domingo, 10 de dezembro de 2023

O céu está mais limpo na PC

 Uma liderança da Polícia Civil de MG observou que após a realização da última audiência pública na Assembleia Legislativa, que teve o deputado Sargento Rodrigues como presidente para discussão do trágico desaparecimento da escrivã Rafaela Drumond, cessaram os decretos de aposentadorias proporcionais de servidores que tiveram a coragem de denunciar assédios, perseguições, humilhações e outras imoralidades administrativas dentro da Polícia Civil. Falta uma correição na Corregedoria da Polícia Civil de MG. Mas isso é tarefa que depende da determinação do Ministério Público de MG e do Tribunal de Contas de MG, que têm seus próprios relógios. E fusos.

O céu está mais limpo na PC (otempo.com.br)

CNJ classifica assédio na magistratura como infração disciplinar grave

 


O CNJ, aprovou, por unanimidade, na 17ª sessão virtual de 2023, alterações na sua Resolução 351/20, que institui a Política de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral, do Assédio Sexual e da Discriminação no Poder Judiciário, e no Código de Ética da Magistratura.

O objetivo com três mudanças pontuais é aperfeiçoar o acolhimento e o enfrentamento das vítimas por meio da classificação do assédio sexual como infração disciplinar grave, além de deixar claro que o assédio moral, o assédio sexual e a discriminação constituem atos atentatórios à dignidade da magistratura. 

As alterações que constam na decisão referendada pelo plenário facilitam o enquadramento do assédio sexual como conduta repreensível, vedada e grave, inclusive quando o cometimento do ato ocorrer fora do ambiente de trabalho.

Leia a matéria completa no site Migalhas

 

Imagem: Ana Araujo/CNJ

SERJUSMIG :: CNJ classifica assédio na magistratura como infração disciplinar grave

Entenda porque Minas tem uma dívida tão grande e porque o RRF não é a solução

 


Nas últimas semanas, milhares de servidores em todo o estado se mobilizaram contra o Regime de Recuperação Fiscal. E a luta contra o Regime arrasta consigo o debate sobre a dívida mineira, o grande mote do governo estadual para impor as medidas de desinvestimento e retirada de direitos que o RRF exige. 

Tal essa dívida, diga-se de passagem, não tem sido paga por Zema desde 2019. O atual governador é o recordista no endividamento do estado, que cresceu 45% sob a gestão do empresário do partido Novo.

É impossível discutir o RRF sem falar do endividamento do estado e das alternativas para enfrentar esse problema. Você sabia que boa parte dos 160 bi que, em tese, Minas deve, são de cobrança indevida? Sabia que o Regime de Recuperação Fiscal, ao contrário do que diz o nome, vai apenas transferir o pagamento para governos futuros, sem nenhuma recuperação fiscal, de fato?

Para abordar o assunto, o "Fala, SERJUSMIG!" deste mês entrevista a auditora fiscal Maria Aparecida Meloni - Papá, ex-presidente da Associação dos Auditores Fiscais do Estado de Minas Gerais (Affemg) e atua. vice-presidente da Associação Nacional das Associações de Fiscais de Tributos Estaduais (Febrafite).

 

 

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Sindicato e TRE-MG dialogam sobre assédio na Diretoria-Geral do Tribunal

 Representantes do Órgão falam sobre a atuação na prevenção e enfrentamento desse mal na Justiça Eleitoral. E o Sitraemg apresenta sugestões


Sitraemg e TRE-MG reuniram-se na quinta-feira, 30 de novembro, para tratarem sobre a atuação do Tribunal em relação ao assédio e discriminação no âmbito da Eleitoral em Minas Gerais.

O sindicato, que reivindicou o encontro, buscou saber o que está sendo feito pelas recém-criadas Comissões de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral, do Assédio Sexual e da Discriminação no 1º e no 2º graus, tendo em vista a Resolução 351/2020, do Conselho Nacional de Justiça. A resolução instituiu essa política de prevenção e enfrentamento para todo o Poder Judiciário.

O encontro aconteceu na sala de reuniões da Diretoria-Geral do Tribunal e contou com a participação de representantes de diversos setores de ambas as instituições envolvidos nessa questão.

Do TRE-MG, Leonardo Prata (Sicom), Lara Ferreira (Coordenadoria de Responsabilidade Social), juíza Patrícia Henriques (Comissão de Enfrentamento do Assédio no âmbito do 2º grau), Cassiana Lopes Viana (diretora-geral), Flávio Caixeta (Ouvidoria); do Sitraemg, o coordenador David Landau, a advogada Débora Oliveira, o psicólogo Arthur Lobato, e os coordenadores Eliana Leocádia e Nelson da Costa Santos Neto

Pelo TRE-MG estiveram presentes, além da diretora-geral, Cassiana Lopes Viana; a juíza Patrícia Henriques, presidente da Comissão de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral e do Assédio Sexual no 2º Grau de Jurisdição do Tribunal; Lara Ferreira, da Coordenadoria de Responsabilidade Social; Leonardo Prata, da Seção de Integridade e Compliance e Combate ao Assédio (Sicom); e Flávio Caixeta, da Ouvidoria.

Pelo Sitraemg, participaram os coordenadores Eliana Leocádia, David Landau e Nelson da Costa Santos Neto, além do psicólogo Arthur Lobato, responsável técnico pelo Departamento de Saúde do Trabalhador e Combate ao Assédio Moral (DSTCAM), e da advogada Débora Oliveira, da assessoria jurídica.

A atuação das comissões

A juíza Patrícia Henriques informou que as comissões vêm realizando reuniões de trabalho desde o início do ano. Ao longo desses encontros, foram levantadas as demandas e, por último, elaborado um fluxo, juntamente com a Diretoria-Geral, a Secretaria de Gestão de Pessoas e a Seção de Gestão de Processos e Riscos. O fluxo, segundo disse, será regulamentado em breve.

Ainda de acordo com a magistrada, as comissões orientam que as denúncias de assédio, que ela chama de “demandas”, sejam encaminhadas pelos servidores por meio da Ouvidoria. Ela garantiu que é resguardado sigilo absoluto, o que foi ratificado pelo representante da Ouvidoria, Flávio Caixeta. Para treinar os seus integrantes, acrescentou ela, as comissões contam com o apoio da Escola Judiciária.

Sugestões do sindicato

O psicólogo Arthur Lobato salientou que o poder judiciário possui uma estrutura bastante verticalizada. Por outro lado, os casos de assédio e discriminação acontecem no campo da subjetividade, do sofrimento.

Para que as denúncias sejam tratadas com a sensibilidade que merecem, defendeu que os membros das comissões sejam devidamente capacitados para tais situações, e que o trabalho de prevenção e enfrentamento seja feito de forma multidisciplinar.

Lobato apresentou cinco sugestões aos representantes do Tribunal: que seja realizada campanha interna de prevenção do assédio, que haja independência das comissões, que seja promovida a formação dos membros, que o nome do denunciante seja mantido em sigilo e que se crie um comitê para resolução do fluxo.

O coordenador do Sitraemg David Landau pontuou que o assédio sempre acontece em situações de “dominação”. Por isso, muitas vezes o assediado, intimidado, nem chega a fazer a denúncia. A campanha de prevenção e de informação, segundo ele, pode dar mais segurança e coragem para fazer a denúncia.

Lara Ferreira, da Coordenadoria de Responsabilidade Social, opinou que os casos notificados de assédio devem ser bem estudados. E defendeu que também o denunciado seja ouvido. Todos concordaram com ela. Porém, desde que isto se dê de forma individual, sem acareação, para proteger o denunciante.

As denúncias de assédio ao DSTCAM do Sitraemg devem ser feitas pelo e-mail denuncia.assedio@sitraemg.org.br, com a garantia do absoluto sigilo.

O coordenador do Sitraemg Nelson da Costa finalizou dizendo que a entidade busca as demandas de assédio e adoecimento também nos contatos com os servidores nos locais de trabalho, através do projeto Pé na Estrada.

Visita ao departamento de Psicologia

Depois da reunião na Diretoria-Geral, o psicólogo Arthur Lobato e os coordenadores do Sitreamg Eliana Leocádia e Nelson da Costa Santos Neto fizeram uma visita ao departamento de Psicologia do Tribunal (veja foto acima).

Assessoria de Comunicação
Sitraemg

Sindicato e TRE-MG dialogam sobre assédio na Diretoria-Geral do Tribunal (sitraemg.org.br)

Negociações com delegada 'presa' em apartamento em BH passam de 24h

 

Servidora diz ser vítima de perseguição e de um "teatro adoecedor da Polícia Civil"; a PCMG ainda não explicou o motivo da ida até a casa dela, mas fontes afirmam preocupação com a saúde mental

As negociações com a delegada Monah Zein, que se recusa a deixar o seu apartamento, continuam na manhã desta quarta-feira (22 de novembro). São mais de 24 horas de conversas, que mobilizam familiares e amigos da servidora, além de equipes da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e do Samu em frente ao prédio onde ela reside, no bairro Ouro Preto, na região da Pampulha. As negociações começaram por volta das 9h desta terça-feira (21 de novembro). 

Ainda não se tem informações sobre o que motivou a ida das equipes da Polícia Civil ao apartamento da delegada. Fontes ligadas à instituição afirmaram para a reportagem de O TEMPO que ela teria enviado mensagens de conteúdo emocional sensível, o que teria gerado preocupação para membros da instituição em relação à saúde mental da servidora.  

A versão da PCMG é contestada pelos advogados da delegada. Eles afirmam que sua cliente seria vítima de perseguições de outros servidores da instituição em que ele trabalha. Em nota enviada para a imprensa, eles lamentaram o estado de saúde delicado dela, atribuindo essa condição as “retaliações” enfrentadas por ela durante a carreira.  

"É lamentável a postura do chefe de polícia, bem como do governador do Estado, em relação às condições de trabalho impostas a todos os servidores, levando infelizmente a grande maioria a um estado de saúde deplorável", afirmou a defesa. 

Negociações com delegada 'presa' em apartamento em BH passam de 24h | O TEMPO

Juiz que atuou no Acre usa inteligência artificial em sentença e cita jurisprudência falsa

 O juiz federal Jefferson Ferreira Rodrigues, que estava lotado no Acre até julho deste ano, virou alvo da primeira investigação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre o uso de inteligência artificial na formulação de sentenças no Brasil. O caso foi exposto pela jornalista Daniela Lima, da GloboNews, nesta segunda-feira (13).A decisão de investigar o caso foi do corregedor-nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão. Segundo a matéria, o juiz do Acre havia publicado uma sentença que continha trechos inteiros escritos pelo aplicativo de inteligência artificial gratuito na internet, o ChatGPT.

O caso virou investigação no CNJ por conta dos trechos copiados, que eram falsos e citavam informações incorretas.

O juiz havia usado o app para pesquisar a jurisprudência que daria base ao entendimento do magistrado sobre aquele caso. Entretanto, o ChatGPT apontou como base para a decisão entendimentos do Superior Tribunal de Justiça que simplesmente não existem.

Ele conseguiu arquivar o caso na corregedoria-geral, porém, no CNJ virou alvo de investigação.

ContilNet tentou contato com a Vara Única da Subseção Judiciária de Cruzeiro do Sul, no Acre, onde o juiz era lotado e foi informado que o magistrado foi transferido para outro estado brasileiro há pouco tempo. Um despacho da Justiça Federal, de julho deste ano, indica que Jefferson foi realocado para a 2ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Araguaína/TO. Apesar das tentativas, a reportagem não conseguiu entrar em contato com o magistrado para obter sua versão sobre os fatos. O espaço segue aberto para mais esclarecimentos.

Juiz que atuou no Acre usa inteligência artificial em sentença e cita jurisprudência falsa - ContilNet Notícias (contilnetnoticias.com.br)

Sindicato alega que MG perdeu R$ 126 bi com acordo de Zema e tenta anulação

 


O Sindicato dos Servidores da Justiça de Primeira Instância do Estado de Minas Gerais (Serjusmig) ajuizou uma ação popular que pede a anulação do acordo firmado entre a União e o governo Zema (Novo) sobre a Lei Kandir. Os sindicalistas argumentam que, nesse processo, o estado renunciou a mais de 90% dos créditos devidos.

Leia matéria completa no Estado de Minas

SERJUSMIG :: Sindicato alega que MG perdeu R$ 126 bi com acordo de Zema e tenta anulação

Trabalho pode adoecer! E Saúde Mental é coisa séria

 

Senado abre consulta sobre projeto que transforma cargos efetivos em comissionados

 Acesse a consulta pública e diga NÃO ao PL 2402/2023, em solidariedade aos servidores do Ministério Público da União

Está aberta, no site do Senado Federal, uma consulta pública colhendo opinião dos (as) brasileiros (as) a respeito do PL 2402/2023.

O projeto dispõe sobre a transformação de 560 cargos efetivos (360 de Analista e 200 de Técnico) em 1.200 cargos em comissão ou funções de confiança no Ministério Público da União (MPU). Pede-se que o internauta opine sobre a matéria marcando SIM ou NÃO.

Em solidariedade à categoria dos servidores do MPU, o Sitraemg conclama os servidores do Poder Judiciário Federal a participarem da consulta pública e votarem NÃO ao PL 2402/2023.

O sindicato entende que os cargos efetivos devem ser preservados. Eles são providos por via do concurso público e caracterizados pela estabilidade no serviço. Situação que pressupõe o acesso de pessoas comprometidas com a qualidade do serviço prestado e independentes em relação aos gestores e governantes de plantão.

Os cargos em comissão são providos por meio de indicação, o que possibilita o acesso de pessoas despreparadas e descomprometidas com o serviço público. Além disso, abre brechas para a perseguição e a prática do assédio moral nos locais de trabalho.

Para acessar a consulta, clique aqui.

Assessoria de Comunicação
Sitraemg

Senado abre consulta sobre projeto que transforma cargos efetivos em comissionados (sitraemg.org.br)

Dados do 2º Censo do Judiciário apontam o envelhecimento dos quadros da Justiça

 Pela primeira vez na história, haverá gerações dentro do Poder Judiciário que completarão 50 anos de carreira antes dos 75 anos de idade. A constatação se baseia nos dados do 2º Censo do Poder Judiciário, realizado pelo CNJ neste ano. De acordo com informações preliminares do levantamento, 57,8% dos magistrados e magistradas e quase a metade (49,4%) dos servidores e servidoras têm idades superiores a 46 anos.

Os que possuem mais de 56 anos de idade já correspondem a 24,3% dos magistrados e magistradas e a 17, 8% dos servidores e servidoras. Nos tribunais militares, essa proporção chega a 76,7% dos magistrados e magistradas e a 20,6% dos servidores e servidoras. Nas cortes superiores, o índice de magistrados e magistradas nesta faixa etária corresponde a mais da metade (50,8%) e o de servidores e servidoras, a 16,3%.

Esse cenário foi ressaltado pelo conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Giovanni Olsson, durante a edição mais recente da série de webinários “Como fazer Pesquisas Empíricas Aplicadas a Políticas Judiciárias”. O evento foi transmitido, no dia 26/10, ao vivo pelo canal do CNJ no YouTube.

Acesse os resultados preliminares do 2º Censo do Poder Judiciário

O conselheiro, que coordena o Comitê Gestor Nacional de Atenção Integral à Saúde de Magistrados e Servidores do Poder Judiciário, observou que a mudança no perfil geracional traz novos desafios à gestão de recursos humanos e saúde. “Isso é algo extremamente difícil de lidar, não só na gestão da organização do Judiciário, mas é difícil de lidar do ponto de vista da saúde, especialmente, a saúde mental”, comentou.

De acordo com Olsson, o envelhecimento do quadro decorre das mudanças das regras previdenciárias, que dificultam a aposentadoria. “Muitos até conseguiriam [se aposentar], mas vão enfrentar perdas financeiras impactantes. Então vão querer sair, mas não vão poder. As carreiras estão profundamente estagnadas”, analisou.

Ainda segundo o coordenador do comitê gestor, à situação de aderência nas carreiras por longo tempo, com estagnação e baixa mobilidade, combinam-se fatores exógenos, prejudicando a saúde física e, particularmente, a mental. Ele destacou que o contexto exige um grande esforço de análise desses dados para que o CNJ possa construir políticas de médio e longo prazo para a saúde de servidores e magistrados.

Os fatores exógenos, explicou, são derivados do estresse da vida contemporânea, da chamada “sociedade do cansaço”. “Existe um componente claro de metas, um componente de ambiente de trabalho que gera às vezes concorrência, que gera, enfim, competição, um certo grau de opressão. Isso contribui, claro, para patologias mentais, para a perda do bem-estar da saúde mental, mas nós temos o dado e isso que foi trazido no Censo reforça a hipótese que temos cada vez mais a incorporação de outros elementos de fora”, disse.

O 2º Censo do Poder Judiciário reuniu informações oferecidas por mais de 92 mil respondentes, entre abril e setembro de 2023, resultando, de acordo com a diretora-executiva do Departamento de Pesquisas Judiciais (DPJ), Gabriela Soares, em uma pesquisa robusta. O total de respondentes representa 31,4% de todos os servidores e as servidoras da Justiça e 40,51% dos magistrados e magistradas, o que significa que esta edição da pesquisa obteve a adesão de 32,01% dos integrantes do Judiciário.

O questionário, em formato online, abordou diversos temas, como assédio, satisfação com o ambiente de trabalho, saúde dos magistrados, segurança e violência doméstica. Gabriela Soares participou do painel juntamente com as pesquisadoras do DPJ Olívia Pessoa e Danielly dos Santos Queiros e a mediação da juíza auxiliar da Presidência do CNJ e supervisora do DPJ, Ana Aguiar.

Leia mais: 2.º Censo do Poder Judiciário: CNJ divulga dados parciais da pesquisa

Saúde mental

O primeiro Censo do Judiciário foi realizado há dez anos, em 2013. Na comparação entre as duas edições, nota-se uma redução na sensação de felicidade dos magistrados e magistradas, de 90% para 71,4%. Entre os servidores e as servidoras, houve pequeno acréscimo. No 1.º Censo, 90% se diziam satisfeitos ou satisfeitas enquanto, ao longo da última década, o número aumentou para 91,8%.

Quanto à saúde mental, os dados revelam uma situação mais grave entre os magistrados e magistradas, dos quais 57,4% sofrem de estresse e 55,4% de ansiedade, sendo que 27,5% usam medicamento para estresse ou ansiedade regularmente e 13,5%, de forma eventual. Entre os servidores e as servidoras, 47,9% sofrem de ansiedade e 37,4%, de estresse: os que utilizam medicamento regularmente para esses fins são 18,1% e, eventualmente, 12,4%.

Também preocupa a questão do assédio no Judiciário. Das magistradas, 29,8% já foram vítimas e dos homens, 18,3%, ao passo que 25,2% das servidoras e 20,6% dos servidores já sofreram. Foram ameaçados ou passaram por violência no ambiente de trabalho 20,7% das magistradas e 18,6% dos magistrados.

Com relação à violência doméstica, 7% das magistradas e 6,2% das servidoras declararam já terem sido vítimas de algum episódio, sendo a violência psicológica a mais frequente (87,5%). No caso das magistradas, a segunda mais frequente é a violência moral (40,6%), e das servidoras, é a violência física doméstica (48%).

Assista aqui à transmissão do webinário com a apresentação dos resultados do 2º Censo do Poder Judiciário:

Texto: Mariana Mainenti
Edição: Sarah Barros
Agência CNJ de Notícias

Dados do 2º Censo do Judiciário apontam o envelhecimento dos quadros da Justiça - Portal CNJ

Órgão Especial aprova jornada reduzida para servidores com deficiência

 Um direito importante para as servidoras e os servidores do Judiciário mineiro que possuem deficiência foi garantido, nesta quarta-feira, 8 de novembro, após forte atuação dos Sindicatos. A partir de agora, esses trabalhadores poderão fazer jornada reduzida. A reivindicação já vinha sendo discutida nas reuniões da Mesa de Negociações entre as entidades e a Administração do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e, conforme acordo firmado, a alteração da Resolução 1.000/PR/2022, regulamentando a jornada de trabalho especial  foi aprovada na sessão desta quarta do Órgão Especial (OE).

A Resolução 1000/PR/2022 discorre sobre a concessão de condições especiais de trabalho a magistrados e servidores com deficiência, necessidades especiais ou doença grave, ou que sejam pais ou responsáveis por dependentes na mesma condição. Contudo, a norma foi condicionada aos termos da Lei Estadual n. 9.401/1986, que limita o direito de jornada especial aos servidores legalmente responsáveis por pessoas em tratamento especializado. Ou seja, as disposições da Resolução não se aplicavam aos magistrados e aos servidores com deficiência. 

A nova versão da legislação possibilita que todos os servidores com deficiência solicitem a diminuição da jornada de trabalho e representa um passo importante na promoção da inclusão. A pauta vinha sendo debatida na Mesa de Negociação, refletindo o compromisso em promover condições mais equitativas e propícias à qualidade de vida no ambiente de trabalho. 

Na busca por um ambiente mais justo para todos os servidores, os Sindicatos também estão atentos e fiscalizando para que seja votada, ainda no mês de novembro, a concessão do auxílio-transporte proporcional ao número de dias em que o servidor em teletrabalho desempenhar suas atividades de forma presencial.

 

 

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SERJUSMIG :: Órgão Especial aprova jornada reduzida para servidores com deficiência

REPORTAGEM | 24º Encontro de Delegados fica para a história como o mais participativo do SERJUSMIG

 Perdeu o XXIV Encontro de Delegadas e Delegados? Aqui, você tem um resumo do que de melhor aconteceu. Com mais de 300 participantes, o evento realizado entre os dias 19 e 21 de outubro potencializará a construção do sindicato nas 298 comarcas de Minas Gerais. "Sempre são assuntos relevantes para a categoria e nos trazem muito crescimento", afirma servidor. 

A mensagem central é um apelo à mobilização e organização dos trabalhadores, especialmente neste momento, quando o serviço público mineiro sofre um ataque sistemático do governo Zema (Novo), com a tentativa de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal. 

Para saber como foi o Encontro, acesse o vídeo abaixo. 
 

 

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SERJUSMIG :: REPORTAGEM | 24º Encontro de Delegados fica para a história como o mais participativo do SERJUSMIG

Globo faz acordo milionário com narrador para encerrar processo de assédio na Justiça

 A Rede Globo chegou a um entendimento com o locutor Linhares Júnior para encerrar um litígio que envolvia alegações de assédio moral e questões trabalhistas que ele havia instaurado contra a empresa desde abril deste ano. O acordo foi formalizado em setembro.

De acordo com o F5, as negociações transcorreram inicialmente de maneira extrajudicial e, posteriormente, foram submetidas ao judiciário. Os termos do acordo já receberam aprovação da 9ª Vara do Trabalho do Tribunal de São Paulo, resultando no arquivamento definitivo do processo.

No total, a Globo desembolsou aproximadamente R$ 1,1 milhão como parte do acordo, conforme registros obtidos pela repórtagem. Linhares Júnior havia solicitado judicialmente a quantia de R$ 4,6 milhões. Ele alega ter sido vítima de assédio moral pouco antes de seu desligamento da emissora, ocorrido em outubro de 2021, quando um dos gestores esportivos da empresa o chamou de "narrador desatualizado".

Vendedor externo ganha R$ 1 milhão por horas extras após provar na Justiça que empresa controlava sua jornada; entenda

 Um ex-funcionário de uma fabricante de cigarros ganhou mais de R$ 1,2 milhão após provar na Justiça que, apesar de ter sido contratado como vendedor externo, tinha o direito de receber horas extras.

É que funciona assim: as regras sobre o pagamento de horas extras não se aplicam aos “empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho”, conforme o artigo 62 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

E, na ação, a empresa Souza Cruz se apoiou em um acordo que existe na convenção coletiva da categoria desses vendedores para que não haja pagamento de hora extra, por não haver formas efetivas de controle da jornada (entenda mais abaixo).

Mas, o trabalhador da fabricante de cigarros mostrou que, mesmo atuando externamente, a empresa tinha a possibilidade de controlar seus horários.

Assim, a Justiça entendeu que o funcionário não se enquadrava como trabalhador externo e obrigou a empresa a pagar as horas extras que ele fez durante seus quase seis anos de contrato.

✍️ A sentença é do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª região, em Curitiba (PR), que foi mantida após os recursos, inclusive no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

O processo transitou em julgado em junho deste ano e o trabalhador já recebeu os valores, segundo o advogado dele, Denison Leandro.

O que é trabalho externo?

Exemplos de ocupações que se enquadram nessa categoria incluem instaladores de antenas, eletricistas, leituristas de medidores de energia, representantes de vendas que atuam em campo e motoristas profissionais, cita a advogada Vanessa Carvalho, sócia do escritório Miguel Neto Advogados.

Mas, "para haver trabalho externo, não basta que o empregado atue fora da sede da empresa", explica o advogado Edson Hauagge, sócio do departamento trabalhista da Andersen Ballão.

"Mais do que isso, trabalho externo é aquele no qual a empresa não tem como controlar o horário de trabalho do empregado, seja por cartão ponto, por relatórios, por GPS ou qualquer outro meio."

E justamente por não haver essa possibilidade de controle, o funcionário não tem direito ao recebimento de horas extras, afirma o especialista Hauagge.

Se um funcionário é contratado nessas condições, mas a empresa utiliza meios para controlar a jornada de trabalho dele, ela pode vir a ser condenada ao pagamento de horas extras, continua o profissional.

Para o advogado Marcel Zangiácomo, especialista em direito processual e material do trabalho, algumas práticas que podem descaracterizar o trabalho externo são:

  • pedir relatórios de atividades;
  • fazer ligações para checar o horário de trabalho;
  • medir os horários via relatório de prestação de contas;
  • analisar horários de períodos on-line em aplicativos como o WhatsApp;
  • solicitar assinatura em documento presencialmente, no início ou fim do dia de trabalho.

Além disso, quando alguém é contratado como trabalhador externo, essa condição precisa estar devidamente anotada na sua carteira de trabalho e registro de empregado, completa Zangiácomo, que é sócio do escritório Galvão Villani, Navarro, Zangiácomo e Bardella Advogados.

⌚ Hora extra era rotina

O funcionário que ganhou R$ 1,2 milhão no processo contra a empresa Souza Cruz foi contratado em dezembro de 2012 para trabalhar como supervisor de vendas.

Ele alegou à Justiça que, até 2018, quando pediu demissão, trabalhou em sobrejornada sem ganhar horas extras e nem adicional noturno, exigido para expediente após as 22h.

O vendedor trabalhava de segunda a sexta-feira, inclusive em feriados municipais, das 6h30 às 22h, e estendia a jornada duas vezes por semana até as 23h, sempre com 30 minutos de intervalo, segundo o relato dele na ação judicial.

De acordo com a CLT, empregados em qualquer atividade privada não podem trabalhar mais que oito horas diárias. E, caso o funcionário trabalhe horas suplementares, elas devem ser pagas com acréscimo de 50% sobre o salário-hora normal.

A lei também prevê que, em jornadas de mais de seis horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, de no mínimo uma hora.

🔍 Jornada controlada

Para exemplificar o controle de jornada, o trabalhador disse, por exemplo, que mantinha contato diário com seu gestor pela manhã, para receber indicações sobre os locais que deveria visitar para as vendas, e que sempre começava e encerrava o dia na sede da empresa, de segunda a sexta-feira.

Além disso, segundo o advogado do trabalhador, a empresa utilizava vários recursos para acompanhar os roteiros das vendas do funcionário, como GPS, rastreador e bloqueador no veículo e no celular corporativo.

Com isso, a Justiça condenou a empresa a pagar todo o período trabalhado pelo funcionário que excedeu oito horas por dia, além dos adicionais noturnos e os minutos de intervalo previstos na lei que ele deixou de tirar diariamente.

O valor chegou a R$ 1.267.315,91, somando as horas extras, imposto de renda, INSS, custas processuais e honorários advocatícios.

Defesa da Souza Cruz

O advogado trabalhista Ronaldo Tolentino, que atuou em favor da Souza Cruz no Tribunal Superior do Trabalho, afirmou que "o caso da decisão citada na matéria é anterior ao julgamento do tema pelo STF, e que, após isso, há precedentes importantes no TST reconhecendo que a ausência de controle de jornada de trabalhadores externos é passível de negociação coletiva".

Segundo ele, o Ministro Gilmar Mendes registrou que, em caso de convenção coletiva, não se aplica o princípio da primazia da realidade, ou seja, considerar os fatos que realmente ocorrem em uma relação de trabalho, para tentar afastar o que foi anteriormente acordado.

A defesa citou, inclusive, uma decisão mais recente da 5ª Turma do TST que rejeitou o pedido de horas extras de um vendedor da Souza Cruz, por entender que ele tinha autonomia para definir seus horários.


Vendedor externo ganha R$ 1 milhão por horas extras após provar na Justiça que empresa controlava sua jornada; entenda | Trabalho e Carreira | G1 (globo.com)