sexta-feira, 22 de março de 2019

Inteligencia Artificial (IA) nos tribunais

Projeto Sinapses, e como as robôs Alice, Sofia e Monica ajudam o TCU a caçar irregularidades em licitações
Por Arthur Lobato, psicólogo, responsável técnico pelo Departamento de Saúde do Trabalhador e Combate ao Assédio Moral do SITRAEMG.
“Alice” não é um servidor público megaprodutivo. Ela é um robô, usado pelo TCU para caçar fraudes e outras irregularidades em licitações.
“Esse tipo de trabalho poderia ser feito por humanos, mas seria muito custoso porque são, em média, 200 editais por dia”, diz Wesley Vaz Silva, diretor da Secretaria de Fiscalização de Tecnologia da Informação do TCU, ao G1.”
“Alice” trabalha ainda com “Sofia” e “Monica”, outras duas companheiras robóticas que como ela não têm braços, pernas ou corpos de metal. São um conjunto de linhas de código que “vivem” nos sistemas do TCU. Elas “leem” o grande volume de texto produzido e analisado pelo tribunal para encontrar incongruências, organizar melhor as informações e apontar correlações.
Um dos robôs usados pelo TCU, a “Alice” lê todos os editais publicados no dia e avisa quais possuem indício de irregularidade.
As três robôs já são usadas por servidores da Controladoria Geral da União, Ministério Público Federal, Polícia Federal e tribunais de contas dos Estados. Depois de dicas delas, licitações com falhas já foram canceladas e compras públicas enviesadas tiveram que ser refeitas.
“A Sofia é um robozinho que vai no texto do auditor e tenta achar algo que pode ser alguma coisinha que ele deixou passar ou alguma informação que ele deveria saber”, comenta o diretor sobre o trabalho do robô, cujo nome é uma abreviação para Sistema de Orientação sobre Fatos e Indícios para o Auditor.
Já Monica é um painel que mostra todas as compras públicas, incluindo as que a Alice deixa passar, como contratações diretas e aquelas feitas por meio de inexigibilidade de licitação (quando um serviço ou produto possui apenas um fornecedor).
Sinapses, projeto de IA do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO)
Sinapses, sistema com nome de processo cognitivo humano, que faz uso de redes neurais artificias no processo de aprendizagem e que foi criado pelo Tribunal de Justiça de Rondônia.
Um dos objetivos da palestra foi demonstrar as vantagens da adoção do Sinapses a partir da versão 2.1 do PJe – Processo Judicial Eletrônico. O analista Mikaell Araújo explicou que “não será uma incorporação do Sinapses ao PJe, mas ele servirá como sistema a prover inteligência artificial ao PJe.
Inicia-se agora um trabalho colaborativo, um modelo de comunidade no qual todos os Tribunais irão trabalhar num centro de laboratório de IA, que está sendo criado pelo CNJ para que essa comunidade, cresça e o sistema também, melhorando, gradativamente, a produtividade no serviço judiciário”.
O processo de IA, algoritmos inteligentes que “pensam” a partir de premissas lógicas codificados em um caminho matemático, está contido no que chamamos de IV revolução industrial. Adam Smith no século XVIII, já falava da importância das máquinas para a produtividade das fábricas, o que levou na época da substituição de trabalhadores por máquinas ao Ludismo, proposta anarquista de quebrar as máquinas das indústria de tecelagem para garantir o emprego aos seres humano. Agora nem isso é possível, pois a IA não é física, esta na rede, nas nuvens , nos provedores, os ludistas de hoje seriam os hackers, mas de qualquer forma a IA veio para ficar e se aperfeiçoa a cada dia mais.
Será mais uma ameaça ao trabalho humano?
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