sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Assembleia encerra greve sanitária e rejeita proposta do TRT-3 para retorno de trabalho presencial

 A diretoria do Sitraemg explicou que segue dialogando com as administrações, cobrando medidas que minimizem os riscos de contágio do novo coronavírus

 

A Assembleia Geral Extraordinária do Sitraemg decidiu encerrar a Greve Sanitária da categoria. Realizada virtualmente na noite de quinta-feira (4), a assembleia avaliou que o avanço da vacinação e a retomada das atividades presenciais permitem o fim deste recurso.

A Greve Sanitária foi um expediente legal pensado para resguardar os servidores que não se sentissem seguros em retornar ao trabalho presencial.

O mecanismo foi utilizado por vários servidores, impedindo o corte de ponto quando um chefe exigiu o trabalho presencial mesmo diante de uma calamidade sanitária.

“Foi uma greve diferente. Sem ter um caráter paredista. Ela tinha uma função de proteger a saúde do servidor que se sentisse ameaçado”, explicou o coordenador do Sitraemg Helvécio Domingos Moreira.

Segundo disse, o objetivo da Greve Sanitária era dar guarida jurídica a quem achasse que sua saúde estivesse em risco. “A greve cumpriu esse objetivo”, avaliou.

Na assembleia, os servidores apontaram que existem problemas em instalações do Poder Judiciário, como prédios sem ventilação. A diretoria do Sitraemg explicou que segue dialogando com as administrações, cobrando medidas que minimizem os riscos de contágio pelo novo coronavírus.

“Problemas setoriais serão colocados nas negociações com os tribunais nos debates sobre o tema”, reforçou David Landau, coordenador do Sitraemg.

Assembleia rejeita proposta de retorno do TRT-3

Outra decisão da assembleia foi a de rejeitar a proposta do TRT-3 para o retorno ao trabalho presencial. Pela proposta de acordo do Tribunal, só seriam poupados do trabalho presencial aqueles servidores sem o primeiro ciclo vacinal completo cuja atribuição fosse de atendimento ao público.

Para o Sitraemg, entretanto, todos os servidores que não tenham o primeiro ciclo de vacinal completo, por não ter tido oportunidade de completá-lo, deveriam ser poupados do trabalho presencial.

Um dos exemplos apresentados na assembleia acontece no do Tribunal Superior do Trabalho, onde o acesso ao prédio está vedado para quem não tem o primeiro ciclo vacinal completo: servidor, magistrado, usuário, advogado etc.

Os diretores do sindicato pontuaram que o tema é objeto de análise pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O Sitraemg acionou o órgão por meio de um Procedimento de Controle Administrativo (PCA) questionando as regras estabelecidas pelo TRT-3.

Na assembleia debateu-se sobre os servidores que possuem comorbidades e que, involuntariamente, ainda não conseguiram completar o ciclo vacinal contra a covid-19. Uma das servidoras presentes, portadora de comorbidade, disse que tentaria permanecer em teletrabalho até que 70% da população esteja vacinada.

Assessoria de Comunicação

Sitraemg

 

http://www.sitraemg.org.br/assembleia-encerra-greve-sanitaria-e-rejeita-proposta-do-trt-3-para-retorno-de-trabalho-presencial/

 

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