segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Semana do Servidor Público


Na Semana do Servidor, ANFIP-MG realiza palestra em Belo Horizonte


Especialistas falam sobre assédio moral e adoecimento no trabalho
A ANFIP-MG realiza, às 14h30 do dia 30 de outubro, no auditório da DRF/BHE, em conjunto com outras entidades que compõem a Frente Mineira em Defesa do Serviço Público (atualmente sob coordenação da Associação), a palestra "Autoritarismo e Psicopatologia do Poder: o adoecimento no trabalho".
O evento, que faz parte das comemorações da Semana do Servidor Público, terá a participação do professor doutor da Unicamp e FGV, Roberto Heloani, e do psicólogo especializado em saúde do trabalhador, Arthur Lobato.
As inscrições para a palestra podem ser feitas pelo email anfipmg@gmail.com (com informação de nome completo e telefone para contato) e a programação se encontra logo abaixo. Não haverá dispensa de ponto para participação no evento.
A Frente Mineira em Defesa do Serviço Público é composta por 17 entidades representantes de servidores públicos das esferas federal, estadual e municipal.
Recital
Também faz parte das comemorações da Semana do Servidor o "Recital de músicas brasileiras com um toque de clássico", que acontece no dia 29 de outubro, às 16 horas, no mesmo local, em que os servidores terão a oportunidade de se confraternizar ao som de boa música.

Semana do Servidor Público - palestra " Autoritarismo e Psicopatologia do Poder: o adoecimento no trabalho"
Data: 30/10/2014
Hora: 14h30
Local: auditório da DRF/BHE (rua Levindo Lopes, 357, 3º andar, Funcionários, Belo Horizonte/MG)
PROGRAMAÇÃO:
14h15 – Recepção dos Servidores
14h30 – Abertura (fala de um presidente de entidade em nome da Frente Mineira de Defesa do Serviço Público)
14h40 – Palestra Arthur Lobato (30 minutos)
15h20 - Palestra Prof. Roberto Heloani (50 minutos)
16h10 – Perguntas
16h50 – Fala de representante da Frente Mineira.
17h00 – Encerramento

Semana do Servidor Público - "Recital de músicas brasileiras com um toque de clássico"
Data: 29/10/2014
Hora: 16h
Local: auditório da DRF/BHE (rua Levindo Lopes, 357, 3º andar, Funcionários, Belo Horizonte/MG)

Publicado em: http://www.anfipmg.org.br


Palestra: Autoritarismo e Psicopatologia do Poder - O Adoecimento no Trabalho


O trabalho no mundo globalizado, caracterizado por competitividade, individualismo e produtividade, favorece a prática de um dos grandes males para a saúde física e mental dos trabalhadores: o assédio moral.

A má conduta não está restrita à área privada, sendo realizado também no setor público. Por isso, para fazer uma reflexão sobre esse tema que só poderá ser combatido com muitos esclarecimentos e debate, a Frente Mineira em Defesa do Servidor Público, coletivo de entidades que a AFFEMG participa, realiza, no dia 30 de outubro, próxima quinta-feira, a palestra Autoritarismo e Psicopatologia do poder: o adoecimento no trabalho, proferida pelo professor José Roberto Montes Heloani da UNICAMP e pelo psicólogo Arthur Lobato (veja currículos abaixo).

O evento, feito em comemoração ao Dia do Servidor, acontece no Auditório da Receita Federal – Rua Levindo Lopes, 3º andar, Funcionários, a partir das 14h30min.

Interessados podem se inscrever, gratuitamente, até segunda-feira, dia 27 de outubro pelo e-mail: affemginforma@affemg.com.br ou comunicação@affemg.com.br.

Venha participar!


Prof. José Roberto Montes Heloani : Graduado em Direito pela Universidade de São Paulo (1980) e em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1982). Mestre em Administração pela Fundação Getúlio Vargas - SP (1985), Doutor em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1991), Pós - Doutorado em Comunicação pela USP e Livre- Docente em Teoria das Organizações pela UNICAMP. Atualmente é Professor Titular e pesquisador da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas, na área de Gestão, Saúde e Subjetividade. Também é professor conveniado junto à Université de Nanterre (Paris X). Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia do Trabalho, Saúde no Trabalho e Psicodinâmica do Trabalho. Membro fundador do site www.assediomoral.org Atua principalmente nos seguintes temas: Ética no Trabalho; Assédio Moral e Sexual e na área da Saúde no e do Trabalho.


Arthur Lobato: Psicólogo, desenvolve projetos sobre saúde do trabalhador, e realizou dezenas de palestras e cursos em vários estados no Brasil. Coordenador da Comissão de Combate ao Assédio Moral SINJUS-SERJUSMIG e do Plantão Sindical de Atendimento ás Vítimas de Assédio Moral. Participou como palestrante no Fórum Social Mundial 2009, e nos Congressos Internacionais sobre Assédio Moral no Rio de Janeiro, Argentina e México. Defendeu sua tese sobre assédio moral que resultou nos artigos sobre assédio moral incluídos no Código de Ética do Jornalista Brasileiro. Colaborou com a redação do projeto da Lei Complementar 116/2011 que combate o assédio moral no serviço público.





segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Variações de Assédio Moral







*por Arthur Lobato


O assédio moral no trabalho é um fenômeno perverso realizado através de constantes ataques por meio de atos repetidos, persecutórios, sistematizados. A vítima sofre humilhações, tratamento diferenciado, injustiças. Essas atitudes, feitas com a intenção de prejudicar alguém, criam uma ruptura na autoestima e na motivação do trabalhador, levando ao adoecer psíquico e emocional.


Três elementos são essenciais no assédio moral: o agressor, o alvo (vítima) e o contexto que permite que o assédio aconteça (organização do trabalho). Por isso, só se altera o ambiente de trabalho se a empresa ou a instituição estiver envolvida na mudança.


Em todo assédio moral existe a discriminação e não aceitação da diferença. Mas existem diversos tipos de assédio moral no trabalho. O termo “vertical” e “horizontal” tem relação com a hierarquia.


O assédio moral vertical descendente é o mais comum. É aquele praticado pela chefia contra seu subalterno. Segundo Freitas, Heloani e Barreto trata-se do caso mais comum de expressão de abuso de poder e tirania de chefes nas estruturas muito hierarquizadas, os chefes se sentem “deuses” impunes e estão na raiz desta ocorrência.


Já o assédio moral vertical ascendente é quando algum subordinado pratica o assédio moral contra o chefe, e é muito raro em função das relações desiguais de poder, entre chefe e subordinado. Pode ocorrer quando o subordinado tem acesso privilegiado ao chefe de seu chefe ou aos pares de seu chefe, e utiliza esse acesso para maledicências, fofocas, intrigas, injúrias.


Quando o assédio moral acontece entre colegas é chamado de assédio moral horizontal. Parte do grupo exerce o assédio contra outro grupo: mais novos contra os mais velhos; mais capacitados que almejam promoções e discriminam aqueles que consideram menos capacitados. “Os grupos tendem a nivelar os indivíduos e a não suportar as diferenças. As distinções podem servir de pretexto para desencadear agressões que aos poucos podem se tornar assédio moral”.


Freitas, Heloani e Barreto afirmam: “no nível organizacional são vários os efeitos nocivos, entre eles; o afastamento de pessoal por doenças e acidentes de trabalho, a elevação do absenteísmo, e o turn-over (rotatividade).” Marie-France Hirigoyen, especialista no tema, denuncia também o assédio institucional, que é um instrumento de gestão do conjunto de pessoal.


Em todo assédio moral há manipulação para se adquirir poder, sendo a inveja, o ciúme e a rivalidade o combustível do assédio moral. Caso não seja impedido, pode causar danos irreversíveis à saúde do trabalhador, prejudicando o ambiente de trabalho como um todo.


Somente a prevenção, o debate, o diálogo e as mudanças na organização do trabalho podem alterar esta realidade.


http://www.sinjus.com.br