O Sindalemg realizou na última sexta-feira, uma mesa redonda com o tema “Políticas de combate ao assédio moral e de promoção da igualdade de gênero”. O evento levantou importante discussão acerca do problema e meios de combatê-lo no ambiente da ALMG.
Para compor a mesa foram convidados do 1º-secretário, deputado Rogério Correia (PT), a deputada Marília Campos (PT), e a representante do Coletivo de Mulheres da Assembleia, Ana Paola Amorim. Participaram também o psicólogo Arthur Lobato, a juíza da 2ª Vara da Fazenda Estadual, Lilian Maciel Santos, a promotora da 18ª Promotoria de Defesa da Mulher, Patrícia Habkouk, o gestor de Recursos Humanos, Thiago Casemiro Mendes, e o coordenador-geral do Sindalemg, Lincoln Alves Miranda.
Ao iniciar o evento o coordenador–geral do Sindalemg, Lincoln Alves Miranda, lembrou da importância de uma mesa de debates para que os mitos e as verdades sobre o assédio moral fossem esclarecidos e para uma troca de conhecimento.
A juíza Lilian Maciel Santos levantou as diversas questões jurídicas acerca do assédio e do dano moral no ambiente de trabalho. A promotora da 18ª Promotoria de Defesa da Mulher, Patrícia Habkouk, apontou que o aspecto profissional é apenas um exemplo de muitos existentes no país e que fazem com que o abismo da desigualdade entre os gêneros continue enorme.
A deputada Marilia Campos (PT), lembrou que o assédio moral, ainda que muito frequente, permanece velado na maioria das vezes, em razão do medo que os assediados têm de retaliações. Ela também ressaltou que os casos geram frequentes danos psicológicos às vítimas, um sofrimento que pode permanecer por longo tempo.
O psicólogo Arthur Lobato apresentou dados alarmantes: no país, acontecem por ano cerca de 700 mil acidentes de trabalho e problemas relacionados a doenças ocupacionais. Lobato também deu ênfase na necessidade de se mudar a cultura organizacional que se baseia num modelo de metas altas e que o trabalho não tem fim e o quanto isso pode ser prejudicial ao ser estruturado no serviço público. Durante o debate, o psicólogo explicou que o servidor que sofre assédio pode apresentar diversos problemas de saúde, como depressão, ansiedade e hipertensão. Ele também ressaltou que o assédio é uma agressão que não deixa marcas.
Ao final o coordenador-geral abriu o espaço para a plateia fazer perguntas aos que estavam na mesa e para sugerir meios de se combater dentro do ambiente de trabalho da ALMG o assédio moral, e o abismo da desigualdade entre os gêneros.
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