Um dos pontos abordados foi a importância da solidariedade do grupo de trabalhadores, já que o individualismo, metas e produtividade, características do trabalho na iniciativa privada, estão sendo aplicados no serviço público. Por isso, a importância da ação dos sindicatos e associações, além do trabalho da Comissão Paritária. Nesse sentido, o trabalho do SINJUS-MG e Serjusmig foi referência no Encontro.
Foram debatidas, também, questões jurídicas, estratégias de ação e as recomendações preventivas da OIT (Organização Internacional do Trabalho) em relação ao combate do assédio moral.
No curso, Arthur Lobato ressalta a importância dos trabalhos da médica Dra. Margarida Barreto e do psicólogo, Roberto Heloani, os pioneiros no estudo do assédio moral no Brasil.
O psicólogo Arthur Lobato e a jornalista Taís Ferreira foram declarados pelo Ato Nº 042/2015P, assinado pelo presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), desembargador José Aquino Flores de Camargo, hóspedes oficiais do Tribunal de Justiça para realizarem o Curso de Capacitação para Membros da Comissão Paritária de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio Moral.
Segundo Lobato esse trabalho fez parte de uma luta sindical do Sindjus-RS,por meio das diretoras Geovana Zamperetti Nicoletto e Carmen Nadia Pereira Rosso Chama atenção ainda, que a Comissão foi criada sem a necessidade de uma lei, como no caso de Minas Gerais. "Pude constatar no Rio Grande do Sul o avanço no combate ao assédio moral e a importância da capacitação de juízas e desembargadoras. A experiência que tive ao ministrar esse curso me fez refletir sobre a diferença de atitude no combate ao assédio moral em relação ao Tribunal de Minas", disse o psicólogo.
"Há um tema que os estudiosos do assédio moral devem se ocupar profundamente, nesta década, que é a progressiva e reiterada, continua e organizada, de um tipo de assédio moral específico, qual seja: o assédio moral institucional. Não é de hoje que a percepção dessa tipologia é bem sentida quando as ações próprias de desmotivação e de desvalorização, não se volta contra indivíduos mas contra um conjunto de trabalhadores, a partir de uma política de gestão das organizações. Os casos mais recentes no TJMG bem poderiam servir de laboratório para uma pesquisa nesse sentido. Mas é, por enquanto, uma tese", avalia o diretor de Assuntos Sociais, Culturais e de Saúde do SINJUS-MG, Jonas Araújo.
FONTE: Sinjus com informações do Blog Assédio Moral e Saúde no Trabalho
Fotografias: Taís Ferreira
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