quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, sindicatos e associações promovem curso de Combate ao Assédio Moral na Administração Pública

















Taís Ferreira, jornalista e fotógrafa

Nos dias 21, 22 e 23 de outubro os Membros da Comissão Paritária de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio Moral, no âmbito do Poder Judiciário do Rio Grande do Sul participaram de curso ministrado pelo psicólogo Arthur Lobato, no auditório da Escola Superior da Magistratura – AJURIS, em Porto Alegre.


Servidores, profissionais de saúde, juízas, desembargadoras doTJRS e representantes  da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul - Ajuris, Sindjus-RS, ASJ e Abojeris acompanharam o curso e puderam esclarecer dúvidas sobre o assédio moral no ambiente de trabalho.


Foi ressaltada a importância de soluções preventivas que levem em conta a origem da violência laboral e não somente seus efeitos. A relação do assédio moral com a organização do trabalho, o sofrimento vivenciado pelo assediado, e a necessidade de uma política institucional para coibir  a prática de assédio moral foi debatida no primeiro dia. 

Mais do que "vigiar e punir", foi destacado o papel educativo da comissão, orientando, esclarecendo e dando visibilidade a esse inimigo invisível, o assédio moral no trabalho, através da informação sobre os efeitos maléficos do assédio moral sobre a saúde do trabalhador, disse Lobato, que é consultor de sindicatos de servidores do judiciário de Minas Gerais Serjusmig, Sinjus/MG e Sitraemg. O psicólogo ressaltou a importância da categoria trabalho, na relação de causa e efeito, entre o assédio e o adoecer do trabalhador. No segundo dia, foi apresentado o histórico da aprovação da lei complementar 116/2011 conquistada pelos sindicatos Sinjus/MG e Serjusmig com o apoio da categoria.

Também foram analisados os documentos que que criaram a Comissão Paritária no Rio Grande do Sul e seu regimento interno, com um debate de alto nível e grande participação dos presentes. 


Outro ponto abordado foi a importância da solidariedade do grupo de trabalhadores, já que o individualismo, metas e produtividade, características do trabalho na iniciativa privada, estão sendo aplicados no serviço público. Por isso, a importância da ação  dos sindicatos e associações, além do trabalho da Comissão Paritária. Foram debatidas, também, questões jurídicas, estratégias de ação e as recomendações preventivas da OIT (Organização Internacional do Trabalho) em relação ao combate do assédio moral.




O curso abordou, no terceiro dia, o sofrimento psíquico da vítima. O assédio moral, muito mais que um conflito interpessoal, é uma questão que envolve a organização do trabalho, e o coletivo dos trabalhadores, pois um trabalhador adoecido por causa do assédio moral, revela o mal estar no ambiente do trabalho. Como o assédio afeta a auto estima, a dignidade e a honra de quem é assediado, foi ressaltado a importância da escuta do servidor(a), para análise do caso pela Comissão Paritária e elaboração de estratégias de ação.

No curso Arthur Lobato ressalta a importância dos trabalhos da médica Dra Margarida Barreto e do psicólogo Roberto Heloani, os pioneiros no estudo do assédio moral no Brasil.

O psicólogo Arthur Lobato e a jornalista Taís Ferreira foram declarados pelo Ato Nº 042/2015P, assinado pelo Desembargador José Aquino Flores de Camargo, presidente do TJRS, hóspedes oficiais do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul para realizarem o Curso de Capacitação para Membros da Comissão Paritária de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio Moral.



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