SEGUNDA-FEIRA, 27/03/17 18:34
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Juiz Cel PM Rúbio Paulino Coelho (TJMMG) e o psicólogo Arthur Lobato. |
Logo no início do debate, após cumprimentar os presentes, o Juiz Cel PM Rúbio Paulino Coelho enfatizou a importância de se discutir o tema e falou sobre o avanço que representou a criação do Comitê Gestor de Saúde, no ano passado.
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Wagner Ferreira, coordenador-geral SINJUS/MG |
O psicólogo Arthur Lobato abriu o debate com os últimos dados do Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre adoecimento. O Brasil registra média de 700 mil acidentes do trabalho e doenças ocupacionais por ano. Entre as causas estão maquinário velho e desprotegido, tecnologia ultrapassada, mobiliário inadequado, assédio moral, cobrança exagerada e desrespeito a diversos direitos. “Trazendo para a realidade da Justiça, sabemos que esses números também assustam, mas infelizmente o Judiciário não tem um estudo sobre o adoecer do trabalhador”.
O especialista citou o excesso de trabalho como um dos graves problemas vividos nos tribunais. Com a implementação do Processo Judicial eletrônico (PJe), os servidores passaram a trabalhar mais horas, passando mais tempo em frente aos computadores. “Esses trabalhadores têm sofrido até com a falta de pausas. Não somos máquinas. Precisamos nos levantar da cadeira, descansar os olhos. Mas eles se deparam com chefias controlando as idas ao banheiro, os intervalos, já que só se fala em produtividade e metas. Assim, o servidor não consegue cuidar da sua saúde”, explica. Entre os males que surgem nesse contexto estão o LER, a secura nos olhos, a irritação, entre outras.
Conflitos x produtividade
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Psicólogo Arthur Lobato, durante palestra no auditório do TJMMG. |
Por fim, o especialista falou da importância da humanização do trabalho. “O ser humano precisa ser visto além da sua força produtiva. O trabalho não pode perder seu sentido. Cada um de nós é diferente, tem suas particularidades, emoções. Precisarmos ser mais tolerantes para criar um clima de trabalho mais saudável”.
Publicado em: http://sinjus.org.br
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