terça-feira, 29 de agosto de 2023

Caso Rafaela Drumond: pai da escrivã acusa Polícia Civil de tê-lo pressionado durante funeral da filha

 

Aldair Drumond contou que o delegado superior da filha, e outros policiais, o procuraram durante o funeral de Rafaela e fizeram pressão

O pai da Rafaela Drumond, escrivã da Polícia Civil que tirou a própria vida após denunciar casos de assédio moral e sexual, relatou que o delegado superior da filha chegou a pedir a exoneração dela e pressionou a família da vítima durante o funeral. Aldair Drumond falou que espera que a perícia do celular da filha traga provas de que ela estava sendo pressionada pelos superiores, o que levou a uma depressão severa. 

Aldair Drumond estava presente na audiência pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais que debatia casos de assédio da Polícia Civil. Na ocasião, outras mulheres acusaram terem sofrido assédio moral e perseguição, além de terem sido aposentadas compulsoriamente após denúncias na instituição. 

“No dia do funeral dela, eu ali amargurado e sofrendo, a Polícia Civil com os delegados fizeram uma pressão muito forte em cima de mim. Esse delegado [superior de Rafaela] chegou para mim no momento que eu estava esperando o corpo da minha filha chegar na funerária. Chegou um monte de policial em volta de mim e ele [delegado] disse ‘eu já tinha pedido a exoneração da sua filha’. Eu naquele momento, sofrendo, ele me fez uma pressão. Imagina o que a minha filha estava sofrendo com esse delegado”, lamenta Aldair. 

Sonho que se tornou pesadelo

Durante a audiência pública, Aldair contou que Rafaela sonhava em ser delegada, mas perdeu o brilho nos olhos após dezembro de 2022. Na época, ela parou de contar para os pais sobre os casos da delegacia, e evitava falar do trabalho, o que causou estranheza na família, que sempre foi próxima e a apoiava na carreira. 

Caso Rafaela Drumond: pai da escrivã acusa Polícia Civil de tê-lo pressionado durante funeral da filha | Rádio Itatiaia

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