavírus

 Por Arthur Lobato, psicólogo, responsável técnico pelo Departamento de Saúde do Trabalhador e Combate ao Assédio Moral (DSTCAM) do SITRAEMG.
Há alguns anos o SITRAEMG tem feito a discussão sobre o teletrabalho/Home Office, defendendo os direitos de quem está ou quer ir para o teletrabalho. Uma tese apresentada no  XI Congresso Ordinário do SITRAEMG, em Uberlândia, em maio de 2018, foi aprovada por unanimidade pelos participantes. Os principais fatores criticados foram objeto de estudos, análises, rodas de conversa, palestras e artigos produzidos para o SITRAEMG pelo Departamento de Saúde do Trabalhador e Combate ao Assédio Moral (DSTCAM). Neles existem dicas importantes sobre os direitos do teletrabalhador.

Alguns artigos:
Frente à epidemia de coronavírus que estamos vivendo, com um aumento de casos do COVID-19, a subida da curva dos contaminados está deixando de ser aritmética para virar geométrica, ou seja, em vez de somar, os casos vão se multiplicar, daí a necessidade de isolamento social, para diminuir o contágio, fato inédito no Brasil e que teremos de nos adaptar nos próximos meses.
O SITRAEMG, desde o início da pandemia, mesmo com poucos casos no Brasil,  já alertava à direção dos Tribunais sobre o perigo de manter as atividades, pois o contato com o público poderia aumentar o número de vítimas.
Servidores não devem ser obrigados a trabalhar em razão do Coronavírus
Dicas para os novatos em teletrabalho
Felizmente, a evolução da internet permitiu que a maioria dos trabalhadores tenham seu computador, celular, internet e domínio das redes sociais.
Algumas dicas para os trabalhadores e trabalhadoras, para dirimir conflitos familiares, já  que foram para o teletrabalho não por vontade própria, mas por necessidade.
Invasão do trabalho pelos conflitos familiares
Todos que temos família sabemos que as relações familiares são como o mar, calmo ou revolto, turbulento e belo. São como as fases da lua: os afetos podem estar em crescente, plenos (lua cheia), decrescente (crise), e sem luz, (lua nova), ou seja, fim do relacionamento.
A família deve entender que a pessoa está em casa a trabalho, não deve ser interrompida para conversas ou pedir atividades enquanto ela está em casa, pois durante sua jornada ela está trabalhando em casa e não descansando em casa.
Que seja respeitada sua privacidade e concentração no trabalho. Como se diz na brincadeira, não pedir coisas sem necessidade. Que tal o FAÇA VOCÊ MESMO! As constantes interrupções atrapalham o fluxo de raciocínio do funcionário em teletrabalho, prejudicam a  ele, à empresa ou Sindicato e toda a família e pode alterar os afetos nas relações intrafamiliares.
Para quem está no teletrabalho, fica a dica: reserve um lugar para colocar seu computador e poder fechar a porta para não ser interrompido em sua atividade laboral. Converse com a  família, principalmente, com os filhos pequenos e adolescentes, sobre este tipo de modalidade e do apoio que necessita para poder trabalhar. Organize sua agenda, mantenha sua jornada ou execute as tarefas dentro de um horário de acordo com sua jornada e contrato, que seja flexível e também produtivo.
Em casa é mais fácil dormir mais um pouquinho, esperar para depois para fazer o trabalho, que é obrigatório, protelando a tarefa a ser realizada, mas, o mais IMPORTANTE É TER DISCIPLINA. Implantar não só uma agenda de trabalho, mas uma agenda mental – ESTOU NO HORÁRIO DE TRABALHO, SÓ QUE EM CASA. Aproveite o tempo que você terá, não se deslocando para o trabalho, para organizar as tarefas caseiras, e com os filhos em casa, sem aulas, eles vão ter que ser parceiros do teletrabalhador, senão o trabalho e a vida pessoal vão se misturar e virar um caos afetivo.

Trabalhe, mas curta a vida. Esta oportunidade é única de a família estar se reunindo. Ponha a conversa em dia, dialogue mais, fique atento às informações sem cair em paranóia ou histerismo - a ciência tem um saber, e este saber coletivo é que preservou a humanidade.
Acredite: é questão de tempo ser descoberta uma vacina contra o COVID-19.
Siga as dicas, regras e normas de saúde. O SITRAEMG disponibilizou em seu site  dicas: Como prevenir o contágio do coronavírus?
Sobre os direitos de quem está em teletrabalho
É importante a negociação de empresas com os sindicatos e, no caso do Judiciário Federal, o SITRAEMG assume o compromisso da total defesa dos direitos dos trabalhadores.
Ficam aqui algumas orientações do MPT
No entanto, o combate à pandemia do coronavirus envolve políticas públicas de saúde, a necessidade de verbas para o SUS, que está sendo destruído pelo projeto neoliberal do governo brasileiro, conforme parágrafo de texto publicado pelo SITRAEMG:
“Urge salientarmos que o Brasil não suporta mais viver sem o devido acesso à saúde, educação, segurança, transporte digno e outros tantos serviços públicos que podem salvar vidas e proporcionar a cidadania, a solidariedade e a paz social.”
Esta deve ser a luta social encampada por toda a população. Está na hora de unirmos forças, pois é nossa vida que está em jogo. Temos de ser mais solidários e ampliar o humanismo contra o neoliberalismo.
Servidores e trabalhadores: estamos ao seu lado neste momento. A questão do coronavírus pode aumentar a ansiedade ou a depressão, pois o futuro é incerto e o medo da morte agora é mais real. Sobre este tema, já escrevi um  artigo publicado ano passado no site do SITRAEMG. 28/05/2019 – ARTIGO – Sobre o medo da morte
Continuaremos também a combater de forma radical o assédio moral no trabalho, em sua modalidade virtual. Denuncie pelo e-mail: lobato@sitraemg.org.br

IMPORTANTE
O DSTCAM, através do psicólogo Arthur Lobato, credenciado pelo Conselho Federal de Psicologia para atendimento online, trabalhará  através de atendimento online,  via skype e, para sugestões, dicas e críticas, pelo e-mail: lobato@sitraemg.org.br
Contatos com Danúbia para agendar o atendimento online: (31)98959-1320
O SITRAEMG ESTÁ DO LADO DO SERVIDOR NESTE MOMENTO DIFÍCIL; MAS, JUNTOS, ENFRENTAREMOS COM ÉTICA E RESPONSABILIDADE AS ADVERSIDADES IMPOSTAS PELA PANDEMIA. CONTE CONOSCO.


segunda-feira, 23 de março de 2020

Teletrabalho em tempos de Coronavírus



*Arthur Lobato

Há alguns anos o SITRAEMG tem feito a discussão sobre o teletrabalho / Home Office, defendendo os direitos de quem está ou quer ir para o teletrabalho. Uma tese apresentada no  XI Congresso Ordinário do SITRAEMG, em Uberlândia, em maio de 2018, foi aprovada por unanimidade pelos participantes. Os principais fatores criticados foram objeto de estudos, análises, rodas de conversa, palestras e artigos produzidos para o Sitraemg pelo Departamento de Saúde e Combate ao Assédio Moral - DSTCAM. Neles existem dicas importantes sobre os direitos do teletrabalhador.

Alguns artigos:
Teletrabalho na Justiça Federal, uma realidade em todo judiciário
Departamento de Saúde do SITRAEMG:
Teses para a plenária final do XI Congresso Ordinário do SITRAEMG


Frente a epidemia de coronavírus que estamos vivendo, com um aumento de casos do COVID-19, a subida da curva dos contaminados está deixando de ser aritmética para virar geométrica, ou seja, em vez de somar, os casos vão se multiplicar, daí a necessidade de isolamento social, para diminuir o contágio, fato inédito no Brasil e que teremos de nos adaptar nos próximos meses.

O Sitraemg desde o início da pandemia, mesmo com poucos casos no Brasil, já alertava à direção dos Tribunais sobre o perigo de manter as atividades, pois o contato com o público poderia aumentar o número de vítimas.

Servidores não devem ser obrigados a trabalhar em razão do Coronavírus

SITRAEMG solicita em ofício fechamento temporário dos tribunais para evitar... TRIBUNAIS 12/03/2020

SITRAEMG solicita em ofício informações sobre medidas preventivas contra o CORONAVÍRUS 5 dias atrás.

Dicas para os novatos em teletrabalho

Felizmente, a evolução da internet permitiu que a maioria dos trabalhadores tenham seu computador, celular, internet e domínio das redes sociais.

Algumas dicas para os trabalhadores e trabalhadoras, para dirimir conflitos familiares, já que foram para o teletrabalho não por vontade própria, mas por necessidade.

    Invasão do trabalho pelos conflitos familiares
Todos que temos família sabemos que as relações familiares são como o mar, calmo ou revolto, turbulento e belo. São como as fases da lua, os afetos podem estar em crescente, plenos (lua cheia), decrescente (crise), e sem luz, (lua nova), ou seja, fim do relacionamento.

A família deve entender que a pessoa esta em casa a trabalho, não deve ser interrompida para conversas ou pedir atividades enquanto ela esta em casa, pois durante sua jornada ela esta trabalhando em casa e não descansando em casa.

Que seja respeitada sua privacidade e concentração no trabalho. Como se diz na brincadeira, não pedir coisas sem necessidade. Que tal o FAÇA VOCE MESMO! As constantes interrupções atrapalham o fluxo de raciocínio do funcionário em teletrabalho, prejudicam a ele, à empresa ou sindicato e toda a família e pode alterar os afetos nas relações intrafamiliares.

Para quem está no teletrabalho, fica a dica: reserve um lugar para colocar seu computador e poder fechar a porta para não ser interrompido em sua atividade laboral. Converse com a família, principalmente, com os filhos pequenos e adolescentes, sobre este tipo de modalidade e do apoio que necessita para poder trabalhar. Organize sua agenda, mantenha sua jornada ou execute as tarefas dentro de um horário de acordo com sua jornada e contrato, que seja flexível e também produtivo.

Em casa é mais fácil dormir mais um pouquinho, esperar para depois para fazer o trabalho, que é obrigatório, protelando a tarefa a ser realizada, mas, o mais IMPORTANTE É TER DISCIPLINA. Implantar não só uma agenda de trabalho, mas uma agenda mental – ESTOU NO HORÁRIO DE TRABALHO, SÓ QUE EM CASA. Aproveite o tempo que voce terá, não se deslocando para o trabalho, para organizar as tarefas caseiras, e com os filhos em casa, sem aulas, eles vão ter que ser parceiros do teletrabalhador, senão o trabalho e a vida pessoal vão se misturar e virar um caos afetivo.

Trabalhe, mas curta vida, esta oportunidade é única da família estar se reunindo, ponha a conversa em dia, dialogue mais, fique atento às informações sem cair em paranóia ou histerismo, a ciência tem um saber, e este saber coletivo é que preservou a humanidade.
Acredite é questão de tempo ser descoberta uma vacina contra o COVID-19.

Siga as dicas, regras e normas de saúde. O Sitraemg disponibilizou em seu site dicas: Como prevenir o contágio do coronavírus?

Sobre os direitos de quem esta em teletrabalho

É importante a negociação de empresas com os sindicatos e, no caso do judiciário federal, o Sitraemg assume o compromisso da total defesa dos direitos dos trabalhadores.

Fica aqui algumas orientações do MPT

MPT defende a preservação da empregabilidade e do trabalho digno também durante a pandemia do COVID-19

Coronavírus: veja aqui as notas técnicas e as recomendações do MPT

No entanto o combate à pandemia do coronavirus envolve políticas públicas de saúde, a necessidade de verbas para o SUS, que está sendo destruido pelo projeto neoliberal do governo brasileiro, conforme parágrafo de texto publicado pelo Sitraemg:
 
“Urge salientarmos que o Brasil não suporta mais viver sem o devido acesso à saúde, educação, segurança, transporte digno e outros tantos serviços públicos que podem salvar vidas e proporcionar a cidadania, a solidariedade e a paz social.”

Carta Aberta a todos os Servidores Públicos

Esta deve ser a luta social encampada por toda a população. Está na hora de unirmos forças, pois é nossa vida que esta em jogo. Temos de ser mais solidários e ampliar o humanismo contra o neoliberalismo.

Servidores e trabalhadores: Estamos ao seu lado neste momento. A questão do coronavírus pode aumentar a ansiedade ou a depressão pois o futuro é incerto e o medo da morte agora é mais real. Sobre este tema, já escrevi um artigo publicado ano passado no Sitraemg. 28/05/2019 – ARTIGO – Sobre o medo da morte

Continuaremos também a combater de forma radical o assédio moral no trabalho, em sua modalidade virtual. Denuncie pelo e-mail: lobato@sitraemg.org.br

IMPORTANTE

O DSTCAM, através do psicólogo Arthur Lobato credenciado pelo Conselho Federal de Psicologia para atendimento on line, trabalhará através de atendimento on line, via skype e para sugestões dicas e críticas, pelo e-mail: lobato@sitraemg.org.br

Contatos com Danúbia para agendar o atendimento on line. (31) 98959-1320


O SITRAEMG ESTÁ DO LADO DO SERVIDOR NESTE MOMENTO DIFÍCIL, MAS JUNTOS ENFRENTAREMOS COM ÉTICA E RESPONSABILIDADE AS ADVERSIDADES IMPOSTAS PELA PANDEMIA. CONTE CONOSCO.

sábado, 21 de março de 2020

Servidores do TRT poderão fazer denúncia anônima de casos de assédio moral


Essa prerrogativa foi incluída na Portaria na Comissão de Assédio Moral graças a pedido feito pelo SITRAEMG.
Foi publicada no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho de 20/12/2019 a Portaria GP nº 574, de 19/12/2019, do TRT da 3ª Região, que institui a Comissão de Recebimento e Tratamento de Denúncias de Assédio Moral no âmbito do TRT mineiro. A comissão será composta por um desembargador e um juiz, preferencialmente membros do Comitê da Igualdade, mais representantes da Secretaria da Corregedoria ou da Vice-Corregedoria, Secretaria da Ouvidoria, Diretoria-Geral, Diretoria de Gestão de Pessoas, Secretaria de Saúde, Secretaria de Desenvolvimento de Pessoas e Comissão de Ética.
Suas atribuições são: convocar o denunciante para que ratifique ou retifique os termos por ele apresentados na denúncia, no prazo que lhe for assinado; apurar preliminarmente a materialidade dos fatos objeto da denúncia, observando-se a confidencialidade das informações obtidas; propor à autoridade competente medidas cautelares que entender cabíveis; envidar esforços para a resolução pacífica do conflito, em qualquer fase; e encaminhar relatório à autoridade competente.
O SITRAEMG, que tem assentos no Comitê Gestor Local de Atenção Integral à Saúde, representado pela coordenadora Elimara Gaia e pelo psicólogo Arthur Lobato, responsável técnico pelo seu Departamento de Saúde do Trabalhador e Combate ao Assédio Moral (DSTCAM), participou ativamente das discussões e elaboração da minuta dessa portaria, desde que foi criado o Grupo de Estudos Preparatórios para a Constituição da Comissão Permanente de Recebimento e Processamento de Denúncias de Assédio Moral, pela Portaria GP nº 206, de 21/05/2019. Mais importante do que isso, os argumentos incisivos de seus representantes foram determinantes para que o artigo 6º da Portaria, que trata dos requisitos para apresentação das denúncias de assédio moral, assegurasse a prerrogativa do anonimato ao denunciante. “Art. 6º São requisitos para a apresentação da denúncia: I – nome e qualificação do denunciante, salvo em caso de denúncia anônima”, prevê a Portaria.
“É importante o reconhecimento do assédio moral como fator de adoecimento que deve ser combatido. E o Sindicato também desenvolve esse trabalho desde 2015 e está à disposição dos servidores para apoiá-los e orientá-los”, reforça o psicólogo Arthur Lobato.

Histórico

O SITRAEMG vem dialogando com os tribunais sobre o adoecimento dos servidores nos locais de trabalho desde que foi criado o DSTCAM, em 2015. Na Justiça do Trabalho e na Justiça Eleitoral essa relação se ampliou com a inclusão de representantes da entidade nos comitês de saúde do TRT e do TRE, que também tem a sua Política de Atenção Integral à Saúde de Magistrados e Servidores do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, implementada pela Resolução nº 1.129/2019. São mantidos contatos também com o setor de saúde da Seção Judiciária de Minas Gerais. Porém, não é viável a participação no comitê de saúde destinado aos servidores da Justiça Federal pelo fato de ele funcionar na sede do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF1), em Brasília (DF).
E todo esse empenho dos tribunais teve como origem uma determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que em sua Resolução nº 207, de 15/10/2015, que instituiu a Política de Atenção Integral à Saúde de Magistrados e Servidores do Poder Judiciário,  para que todos os tribunais também adotassem suas respectivas políticas de saúde.


O debate sobre adoecimento do servidor e reflexos da Reforma da Previdência em Governador Valadares


A primeira palestra do período da tarde do Encontro Regional em Governador Valadares, que se realizou neste sábado (14/03), no hotel Pedra Negra, em Governador Faladares, foi sobre “Metas e Produtividade, Assédio Moral e o Adoecimento do Servidor do Judiciário Federal”. Foi proferida pelo psicólogo Arthur Lobato, coordenador técnico do Departamento de Saúde do Trabalhador e Combate ao Assédio Moral (DSTCAM) do SITRAEMG e membro do Comitê Gestor de Saúde da 3ª Região.


Exibindo vídeo com imagens da organização do trabalho no Egito antigo, Lobato relatou que serviço público existe desde o início da história da humanidade, também com regras, organização e divisão do trabalho e toda a pressão do “chefe”. A tecnologia sempre foi usada para aumentar a produtividade, e a organização verticalizada – imposta, autoritária – continua.


No Judiciário, comparou ele, o servidor vem sofrendo toda a pressão das chefias e, como se não bastasse, sujeito ao adoecimento e à ameaça do assédio moral. Em busca da melhor produtividade, diante das metas que são estabelecidas, e com as mudanças constantes promovidas na tecnologia (PJe, por exemplo), com um quadro funcional cada vez mais reduzido e sem o treinamento adequado, aumenta o ritmo e carga de trabalho e, em consequência, o servidor vai à exaustão. Aí vem a sensação de incompetência, de não estar dando conta do trabalho.


De acordo com Arthur Lobaro, são muitas as manifestações de adoecimento no trabalho – esgotamento profissional, dificuldade de adaptação, desânimo-depressão, irritabilidade, conflitos interpessoais -, que levam à depressão, ansiedade, síndrome de Burn-out, somatização dos sentimentos (dores de cabeça, taquicardia, insônia etc), presenteísmo (trabalhar mesmo adoecido) e outros. Aliado a toda essa situação, tem o clima de competitividade que, e tudo isso gera um campo fértil para a prática do assédio moral.
Por isso, ressaltou Lobato, foi criado o DSCTCAM, em 2015, por deliberação da categoria presente no Congresso Ordinário do SITRAEMG, em Juiz de Fora. O trabalho do departamento é feito tendo como primeiro ponto a prevenção, dialogando com os tribunais, levando informação aos servidores; depois, a análises de cada caso; e o acolhimento do servidor, em busca de solução do problema. Todo esse trabalho, sempre contando com o apoio do Jurídico do Sindicato. Ele concluiu defendendo o fortalecimento dos sindicatos, para que a entidade que representa os servidores possa ter ainda mais força para o enfrentamento das lutas da categoria.


Encontro Regional em Governador Valadares


Confira as matérias sobre o evento, realizado neste sábado (14), no Hotel Pedra Negra, em Governador Valadares:
Confira as fotografias do evento: Encontro Regional em Governador Valadares


SAÚDE DO TRABALHADOR X CONDIÇÕES DE TRABALHO, METAS E PRODUTIVIDADE.

SAÚDE DO TRABALHADOR X CONDIÇÕES DE TRABALHO, METAS E PRODUTIVIDADE. 

Palestrante: Arthur Lobato - psicólogo, especialista em Saúde do Trabalhador.

https://www.youtube.com/watch?v=Jxttma9QdzI&feature=youtu.be

Autoestima


*Arthur Lobato


O psicanalista francês Jacques Lacan afirmava que, na mente humana circulam três registros psíquicos: o real, o simbólico e o imaginário. No aspecto imaginário, temos a construção de nossa autoimagem, sempre referendada pelo outro. Assim, pensamos sobre o que somos e o que os outros pensam de nós.


Mas só nos conflitos temos acesso ao que os outros realmente pensam de nós – quando o desabafo revela o que estava oculto nas brincadeiras, sempre com uma verdade transmitida de forma ambivalente, com duplo sentido, nos atos falhos e lapsos de linguagem (que são manifestações do inconsciente no discurso racional), revelando algo que estava oculto.

A autoestima e o outro

Ter autoestima quer dizer gostar de si próprio. Mas, para isso, precisamos dos sinais positivos do outro, para que nossa autoestima fique em alta. Sabemos o quanto um elogio, ou reconhecimento de nosso valor, faz bem; e como é difícil aceitar a crítica, o erro. Assim, nossa autoestima varia “economicamente”, podendo estar em alta ou em baixa, como ações na Bolsa de Valores.
A autoestima tem, na família e no meio social, fatores preponderantes que vão marcar o sujeito pelo resto da vida. A genética também é importante, mas insistimos no “outro” como formador e “combustível” de nossa autoestima.


Trabalho e auto estima
Hoje em dia, o trabalho ocupa a maior parte do nosso tempo e é onde nos relacionamos com os outros. A autoestima é um valor subjetivo, mas está provado que pessoas que suportam melhor os desafios e sabem lidar de forma positiva com conflitos e problemas têm mais autoestima.


Por outro lado, quem está com a autoestima em baixa tem tendência a não suportar conflitos, mesmo sendo muito competente e eficaz. Racionalmente, são indivíduos capacitados; mas, emocionalmente, são vulneráveis. Assim, muitas vezes, brincadeiras de mau gosto, zombarias, piadas sobre o corpo, o gênero e a idade têm consequencias danosas sobre pessoas com baixa autoestima.


Afinal, as constantes humilhações, as injustiças, a perseguição e a discriminação causam marcas profundas no psiquismo. Dor que não tem fim, como as crises de choro (sintoma, dessa dor emocional), e a eterna dúvida: o que esta acontecendo? O que fiz de errado? Por que estou sendo discriminado e isolado?


Atacada e acuada, sem o referencial do outro, com a autoestima em baixa, a vítima não percebe que está sofrendo uma das formas mais torpes de se destruir um ser humano: o assédio moral. Prática que devemos combater, como um compromisso ético em prol da saúde mental e emocional de todos os trabalhadores.
Segundo a doutora Margarida Barreto, Esther Freitas e o professor doutor Roberto Heloani o conceito de assédio moral é:

Uma conduta abusiva, intencional, frequente e repetida, que ocorre no ambiente de trabalho, e que visa diminuir, vexar, constranger, desqualificar e demolir psiquicamente um indivíduo ou um grupo, degradando as condições de trabalho, atingindo sua dignidade e colocando em risco sua integridade pessoal e profissional.


Procure um psicólogo se você estiver com os sintomas descritos neste artigo, ou vivenciando conflitos, ou assédio moral no trabalho.


*Arthur Lobato, psicólogo cadastrado para atendimento on line pelo Conselho Federal de Psicologia



Artigo foi publicado no site: 




quinta-feira, 12 de março de 2020

SERJUSMIG comemora 30 anos de lutas e conquistas

Em comemoração aos seus 30 anos de fundação, completados neste dia 8 de março, o SERJUSMIG reafirma seu compromisso de luta forte e persistente em defesa dos Servidores do Judiciário Mineiro. Desde o ano de 1990, o sindicato tem trabalhado incansavelmente em prol de assegurar e conquistar direitos aos servidores que integram sua base de representação, estendendo esse trabalho também à defesa do serviço público de qualidade à sociedade.
Hoje começamos uma série de reportagens sobre estes 30 anos de luta. A cada mês será publicada nova matéria para que o Servidor conheça um pouco mais sobre sua história, bem como sobre a trajetória de lutas e conquistas do SERJUSMIG. Tem sugestões? Conhece um episódio importante destes 30 anos? Entre em contato conosco e nos ajude a contar esta história!

Greve de 2013 marcou a história da luta por direitos dos Servidores da Justiça de 1ª Instância

Os 30 anos do SERJUSMIG, instrumento de luta pela garantia de direitos da categoria, é marcado na mesma data em que se comemora o Dia Internacional de Luta das Mulheres. As mulheres são maioria hoje no Judiciário Mineiro. E o SERJUSMIG sempre as respeitou e valorizou. Tanto que ao longo de vários anos, teve uma presidenta em seu comando, Sandra Silvestrini e várias diretoras e funcionárias participando ativamente das instâncias deliberativas e das ações cotidianas. 
O sindicato, que hoje conta com cerca de 11 mil filiados, é reconhecido e respeitado nacionalmente por sua luta transparente, ética, séria e consistente em defesa de condições dignas de trabalho para os servidores e da prestação de serviços de qualidade à população. 
Dentre as suas principais conquistas ao longo destes 30 anos estão o Plano de Carreiras, Data-Base, 25 dias úteis de férias, vale-lanche para toda a categoria, auxílios saúde, transporte e alimentação, reconhecimento e quitação da URV, adicional de periculosidade para atividades externas, gratificação pela atividade de gerência das secretarias e contadorias, unificação dos quadros de servidores do Poder Judiciário Mineiro, edição de Lei estadual tipificando o crime de assédio moral e a criação de mecanismos de combate à essa prática, além da incansável luta em defesa do concurso público.
A nomeação dos delegados sindicais em todas as Comarcas do estado, em 1998, também foi um marco importante na história do sindicato, pois possibilitou uma atuação mais ampla nas comarcas do interior, assegurando aos servidores de todo o Estado efetiva participação nas atividades do sindicato.
Campanha "Cala a Boca Já Morreu" contou com grabde adesão da categoria e ganhou projeção nacional

Serjusmig no Legislativo
O sindicato mantém constantes mobilizações na Assembleia Legislativa de Minas Gerais-ALMG e no Congresso Nacional, onde atua a favor de projetos que assegurem melhorias aos trabalhadores e à sociedade e contra os que promovam retrocessos ou prejuízos. Também nesses espaços legislativos o SERJUSMIG se firmou como instituição forte e respeitada, razão pela qual tem obtido êxito em muitas de suas atuações.
Sua mais recente conquista neste espaço foi a aprovação na ALMG das datas-bases dos anos de 2018 e 2019, que aguarda a sanção do governador Romeu Zema. O Projeto de Lei 1.449/20 assegurou aos servidores do judiciário mineiro reajuste de 100% da inflação de cada período, representando, assim, os melhores índices dos últimos sete anos.


O SERJUSMIG
A atuação do sindicato ocorre nas esferas política, administrativa e jurídica. O trabalho e as lutas passam por negociações junto ao TJMG, legislativo mineiro e Congresso Nacional, se estendendo a discussões e construção de lutas unificadas com outras entidades representativas de vários segmentos dos trabalhadores e da sociedade civil em todo o território nacional, além de manifestações, greves, e a defesa dos Servidores em processos administrativos ou judiciais.
A saúde dos Servidores também é motivo de preocupação e ação por parte do SERJUSMIG. Em defesa desta, desenvolve ações permanentes de fiscalização das instalações dos fóruns, dos equipamentos, do ambiente de trabalho, do volume de serviço, entre outros.  
Mesmo com a sua sede situada na capital do estado, o corpo funcional e os diretores do SERJUSMIG  atuam de forma intensa a fim de atender com êxito todas as demandas dos servidores do interior. O trabalho, que é feito em conjunto pelos funcionários, pela assessoria especializada e pelos diretores preza sempre pela eficiência no trato com os seus associados. Além disso, também funcionam as regionais, no total de nove, que também auxiliam no atendimento dos sindicalizados lotados nas 297 comarcas no estado.


Visita à comarca de Pirapora é uma das muitas realziadas pela diretoria do SERJUSMIG

Além disso, os diretores se esforçam para se aproximar da base, visitando os postos de trabalho em todas as comarcas, oportunidade em que, além de fiscalizarem pessoalmente as condições de trabalho, levarem informações e esclarecimentos, também angariam sugestões dos servidores. As demandas encontradas são tratadas prontamente, através da busca das soluções inerentes a cada caso.
Por tudo isso, o Serjusmig comemora neste dia 8, com orgulho, sua trajetória de luta, que assegurou muitas conquistas aos Servidores Públicos do Judiciário Mineiro, em especial, aos da 1ª Instância. 
Viva esta data! Viva os 30 anos do SERJUSMIG! Viva os Servidores da Justiça de 1ª Instância que fizeram e fazem essa trajetória de lutas e vitórias!

Congresso Internacional de Direito e Inteligência Artificial TJMG - Belo Horizonte, MG



Data: 19 de março de 2020

Horário: 8h30 às 20h

Local: TJMG – Rua Goiás, nº 229 - Centro



O Congresso irá tratar das várias relações entre o mundo jurídico, a tecnologia representada pela inteligência artificial, o mercado de trabalho e as questões éticas relacionadas ao tema.

Esse evento busca compartilhar conhecimentos, propor reflexões, conectar pessoas e caminhar para o futuro da tecnologia e do direito.

08h30 - Credenciamento e welcome-coffee
09h – ABERTURA: OAB-SKEMA
09h30 – CONFERÊNCIA DE ABERTURA: Direito e Inteligência ArtificialParticipantes: José Eduardo Resende Chaves Júnior, Wilson Benevides e Juan Gustavo Corvalán
12h - ALMOÇO
14h30 – PAINEL: O advogado do Século XXI: Criando startups, gerindo lawtechs e advogando com algoritmosParticipantes: Guilherme Freitas, Paula Figueiredo e Lorena Lage
16h – PAINEL: Uma nova ética para Inteligência Artificial?Participantes: Rômulo Valentini, Cristina Murta e Caio Lara
17h30 – Coffee Break
18h – CONFERÊNCIA: Concorrência e Negócios na era dos AlgoritmosParticipantes: Thierry Warin,. Frédéric Marty e Geneviève Poulingue
19h30 – PAINEL: Um novo Curso de direito? Participantes: Emerson Castro, Geneviève Poulingue e Edgar Jacobs
20h – SORTEIO: Bolsa para o curso de Pós-graduação em Direito e Inteligência Artificial da SKEMA Brasil
20h15 - Encerramento 

PALESTRANTES INTERNACIONAIS

Thierry Warin. Professor de Ciência de Dados e Coordenador do Laboratório Global de Inteligência Aumentada da SKEMA Business School. Visitante na Harvard University e na Harvard Business School. Pesquisador na CIRANO de Montreal, Canadá. Presidente da Associação Internacional de Comércio e Finanças (IT&FA, USA)
Juan Gustavo Corvalán. Co-diretor do Laboratório de Inovação e Inteligência Artificial da Universidade de Buenos Aires. Procurador-Geral Adjunto do Contencioso Administrativo e Fiscal da Cidade Autônoma de Buenos Aires. Diretor Geral da implementação da “Experiência Prometea” na Corte Interamericana de Direitos Humanos e na Corte Constitucional da Colômbia.
Frédéric MartyPesquisador do Centro Nacional da Pesquisa Científica da França (CNRS). Pesquisador da CIRANO de Montreal, Canadá. Professor da Université Côte d’Azur. Membro do Grupo de Pesquisa em Direito, Economia e Gestão (GREDEG).

PALESTRANTES E PAINELISTAS REGIONAIS

Wilson Benevides Desembargador do TJMG. Mestre em Direito. Presidente do Comitê Gestor do PJe para os Tribunais de Justiça no CNJ.
José Eduardo Resende Chaves Júnior Doutor em Direitos Fundamentais pela Universidad Carlos III de Madrid. Professor Adjunto I de Direito e Processo do Trabalho e Processo Eletrônico nos cursos de pós-graduação lato sensu do IEC da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUCMINAS. Ex-Desembargador Federal do Trabalho do Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais. Professora na Pós-graduação em Direito e Inteligência Artificial da SKEMA Business School.
Caio Lara. Graduado, Mestre e Doutor em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. Professor de Direito Constitucional da Graduação em Direito da Escola Superior Dom Helder Câmara. Professor da Pós-graduação em Direito e Inteligência Artificial da SKEMA Business School. Professor da Pós-graduação de Direito e Tecnologia da Faculdade Arnaldo. Secretário de Comunicação do Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Direito - CONPEDI para o triênio 2018-2020.
Cristina Murta. Doutora em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Minas Gerais. Foi pesquisadora visitante na Boston University e na University of California, onde realizou o pós-doutorado. Suas áreas de pesquisa foram análise e modelagem de desempenho de sistemas computacionais; sistemas distribuídos em larga escala baseados em Internet e Web; redes complexas; algoritmos paralelos; computação e filosofia. Professora aposentada do CEFET/MG.
Edgar Gastón Jacobs Flores Filho. Doutor em Direito Privado pela PUCMINAS, Mestre em Direito pela UFMG. Coordenador e Professor da Pós-graduação em Direito e Inteligência Artificial da SKEMA Business School. Professor adjunto da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e Ex-professor adjunto da Universidade Federal de Ouro Preto. Possui publicações em jornais e periódicos nacionais e internacionais na área de direito educacional, direito e economia, direito da propriedade, direito do consumidor, direito e tecnologia e regulação. Além disso, atua como advogado e é membro de comissões na Ordem dos Advogados do Brasil em Minas Gerais.
Emerson Castro. Presidente da comissão de educação jurídica da Ordem dos Advogados do Brasil. Coordenador do curso de direito da Faculdade de Direito Promove, Avaliador do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Especialista do Conselho Estadual de Educação do Estado de Minas Gerais. Presidente do INSEPE Instituto de Ensino, Pesquisa e Extensão.
Guilherme Freitas.  Advogado e Diretor Jurídico na MRV Engenharia.
Lorena Muniz e Castro Lage. Advogada Sócia no escritório de advocacia Lage & Oliveira, atuando com Direito para Startups e Empresas de Base Tecnológica. Mestra em Direito pela Faculdade de Direito Milton Campos. Especialista em Direito Civil. Coordenadora e professora na Pós-graduação em Direito e Tecnologia da Faculdade Arnaldo e do INSEPE. Professora na Pós-graduação em Direito e Inteligência Artificial da SKEMA Business School. Diretora de Conteúdos e Membro da Comissão de Direito para Startups da OAB/MG e Membro da AB2L – Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs.
Paula Figueiredo. Presidente e fundadora da Comissão de Direito para Startups da OAB/MG, host das 1ª e 2ª edições do Global Legal Hackathon. Embaixadora na América Latina do World Legal Summit, iniciativa mundial para criação de parâmetros para legislação para tecnologia. Sócia do Figueiredo.law, escritório com ênfase em empresas de base tecnológica. Sócia do Startups na área Jurídica e de Moda.
Romulo Valentini. Doutor em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais. Professor convidado do programa de pós-graduação da UFMG. Professor de Direito do Trabalho na FPL/MG.

REALIZAÇÃO:

REALIZAÇÃO E COORDENAÇÃO GERAL: SKEMA BUSINESS SCHOOL

APOIO INSTITUCIONAL: OAB-MG