sexta-feira, 27 de julho de 2012

V Seminário Saúde do Trabalhador SINTECT/CE

Assédio Moral e Doença Mental.

Publicado em: http://vidaarteedireitonoticias.blogspot.com.br

O evento foi realizado de 16 a 18 de julho de 2012 no Hotel Mareiro, Av. Beira Mar, Fortaleza/CE. Promovido pelo SINTECT/CE e pelo CEREST/CE, com apoio da CUT, FETAMCE, SINDPD, Sindicato dos Bancários do Estado do Ceará, Sindicato dos Comerciários (SEC), Associação dos Servidores da Secretaria de Educação do Ceará (ASSEEC).
 No dia 16, após a acolhida, houve a apresentação do Ballet Nordestino, seguida por uma dinâmica de apresentação.
Na Mesa de Abertura fizeram-se presentes o SINTECT-CE, CUT, CEREST, INSS, Federações e o Deputado Arthur Bruno.
Roberto Heloani (graduado em Direito pela USP, Psicologia pela PUC/SP, Mestre em Administração pela FGV/SP, Doutor em Psicologia Social pela PUC/SP e Livre-Docente pela UNICAMP. Atualmente Professor Titular e pesquisador na UNICAMP e FGV/SP, integrante da Comissão de Direitos Humanos do CRP/SP e co-fundador do site www. assediomoral.org) apresentou o tema ‘Práticas organizacionais e sofrimento psíquico: O que a Psicologia do Trabalho tem a ver com isso?’.
Clovis Renato, Samea Ribeiro, Carlos Chagas e Lurdinha

Nos intervalos entre as apresentações o participante Nonato Ferreira (karaterapia@yahoo.com.br - 87448196) realizava dinâmicas de grupo, com a participação maciça dos demais ouvintes.
Fátima Duarte, Ângelo Soares, Samea Ribeiro, Arthur Lobato, Margarida Barreto, Roberto Heloani, Lurdinha, Clovis Renato

Assédio Moral e doenças mentais’ foi apresentado por Margarida Barreto (Médica ginecologista e do Trabalho, pesquisadora do Núcleo de Estudos Psicossociais de Exclusão e Inclusão Social - NEXIN/P.U.C- São Paulo, Mestre e doutora pela PUCSP, vice-coordenadora do Núcleo de Estudos Psicossociais da PUC-SP, professora da pós-graduação).

Ângelo Soares (Sociólogo e pós doutor em Sociologia da Universidade de Quebec e Montreal), Arthur Lobato Magalhães Filho (Psicólogo, jornalista de imagem, diretor de saúde SJPMG, diretor de fiscalização em 2008, vice-presidente do Sindicato de Jornalistas Profissionais de Minas Gerais – SJPMG - 2009-2011 e diretor executivo da Federação Nacional dos Jornalistas-FENAJ - 2007-2010) e Maria de Fátima Duarte Bezerra (Psicológa, coordenadora do CEREST-CE) abriram os trabalhos do dia 17 apresentando suas organizações e o tema ‘Assédio Moral e as Consequência a Vida do Trabalhador(a)’.
A última mesa do dia 17, ‘De que forma a justiça pode proteger os trabalhadores que sofrem assédio? Quais as referencias, jurisprudência, Lei...’,  coordenada por Maria de Lourdes Paz,  foi apresentada pelo Advogado Carlos Chagas, Advogada do Sintect Samea Maria Ribeiro e pelo Membro da COMSINDICAL OAB/CE Clovis Renato.
Fátima Duarte, Ângelo Soares, Samea Ribeiro, Arthur Lobato, Roberto Heloani, Lurdinha, Clovis Renato, Eliane Novais
Dr. Carlos Chagas, advogado sindicalista, candidato à vaga do quinto constitucional pela OAB para ocupar o cargo de Desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região, tratou sobre a atuação das representações dos trabalhadores para coibir o assédio moral nas relações de trabalho. Apresentou algumas ações vantajosas postadas em Convenções Coletivas de Trabalho firmadas pelas entidades em âmbito nacional.

Auditório lotado

Sugeriu que os trabalhadores anotassem detalhadamente o ocorrido em caso de assédio moral, com testemunhas, datas e demais fatos conexos, receituários e laudos médicos, notas fiscais dos tratamentos, notas de compra de medicamentos em decorrência do assédio, recomendando que os eventuais assediados evitem estar a sós com o assediador. Clamou por solidariedade por parte dos colegas que presenciarem o assédio, evitando o pacto de silêncio, para que possam testemunhar sobre os acontecimentos e denunciarem as ações assediadoras junto ao sindicato e/ou em ações no Poder Judiciário.
Ressaltou a importância das denúncias, inicialmente, ao sindicato representativo da categoria, capaz de diagnosticar ocorrências coletivas e viabilizar denúncias ao Ministério Público, para possível ação coletiva ou ajustamento de conduta. Ainda, possibilitando à entidade ou ao MP a proposição de ação civil pública, a qual não descarta a proposição de ação individual por parte do assediado.
Homenagem a Profa. Margarida Barreto pelo pioneirismo e apoio à luta dos trabalhadores
Samea Maria Ribeiro, advogada do SINTECT/CE, apresentou algumas ações enfrentadas pelo Sindicato, bem como denúncias feitas pela entidade junto ao Ministério Público do Trabalho.
O membro da COMSINDICAL OAB/CE Clovis Renato, atendendo ao tema proposto ‘De que forma a Justiça pode proteger os trabalhadores que sofrem assédio? Quais as referências jurisprudenciais e leis?’, ressaltou a complexidade do tema assédio moral, especialmente, em face da dificuldade de configuração e comprovação em termos jurídicos, dificultando o crescimento de jurisprudências favoráveis junto ao Poder Judiciário. Destacou que os casos devem ser tratados de forma cautelosa e acercando-se os assediados do máximo de provas e detalhes possível, em face da dificuldade de comprovação para eventual reparação civil e bloqueio de novas ações.
Esclareceu que o combate a tais condutas deve ocorrer de modo coletivo, com atuação solidária por parte dos colegas nos locais de trabalho em que estejam ocorrendo situações assediantes. Conforme o caso, seguindo-se por instâncias e com apoio do sindicato, enfrentamento coletivo pela entidade e, em caso de permanência, que se buscasse as demais vias de solução de conflitos extrajudiciais, tais como os processos administrativos na estrutura da empresa ou do serviço público, denúncias à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho.
Samea Ribeiro, Roberto Heloani, Margarida Barreto, Clovis Renato
Em último caso, em face da inexistência de êxito dos métodos extrajudiciais e autônomos, sugeriu que se buscasse o Poder Judiciário, com o máximo de elementos possível, uma vez que tal poder, em regra, costuma ser extremamente cauteloso quanto à configuração de tais danos morais. O que, se devidamente manejado com ações coletivas e individuais, pode criar jurisprudências positivas.
Na ocasião, dentre outras propostas, sugeriu que os trabalhadores se acercassem de provas, anotações e gravações, caso buscassem o Poder Judiciário. Ocasião em que foi questionado pelos ouvintes sobre o modo de efetivação das gravações sem o conhecimento da outra parte. Explicou que, apesar do Direito ser, como explanado pelos palestrantes do evento que o precederam, hegemônico e tradicionalista, a atuação precisa dos advogados, por vezes inova a jurisprudência, como é o que ocorre com o caso das provas.


Tudo depende do caso em concreto. Assim, citou que, apesar de ser um tema delicado, diante da dificuldade da formação e aceitação probatória quanto ao assédio moral, as gravações invitadas pelos assediados e algumas outras situações é algo possível de ser utilizado em eventual processo judicial ou procedimento no Ministério Público. Para tanto, apresentou jurisprudências do Supremo Tribunal Federal que flexibilizam a Teoria da Árvore dos Frutos Proibidos, como a decisão da Segunda Turma do STF, Recurso Extraordinário nº 402717/Paraná, que teve como relator o Ministro Cesar Peluso, julgado em 02/12/2008, publicado em 13/02/2009:
EMENTA: PROVA. Criminal. Conversa telefônica. Gravação clandestina, feita por um dos interlocutores, sem conhecimento do outro. Juntada da transcrição em inquérito policial, onde o interlocutor requerente era investigado ou tido por suspeito. Admissibilidade. Fonte lícita de prova. Inexistência de interceptação, objeto de vedação constitucional. Ausência de causa legal de sigilo ou de reserva da conversação. Meio, ademais, de prova da alegada inocência de quem a gravou. Improvimento ao recurso. Inexistência de ofensa ao art. 5º, incs. X, XII e LVI, da CF. Precedentes. Como gravação meramente clandestina, que se não confunde com interceptação, objeto de vedação constitucional, é lícita a prova consistente no teor de gravação de conversa telefônica realizada por um dos interlocutores, sem conhecimento do outro, se não há causa legal específica de sigilo nem de reserva da conversação, sobretudo quando se predestine a fazer prova, em juízo ou inquérito, a favor de quem a gravou. (destacou-se)
  
Ao final, em face dos discursos político ideológicos apresentados, Clovis Renato dispôs que concordava com os posicionamentos sobre o Direito, mas asseverou ser possível utilizar quaisquer instrumentos hegemônicos de forma contra hegemônica, favorecendo os mais desvalidos. Contudo, de forma precisa, buscando adequar a teoria à prática, oxigenando a atuação no Direito, suas manifestações e efeitos. Entretanto, não abordou sobre tal viés por não ter sido o tema proposto aos colegas juristas presentes na mesa e reafirmou seu apoio à luta dos trabalhadores, a qual não pode ser vista de forma simplória ante a complexidade e a dinamicidade das relações de trabalho e sua difícil situação frente ao Poder Judiciário e com o Direito tradicional.

Um dos protestos contra assédio moral. Bancários

O encerramento do evento ocorreu no dia 18 com a mesa ‘O que fazer para inibir o Assédio Moral e sexual?’, apresentada por Margarida Barreto, Ângelo Soares, Roberto Heloani e Artur Lobato seguida das considerações finais.
Nas conclusões, Ângelo Soares apresentou os principais aspectos que demarcam os ambientes em que ocorre assédio moral, com base em dados de suas pesquisas, ressaltando o aspecto problemático quando o tais ações partem do sindicalismo.


Sâmea Ribeiro dispôs sobre problemas relacionados ao ordenamento jurídico brasileiro quanto à tipificação do assédio moral.
fotografia:Taís Ferreira
Fátima Duarte, Arthur Lobato, Maria de Lourdes Felix





Arthur Lobato apresentou breve escorço histórico do Sindicalismo brasileiro, dispondo que tais movimentos refletiram o momento em que esperança teve de vencer o medo. Asseverou que a temática deve ser levantada e combatida pelo Movimento Sindical.
Margarida Barreto reafirmou as falas dos antecessores quanto ao problema do assédio moral no seio do Sindicalismo, contando um caso concreto em que um sindicalista assediava uma empregada do Sindicato e chegou ao ponto de ferrar em brasa a obreira. Em seguida, passou a apresentar imagens de protestos de trabalhadores pelo Brasil contra o Assédio Moral. Informou que o dia 02 de maio é o dia nacional de combate ao Assédio Moral.
Roberto Heloani revelou que os frutos colhidos com os estudos acadêmicos e trabalhos produzidos sobre assédio moral vão para além do conhecimento, despertam sentimentos capazes de aprimorar a união. Retratou um caso de assédio moral ocorrido contra uma das integrantes do Sindicato dos Jornalistas do Ceará praticado por dirigente de outro sindicato, ocasião em que asseverou: “Por ser sindicalista é para ter mais consciência, pesando mais responsabilidade na luta por uma sociedade melhor. Não se pode ser tolerante com esse tipo de conduta no assédio moral.” Em relação ao Poder Judiciário, falou sobre as brechas que o próprio sistema possui sobre as necessidades de inovação.
Clovis Renato relembrou a diferença entre a postura do Advogado, a conjuntura do Direito e a necessidade da união entre os ramos da ciência para a obtenção do bem comum, todas com as suas limitações supridas em movimento conjunto, como trocas de informações e ações unificadas. Casar política, ciência, sociedade e economia em favor da melhoria das condições de trabalho e de produção.
Destacou que há incontáveis motivos para a permanência da luta reivindicatória por melhorias, especialmente, em face dos problemas ora instaurados no cenário Brasileiro é devido em grande parte à promiscuidade existente entre os Poderes, carecendo-se, por exemplo, de uma reforma política. Ademais, nas microestruturas como partidos políticos e sindicatos há grande corrupção ideológica com indescritível prejuízo às organizações e à sociedade.

Repisou o problema da rotulação excludente, com consequente simplificação da realidade ligada a problemas de alta complexidade tais como a caracterização do assedio moral, a condenação de determinadas áreas do conhecimento e atividades. O que tem gerado, na linha de Boaventura de Sousa Santos, grande desperdício de experiência e falta de engajamento emancipatório capaz de desenvolver as relações em ação conjunta e coordenada objetivando o bem comum, com evidente prejuízo ao trabalhador. Situação que deve ser alinhada, nos moldes exitosos em que havia sido elaborado o V Seminário, com advogados, médicos, sociólogos, psicólogos, assistentes sociais e trabalhadores de diversas áreas.
Lurdinha, anfitriã do evento pelo SINTECT/CE, destacou o caráter político inerente ao Sindicalismo, bem como tratou sobre a influência político partidária no movimento sindical como algo salutar, desde que não haja interferência na atuação da entidade.
A Deputada Estadual Eliane Novais parabenizou  o evento e ações dos trabalhadores invitadas por órgãos como o FUTCIPP no Porto do Pecém, bem como ressaltou a existência de assédio moral entre parlamentares deputados e entre deputados e obreiros nos gabinetes da Assembleia Legislativa no Ceará. Algo de difícil comprovação, mas que tem sido sentido pessoalmente pela deputada, no primeiro caso, e tem sido denunciado sob forte sigilo e medo por parte dos trabalhadores.
Intervalos com atrações dinâmicas para manterem a atenção do público

Fátima Duarte (Diretora do CEREST/CE)  destacou que o CEREST-CE através dos seus seis eixos estruturantes de ação encontra-se em fase implantação e implementação das diretrizes da PNST, no sentido promover a capacitação técnica da rede,  através das ações de educação permanente em saúde; estudos, pesquisas, informação, gestão de desenvolvimento, com ênfase na Atenção integral da rede assistencial em saúde do trabalhador  e nas ações de vigilância dos processos e ambientes de trabalho, contando porem com todas as dificuldades inerentes à complexidade do sistema público de saúde. A Realização do V Seminário Saúde do Trabalhador com o temática Assédio Moral e Doença Mental realizado em parceria com o SINTECT faz parte do cumprimento das ações prevista em  seu Plano Anual de Ações 2012 no eixo de educação, comunicação e informação em saúde do trabalhado,  direcionados aos profissionais e gestores da saúde do trabalhador, representantes do controle social  e trabalhadores através de suas representações sindicais.  
Clovis Renato Costa Farias
COMSINDICAL OAB/CE

Roberto Heloani, professor da Unicamp, apresentará radiografia dramática da saúde dos jornalistas em debate no SindBar

Publicado em:  http://vidaarteedireitonoticias.blogspot.com.br

“Vivendo no limite: quem são nossos formadores de opinião?” Este é o tema do Ciclo de Debates Sindjorce a ser realizado nesta terça-feira (17/07), às 18h30, no Espaço Cultural do Sindicato dos Jornalistas do Ceará (SindBar). Promovido com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Ceará, o evento terá como convidado especial o psicólogo Roberto Heloani (foto), professor da Faculdade de Educação da Unicamp, da FGV e da Unimarco. Ele apresentará pesquisa de sua autoria que revela uma radiografia dramática da saúde física e mental dos jornalistas brasileiros. "A experiência clínica nos leva a supor que o estresse nesta área advém sobretudo do trabalho que faz do jornalismo uma profissão de risco e também de morte precoce", afirma.


O Ciclo de Debates contará também com a presença do psicólogo Arthur Lobato, repórter cinematográfico da Rede TV!, ex-diretor da Federação Nacional dos Jornalistas(FENAJ) e do Sindicato dos Jornalistas do Estado de Minas Gerais (SJMG). O jornalista falará sobre assédio moral e suas consequências para a saúde do trabalhador. Também fará parte da mesa de debates o advogado trabalhista Carlos Chagas, assessor jurídico do Sindjorce.

Parte significativa desses profissionais (jornalistas) não alcança sequer a aposentadoria. Ademais, a partir da implantação de novas tecnologias nas redações nacionais, os usuários - jornalistas em sua maioria - se vêem cada vez mais diante dos Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). Tais perspectivas, portanto, consideram, respectivamente, a existência de uma relação negativa entre trabalho e saúde mental e entre modos de gestão e saúde em geral", conclui Roberto Heloani.

Realizado conjuntamente pelos Departamentos de Jornalistas de Imagem e Aposentados do Sindjorce, em parceria com a FENAJ, o Ciclo de Debates faz parte do calendário de pré-encontros promovidos para discutir o programa científico do I Encontro Estadual dos Jornalistas de Imagem (EJIC), que será realizado em Fortaleza no dia 1º de setembro, em comemoração ao Dia Nacional do Repórter Fotográfico, celebrado em 2 de setembro.

Situação no Ceará 

Pesquisa realizada pelo Sindjorce, em 2010, nas redações do Diário do Nordeste, O Povo e O Estado, constatou que 61,39% dos trabalhadores apresentavam problemas de saúde. Dores nas costas, pescoço e articulações lideravam o ranking. Logo depois, apareciam estresse, ansiedade, problemas de visão, dores nos braços, pernas e articulações, dores de cabeça, depressão e palpitações.

 "O jornalista, assim como outros profissionais, tem uma rotina de vida sacrificada por conta do trabalho. Plantões, pautas insalubres (do ponto de vista físico e emocional) e locais de trabalho com estrutura inadequada (iluminação, computadores) são alguns fatores que contribuem para o estresse”, avalia Samira de Castro, presidente em exercício do Sindjorce. No entanto, Samira acrescenta que a recompensa financeira insatisfatória é apontada como uma das queixas mais comuns da categoria. “O trabalhador não vê o resultado do seu empenho laboral refletido no contracheque, ou em ganhos sociais, e cai numa rotina de desânimo e sofrimento psíquico", afirma.

Quem são os palestrantes 

Roberto Heloani é professor titular e pesquisador da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e FGV. Livre-docente em Teoria das Organizações (UNICAMP) e pós-doutor em Comunicação (USP), é pesquisador na área de Saúde Mental no Trabalho e Assédio Moral/Sexual.

Psicólogo e repórter cinematográfico da Rede TV!/MG, o jornalista Arthur Lobato desenvolve projetos sobre saúde do trabalhador, tendo realizado dezenas de palestras em vários estados no Brasil. Foi vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG) e 2º tesoureiro da FENAJ.

Ciclo de Debates Sindjorce - “Vivendo no limite: quem são nossos formadores de opinião?”
Com o psicólogo Roberto Heloani (FGV), o jornalista Arthur Lobato (Rede TV! Minas Gerais) e o advogado trabalhista Carlos Chagas

Terça-feira, dia 17 de julho, às 18h30

SindBar - Rua Joaquim Sá, 545, Dionísio Torres, entre Nunes Valente e Tibúrcio Cavalcante, próximo a Assembleia Legislativa. 

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Professor da Unicamp revela radiografia dramática da saúde física e mental dos jornalistas em debate no SindBar





“Vivendo no limite: quem são nossos formadores de opinião?” Este é o tema do Ciclo de Debates Sindjorce a ser realizado nesta terça-feira (17/07), às 18h30, no Espaço Cultural do Sindicato dos Jornalistas do Ceará (SindBar). Promovido com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Ceará, o evento terá como convidado o psicólogo Roberto Heloani (foto), professor da Faculdade de Educação da Unicamp, da FGV e da Unimarco. Ele apresentará pesquisa de sua autoria que revela uma radiografia dramática da saúde física e mental dos jornalistas brasileiros.

O Ciclo de Debates contará também com a presença do psicólogo Arthur Lobato, repórter cinematográfico da Rede TV!, ex-diretor da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e do Sindicato dos Jornalistas do Estado de Minas Gerais (SJMG). O jornalista falará sobre assédio moral e suas consequências para a saúde do trabalhador.

Realizado conjuntamente pelos Departamentos de Jornalistas de Imagem e Aposentados do Sindjorce, em parceria com a FENAJ, o Ciclo de Debates faz parte do calendário de pré-encontros promovidos para discutir o programa científico do I Encontro Estadual dos Jornalistas de Imagem (EJIC), que será realizado em Fortaleza no dia 1º de setembro, em comemoração ao Dia Nacional do Repórter Fotográfico, celebrado em 2 de setembro.

Situação no Ceará

Pesquisa realizada pelo Sindjorce, em 2010, nas redações do Diário do Nordeste, O Povo e O Estado, constatou que 61,39% dos trabalhadores apresentavam problemas de saúde. Dores nas costas, pescoço e articulações lideravam o ranking. Logo depois, apareciam estresse, ansiedade, problemas de visão, dores nos braços, pernas e articulações, dores de cabeça, depressão e palpitações.

"O jornalista, assim como outros profissionais, tem uma rotina de vida sacrificada por conta do trabalho. Plantões, pautas insalubres (do ponto de vista físico e emocional) e locais de trabalho com estrutura inadequada (iluminação, computadores) são alguns fatores que contribuem para o estresse”, avalia Samira de Castro, presidente em exercício do Sindjorce.

No entanto, Samira acrescenta que a recompensa financeira insatisfatória é apontada como uma das queixas mais comuns da categoria. “O trabalhador não vê o resultado do seu empenho laboral refletido no contracheque, ou em ganhos sociais, e cai numa rotina de desânimo e sofrimento psíquico", afirma.

Quem são os palestrantes

Roberto Heloani é professor titular e pesquisador da Universidade Estadual de Campinas( UNICAMP) e FGV. Livre-docente em Teoria das Organizações (UNICAMP) e pós-doutor em Comunicação (USP) é pesquisador na área de Saúde Mental no Trabalho e Assédio Moral/Sexual.

Psicólogo e repórter cinematográfico, Arthur Lobato desenvolve projetos sobre saúde do trabalhador, tendo realizado dezenas de palestras em vários estados no Brasil. Foi vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG) e diretor executivo da FENAJ.
 Publicado em: http://www.sindjorce.org.br

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Palestra: Assédio moral e saúde no traballho

Atendendo a pedidos de Auditores-Fiscais filiados, a palestra “Assédio Moral e Saúde do Trabalho” foi  ministrada também na Delegacia da Receita Federal DRF-Contagem na terça-feira, 10, às 14 horas.

O psicólogo e jornalista, Arthur Lobato já ministrou palestra sobre o tema no auditório da Inspetoria da Receita Federal do Brasil em Confins, no dia 9 de maio, Dia de Mobilização de Advertência com a participação de 110 auditores fiscais  e na sexta-feira, 6 de julho, no auditório da DRF-BH (Delegacia da Receita Federal do Brasil em Belo Horizonte).

O palestrante informou que a série de atos maliciosos diagnosticadas como assédio moral no serviço público levam o servidor à incapacidade laboral, fazendo com que o mesmo fique isolado e necessite de licenças médicas. Atualmente, 80% das licenças médicas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) são motivadas por depressão.

As vítimas de assédio moral, sejam em empresas públicas ou privadas, normalmente sofrem impactos traumáticos que as deixam fragilizadas e, a partir daí, desenvolvem problemas como síndrome do pânico, depressão, tristeza, desânimo, vontade de chorar frequente, uso de medicamentos antidepressivos, absenteísmo (falta constante no trabalho), presenteísmo (presença excessiva no trabalho por medo de perdê-lo), stress, insônia, ansiedade, esgotamento físico e psíquico, cansaço, queda da produtividade, falta de motivação, dentre outros. As vítimas, muitas vezes, também acabam desenvolvendo sede de vingança contra os assediadores.

 “Somente através da organização sindical é que os trabalhadores terão condições de reivindicar não só melhorias nas condições de trabalho, mas eles poderão interferir no ambiente de trabalho da instituição. Nessa visão, o servidor deve pleitear um novo modelo organizacional, que não adoeça o trabalhador e o deixe incapacitado, e é função do sindicato atuar junto ao servidor nesse momento”, concluiu o palestrante.

V Seminário Saúde, Assédio Moral e Doença Mental


O Sintect-ce preocupado com o número de pessoas que a cada dia vem sofrendo no trabalho algum tipo de assédio, o mal do século, realiza  o V Seminário Saúde, Assédio Moral e Doença Mental.

O capital, o controle do sistema produtivo; o aumento da mais valia, faz as relações do trabalho ficarem cada vez mais desumanas e as consequências tem sido trágicas. As sequelas aos trabalha- dores são drásticas. Os assédios morais e sexuais se apresentam neste contexto como forma de opressão, perseguição, com sequelas na alma e no psicológico, desestabilizando a vida pessoal e familiar dos trabalhadores adoecidos. Muitas, vezes levando à depressão e até a morte. Com todas essas mazelas que vem acontecendo no dia a dia dos trabalhadores do Correios, o SINTECT-CE vem de forma bem acertada trazendo profissionais competentes e com grande experiência no assunto.

Quem quiser fazer parte desta formação pode  fazer sua inscrição.
O SINTECT- CE em parceria com CEREST
(Centro de Referência e Saúde do Trabalhador) realizará o V Seminário de saúde do trabalhador.
Local: Hotel Mareiro, Av.Beira Mar, 2380 nos dias: 16, 17 e 18 de julho.

Publicado no jornal do SINTEC-CE em: http://www.sintectce.org.br/

terça-feira, 10 de julho de 2012

Psicólogo ministra palestra sobre assédio moral para Auditores-Fiscais em BH


A mobilização dos Auditores-Fiscais da DS BH continua e a categoria tem participado ativamente de inúmeras atividades relacionadas à campanha salarial 2012. Nesta sexta-feira, 6 de julho, os Auditores-Fiscais lotaram o auditório da DRF-BH (Delegacia da Receita Federal do Brasil em Belo Horizonte) para assistir à palestra “Assédio Moral e Saúde no Trabalho”, do psicólogo e jornalista, Arthur Lobato. O psicólogo já ministrou palestra semelhante no auditório da Inspetoria da RFB em Confins, no dia 9 de maio, Dia de Mobilização de Advertência. Mais de 110 Auditores-Fiscais participaram do evento em Belo Horizonte.

Segundo Arthur Lobato o assédio moral é um conjunto de práticas perversas, humilhantes, constrangedoras, exercidas com intencionalidade de prejudicar um ou mais trabalhadores através de ações sistematizadas. O assediado se cala sobre as injustiças, adoece lentamente e sente-se impotente para reagir. Na relação de poder hierárquico que geralmente existe entre o assediado e o assediador, este ainda convive com a complacência da direção da organização em coibir estes fatos. Os assediadores geralmente são pessoas que ocupam cargos de chefias, ou incentivados por chefias, já que o poder da chefia cria relações assimétricas nas relações de trabalho. Este tipo de assedio é vertical. Há também o horizontal (entre colegas), e o mais raro, que é praticado por funcionários contra chefes.

“O assédio moral é um ‘mal invisível’ nas organizações, que causa impactos negativos sobre a saúde do trabalhador e traz prejuízos à própria instituição”, afirmou Lobato. Tal prática costuma ser sentida pelos trabalhadores por meio de cobranças excessivas de metas, humilhações, injustiças, violência moral, dentre outras práticas que ferem a sua autoestima e a dignidade do trabalhador. As consequências, de acordo com o palestrante, podem chegar ao suicídio do trabalhador que se sente prejudicado e não conta com o apoio da instituição.
O palestrante informou que a série de atos maliciosos diagnosticadas como assédio moral no serviço público levam o servidor à incapacidade laboral, fazendo com que o mesmo fique isolado e necessite de licenças médicas. Atualmente, 80% das licenças médicas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) são motivadas por depressão.

As vítimas de assédio moral, sejam em empresas públicas ou privadas, normalmente sofrem impactos traumáticos que as deixam fragilizadas e, a partir daí, desenvolvem problemas como síndrome do pânico, depressão, tristeza, desânimo, vontade de chorar frequente, uso de medicamentos antidepressivos, absenteísmo (falta constante no trabalho), presenteísmo (presença excessiva no trabalho por medo de perdê-lo), stress, insônia, ansiedade, esgotamento físico e psíquico, cansaço, queda da produtividade, falta de motivação, dentre outros. As vítimas, muitas vezes, também acabam desenvolvendo sede de vingança contra os assediadores.

Lobato reconheceu a importância da mobilização dos Auditores-Fiscais iniciada em 18 de junho. Segundo ele nos últimos anos os servidores estão sofrendo com o processo de transformação do serviço público, que passa a ter metas e cobranças excessivas por produtividade. Com isso, eles têm perdido muitos de seus direitos já conquistados.

“Somente através da organização sindical é que os trabalhadores terão condições de reivindicar não só melhorias nas condições de trabalho, mas eles poderão interferir no ambiente de trabalho da instituição. Nessa visão, o servidor deve pleitear um novo modelo organizacional, que não adoeça o trabalhador e o deixe incapacitado, e é função do sindicato atuar junto ao servidor nesse momento”, concluiu o palestrante.

À tarde o presidente da DS BH, Luiz Sérgio Fonseca Soares, esteve na DRF-Contagem participando de reunião preparatória para a Assembleia Geral da próxima semana. Atendendo a pedidos de filiados, a palestra “Assédio Moral e Saúde do Trabalho” será ministrada também na DRF-Contagem na próxima terça-feira, 10, às 14 horas.
Assessoria de Comunicação DS BH Sindifisco Nacional