O trabalho no mundo globalizado, caracterizado por competitividade, individualismo e produtividade, favorece a prática de um dos grandes males para a saúde física e mental dos trabalhadores: o Assedio Moral.
Para coibir esta prática são necessárias campanhas de esclarecimento em palestras, seminários e a criação de grupos de estudos sobre o tema. Além disso, é fundamental o fortalecimento e a união dos trabalhadores na denúncia dos abusos, dando visibilidade a essa violência.
Especialista fala sobre o sofrimento no trabalho em sua coluna mensal
Dando
continuidade à série “A palavra dos Especialistas”, o SINJUS-MG traz
nesta quarta-feira (24/4), um artigo sobre as palestras realizadas por
Marie France Hyrigoen, especialista em Assédio Moral, e Chistopher
Dejours, que estuda a relação prazer-sofrimento no trabalho.
Os estudiosos são
franceses e estiveram no Brasil, a convite da Escola Judicial do
Tribunal Regional do Trabalho 4ª Região (TRT4), em Porto Alegre, em
abril de 2012. As análises foram feitas pelo psicólogo e coordenador da
Comissão de Combate ao Assédio Moral do SINJUS/Serjusmig, Arthur Lobato,
que participou do evento.
No artigo de
hoje, Arthur Lobato fala sobre o sofrimento de quem se envolve muito
com o trabalho, as consequências desse problema e as estratégias
defensivas do trabalhador.
Clique aqui e leia o artigo no site do Sinjus. Boa leitura!
O sofrimento no trabalho segundo Christophe Dejours
Segundo
Dejours, as contradições da relação entre capital e trabalho são os
motivos que conduzem ao adoecer do trabalhador e ao sofrimento físico,
psíquico e emocional. A dignidade humana, portanto, tem que ser o valor
supremo no mundo do trabalho e para isso é necessário resistir e vencer
as dificuldades do trabalho, mas nem todos conseguem, daí o adoecer, o
sofrimento e o fracasso.
Dejours
considera que as estratégias de defesa podem ser conscientes ou
inconscientes, mas representam em ambos os casos uma recusa de sofrer,
uma elaboração psíquica sobre o que faz sofrer aprofundando a
contradição entre a realidade vivenciada pelo trabalhador e a
organização do trabalho, já que neste “real do trabalho” a vivencia é de
fracasso e sofrimento. Isto se manifesta no burn-out, que é o
sofrimento de quem se envolve muito com o trabalho, ou na insônia e
sonhos com o trabalho. Curiosamente o especialista afirma que “muitas
vezes é preciso fracassar para se ter boas ideias”, ou seja, aprender
com o erro, para poder resistir e vencer as dificuldades do trabalho,
mas isso nem todos conseguem, daí o adoecer, o sofrimento, o fracasso.
“Trabalhar
é sofrer resistências” e o trabalhador se engaja nos esforços, em toda
sua subjetividade, e nos relacionamentos com os colegas, portanto,
afirma Dejours, “falar ao colega é um modo de nos reapropriarmos de
nossa inteligência”, pois somos seres relacionais, o outro constrói
minha subjetividade, e tanto no amor como no trabalho a construção da
identidade é através do reconhecimento. Entretanto, como evitar
sofrimento do trabalhador e ao mesmo tempo manter as regras rígidas da
organização do trabalho?
O
trabalhador não é uma máquina, portanto, precisa interpretar as ordens e
não apenas obedecer regras e normas. O perigo é a interpretação
individual, que pode causar riscos à segurança, por isso deve haver este
espaço para falar do trabalho e discutir as contradições entre a teoria
e a prática. Só assim se chega a uma arbitragem sobre as deliberações e
opiniões dos trabalhadores para adaptar a norma à experiência do
trabalhador.
No
SINJUS-MG, a comissão de combate ao Assédio Moral e a todo tipo de
violência laboral, da qual participo como coordenador, percebe
claramente que muitos casos que levam ao adoecer do trabalhador estão no
conflito, quando o superior hierárquico não aceita o diálogo e usa da
hierarquia para práticas autoritárias, negando o saber do trabalhador, e
muitas vezes a pratica do servidor agiliza o processo produtivo, mas,
pela recusa ao diálogo, este servidor é perseguido pois até hoje a
instituição TJMG continua com o autoritarismo como forma de domínio
sobre os servidores, não se importando com as consequências para a saúde
do trabalhador.
advogado Antonio Isnaldo, desembargadora
Camilla Guimarães, psicólogo Arthur Lobato e o professor da PUC Minas, Pe. Márcio
Paiva
O programa Horizonte Debate de quinta-feira 04/04 teve como tema o assédio moral. Além do psicólogo Arthur Lobato, estiveram debatendo o advogado Antonio Isnaldo, e a desembargadora Camilla Guimarães. O programa é apresentado pelo mestre e doutor em filosofia, professor da PUC Minas, Pe. Márcio Paiva.
Tema: violência laboral que prejudica a saúde do trabalhador.
É possível traçar um perfil das causas dessa violência?
Arthur Lobato:O
trabalho no mundo globalizado caracterizado por competitividade,
individualismo e uso de novas tecnologias;
o autoritarismo nas organizações, vivemos em uma sociedade onde o
importante é ter, consumir, isto faz com que se perca os valores como a
solidariedade entre as pessoas.
Quais os principais efeitos do assédio moral sobre a
vítima?
Arthur Lobato:O
assédio moral afeta psiquismo e o emocional das pessoas, causando queda
na auto estima, e os sintomas podem evoluir para um quadro depressivo
ou de extrema ansiedade.
Como os empregadores podem agir para eliminar o assédio
moral?
Arthur Lobato: Isso depende da vontade da organização do trabalho de coibir e punir praticas que levam ao adoecer do trabalhador.
A ação relacionada ao assédio moral difere de acordo com
o sexo ou a idade da vítima?
Arthur Lobato: Geralmente o assedio é feito contra pessoas competentes e questionadoras.
O que as pessoas, como sociedade, podem fazer para acabar
com o assédio moral?
Arthur Lobato: Dar
visibilidade a este inimigo invisivel, atraves de palestras, debates,
reportagens, e denunciar na justiça do trabalho, ministério público,
e justiça cível.
O que o trabalhador que se sente assediado pode fazer?
Arthur Lobato: Dependendo da empesa, conversar com as chefias, caso contrario deve procurar o sindicato e os órgãos citados
acima.
Quais são os principais atos caracterizados como assédio
moral?
Arthur Lobato: O
importante é que o assédio moral é um conjunto de praticas perversas e
desumanas, direcionados ao longo de um tempo contra um pessoa que se
torna o alvo. Ha recusa da comunicação, ordens contraditórias, excesso
de serviço sem prazo para executar, criticas constantes ao trabalho,
reuniões não sao avisadas criando uma imagem de incopetente na vítima,
fofocas, brincadeiras ofensivas, o que leva o isolamento da vítima.
Há setores onde o assédio moral é mais recorrente?
Arthur Lobato: Para
isso é necessário ver as pequisas e denuncias, mas o setor de serviços,
vendas serviço público, tanto o setor bancario, como o de telemarketing
possuem pesquisas, assim como os quimicos de sp, metalurgicos,
jornalistas, enfim ha categorias que estão ha mais tempo nesta luta.
O que difere o assédio moral das outras formas de
violência?
Arthur Lobato: O
assédio moral é uma das violências no ambiente de trabalho, e se
diferencia por ser feito de uma forma sutil, diferente do conflito, que é
explícito.
10- O que leva ao assédio moral?
Arthur Lobato: Geralmente
desmotivar uma pessoa competente, vista como ameaça para uma chefia
incopetente, ou infernizar o ambiente de trabalho
de forma que a vitima peça demissão.
Como a vítima pode vencer a barreira do medo e
denunciar?
Arthur Lobato: Para isto é importante o vinculo de solidariedade e apoio ente os trabalhadores.
Qual o perfil de assediadores e assediados?
Arthur Lobato: Os
assediados são pessoas competentes, responsáveis, e, os assediadores são
pessoas que tem prazer em fazer mal aos outros, para se manter no poder
ou ocultar sua incompetência.
Como estabelecer um nexo
causal entre os sintomas da vítima e o ambiente de trabalho?
Arthur Lobato: Como assedio é feito de forma sutil o importante são as provas documentais e testemunhais.
Quais são os danos psicológicos que os assediados podem
sofrer?
Arthur Lobato: Depressão, ansiedade, stress pós traumático, tendencias suicidas e suicídio.
Assédio moral pode causar
depressão?
Arthur Lobato: Sim o assédio é um processo realizado ao longo do tempo que adoece o trabalhador.
A empregada do Sacolão Mais Ltda em Contagem, na Grande BH, conseguiu na Justiça do Trabalho
uma indenização por danos morais no valor de R$3 mil reais por causa do
assédio sexual de um colega no ambiente de trabalho. Segundo o
processo, a funcionária E.M.G. era tratada de forma desrespeitosa que a
expunha perto dos outros colegas e de clientes da loja. Uma testemunha
chegou a dizer que o colega chamou E. de “burra e lerda”. O pior era que
todos os outros trabalhadores riam da empregada quando ela era
assediada.
Como o agressor não era chefe da vítima, a Justiça considerou que houve
assédio por intimidação (chamado ambiental) e não o assédio por
chantagem, como é mais conhecido. O assédio levado em conta no processo
“caracteriza-se por incitações sexuais importunas, ou por outras
manifestações da mesma índole, verbais ou físicas, com efeito de
prejudicar a atuação laboral de uma pessoa ou de criar
uma situação ofensiva, hostil, de intimidação ou abuso no trabalho”,
conforme consta na argumentação do juiz relator, Frederico Leopoldo
Pedreira.
Em 2011, a funcionária ajuizou ação e levou à Justiça várias
testemunhas que comprovaram o tratamento recebido por ela no serviço.
Ela processou a empresa por não fazer nada para mudar a situação vivida
no horário de expediente. Diante dos depoimentos, o juiz considerou o
caso "descabido, humilhante, de conotação sexual, imposto às
escâncaras". Em primeira instância, ela ganhou direito a indenização,
mas o sacolão recorreu e a 3ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho de
Minas Gerais manteve a decisão.
O juiz Frederico Leopoldo apurou que o ambiente de trabalho
estava bastante degradado, não apenas para E., mas para todas as
mulheres que trabalham no sacolão, pois “ parte considerável dos
empregados tratava as colegas mulheres de forma aviltante”.
Uma testemunha confirmou ter visto E. na situação humilhante
por quatro vezes e disse que até ela mesma já passou por
constrangimentos na loja. Em uma dessas ocasiões, o colega de trabalho
chegou a segurar a funcionária pelo braço, dizendo obscenidades, o que a
fez sair chorando. Em outra oportunidade o homem xingou E., de "burra e
lerda".
Decisão
“E o patrão? O que fez diante disso?”, perguntou-se o juiz
relator. Para ele, houve omissão do empregador em relação a situação da
funcionária. Segundo o processo, uma das testemunhas disse que o chefe
ameaçou dispensar quem depusesse na Justiça a favor de E.
Assim, o magistrado identificou os três requisitos da
responsabilidade do sacolão: o dano em razão do assédio sexual sofrido
pela empregada; a omissão da empresa e o nexo de causalidade, pois tudo
se deu sob os olhos do empregador dentro das dependências do sacolão. O
relator não teve dúvidas de que o cenário obriga o proprietário da loja a
indenizar a funcionária e fixou o valor.
"A conduta reprovável dos empregados ultrapassou qualquer
limite do mero chiste, para atingir o grau de agressão psicológica, com a
violência moral que mais vilipendia a vítima, que é a certeza de que o
agressor não será punido pelas suas atitudes. O que nos faz
diagnosticar, com a mesma visão, mais uma vez, a abominável impressão de
que persiste a ideia de submissão sexual da mulher pelo 'sexo forte',"
ponderou o relator no voto. A turma de julgadores acompanhou o relator.
Essa é uma decisão de segunda instância com acórdão publicado e não cabe
mais recurso.
O psicólogo Arthur Lobato fala sobre as origens do sofrimento no trabalho, o assédio a mulheres grávidas no telemarketing e sobre os elementos essenciais para o diagnóstico do assédio moral.
Tem grande repercussão nas redes sociais a reportagem publicada na segunda-feira (11/3) pelo Portal Imprensa(ver aqui) sobre o aumento dos casos de depressão, infidelidade conjugal e uso abusivo de drogas e álcool entre profissionais de jornalismo. O estudo foi realizado pelo doutor em Psicologia
Psicólogos Arthur Lobato (MG) e Roberto Heloani (SP)
José Roberto Heloani, da Unicamp, cobrindo um período de dez anos.
Segundo o pesquisador, na última década os jornalistas brasileiros se tornaram mais sujeitos a pressão por causa de circunstâncias de trabalho, tornando-se mais vulneráveis a assédio moral e sexual, além de outras condições capazes de produzir desequilíbrio emocional e doenças mentais. No período mais recente de seu estudo, Heloani trabalhou com uma amostragem de 250 jornalistas, analisando aspectos de suas vidas como saúde mental, identidade e subjetividade e resiliência a situações estressantes. Ele encontrou um grande número de profissionais trabalhando em estados de pré-exaustão ou exaustão na maioria das redações.
A concentração da propriedade dos meios de comunicação, que torna crucial a aceitação de um jornalista no restrito e concorrido mercado da imprensa, o transforma em um indivíduo passivo diante de circunstâncias indignas de trabalho. “No Brasil, há seis grandes grupos de comunicação. Você precisa ter muita coragem para fazer uma denúncia formal de assédio se quiser permanecer no mercado. A pessoa pode até pensar em mudar de área, ir para assessoria ou área acadêmica, mas nenhuma alternativa é fácil”, resume o pesquisador.
O uso de drogas aumentou cerca de 25% no período estudado, como uma das consequências das condições opressivas de trabalho. Em função das longas e extenuantes jornadas, muitos dos entrevistados também relatam dificuldades de relacionamento, insegurança e medo de tomar decisões. Essa realidade, confrontada com a imagem idealizada da profissão, produz uma sensação geral de vulnerabilidade e frustração, que levam aos casos de depressão.
Do assédio ao crime
Co-autor do livro Assédio moral no trabalho (Editora Cengage), com Maria Ester de Freitas e Margarida Silveira Barreto, Heloani tem grande experiência no estudo de processos de expropriação da dignidade no ambiente de trabalho. Um de seus ensaios, publicado em 2004 (ver aqui), relata o processo em que, submetido a constante assédio moral e depreciação, o trabalhador acaba por emular a personalidade que lhe é atribuída, com a consequente redução de sua autoestima e de suas ambições profissionais e pessoais. Essa foi a circunstância encontrada por ele no acompanhamento de três grupos diferentes de jornalistas, o primeiro formado em 2003 por profissionais atuando no eixo Rio-São Paulo.
Heloani considera que o fato de os profissionais de imprensa terem que enfrentar, progressivamente, mais desafios e complexidades, por exemplo, com a exigência de desenvolver habilidades multifocais, agrava a situação. No primeiro grupo estudado, ele não encontrou tantos casos de estresse patológico grave, mas nos grupos acompanhados mais recentemente sua pesquisa revelou a presença de profissionais debilitados, extenuados, muitos recorrendo a drogas lícitas e ilícitas para suportar o ritmo de trabalho.
Interessante observar que, tendo sido publicada na segunda-feira (11), a pesquisa não despertou interesse nos grandes grupos de comunicação, justamente os lugares que concentram o problema. Há vinte anos ou mais, essas empresas tinham comissões internas de qualidade no trabalho, com programas de prevenção que protegiam os jornalistas dos riscos mais comuns da profissão. Com o fim da exigência do diploma específico para o exercício do jornalismo e o desmanche das atividades sindicais, as redações ficaram submetidas ao arbítrio de editores e diretores nem sempre habilitados para a gestão de pessoas.
Os casos de assédio se multiplicam mas não são relatados publicamente, porque as vítimas têm medo de perder o emprego e entrar numa lista negra dos grandes jornais. O mais grave deles se transformou em escândalo com o assassinato da jornalista Sandra Gomide pelo ex-diretor de redação do Estado de S. Paulo.
O episódio sangrento, que evoluiu do assédio ao homicídio, é minuciosamente investigado no livro Pimenta Neves – Uma reportagem (Editora Scortecci), de autoria de Luiz Octávio Lima, lançado na semana passada em São Paulo.
O estudo de José Roberto Heloani mostra que esse crime covarde não ensinou nada às redações.
* Jornalista
Publicado no Observatório da Imprensa em 13/03/2013
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Lucha contra el acoso moral en la administración pública: estrategias y desafios
Revista Salud de los Trabajadores, Volume 21, número 1, Enero-Junio 2013
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III Congreso Iberoamericano sobre Acoso Laboral e Institucional & IV Seminário Catarinense de Prevenção ao Assédio Moral no Trabalho
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TERREMOTO EN BRASIL
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No se trata, como en el caso de Ecuador, de unsismo producido por la
naturaleza. En el caso del gigante sudamericano, se trata de un sismo
político de inca...
Há 8 anos
III CONGRESSO IBEROAMERICANO
III Congreso Iberoamericano sobre Acoso Laboral e Institucional & IV Seminário Catarinense de Prevenção ao Assédio Moral no Trabalho
II Congreso Iberoamericano sobre Acoso Laboral e Institucional
Este espaço de análise da saúde não poderia ser construído sem as contribuições das obras de:
Margarida Barreto
Marie-France Hirigoyen
Herval Pina Ribeiro
Roberto Heloani
entre tantos outros autores, textos jurídicos, e teses,
referências fundamentais para que possamos lutar, juntos, e combater o assédio moral no trabalho. Compreendendo e enfrentando o sofrimento, respeitando as diferenças e buscando uma ação coletiva mais humana e solidária.
“O assédio, coação ou violência moral está ligado ao direito fundamental à dignidade humana, à imagem, à honra, à personalidade e à saúde do empregado, todos, direitos da Constituição Federal”.
Claudia Reina Juíza do Tribunal Regional do Trabalho – 1ª Região (TRT/RJ)
Prêmio MPT de Jornalismo
ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO
"O assédio moral no trabalho é definido como qualquer conduta abusiva (gesto, palavra, comportamento, atitude...) que atente, por sua repetição ou sistematização, contra a dignidade ou integridade psíquica ou física de uma pessoa, ameaçando seu emprego ou degradando o clima de trabalho". Marie-France Hirigoyen
É necessário denunciar prática de ASSÉDIO MORAL, pois todo processo de assédio moral, se não for impedido, pode causar danos irreversíveis à saúde do trabalhador, prejudicando o ambiente de trabalho como um todo.
ABUSO DE AUTORIDADE E PRÁTICA DE ASSÉDIO
Em todo assédio há um problema com relação à diferença (gênero, idade, raça, religião, competência, estética, etc).
CONSEQUÊNCIAS DO ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO
Queda de produtividade devido ao absenteísmo, licenças médicas, desunião do grupo, e pedidos de mudança de setor.
O ASSEDIADOR
Geralmente, o assédio moral é praticado por chefes ou subchefes, às vezes, cumprindo “determinação superior”, com entendimento equivocado dos objetivos a serem cumpridos, ou, agindo por conta própria. Além do assediador, alguém no grupo valida o assédio, ridicularizando a vítima, agindo “pelas costas”.
O assédio moral afeta a integridade psíquica e física de uma pessoa, incapacitando-a para o trabalho, e é caracterizado por ataques sistemáticos repetitivos com a intenção de prejudicar.
O MAL-ESTAR CAUSADO PELO ASSÉDIO MORAL
O assediado é ridicularizado por aspectos subjetivos de sua personalidade, criando dúvidas e queda da auto estima.
O assédio é realizado com intenção de prejudicar, de forma oculta, dúbia, maliciosa, dando margem a diversas interpretações, atuando no psicológico e `no emocional da pessoa.
OBJETIVO DO ASSEDIADOR
Desestabilizar psiquicamente, emocionalmente e profissionalmente um funcionário, após um extenuante processo de assédio moral, transformando a vítima em alguém que se sinta incapaz, incompetente, desmotivado, o que justifica o afastamento do trabalho, a perda do cargo de chefia, mudança de setor, ou aposentadoria antecipada.
A MARCA DA MALDADE
O assédio moral no trabalho deve ser compreendido como um processo perverso e autoritário por parte do assediador. Todo assédio é realizado de forma oculta, dúbia, maliciosa, dando margem a diversas interpretações por parte do assediado, causando um adoecimento psíquico/emocional da vítima.
COMO EVITAR O ASSÉDIO
Evitar o conflito direto com o assediador
Solidariedade entre colegas de trabalho
Não se distanciar do grupo
Denunciar ao Sindicato e à Corregedoria
EXECUÇÃO DO ASSÉDIO MORAL
Ambivalência no discurso do assediador, sempre com duplo sentido e negação da verdade Reprimendas constantes Zombarias Sobrecarga de tarefas (sem que haja tempo hábil para a realização) Retirada de tarefas e funções
PARA COIBIR A PRÁTICA DO ASSÉDIO MORAL
São necessárias campanhas de esclarecimento sobre o que é o assédio moral em palestras, seminários e grupos de estudos. Além disso, é fundamental o fortalecimento e a união dos trabalhadores na denúncia dos abusos, dando visibilidade a essas práticas abusivas, pois a próxima vítima pode ser você.
DENUNCIE!
Somente a prevenção, o debate, e o esclarecimento podem cortar este mal pela raiz. Canal de denúncias contra a prática do assédio moral: